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História Entre Tubos de Ensaio - Serotonina, Cortisol e Endorfina...


Escrita por: mills_trevosa

Notas do Autor


Boa noite! Estão todos bem? Eu espero que sim!!!

Meus amores, tudo o que eu coloco aqui, busco pesquisar antes para ter o minino de conhecimento sobre o assunto, para não falar nada muito fora da curva, mas às vezes algo pode passar e se acontecer, peço que me falem. Ficarei feliz em arrumar qualquer equívoco. Mas, também gostaria de dizer, que estamos lidando com ficção e que a minha cabeça maluca e criativa, pensa que tudo é possível na ficção hahaha

Bom, eu espero que gostem desse cap, que é o maior da fic até agora e que curtam todos os acontecimentos e que eles acalmem um pouco vocês, principalmente depois dos dois mais "intensos".

Boa leitura!

Capítulo 22 - Serotonina, Cortisol e Endorfina...


Fanfic / Fanfiction Entre Tubos de Ensaio - Serotonina, Cortisol e Endorfina...

Emma

A sexta-feira havia chegado e trazido consigo mais pensamentos conflituosos do que soluções. Era a terceira amostra que eu analisava e, por enquanto, as coisas não pareciam mais claras do que há uma semana atrás. Bufei tentando organizar os meus pensamentos, mas sem tirar os olhos dos sequenciamentos nas telas à minha frente. Os dados não pareciam estar certos, já que se tratavam de amostras retiradas das mesmas pessoas, apenas em dias diferentes. Provavelmente aquelas três telas abertas na minha frente, estavam começando a fazer meu cérebro sobrecarregar.

— Você deveria respirar um pouco! — a voz de Ruby surgiu atrás de mim, me fazendo soltar o ar preso e virar minha cadeira em sua direção.

— Eu também acho, mas não consigo largar essas amostras, Ruby! — falei com a voz um pouco frustrada.

— Bom, eu estou livre agora e você parece estar precisando de outro ponto de vista. Posso? — perguntou apontando para o computador e eu apenas assenti. Minha amiga passou a analisar um pouco os genomas presentes nas telas e em um dado momento, suas sobrancelhas se juntaram — Essas amostras são da mesma pessoa?

— Sim! As da esquerda são do David e as da direita da Regina — respondi, deixando minha cabeça pender para trás na cadeira — Colhi as três amostras em dias diferentes.

— E quais foram?

— Segunda, quarta e hoje pela manhã — falei, deixando meu corpo voltar à posição normal — Eu realmente não estou entendendo o que tem de errado.

— Não tem nada de errado aqui… — Ruby pareceu analisar um pouco mais as amostras separadamente e em seguida voltou a me perguntar — Você lembra qual era o humor deles na hora em que você coletou as amostras? — franzi as sobrancelhas para sua pergunta e me virei em sua direção. Demorei para responder e isso só fez Ruby voltar a falar — Só me responde, Emma. Você se lembra?

— Na segunda, eles estavam felizes. David tinha descoberto sobre Regina e eu um pouco antes de você chegar e me fazer passar aquela vergonha — rimos — Então, posso deduzir que estavam bem felizes.

— Certo! — respondeu, voltando a analisar os genomas e fazendo algumas anotações em seguida — E na quarta?

— Na quarta estávamos pilhados com a presença da… — Ruby me interrompeu.

— Sua sogra.

— Cora… — frisei — Então a Regina estava completamente estressada e até mesmo um pouco triste — pensei um pouco, enquanto girava minha cadeira — David estava preocupado com ela e um pouco estressado também. Mas não tem como não ficar, ela realmente tem o dom de deixar todo mundo com os nervos à flor da pele — completei.

— Isso é verdade! — falou ainda sem me olhar e continuou anotando algumas coisas no papel — Você fez um exame de sangue completo nessas amostras, Emma?

— Não, eu não fiz! — respondi com o cenho franzido, ainda sem entender onde ela queria chegar com aquelas perguntas.

— Eu posso? — se referiu às amostras e aos exames.

— Pode! Claro! — ela se levantou, pegando suas anotações e seguiu em direção a geladeira onde estavam as amostras — O que está se passando nessa sua cabecinha, hein?

— É uma suspeita que, aparentemente, tem tudo para dar certo — fechou a porta da geladeira — Mas eu só vou te contar quando tiver certeza — pensei em reclamar, mas Ruby não me deu tempo — Eu volto depois! — e saiu, me deixando curiosa e ainda sem respostas.

— O que deu nela? — David adentrou o laboratório meio minuto após Ruby se retirar.

— Ela tem uma suspeita! — bufei frustrada.

— As coisas também não vão bem por aqui? — neguei com a cabeça e Nolan se sentou onde minha amiga estava há minutos atrás — Vim aqui na esperança de encontrar alguma inspiração.

