Escrita por: bloominnie
Você se lembra de quando nós começamos a namorar? De quando nós queríamos ficar juntos vinte e quatro horas por dia e que, quando não podíamos, agíamos como se um de nós estivesse em um estado terminal de uma doença trágica e incurável? É tão engraçado, não é? É engraçado que eu tenha pensado que te amava. Eu não te amei nos primeiros dias, não cheguei nem perto disso, mas te amei nos dias que vieram a seguir.
Pouco a pouco, assim como nós construímos um relacionamento, nós construímos também o amor, gesto após gesto e palavra por palavra. Criamos uma relação que vai muito além de encontros românticos e os clichês do começo de um namoro promissor. Nós evoluímos juntos e nós continuamos a evoluir ainda hoje. Eu penso sobre isso todas as manhãs, quando eu abro os olhos e o primeiro rosto que eu vejo é o seu. É nesse exato momento do meu dia em que eu percebo que eu te amava muito ontem, mas que eu te amo ainda mais hoje.
A ideia de estar preso a alguém sempre foi um dos detalhes do que um relacionamento significa que mais me assustava. A domesticidade e a familiaridade de um casamento era o que mais me causava pavor. Porque na minha cabeça de homem imaturo, compromisso significava a perda da minha liberdade, exatamente como a mensagem que é passada para homens héteros que estão prestes a se casar.
Mas eu percebo hoje que eu estava errado.
Porque era muito bom quando nós dois nos víamos todos os dias e saíamos para conhecer uma balada nova a cada final de semana. Ainda se parecia muito com uma vida de solteiro. Mas, então, nós evoluímos para um outro patamar e eu percebi que nada poderia ser tão bom quanto chegar em casa e te encontrar deitado no sofá, me esperando para que a gente possa assistir o novo episódio daquela série que a gente nem gosta tanto, mas que nós já começamos e que agora precisamos saber o final. Porque ouvir a sua voz xingando o personagem babaca e te beijar para desviar a sua atenção só porque eu não consegui resistir é infinitamente melhor do que olhar para pessoas bonitas quando eu tenho você do meu lado.
Não é que eu não goste mais de sair, você entende tão bem quanto eu que velhos costumes nunca são perdidos, mas… Se eu te disser que eu prefiro muito mais beber uma cerveja em casa, assistindo O laboratório de Dexter com você pelo resto da vida, você promete que não vai ter medo do compromisso que eu estou tentando assumir com você? Promete que não vai fugir?
Eu gosto, Taehyung. Eu gosto da domesticidade que nós temos; de deitar sobre o seu peito e ouvir os seus batimentos cardíacos, tanto quanto eu gosto das suas pernas emboladas nas minhas e de ouvir você cantando quando está no banheiro porque não gosta que escutem o barulho do seu xixi. Você entende o que é isso? Você tem a mínima noção do que eu estou dizendo? Eu estou dizendo que eu te amo. Desde os seus fiozinhos de cabelo que ficam despontados para cima quando você acorda, até o seu dedinho feio do pé.
Eu também estou dizendo que eu gostaria de poder beijar você todas as manhãs, mesmo que o seu hálito seja terrível depois de acordar. Eu estou dizendo que eu ainda quero ter a sua mão entrelaçada na minha por muito outros anos e que eu quero ser o único com quem você vai fazer amor pelo resto da vida. Eu sei que é assustador e que parece loucura, mas eu quero que daqui pra frente, eu seja o único homem que vai escutar um ‘eu te amo’ sair da sua boca. Até porque, se não for eu, quem é que vai fazer as panquecas que você gosta? Quem é que vai te comprar milk shake de morango as três horas da manhã para te deixar feliz? É, eu não sou o único e, com certeza, existem milhares de homens por aí que fariam de tudo para estar no meu lugar. Mas eu não quero que qualquer um se case com você. Eu quero que eu me case com você. Você só precisa dizer que sim.
Portanto eu te pergunto: você quer se casar comigo, Taehyung?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.