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História Epicentro - Rocks


Escrita por: verfsrmiga e Lady-Aurieta

Notas do Autor


EAAAAIIIII PESSOAAASSS

Voltamos e voltamos com tudo, bb! Voltamos com o penúltimo capítulo. Estamos a 6 dias da estreia da nova temporada e vamos tentar atualizar e postar o último cap antes disso. Eu peço mil desculpas por ter demorado tanto pra postar e quero dizer QUE FOI CULPA DA EMILLE kkkkkkkk enfim, espero que gostem de verdade ❤❤ e viva lá revolucion

*capítulo escrito pela Rayane, com uma ajudinha da Emille*

Capítulo 8 - Rocks


Fanfic / Fanfiction Epicentro - Rocks

-Mas deveriam, porque a partir deste momento você estará sendo vigiada vinte e quatro horas, e no primeiro deslizes eu vou te pegar e te mostrar como se brinca de diabo. A maior hija de puta que você já conheceu está voltando, governando o inferno desta vez. Se cuida, meu amor.


Raquel desligou. Uma sensação eletrizante passou pelo seu corpo e ela se sentiu poderosa, até porque, naquele momento, tendo toda a polícia cega e surda sobre seus atos e completamente apavorados sem saber qual seria o próximo passo dela, não era pra menos o poder que sentia.

Mas aquela sensação era quase como um orgasmo, tomando conta do seu ser da ponta dos dedos até os fios de cabelo loiros. E depois de desligar o telefone, ela encarou por um minuto inteiro ele, percebeu a sua posição e sorriu, gritou, bateu freneticamente no volante do carro roubado e chorou de felicidade. Finalmente estava livre, longe daqueles filhos da puta que a torturaram, segura e poderosa. Ela não poderia estar melhor.

- Que grande filha da puta você se tornou, Raquel! - Murmurou pra si mesma pegando o telefone de novo - Vamos voltar pro comando, meu amor!

Discou um dos números que teve que decorar durante os dois meses e respirou fundo antes de levá-lo até a orelha.

-Anda, atende, atende…


Um tanto longe dali, Sérgio se encontrava concentrado tentando bolar um jeito de tirar Raquel daquela maldita prisão, sem feri-la e nem aquela criança, mas ele descobriu que quando se tratava de Raquel ele não pensava, se pudesse ele mesmo iria invadir aquele lugar e tirá-la de lá, mas não podia, acabariam os dois mortos e todo plano por água abaixo. Enquanto quebrava a cabeça, pela primeira vez, um som ecoou por todo o lugar e conseguiu sentir seu sangue gelar. Um dos telefones de contato que tanto ele quanto Raquel tinham decorado estava tocando dentro da gaveta, ele a abriu e viu o telefone com a tela acesa e um número desconhecido. Engoliu seco e o pegou na mão, quando ia atender, o número desligou.


- Porra, Sérgio, tá de brincadeira com a minha cara…


Poucos segundos se passaram enquanto ele encarava aquele mesmo aparelho esperando tocar, mas foi outro que tocou e ali ele teve certeza. Pegou o outro celular às pressas e atendeu. 

-Raquel? Meu amor, eu vou te tirar daí o mais rápido possível… - Começou a falar rápido, se atrapalhando.

-Sérgio! - Gritou e o fez parar - Eu já fugi.

-O que? Como?

-Longa história, não temos tempo pra isso… - Disse com uma falta de ar absurda - Preciso que você avisa a todos que eles têm que começar a sair, a Alicia tá um pouco… puta… comigo, eles precisam sair porque a polícia vai começar atacar com tudo agora, talvez sejam até capazes de invadir o lugar sem dar a mínima pros reféns, se sair 5 vivos é muito!

-Okay, tudo bem, vou avisar a eles, mas você, meu amor, você…

- Eu vou me juntar a vocês no final, antes disso não tem como, seria perigoso pra mim, pra você e pras crianças…

-Pras crianças? - Ele riu leve. Se sentia leve, por finalmente tá falando com ela.

-Forma de dizer… - Ela soltou um ar risonho.

- Eu amo você - Ele disse. E ela fechou os olhos e sorriu sentindo aquelas palavras em sua boca, como se fosse seu energético para continuar lutando.

- Eu também amo você - Sentiu uma lágrima descer pela sua bochecha - E Sérgio…

-Oi?

- Eu tô sentindo que é menina… - E a ligação caiu. Ambos olharam pro aparelho por tê-los cortado no meio, mas muito felizes por saberem que o outro estava bem e vivo.

Raquel segurou forte o celular em suas mãos, como se estivesse abraçando ou beijando o Professor naquele momento, respirou fundo, tomou coragem colocou o celular no banco do lado e deu partida com o carro. Esse roubo tinha que acabar o mais rápido possível.

[...]

-Mas deveriam, porque a partir deste momento você estará sendo vigiada vinte e quatro horas, e no primeiro deslizes eu vou te pegar e te mostrar como se brinca de diabo. A maior hija de puta que você já conheceu está voltando, governando o inferno desta vez. Se cuida, meu amor.