— Veio ao laboratório errado, meu caro! — rimos e ficamos alguns instantes em silêncio.

— Essas são as amostras que você colheu da gente essa semana? — assenti — E qual o motivo de tanta alteração nelas?

— Essa é a questão, eu ainda não sei — passei uma das mãos pelo rosto e a levei para o cabelo — Acho que estou muito focada e quando isso acontece, não pensamos direito — David concordou comigo e sorrimos um para o outro — E com você, qual é o problema?

— Perdemos todas as células-tronco embrionárias e as induzidas estão ficando cada vez mais fracas — foi a vez dele suspirar — O Neal está ficando sem tempo.

— Que merda! — deixei escapar — Você está com os últimos relatórios?

— Sim! — falou já me entregando os papéis e então eu comecei a analisá-los. Não sabia ao certo quanto tempo havia se passado, mas eu sabia que já tinha uns bons minutos que eu estava concentrada naquelas folhas.

— David! — soltei de repente e ele apenas respondeu com um "hum" anasalado — E se ao invés de esperarmos que elas se fortaleçam sozinhas, começássemos a nutri-las diariamente? — ele franziu as sobrancelhas e eu prossegui — Podemos usar células mais desenvolvidas e boas o bastante para fazerem elas progredirem.

— Isso pode funcionar, Swan!

— É lógico que pode, David! Eu quem dei a idéia — ele revirou os olhos pra mim e nós rimos — Mas, falando sério, pode ser que funcione, mas também pode ser que você acabe com tudo, então eu aconselho que você suba os dados que você tem das duas amostras que vai usar naquele programa que eu te dei acesso e faça um teste antes.

— Às vezes você pensa como uma verdadeira cientista, Swan! — implicou comigo e eu ergui o dedo do meio para ele.

— Depois me diga se funcionou e evidencie nos seus relatórios qual cientista brilhante que te deu a ideia que vai resolver todos os problemas — soltei com a voz carregada de uma prepotência proposital.

— Você realmente é o que você… — o interrompi.

— Não ouse terminar essa frase, Nolan! — meu tom saiu parecido com o que Regina costumava usar, o fazendo gargalhar.

— Vocês duas estão passando muito tempo juntas! — falou enquanto se recuperava da risada — Estão virando uma única mente e eu espero que seja benigno para todos nós ou teremos que nos voltar contra as duas — revirei os olhos outra vez e neguei com a cabeça, não acreditando naquela conversa.

— Vai trabalhar, David! — ele piscou um dos olhos ainda sorrindo e me deixou sozinha outra vez.

Assim que Nolan deixou o laboratório, eu sacudi a cabeça e agradeci por aquela pequena distração. Até que não tinha sido uma ideia ruim sugerir que ele usasse o meu programa, com certeza ele conseguiria entender o que precisava para fazer aquelas células se desenvolverem melhor e acharia também com quais iria alimentá-las. Passei um bom tempo perdida em meus pensamentos e ainda tentando encontrar uma resposta para a pergunta que mais gritava em minha mente. As horas estavam passando rapidamente e eu ainda estava presa no mesmo lugar. Olhei para as telas à minha frente e uma ideia brilhou no fundo da minha mente.

— Às vezes você se esquece da premissa básica, Swan; mude sua perspectiva e os resultados mudarão — falei para mim mesma enquanto abria o programa que havia sugerido para David. Coloquei os dois computadores para processarem os genomas simultaneamente e esperei que alguma resposta saltasse na tela.

— Você está muito concentrada aí, não é mesmo? — um sorriso automaticamente surgiu em meus lábios e eu virei a cadeira devagar.

— Não estou mais! — falei, fazendo meus olhos se encontrarem com os seus. Regina se aproximou de onde eu estava e se sentou à minha frente, deixando um suspiro profundo escapar — Está tudo bem?

— Já esteve melhor… — respondeu com um sorriso fraco — Mas também já esteve pior — sorrimos — Acredito que as coisas estão caminhando e algo me diz que teremos boas notícias — eu torcia para ela estar certa, mas julgando pela última noticia de David e a minha situação com os genomas, não dava para ter muita esperança.

— Essa semana foi corrida, nem conseguimos conversar direito… — mudei o assunto, estava ficando cansada de não ter respostas naquele âmbito e falar sobre Regina sempre era uma boa ideia — Como foi com a sua irmã?

— Primeiro ela ficou furiosa quando soube das coisas que Cora me disse, depois gritou todos os xingamentos que ela conhece e acredite, não são poucos — rimos — E por último disse que vai organizar as coisas por lá para conseguir vir passar um tempo aqui. Falou que não vai me deixar sozinha com ela.

— Eu espero que ela consiga vir logo, assumo que ficaria mais tranquila sabendo que você tem companhia em casa — sorri verdadeiramente e Regina me acompanhou — Mas, me diga Dra. Mills, o que a trouxe aqui?

