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História Entregando-se - Acordando sozinho


Escrita por: Solari1248

Notas do Autor


Aeeeee. Obrigada pelos comentários! Isso deixa nosso coração quentinho e dá mais vontade de escrever!
Vocês são uns amores.

Mais um capítulo grandão p vcs.
Espero que gostem, e boa leitura 😘

Capítulo 4 - Acordando sozinho


Tudo escuro, e quentinho. Foi assim que Akaashi se sentiu ao acordar. Lembrava de tudo que tinha aprontando na noite anterior e sentiu-se envergonhado. Sabia que o cio sempre o deixava carente e dependente, mas as atitudes dele estavam um tanto infantis e teimosas. Não que não fosse assim normalmente, mas não conseguia entender a irritação a birra, e o pior... Como ficava manhoso nas mãos do alfa. Esse que parecia não se importar, e não o repreendeu em momento algum, agindo sempre pacientemente, conversava e tentava negociar o melhor pra eles. Não podia negar que ele era lindo, e forte, a estatura de um verdadeiro Gladiador de filme não condizia com a personalidade doce e gentil. Mas onde ele estava? Achou que estaria dormindo com ele, pois lembrava de estarem juntos na cama antes de adormecer. Ele disse algo sobre virar para... MEU DEUS QUE VERGONHA!!! Sentiu as bochechas esquentarem e levou a mão ao traseiro pra checar a bagunça da noite anterior, mas estava limpinho e vestido com uma calça moletom. Ele com certeza o limpou e vestiu antes de sair do quarto... Mas onde ele estava? Porque não estava no quarto? Porque deixou ele sozinho? E se sentisse aquilo de novo? Não devia deixa-lo sozinho. Levantou e saiu a procura daquele alfa gostoso.. quer dizer... Charmoso... Quer dizer... Idiota! Isso, alfa idiota...

Chegando a sala, avistou Bokuto debruçado sobre a mesa com alguns livros e o notebook ao seu redor, roncando e babando sobre os braços. Era uma cena engraçada, mas tinha certeza que ele iria acordar com um torcicolo e dor nas costas, isso se não ficasse resfriado, já que estava só de cueca e estava frio. Aproximou-se dele e lhe tocou o ombro pra que ele acordasse.

- Bokuto-san... Acorda, vai pra cama...

- Sai mãe, eu já disse que não vou casar... - falou ainda dormindo.

- Bokuto-san, levante, está frio! - Chacoalhou o ombro dele com mais força, mas o maior nem ao menos se mexeu. - BOKUTO KOUTAROU, LEVANTA AGORA! - Com o grito, o maior levantou num pulo fazendo uma pose típica de militar em continência.

- Sim Senhor, Senhor!!! - mas ao ouvir a risada do ômega, se sentiu envergonhado, mesmo assim conseguia ter um sorriso em seus lábios, a risada dele era contagiante. - Bom dia! Dormiu bem? - perguntou tentando tirar o foco da vergonha que sentia.

- Sim, mas... - Agora Akaashi olhava pras coisas sobre a mesa, e não resistiu a curiosidade que lhe atingiu. - O que estava fazendo?

- Ahh... Isso é trabalho... Só trabalho... Eh.. quer comer? Eu faço panquecas.

- De novo? - a cara do ômega era acusatória, como se dissesse "você só sabe fazer isso?'' e o outro sorriu. - Pode deixar que eu faço. Tá bom?

- Então vou guardar essas coisas, e vamos tomar café.- falou empolgado, juntando tudo de cima da mesa e guardando na mochila.

- Você pode vestir uma roupa sabia? - talvez... Só talvez... Aquilo o deixava sem concentração.

- Eu sei, mas sinto calor... Nossa que dor nas costas. - Falou levantando o braço até a nuca, massageando ali. O movimento o fazia contrair o músculo das costas, e aquilo sim era uma distração. Akaashi que estava tentando colocar os ovos na frigideira, encostou o dedo no óleo quente e soltou tudo dentro da panela fazendo uma grande bagunça.