Alicia ouviu aquilo e foi como se tivessem jogado um balde com água e gelo em cima dela. Sentiu cada pelo do seu corpo se arrepiar, mas não por medo, por raiva. Respirou fundo uma vez. Ela conseguia sentir o seu sangue esquentar como se estivesse fervendo no fogo. Respirou fundo a segunda vez. Ela não ouvia nada fora, como se seu corpo tivesse virado aquela tenda e ela apenas conseguisse dar atenção ao que acontecia nele. Respirou a terceira. Sentiu um leve pontada na barriga, o bebê tinha chutado, mas não era hora pra aquilo.

-Alicia? - Pietro a chamava, mas ela estava paralisada, anestesiada, com o telefone ainda na orelha.

E depois de um minuto assim, ela conseguiu voltar a consciência. Piscou algumas vezes é umedeceu os lábios. Respirou fundo a quarta vez.

-O Suarez tá no hospital? - Essa foi a primeira coisa que perguntou.

-Sim, ele tá com três costelas quebradas e sem muita consciência… - Pietro respondeu.

-Então diz a ele para começar a rezar pra morrer, porque se ele aparecer na minha frente, quem mata ele sou eu…

-A culpa da Raquel ter fugido não é do Suarez, o Angel ajudou ela e a vadia se fingiu de morta sei lá como! - Pietro elevou a voz.

-Angel… - Ela sussurrou o nome - Outro que se aparecer na minha frente...

-Alicia…

Pietro até iria dizer algo, mas algo o interrompeu. Alicia sentiu seu cérebro atingir o limite de ira, gritou alto fazendo todos na tenda a olharem, deu um soco na mesa e jogou o aparelho com que falara com ela a alguns minutos longe.

-DESGRACIADA HIJA DE PUTA - Gritou de novo. E o primeiro rosto que viu na frente, o de Pietro, ela socou.

-ALICIA! - Urrou de dor.

-CALA BOCA! - Gritou de novo. Parou e respirou fundo, tentando pensar - TODOS, TODOS NESSA MERDA DE TENDA CALEM A BOCA, PAREM O QUE ESTÃO FAZENDO E ME DEIXEM PENSAR!

Levou as duas mãos ao rosto e depois de respirar fundo muitas e muitas vezes, ela tirou e encarou todos ali, que a olhavam com medo.

-Prestem muita atenção no que eu vou dizer agora, porque eu só vou dizer uma vez e quem fizer qualquer outra burrada vai se ver comigo e eu prometo levar essa pessoa até as profundezas mais dolorosas do inferno - Berrou - Eu quero que a equipe se divida e procure possíveis esconderijos para Raquel Murillo, eu encontro essa vaca e nada me vai me impedir de matá-la com as minhas próprias mãos. Eu também quero que algumas pessoas se concentrem em achar Paula Murillo, a filha dela, precisamos dessa menina aqui o mais rápido possível, a busquem até na puta que pariu, não me interessa, eu preciso dela aqui.

Respirou fundo de novo.

-Estamos chegando na reta final dessa merda e isso precisa acabar agora!

[...]

Foi a tarde que o telefone tocou em meio ao silêncio mórbido da sala onde os membros daquele assalto estavam, tentaram revezar, agora estavam ali apenas Mônica, Tóquio, Denver e Palermo, e foi este último que atendeu ao telefone.

— Professor — Sua voz saiu mais seca que o comum — O que tem de novidades do mundo aí fora?

— Me coloque no viva voz, quero que todos ouçam.

Palermo ergueu as sobrancelhas e logo franziu o cenho apertando o botão vermelho que permitia que todos ouvissem o que estava por fim, porque claramente algo vinha.

— Pronto, todos estão ouvindo, professor, estamos apenas eu, Estocolmo, Tóquio e Danver.

Ouviu-se um ruído baixo.

— Lisboa está viva! 

Lisboa estava viva? A mulher cujo destino fora traçado no mesmo dia que o de Nairóbi, estava... viva? Mônica ficou de pé rapidamente, sua amiga estava viva! Um ar de alívio invadiu seus pulmões e uma felicidade genuína foi expressada nos seus lábios que abriram um sorriso iluminado.

— Eles estão a mantendo em algum lugar e eu irei descobrir. Enquanto isso, precisamos executar o plano e preciso que todos ouçam com atenção para passar para os demais.

Era hora de iniciar a parte mais arriscada de todo aquele grande plano. O final estava mais próximo do que eles imaginavam.

-Vocês vão fazer o seguinte…

[...]

As horas se passaram rapidamente. Já estava a noite e a polícia estava começando a desconfiar de tanto sossego. Alicia parecia absorta de toda a situação, a mente completamente insana dela pensando em ótimos jeitos de acabar com todos do bando assim que eles saíssem, mas não pensava em uma solução que realmente funcionasse para pegá-los.

Enquanto isso, o bando dentro do banco caminhava a passos longos até a liberdade tão desejada e tão próxima. Assim que tiveram a confirmação do professor para começar, eles dividiram os reféns em grupos, espalharam eles por todo o banco. E as 23:00 em ponto, todas as cortinas, de todas as janelas do Banco da Espanha foram abertas por reféns que se colocaram à frente falando os vidros com o próprio corpo.