— As coisas estão muito calmas por aqui hoje, então eu resolvi vir te fazer uma visita na intenção de oferecer minha ajuda, se assim precisar e te fazer um convite, Dra. Swan!

— E qual seria o convite? — perguntei dando um sorriso de lado pra ela.

— Passar a noite comigo… — sorriu de lado antes de continuar — Mas não como estávamos fazendo. Eu quero que você vá com o intuito único e exclusivo de passar a noite comigo — meu sorriso já estava tão grande quanto o seu, era impossível conter.

— Não existe a mínima possibilidade desse convite ser recusado — puxei sua cadeira para mais perto e deixei um beijo casto em seus lábios. Nos separamos apenas o suficiente para que eu pudesse olhar em seus olhos e me encantar outra vez com o brilho que eles carregavam — Oi! — falei enquanto levava uma das mãos ao seu rosto.

— Oi! — Regina me respondeu, tombando mais a cabeça na direção da minha mão, aproveitando mais do carinho. Ficamos assim por um bom tempo, até que os dois computadores apitaram, anunciando que o processo havia sido finalizado — O que você está aprontando aqui, Swan?

— Passando o tempo e esperando a Ruby voltar — virei minha cadeira para o computador e Regina fez o mesmo. Passei meus olhos pelas novas amostras a minha frente e não tive muito tempo de raciocinar antes de Regina voltar a falar.

— Emma, o que você está fazendo com o DNA dos meus pais? — perguntou surpresa, mas aparentemente não de um jeito ruim.

— Na verdade, esse DNA é… — fui interrompida pela entrada esbaforida de Ruby.

— Aquele pessoal do laboratório de exames são umas lesmas, precisei fazer eu mesma esses ou o resultado não sairia hoje — falou séria e até um pouco nervosa.

— E desde quando você… — Regina também não teve tempo de terminar de formular a pergunta.

— Passei um tempo trabalhando em uma clínica, onde eu fazia exames laboratoriais, para complementar as horas da faculdade — respondeu objetiva e se voltou pra mim — Emma, você se lembra das perguntas que te fiz hoje mais cedo?

— Claro que lembro, Ruby! Foram as perguntas mais esquisitas que respondi hoje — franzi as sobrancelhas. Eu conhecia aquele olhar, Ruby tinha descoberto algo — Alegres, estressados e tristes — respondi, mesmo ela ainda não tendo feito as perguntas outra vez.

— Exatamente! — Ruby bateu as folhas em cima da mesa e deixou um sorriso largo surgir em seus lábios — Muito me admira que você não tenha percebido uma coisa tão simples, raio de Sol! — usou um tom levemente debochado — Mas quem pode te julgar, não é mesmo? Aposto que sua mente esteja em estado constante de gelatina desde que beijou a Mills — soltou, fazendo o meu rosto assumir um tom avermelhado imediatamente e arrancando uma gargalhada de Regina.

— Você vai falar ou teremos que aprender a ler mentes para saber o que você descobriu? — se eu não amasse tanto minha amiga, cortaria nossas relações só pelas últimas vezes que ela havia me feito passar vergonha.

— Não precisa se exaltar, Swan, Regina vai continuar te querendo mesmo que você seja um tomate ambulante — revirei os olhos prestes a desistir e pegar as folhas eu mesma para saber os resultados, quando Regina apoiou a mão em meu braço e respondeu.

— Você tem um bom ponto, Dra. Luccas! — a olhei um pouco incrédula, não esperava que ela fosse entrar na pilha da Ruby — Mas, apesar de descobrir que eu amo ver essas bochechas ficarem vermelhas, também estou ficando curiosa sobre o que você descobriu, Ruby.

— Tudo bem, apressadinhas! — sorriu leve — As diferenças nas amostras, que fizeram você ficar tão preocupada, Emma, são apenas alterações de hormônios — franzi as sobrancelhas em sua direção, como quem diz que não estava acreditando naquilo — É, eu também me fiz essa pergunta quando as olhei hoje mais cedo e tive a minha desconfiança. Mas, como eu disse, não posso te julgar — olhou de relance para Regina, me fazendo revirar os olhos.

— Como não levamos em consideração antes a alteração hormonal? — Mills perguntou quase que retoricamente enquanto intercalava o olhar entre nós duas.

— Eu não faço ideia, mas acredito que a gente tenha focado muito em coisas mais complexas e se esquecido do mais básico — Ruby apontou para os resultados dos exames e nos aproximamos para prestar atenção nas alterações — Nas amostras de segunda, os níveis de serotonina estavam absurdamente elevados. Vejam!

— Estávamos compartilhando um momento extremamente agradável, faz sentido os níveis estarem assim — Regina comentou, fazendo minha amiga concordar, balançando a cabeça devagar.

