25/12/2017
Estávamos comemorando o Natal junto à nossa filha Ellen Magali depois de uma viagem que eu havia feito com o Oscar. Ela tinha ganhado um presente do 'papai Noel' que ela tanto queria: um patins. Ela queria muito que eu e o Oscar ensinassemos ela a andar nele.
A campainha da nossa casa chega e visitas agradáveis chegam pra nos trazer carinho e companhia. Era a Emília, a Sabrina com o pequeno Spencer e a Luana.
Cheguei perto das meninas e dei um abraço nelas. O Spencer já estava tão grande. Beijei a bochecha da Luana e fiz careta pro Spencer, fazendo-o rir. O dia estava perfeito para passarmos nosso natal reunidos e felizes como todo ano, apesar das grandes perdas de 2017.
Queríamos seguir fazendo uma grande ceia e uma oração para a Raissa, nossa amiga que infelizmente foi-se no grande terremoto de 12 de Junho.
Arrumamos tudo na nossa nova casa para tudo ficar perfeito e ficamos muito satisfeitos com a decoração.
Todos nós resolvemos assistir uma série na TV para celebrarmos a vinda de nossos amigos. Ficamos de bobeira até o céu escurecer.
- Esse ano passou tão rápido... - Falei puxando assunto.
- Foi um grande ano para todos nós, eu acredito. - Sal me respondeu.
A Sal e a Emília pareciam desconfortáveis entre si. Eu chamei a Emília para uma conversa na cozinha para podermos ficar num clima saudável.
- O que houve, Mi? - Falei a ela.
- Sabe, Léo... a Sabrina me magoa muito, a gente tem brigado muito. Eu não sei se vou aguentar... Parece um estado de vida em morte. - Ela respondeu triste.
- Eu vou conversar com ela. Mas você também tem que entender que esse ano foi estressante para todos. Podemos encerrar bem, você não acha? - Propus a ela.
- É... você tem razão. Mas fala com a Sabrina, por favor!
Saí da cozinha com a Emília e olhei para Sabrina fazendo gesto para ela me seguir. Voltei a cozinha mas dessa vez com a Sabrina, que começou a desabafar.
- Léo, eu não quero perder ela. Não sei o que ela disse, mas meu estresse é porque ando meio frágil. Sinto que ela está aqui mas ao mesmo tempo está tão longe. Eu a amo, mas está difícil.
Eu abracei a Sabrina. Ela é minha melhor amiga e eu nunca a deixaria mais magoada que já estava.
- Sá. Você só tem que se acalmar. Vai ficar tudo bem entre vocês, está bem? Ela está aqui conosco e tudo vai ficar bem, eu prometo.
A Sabrina começou a chorar e me abraçou com força. Eu retribuí com meu abraço apertando ela.
Voltei á sala e fui sentar do lado do Oscar e dá Ellenzinha.
Ela acabou adormecendo com o filme que tínhamos notado. Pusemos ela na caminha dela e pusemos o Spencer no quarto em um bercinho e fomos para a sala.
Chegou a hora da ceia de natal. Eram 21h00 e nos sentamos para começarmos a comer. Antes de tudo fizemos orações para a nossa amiga e depois eu comecei a cortar o peru que a Luana tinha feito. Foi quando alguém bateu na porta. Como a Lu estava de pé ela falou:
- Eu atendo! Podem ficar sossegados.
Assim que a Luana abriu a porta o convidado que menos esperávamos chegou com uma arma apontando para nossa mesa. Era o Hélio Costa. Ele chutou a Luana e entrou apontando a arma a todos nós.
- O que você quer aqui!? - Falei nervoso.
- Vocês são muito idiotas! Deixam rastros aonde vão. Acharam que eu não ia achá-los? Pois foi bem fácil. Agora eu vou matar todos vocês um por um... se não me entregarem aquele fedelha.
Sabrina foi andando até a Luana para ajudá-la a levantar, mas o Hélio impediu a Sabrina e disse:
- Mais um passo e você morre! Aliás, cadê aquela amiguinha de merda de vocês?