- CARAL... mujo.. - Respirou fundo pra não surtar por causa disso, mas a risada do outro ecoou pela cozinha fazendo-o tremer de raiva.

- Quer ajuda be... Benção de Deus!? - sabia que chamar ele de bebê na noite anterior tinha sido o gatilho da discussão e não queria isso de novo. Fez uma careta já esperando o esporro que ia levar, mas nada veio. Viu o outro jogando tudo na lixeira e começando de novo a fazer o café da manhã. Ignorando-o totalmente. Ele era organizando e parecia que seguia um ritual. Era bonito de se ver. Fez ovos, bacon e torradas. Um café bem forte do jeito que ele gostava e pegou leite. Serviu um prato pra ele e outro pra si, e se sentou ao seu lado comendo tranquilamente. O silêncio incomodava o maior que era barulhento por natureza, mas sentia que podia apreciar aquele momento ao lado do moreno, que estava concentrado comendo. Colocou um pedaço grande de bacon na boca e antes que pudesse engolir, se engasgou com o susto. Akaashi tinha começado a falar quebrando o silêncio tranquilo e confortável.

- Desculpa por... Meu Deus... - Bokuto estava vermelho, entalado com a mão no pescoço tentando respirar. Os segundos a seguir foram com Akaashi fazendo manobra de Heimlich pra desingasgar o maior, bacon voando pela cozinha e os dois se encarando enquanto o alfa respirava melhor. Era um desastre. Depois de recuperar o fôlego, Bokuto começou a rir como se tivesse visto a coisa mais engraçada do mundo.

- Qual a graça? Idiota... - Só agora o ômega percebeu como seu coração estava acelerado, as mãos tremiam e estava suado. Aquilo o deixou assustado.

- Você... - não conseguia falar direito por causa do riso que não parava - meu... Hahahahaha... Parecia que você tava me enrabando hahahahah...

- Você é um imbecil. - Falou colocando instintivamente a mão no peito, parecia que seu coração ia sair pela boca. - Você podia ter... - Falou baixinho - morrido...

- Desculpa Akaashi-kun. - Falou mudando totalmente sua postura relaxada. - Eu me assustei. Não vai acontecer de novo, okay?- o outro só concordou e abaixou a cabeça. Não sabia porquê, mas sentiu medo de perder aquele abobalhado. Ele não podia morrer na cozinha de sua casa né? Era só isso. Precisava devolvê-lo inteiro a clínica. Não era nada além disso. Enquanto divagava, sentiu a mão do maior tocar seu rosto, num gesto carinhoso, passando o polegar por sua bochecha indo até seu lábio inferior, olhando fixamente em seus olhos. - Prometo ser mais cuidadoso tá?

- Tá bom... Você ainda vai comer?

- Vou sim, tá muito gostoso! Onde você aprendeu a fazer isso? Nossa... - Colocou mais comida na boca e comia como se fosse a coisa mais gostosa do mundo.

- É só ovo frito e bacon frito, não tem mistério...

- Eu não como essas coisas a muito tempo... Hum... Normalmente sigo uma dieta mais saudável... Nossa, isso é maravilhoso... Mas eu amo bacon. Você não vai comer? - Perguntou olhando pro prato do outro que estava pela metade.

- Pode comer o meu, tô sem fome. Vou só tomar um copo de leite. - Ouviu a risadinha do outro, e já sabia o que ele estava pensando. - Se você me chamar de bebê de novo eu arranco seus ovos pra próxima refeição.

- Por que não gosta?

- Por que me chama?

- Perguntei primeiro... - Disse sorrindo.

- Me faz sentir inferior. Não gosto disso.

- Mas bebês não são inferiores. Eles são fofos e engraçados. E todo mundo acha bonitinho e quer brincar com eles, e eles são inteligentes e dá vontade de cuidar, dar banho...

- São barulhentos e desnecessários.

- Você... Não quer um bebê?