— Já na quarta, as alterações foram pelo nível de cortisol elevado — afirmei ao analisar um dos papéis.

— Exatamente, estávamos todos estressados porque… — Regina a interrompeu.

— Minha mãe! — falou seca e com uma raiva aparente, enquanto levava uma das mãos aos cabelos. Respirou fundo e voltou a se pronunciar — E os resultados de hoje? Quais foram as alterações? 

— As amostras do David tinham o nível de cortisol mais baixo, enquanto a serotonina se mostrou um pouco mais elevada. Então, tudo certo com ele… — minha amiga respondeu.

— E os resultados da Regina? — perguntei um pouco mais curiosa do que gostaria.

— Acredito que vocês são profissionais o bastante para não fazerem nada aqui dentro, mas levando em conta o nível elevado de endorfina na amostra, eu tenho até medo imaginar as coisas que vocês estavam dizendo uma para a outra — automaticamente meus olhos arregalaram e eu senti meu rosto esquentar.

— Eu avisei que você alteraria minha amostra com aquele assunto, Swan! — a voz de Regina saiu tão naturalmente que fez Ruby gargalhar e eu ficar mais vermelha.

— Obrigada por isso, Regina! — minha amiga, que ultimamente estava fazendo eu me questionar se era amiga mesmo, falou enquanto secava as lágrimas que sua risada causou.

— Disponha, querida! — Mills piscou em sua direção e eu bufei, fingindo aborrecimento.

— Como você consegue continuar viva depois que ela pisca pra você, raio de Sol? — a pergunta de Ruby me fez revirar os olhos, mas ao mesmo tempo sentir algo se mexendo dentro de mim ao lembrar da cena que era Regina piscando em minha direção — Sinto que posso desmaiar a qualquer minuto — completou, arrancando um sorriso largo de mim.

— Nem eu sei, Ruby! — falei olhando para Regina — Mas acho que a ideia de nunca mais presenciar essa cena, me dá forças para continuar viva — as palavras simplesmente saíram e no instante que Regina as ouviu, seu rosto assumiu um tom avermelhado.

— Vocês são muito fofas, eu não aguento! — Ruby falou, quebrando nosso contato visual e logo em seguida, ouvimos David adentrando o laboratório.

— Que bom que estão todas aqui! — se aproximou a passos largos, enquanto nos analisava e percebia o clima em que estávamos — Eu tenho até medo de perguntar o que essas duas fizeram.

— Ei, porque a culpa tem que ser nossa? — perguntei.

— As suas bochechas vermelhas sempre entregam tudo, Swan!

— Ele tem um ponto! — Ruby e Regina responderam juntas, me fazendo revirar os olhos outra vez e todos nós rirmos.

— Tá certo! Agora vamos ao que interessa — mudei de assunto — Deu certo, Nolan?

— Sim, mas eu tive um trabalhinho! — as duas morenas franziram as sobrancelhas sem entender sobre o que falávamos — Mais cedo estive aqui conversando com a Emma, atrás de uma solução para as células-tronco induzidas, já que perdemos todas as embrionárias.

— E qual foi a resposta? — Mills cruzou os braços em frente ao peito e por um instante pensei que ela poderia estar nervosa, mas ao notar seu semblante tranquilo, deduzi que ela estava apenas concentrada.

— Usar um programa que Emma me deu acesso para cruzar os dados das nossas amostras com células saudáveis e já desenvolvidas para sabermos se podemos usá-las como método de nutrição para as células-tronco — Regina estreitou os olhos em minha direção e eu fingi não ter visto, logo voltando a questionar David.

— E com o que você teve trabalho?

— Bom, primeiro eu cruzei o meu DNA com o da Regina para saber se era uma opção… — aquela informação fez um frio percorrer minha espinha e eu não entendi o motivo — Mas não funcionou. Tentei o meu sozinho e nada também. Cruzei o meu com o do James, o da Regina com do James e também não consegui uma boa resposta — aquela informação foi ainda pior que a última e acho que deixei claro o meu desconforto, pois Regina me olhou de uma maneira estranha — Até o do James sozinho eu tentei, mas o único que funcionou foi o seu Regina.

— E você sabe dizer o por que? — foi Ruby quem perguntou e David logo negou.

— Talvez eu possa… — respondi já me virando para o computador outra vez — Assim eu já respondo a pergunta que me fez antes da Ruby entrar parecendo um furacão… — falei com Regina, mas olhei de relance para minha amiga — Como eu disse, estava passando o tempo enquanto esperava Ruby voltar com os resultados dos exames, então passei o DNA de vocês nesse mesmo programa que David usou, mas não com a intenção de cruzar os dados e sim dividi-los.

— E é possível fazer isso? — Mills perguntou com o cenho franzido — Digo, existe um programa específico pra isso?