- CALA BOCA! DEIXA A RAISSA DESCANSAR EM PAZ! - Luana gritou enquanto levantava.
- A vadia morreu? Menos uma parasita no mundo! Agora me dêem a criança ou todos vocês morrem!
- Moço, é natal... por favor nos deixe em paz! Já sofremos demais. - Emília falou suando de medo.
- CALA BOCA sua enjoada. Acho que vai ser divertido matar você primeiro.
- NÃO! - Sabrina falou se pondo a frente dá Emília como um escudo humano.
No valor do momento eu sussurrei com o Oscar sem mover um músculo:
- Amor... você tem que pegar as crianças e fugir daqui. Vá lentamente pro quarto.
- Eu nunca o deixaria aqui, Leonardo!
- Por favor, Oscar, você tem que salvar os meninos.
Ele acabou topando com a idéia é eu fiz um gesto pedindo para a Luana chamar a atenção do Hélio.
Ela o empurrou fazendo-o cair. Foi o momento em que o Oscar foi correndo pro quarto. O Hélio tentou correr atrás dele mas ele se trancou no quarto com as crianças.
- Filha, faça silêncio e se esconda com o papai. - Ele falou sorrindo mas suando de nervosismo, deixando nossa filha assustada. Ele pegou o filho das meninas no colo e se escondeu de trás de um cômodo longe dá porta.
- ABRE ISSO AQUI! ABRE! - O Hélio gritou.
Ele veio correndo com ódio no olhar contra a Luana e disparou contra ela.
- AAAAAHHHHHHH! - Ela se abaixou e ele errou o tiro.
- Hélio! PÁRA COM ISSO! PELO AMOR DE DEUS. - Gritei para ele.
A Ellenzinha tinha ouvido eu gritando dá sala o nome dele é perguntou pro Oscar muito assustada:
- Papai, o Hélio vai nos matar?
- Que besteira, meu amor. Eu nunca deixaria algo acontecer a você. - Oscar falou beijando o rostinho dela.
- Chega! Vou arrombar aquela merda de porta! - Hélio falou indo até a porta e atirando contra a maçaneta. Ele chutou a porta e ela quebrou.
- NÃO FAZ ISSO! - Falei gritando de nervoso.
Oscar foi correndo até ele para tentar impedí-lo. Ele socou o Hélio no rosto três vezes fazendo-o sangrar. Num momento de tensão ele atirou contra o Oscar acertando-o na perna e fazendo-o cair de dor.
- AAAAAAARGH! - Oscar gritou.
Me passou um flashback na cabeça de todos os momentos meus bons com o Oscar e todo medo que eu tinha de perdê-lo, e sem mais nenhum pensamento na cabeça fui correndo até o Hélio. Parece que tudo estava em câmera lenta. Os rostos de choro das meninas, o ódio de Hélio, o Oscar no chão gritando e dor. Pulei em cima de Hélio e puxei a arma dele, fazendo-a cair para longe dele.
Ele correu até a Ellen enquanto ela gritava e pegou o Spencer e a Ellen. Ele pulou a janela do quarto dela e entrou num carro. Eu estava desesperado. Eu tinha que salvar minha filha e o Spencer, mas teria que levar meu marido ao hospital.
- LEONARDO! VAI ATRÁS DESSE DESGRAÇADO! - Oscar gritou gemendo de dor.
A Sabrina disse logo em seguida:
- VÃO! EU CUIDO DO OSCAR! VÃO LOGO!
Eu, Luana e Emília corremos até o carro e saímos voando com ele. Chegamos até o Hélio que também estava em alta velocidade.
- DESGRAÇADOOOOOOO! - Gritei jogando o carro no carro dele.
O pneu dele furou e foi perdendo velocidade.
- LEONARDOOOOO! - Luana gritou advertindo um poste que estávamos indo em direção.
Eu e Emília estávamos na frente e a Luana atrás.
Num milésimo de segundo pude ver o Hélio fugindo sem as crianças do carro que estava faiscando e derramando óleo.
- VAMOS BATERRRRR! - Gritei.
- AAAAAAAAAHHHHH! - Todos nós gritamos.
Continua...
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