Todo o ouro que haviam produzido já estava pronto para ser levados, eles só precisavam sair, apenas isso.

-Ah… inspetora? - Chamou nervoso alguém que percebeu a movimentação. Alicia se levantou da cadeira em que estava sentada e foi até ele - Tem algo estranho…

Sierra franziu o cenho ao perceber; - mas o que…

Às 23:05, o sistema da polícia foi hackeado, não para pegar informações ou qualquer coisa, mas para desligar as luzes que iluminavam exageradamente o prédio enorme. Essas luzes foram apagadas junto com as da tenda também, por mais que os computadores ainda estivessem a mil por hora e todos os outros equipamentos estivessem funcionando perfeitamente. O professor sabia muito bem que para uma peça de teatro for boa, precisa da iluminação perfeita para seu palco.

"Espero que curtem o espetáculo", sua voz ecoou por toda a tenda fazendo Alicia ficar tonta ao perceber o que estava acontecendo.

-Eles estão saindo… - Sussurrou mais para si mesma - ELES ESTÃO SAINDO - Gritou.


O breu que a falta da luz daqueles refletores causava, não era suficiente para usar isso a favor deles. Sergio precisava disso para fazer apenas uma coisa;

Às 23:10, uma projeção com o rosto do professor refletiu no prédio, as pessoas gritaram extasiadas, sem acreditar no que estavam vendo. Ele, ali e pelo visto, ao vivo, já que esperou a multidão silenciar para apenas produzir um;

-Holaresistencia - E os gritos recomeçaram.


Dentro da tenda, Alicia olhava aquilo sem acreditar, por mais que tivesse pedido aos seus homens para entrar em ação para impedir, sem ela sabia direito o que fazer. E, no pior momento, na pior hora, talvez acelerado pelo seu nervosismo e estresse que andou passando nos últimos dias, aconteceu.

Alicia sente um líquido escorrer pela sua perna e demora a perceber do que se trata, até que;

-Ah não - Diz em voz alto atraindo a atenção de alguma pessoas - Não, não, não, não. AGORA NÃO.

-Inspetora, a senhora está bem?

-EU ESTOU ENTRANDO EM TRABALHO DE PARTO, ENTÃO NÃO, NÃO ESTOU BEM - Disse sentindo o ódio lhe invadir dos pés a cabeça. Precisava ver a hora rapidamente, (23:12), em 5 minutos iria sentir a primeira contração e não tinha como aquela situação ser mais catastrófica.


-O apoio de vocês nos últimos tempos - Sérgio recomeçou - Tem sido que grande incentivo, mas agora vocês vão me perdoar, irei precisar de uma coisa a mais de vocês - Ele sabia o quanto aquelas pessoas estavam com sede de vingança, com ódio dos seus governos, dos seus bancos, de como muitas das vidas ali haviam sido destruídas por eles. E eles precisavam fazer parte da quebra ao sistema - Vocês fazem parte da equipe. Não existe uma quebra ao sistema, sem o povo, que foi o que mais sofreu. Vocês têm que saber que têm poder em suas mãos, muito mais do que pensam. Não são eles, são vocês que mandam nessa merda de país. Uma revolução está acontecendo aqui, muito maior que a francesa, a industrial ou qualquer uma que vocês possam citar. Isso aqui está acontecendo para dizer em alto e bom som que somos nós os poderosos de todo o mundo, e nem sequer precisamos de dinheiro para isso, temos força de vontade, sede de vingança, a raiva corre em nossas veias e nos dá força para lutar. Por nós, nossos filhos, nossos netos. Eu preciso da ajuda de vocês, porque pretendo fazer revolução e não posso fazer isso sem o povo. Então, aí vai a primeira ordem para me ajudar a revolucionar- O Professor respirou respirou fundo, seu um sorriso amigável e sua feição carinhosa, logo se tornou obscura, com o sorriso desaparecendo imediatamente - Invadam!


De primeira, eles não perceberam do que se tratava. Mas, quando as portas do Banco se abriram sem mais nem menos, eles entenderam. Invadam!

Alicia sentiu a primeira contração e deu grito ensurdecedor que ecoou pela tenda, se misturou com os gritos que estavam vindo lá de fora. Os gritos do povo, da resistência, correndo de encontro aos militares, tendo a certeza de que eles não poderiam atirar em todos ali e se fizessem, iriam se apedrejados. Eles correram. E invadiram. Mil. 2 mil. 3 mil. Beirando os 4 mil manifestantes que estavam ali, correram passando pelo militares e indo em direção a porta do Banco da Espanha. A um passo da maior revolução que o mundo já vira.

.


Não há necessidade em suplicar

É do jeito que está ficando, querida

Johnny não é tão maluco

Ele sempre se informa com as moças

(yeah, yeah, yeah)


Tire suas pedras

Tire suas pedras querida

Mexa agora, agora

Saindo do centro da cidade

Tire suas pedras

Tire suas pedras querida


-Rocks, Primal Scream


Notas Finais


Invadam! ✊


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