— Sim, mas não com livre acesso para todos — ergueu uma de suas sobrancelhas e eu revirei os olhos apenas por implicância — Fiz um curso de bioinformática e o meu TCC foi esse programa. No meu primeiro estágio quiseram comprá-lo, mas eu não aceitei e desde então eu venho fazendo melhorias nele. Pelo jeito foi uma das melhores decisões que já tomei na vida — me voltei para o computador e acessei o banco de dados de genomas do Instituto e abri os três correspondentes à clonagem — Se pegarmos esses três DNA's e os compararmos separadamente com os de vocês, conseguimos encontrar algumas semelhanças. Olhem aqui! — sobrepus as amostras de David e Regina, sem estarem divididas, com as três amostras do banco de dados.

— É como se o nosso DNA tivesse sido dividido em três partes — David falou não tirando os olhos da tela, como as outras duas.

— E foram! — dei mais um comando e os dois DNA 's se dividiram em três partes — Não foram divididas de maneira uniforme, mas correspondem às três amostras do genoma base da clonagem.

— E tem a identificação de quem são essas amostras? — Ruby perguntou e no momento em que fui responder, Regina tomou a frente.

— Não precisa! — falou firme — Duas dessas eu sei a quem pertencem — seus olhos ainda estavam fixos na tela, enquanto esperávamos que ela continuasse sua fala. Ficamos em silêncio por alguns instantes, até que Regina olhou para mim — São dos meus pais, Cora e Henry Mills! — o silêncio após essa informação foi absoluto, ninguém ousou dizer uma palavra. Surpreendendo a todos, Regina se levantou num único impulso e ainda olhando em meus olhos, voltou a falar — Te espero às 19h, Swan. Não se atrase! — e saiu, nos deixando para trás com a silenciosa decisão recém tomada, de que não falaríamos sobre aquilo por enquanto.

*******

Estacionei o carro em frente a casa de Regina e lhe enviei uma mensagem avisando que havia chegado, como ela pediu e a resposta não demorou a chegar. Logo meu celular vibrou, indicando uma nova mensagem e em seguida o portão que dava acesso à garagem foi aberto. Conduzi o meu Fusca até a área coberta e o estacionei bem ao lado do carro de Regina, que já me esperava na porta de entrada.

— Você pode até não gostar muito dos nomes, mas tem que admitir que a Gemma e o Voldemort combinam demais! — falei assim que desci do carro e bati a porta — Eles ficam lindos um ao lado do outro! Olha só!

— Qualquer carro se torna supervalorizado ao lado de um clássico desse, Swan! — me respondeu com um sorriso levemente debochado no rosto.

— Eu concordo com você! É um clássico e qualquer um que tenha a honra de dirigir um desses, é uma pessoa de sorte — acrescentei.

— Eu não estava falando daquele girassol ambulante, Emma! — sorriu de lado e eu fingi indignação.

— Que absurdo, Regina Mills! — me aproximei dela e, por impulso, apoiei minhas mãos na sua cintura — Esse foi o apelido mais lindo que a Gemma já recebeu — comentei sorrindo e em seguida deixei um beijo casto em seus lábios — Oi, de novo!

— Oi, de novo! — a morena me respondeu e após me analisar por alguns instantes, soltou — Achei que viria para dormir.

— E vim — suas sobrancelhas se ergueram em questionamento — Minhas coisas estão lá no carro, depois eu pego — Regina apenas assentiu e me deu mais um selinho antes de se afastar e adentrar a casa.

— Está com fome?

— Sempre! — respondi a acompanhando em direção ao sofá, após fechar a porta.

— Pensei em pedirmos comida japonesa, o que acha? — Mills sentou, olhando para mim em seguida, bem a tempo de ver a careta que se formou em meu rosto — Você não gosta! — não foi uma pergunta.

— Antes de você me julgar, eu gostaria de dizer que tentei por diversas vezes comer, mas realmente não é a minha praia — ela revirou os olhos pra mim e tive uma pequena desconfiança do porquê.

— Às vezes eu esqueço que você tem um paladar absurdamente infantil — revirou os olhos outra vez.

— O que eu posso fazer, se as melhores coisas são as não saudáveis? — dei de ombros, fazendo Regina negar com a cabeça. Me sentei ao seu lado e instantâneamente uma ideia surgiu na minha mente — O que você acha de pedir a minha comida, baseada no seu histórico de pedidos e eu fazer mesmo?

— Eu tenho quase certeza de que vou me arrepender disso, mas tudo bem… — deixei um sorriso largo surgir em meus lábios quando a vi pegando seu celular e abrindo o aplicativo de delivery. Fiz o mesmo e me perdi por alguns minutos entre as opções; não poderia ser algo muito gorduroso, porque obviamente Regina não gostaria e poderia até passar mal por não estar acostumada a comer tantas besteiras como eu, mas também não conseguiria escolher algo muito saudável, já que meu histórico só tinha porcaria. Depois de mais alguns minutos, bloqueamos os celulares ao mesmo tempo e olhamos uma para a outra — Eu tenho certeza que você irá torcer o nariz para o que eu escolhi, mas no final vai adorar.