- Que raios de pergunta é essa Bokuto-san? Claro que não. Eu não posso. Não tenho condições financeiras nem psicológicas de criar uma criança sozinho. Tem as fraldas, o leite, a educação, a escolinha e as roupas novas todo mês, sapatos e quando for sair sozinho? Vai me tirar o sono... E a faculdade? Meu Deus não! - Falou tudo embolado, como se projetasse um futuro diferente.

- Você não ia ter sozinho. Sabe... Pra ter um bebê você precisa ter um pai pro bebê...

- Não terei um bebê, muito menos um pai de bebê e não me chame de bebê. Entendidos? Ótimo. Lava a louça. Vou tomar banho. - E saiu em direção ao quarto. Dessa vez não trancou a porta, mas bateu com uma força desnecessária.

Bokuto sentiu o peito apertado com aquela nova informação sobre o menor. Ele não sabia muita coisa, só o que estava no questionário, mas aquilo o deixou com um sentimento estranho. Terminou de lavar tudo e foi pro quarto. Queria conversar mais com o emburradinho mas estava com sono, e sabia que não ia demorar pra ele ficar 'animadinho' de novo. Isso era outra coisa que estava deixando-o curioso... Por que o cio dele parecia desconectado? Normalmente era uma quantidade absurda de sexo, e o ômega ficava a maior parte do tempo excitado e fora de si. Mas Akaashi era controlado e parecia até duas pessoas diferentes. Quando a vontade mais intensa vinha, ficava maleável, dócil, quase obediente. Mas quando passava era indiferente, distante e muito, muito rabugento. Mandão... Enfim. Decidiu deitar e esperar o moreno sair do banheiro, tentaria descobrir mais algumas coisas. O cheiro da cama de Akaashi era maravilhoso. Era como entrar um uma fábrica de chocolate, era doce, intenso, marcante. Afinal cada ômega tem seu aroma único, é o que faz deles especiais. E estava tão aconchegante que Bokuto acabou dormindo agarrado ao travesseiro antes mesmo do menor sair do banho.

___________________________________

Acordou perto das duas da tarde. Uma chuva enorme caía lá fora e o barulho dos trovões foram seu despertador. Sentiu seu braço preso por alguma coisa e lá estava o pequeno ômega agarrado a ele, coberto dos pés a cabeça, somente com o nariz arrebitado pra fora, pra poder respirar. Sabia que ele estava acordado pois cada vez que ouvia um barulho de trovão ele abraçava seu braço com mais força e tremia.

- Akaashi...

- Te acordei? - perguntou baixinho.

- Não... Vem mais pra perto de mim. Tá frio. - Devagarinho ele se aproximou. Era como se tivesse medo de ficar perto do maior e isso não passou despercebido. - Por que você fica sempre tão distante? E briga tanto comigo?

- Po-po-po-porque sim... Ora... - mas aqueles olhos dourados não pareciam satisfeitos com a resposta. - Olha, eu não sei. - Suspirou pesadamente e começou a fazer círculos imaginários na barriga do maior, enquanto tentava organizar seus pensamentos. - Eu tomo supressores a muito tempo. E eu não gosto de ter que fazer isso. Mas quando tô perto de você... - Escondeu o rosto na curva do pescoço do maior, e passou o nariz em cima da glândula que libera os feromônios, gemendo sem vergonha alguma. - esse cheiro... E onde suas mãos tocam... - Pegou a mão do alfa e colocou sobre sua cintura. - queima... Me deixa quente. E eu tenho medo...

- Medo? - Era visível que quem estava no controle agora, era a parte mais primitiva do ômega. O feromônio, o jeito que se esfregava em Bokuto, as mordidas na sua pele, as unhas curtas arranhando seu abdômen. Mas era bom. E ele não iria perder a oportunidade de ver mais uma das facetas do lindo garoto de olhos azuis.


Notas Finais


É isso. Kkkkk sei nem o que dizer.
Espero que tenham gostado. Até a próxima!!!
Beijinhos de luz 😘


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