— Posso dizer o mesmo, Dra. Mills! — sorrimos e ficamos um pouco em silêncio. Tinha algo me incomodando e que eu precisava perguntar. Eu precisava saber como ela estava com a descoberta que fizemos naquela tarde, mas ao mesmo tempo não queria ser invasiva, nem estourar aquela bolha em que estávamos.

— Pode perguntar, Emma! Eu consigo ver a fumaça saindo pelos seus ouvidos — falou em tom leve, mas eu tinha certeza que ela sabia qual seria o teor da pergunta.

— Eu não quero falar sobre coisas que podem acabar estourando essa nossa bolha, mas eu preciso saber, Regina… — respirei fundo e antes que pudesse falar, ela tocou minha mão e enquanto me direcionava um dos sorrisos mais lindos, falou.

— Temos até nossa comida chegar para falarmos de assuntos chatos, depois eu não quero saber de nada que envolva problemas — sua voz era calma, mas o jeito que falou não deixava margem para acordos e eu realmente não queria algo diferente daquilo.

— Sim, senhora! — respirei fundo e me sentei de frente para ela no sofá — Como você ficou depois da descoberta de hoje?

— Não posso dizer que foi totalmente tranquilo, mas também não estou tão surpresa. Infelizmente, ser filha de Cora Mills me ensinou a esperar de tudo um pouco, então se me dissessem hoje que ela não é realmente a minha mãe, eu acreditaria — riu sem vontade.

— Eu sinto muito, Regina!

— Está tudo bem, Emma, mesmo não estando! — aquela era uma frase que ela dizia muito, era como algo que a mantinha firme — E você, já contou para a Laura qual é sua situação?

— Ainda não! — deixei o ar preso sair — Mas acredito que ela já saiba. A forma como ela age e como ela conversa comigo… — balancei a cabeça em negativa, tudo aquilo era demais até para quem vivia naquele meio — Eu tenho certeza que ela sabe.

— E sobre a proposta que ela fez, você já pensou?

— Eu queria dizer que sim, mas ainda não — apoiei meu cotovelo no encosto do sofá e sustentei minha cabeça com a mão esquerda, enquanto Regina deixava seus dedos adentrarem meus fios loiros — Eu sinto que se pensar demais, eu não irei aceitar, só que essa opção não existe.

— Emma, você não tem a obrigação e ninguém poderá te julgar se disser não — assenti, sabendo que ela estava certa, mas ao mesmo tempo sentindo meu coração apertar com aquela possibilidade — Cada um agiria de um jeito diante dessa situação, então não precisa se sentir tão pressionada assim.

— Eu acho que já sei exatamente o que responder, mas estou com medo de tornar isso real — confidenciei a ela algo que eu ainda não tinha dito em voz alta.

— E está tudo bem sentir medo, Emma. Será uma mudança e tanto na sua vida… — seus dedos ainda acarinhavam meu couro cabeludo e aquele gesto estava me fazendo relaxar — Não nego que aceitaria no mesmo instante que ela me fizesse a proposta — rimos, mas eu sabia que ela estava falando sério. Com certeza, Regina já teria aceitado. Pouco tempo depois, nossa janta chegou e eu fui recebê-la.

— Eu não sei o que você pediu, mas o cheiro está divino — falei levando a sacola com o pedido da morena até o nariz, enquanto me aproximava da bancada, onde ela já organizava as coisas para comermos.

— Espero que diga o mesmo do sabor!

— Estou começando a me arrepender de ter dado a ideia dos pedidos trocados — falei brincando, mas com um receio real dentro de mim.

— Você quem deu a ideia, querida! Agora terá que sustentá-la até o final — piscou pra mim, enquanto pegava duas taças — Peguei um vinho branco para acompanhar, okay? — apenas assenti, enquanto deixava o pedido que fiz para Mills em sua frente e abria o que ela havia feito pra mim em seguida.

— Brócolis e couve-flor, Regina? É sério? — perguntei indignada.

— Era o que tinha de menos saudável, Swan! — ela se sentou em uma das banquetas e começou a abrir o seu pedido, enquanto ainda me respondia — Mas não reclama, eu pedi para capricharem no queijo do molho.

— Pelo menos uma vantagem, né? — ri sem muita vontade, enquanto Regina deixava uma gargalhada alta escapar de seus lábios. Mas, assim que abriu o recipiente que estava o pedido que eu havia feito, sua expressão mudou — O que achou?

— Macarrão com molho à bolonhesa, sério? — ergueu uma sobrancelha, me fazendo sorrir de lado.

— E não se esqueça da porção extra de requeijão — os olhos castanhos se arregalaram em minha direção e eu deixei uma gargalhada escapar — Tá, não precisa comer todo o requeijão, mas tente comer pelo menos um pouco. Pode ser? — Regina assentiu e nos ajeitamos para jantar.

Durante todo o jantar, os assuntos que nos redeavam eram os mais aleatórios e tranquilos possível. Como havíamos combinado, todo e qualquer assunto mais burocrático e pesado, foi deixado de lado e focamos apenas em nos conhecermos melhor ou conversar sobre as coisas que estavam acontecendo no país. A conversa leve e descontraída fez o tempo passar mais rápido e quando me dei conta, já havíamos jantado há um tempo e estávamos sentadas no sofá outra vez, conversando sobre nossa juventude.

— Qual era o seu passatempo preferido na adolescência, além de ir a fliperamas? — o seu sorriso estava mais frouxo e algo me dizia que a segunda garrafa de vinho pela metade tinha algo a ver com isso.

— Eu adorava compôr músicas e escrever poemas, principalmente durante a primavera — seu olhar pareceu verdadeiramente surpreso com a minha revelação — O que foi?

— Você me surpreendeu, Swan! — afirmou, tomando um gole do seu vinho — Achei que diria que passava a maior parte do seu tempo livre em festas.

— Ah não! Eu não gostava muito de aglomerações — rimos e então foi minha vez de perguntar — E você, qual era o seu passatempo?

— Zelena e eu sempre aproveitavamos os momentos que nossos pais não estavam em casa, principalmente Cora, e saíamos para alguma festa ou para namorar — foi a minha vez de ficar surpresa — E sempre íamos juntas.

— Então quer dizer que Regina Mills era namoradeira?

— O que eu posso dizer?! — deu de ombros e sorriu de lado, causando um arrepio em meu corpo.

— Daria tudo pra ter conhecido você nessa fase — sem a real intenção, minha voz saiu um pouco mais rouca, chamando a atenção da morena.

— E pra que, exatamente, Swan? — seu tom acompanhou o meu e de repente a atmosfera que nos rodeava mudou.

— Aposto que teria aprendido muitas coisas com você — nossos olhos se encontraram e um breve silêncio se fez presente. Sem tirar os olhos dos meus, Regina deixou sua taça em cima da mesinha de centro e em seguida fez o mesmo com a minha. Nos olhamos por mais alguns instantes, até que Mills quebrou o silêncio.

— E o que você gostaria de aprender, Emma? — falou meu nome de maneira arrastada, fazendo o calor já presente em meu corpo, se espalhar um pouco mais.

— Tudo o que você estivesse disposta a ensinar — seu sorriso lascivo estava presente, fazendo uma combinação perfeita com seu olhar intenso. Lentamente, Regina se levantou parcialmente do sofá, diminuindo a distância existente entre nós e se sentou no meu colo. Tudo parecia estar em câmera lenta para mim e eu não saberia dizer se era pelo vinho ou pela excitação que já corria pelas minhas veias.

— Não somos mais adolescentes, mas se quiser ainda posso te ensinar o que sei, Swan! — falou próxima ao meu ouvido e em seguida deixou uma mordida no lóbulo da minha orelha.

Minhas mãos seguraram sua cintura no mesmo instante em que seus lábios tocaram meu pescoço e um gemido abafado escapou da minha garganta. Seu quadril começou a se mover e sem conseguir controlar, segui todos os seus movimentos. Uma risada abafada escapou de seus lábios quando Regina percebeu que eu buscava mais contato com seu corpo e levou uma de suas mãos até minha nuca, deixando um arranhão na região. Como resposta a sua investida, meus dedos adentram sua camisa e subiram por suas costas apertando-a em cada espaço possível, fazendo a morena gemer dessa vez. Não aguentei mais, não depois de ouvir Regina gemendo daquele jeito, e a beijei com toda a vontade que estava em mim. Todo o desejo que estava me dominando por dentro e toda a excitação que apenas ela era capaz de me causar, estava tudo sendo despejado naquele beijo sôfrego e extasiante. Separamos nossas bocas em busca de ar e Mills aproveitou a oportunidade para deixar uma mordida no meu lábio inferior.

— Acho que teria sido interessante te conhecer naquela época, Swan… — falou com a respiração ainda desregulada e me analisou por algum tempo. Sem dizer nada, a morena se levantou do meu colo e estendeu uma das mãos pra mim — Vem! — e eu fui, apenas a segui e nada disse. E como da primeira vez, Regina me conduziu até o seu quarto, mas ao invés de parar em frente a cama, seguiu em direção ao banheiro e só soltou minha mão quando precisou usar as suas duas para tirar sua roupa bem na minha frente, me fazendo perder o pouco de sanidade que ainda tinha — Entre, Swan! — aquilo não era um pedido e mesmo se fosse, eu não teria forças para recusar. O mais rápido que pude, mas nem tanto quanto gostaria, deixei minhas roupas junto as suas no chão e adentrei o box, que já estava parcialmente envolto no vapor da água recém ligada do chuveiro.

Assim que minha pele se encontrou com a de Regina, senti meu corpo entrar em combustão outra vez e apertei sua cintura, fazendo-a se inclinar um pouco mais em minha direção. Meus lábios desenharam uma linha disforme do seu ombro até o pescoço, enquanto seus dedos adentraram meu cabelo outra vez e deixaram um leve puxão no local. Eu precisava senti-la e tinha que ser naquele momento, então desci uma de minhas mãos pela sua barriga, buscando seu ponto de prazer, mas antes de alcança-lo Regina me parou.

— Não tão rápido — se virou sem realmente se afastar e puxou meu corpo, fazendo eu me sentar no banco embutido que havia ali. Arfei pela surpresa e pela temperatura do mármore contra a minha pele, mas antes que pudesse perguntar quais eram seus planos, a vi se ajoelhando entre as minhas pernas — Espero que não poupe esforços para deixar claro o quanto está gostando, Swan! — um arrepio subiu pela minha coluna.

Aquela era uma das cenas mais excitantes que eu já havia visto na vida; Regina ajoelhada no chão do seu banheiro, tendo seu corpo sendo molhado parcialmente pela água do chuveiro, enquanto aproximava seu rosto do meu sexo com um olhar predador. O primeiro contato da sua língua com minha intimidade me tirou um pouco o ar, mas conforme seus movimentos foram se tornando cadenciados e intensos, mais difícil era controlar os gemidos que escapavam de mim. Senti seus dedos se aproximarem da minha entrada sutilmente e a mínima menção de ser penetrada, me fez arfar. Regina riu contra meu clitóris latejante, causando uma certa vibração no nervo e sem aviso prévio, colocou dois dedos em mim. Seus movimentos eram firmes e profundos, mas não eram rápidos e isso estava me deixando cada vez mais entregue. No mesmo instante em que sua língua intensificou o toque em meu nervo, seus dedos aumentaram a velocidade das estocadas e foi nesse instante que nossos olhos se encontram. Eu me esforçava para manter os meus abertos, enquanto Mills parecia nem piscar. Senti meu interior se contraindo em volta dos seus dedos, indicando que eu estava próxima e então Regina mordeu levemente meu clitóris, fazendo todo o meu prazer escorrer em seus dedos e boca.

— Você está bem? — a morena perguntou, ainda ajoelhada, enquanto tentava regular sua respiração.

Vê-la ainda naquela posição estava despertando todo o tesão em mim novamente e sem respondê-la, me levantei fazendo-a fazer o mesmo. Dei alguns passos para frente, forçando seu corpo para trás até fazê-la encostar no vidro do box e tomei seus lábios para mim. Um beijo tão urgente quanto os outros, mas com gosto diferente. O meu gosto. Tal fato me fez lembrar do beijo que demos com nossos gostos misturados e um rosnado rasgou minha garganta, me fazendo virar Regina de costas pra mim. Deixei seu rosto e seios colados contra o vidro, enquanto sua bunda estava empinada em minha direção.

— Você está muito molhada, Regina! — constatei ao levar minha mão ao seu sexo.

— Culpa sua, Emma! — arfou um pouco ao sentir meu dedão e meu indicador apertarem levemente seu clitóris — Agora dê um jeito nisso! — sua voz baixa e rouca me impulsionou e eu apenas a penetrei, arrancando um gemido alto seu.

Enquanto uma das minhas mãos trabalhava em sua intimidade, a outra segurava firme em sua cintura. Eu tinha certeza de que meus dedos ficariam marcados ali e eu não poderia me importar menos. Seu quadril ditava os movimentos, enquanto meus dedos entravam e saíam de maneira firme, precisa e ágil. Era quase uma necessidade vê-la se desmanchar na minha mão e só de imaginar o momento em que seu sexo apertaria meus dedos, meu ventre se contraía. Sua lubrificação aumentou consideravelmente e seus gemidos ficaram mais altos, denunciando que seu orgasmo estava próximo. Aumentei a velocidade dos meus movimentos e logo senti suas paredes internas me apertarem, e o seu prazer escorrer logo em seguida. Retirei meus dedos da sua intimidade lentamente e colei meu corpo em suas costas, buscando recuperar meu fôlego e amparar Regina. Aquela havia sido a primeira da noite, mas dificilmente seria a última.


Notas Finais


Eai, o que acharam? Gostaram?
Espero que sim!! Até a próxima!!!!


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