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História Era uma vez - A despedida (Parte I)


Escrita por: EuLirico1

Notas do Autor


Ao que perdi sem nem mesmo conhecer.

- L.J. Lins

Capítulo 1 - A despedida (Parte I)


Fanfic / Fanfiction Era uma vez - A despedida (Parte I)

Annie 

Eu nem sei o que seria brincar na chuva ou correr no jardim. Talvez eu nem saberia o que é sair do quarto ou ter um amigo. Talvez eu não saberia o que fosse de mim sem ele, Noah Thompson. Somos amigos desde criança, mesmo que nossos pais ainda nos considerem crianças. 

Hoje é mais um dia como todos os outros e... 

- Annie... - Sim, é um dia normal, como aqueles que a pessoa mais importante de sua vida grita pela janela o seu nome. 

- Já estou descendo! 

Ao descer as escadas, mal pisei no último degrau e já encontro ele lá conversando com meus pais. Sempre tão nostálgico e feliz, dessa vez eu o encontrei triste e cabisbaixo. 

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntei assustada. 

- Querido... - falou minha mãe para meu pai com um tom de angústia. 

- Filha, eu e sua mãe conseguimos empregos ótimos em São Paulo, no qual vamos nos remunerar quase três vezes mais que aqui. E... 

- Não! Aqui é minha vida. Nasci aqui, cresci aqui e quero continuar aqui e não é a ambição de vocês por dinheiro que vai mudar isso. - Interrompi à lágrimas.  

- Mas, filha... - Os olhos de minha mãe também lacrimejaram.  - Nós sentimentos muito,  foi preciso. 

- Queremos te dar uma educação melhor e para isso vamos precisar receber um bom dinheiro.

- Noah, você vai ficar aí ouvindo isso e não vai dizer nada? - Gritei eufórica. 

Ele chorou. Só o que ele sabia fazer no momento. E eu, bom, eu apenas gritava com ele. Ir embora não se encaixava em minhas ideias centrais. O sertão significa tudo pra mim. E para mim, Noah tinha que impedir isso a todo custo. 

- Isso não pode está acontecendo! 

- Annie... - Noah fala em prantos enquanto me abraça. - Vou está com você onde você for. Eu prometo!

Naquele momento meu coração palpitou e senti como se alguém estivesse arrancando minha garganta.  A falta me consumiu,  o desespero invadiu os abismos mais profundos da minha psiquê. Realmente, isso não pode está acontecendo. 

Peguei no braço do meu amigo e saí correndo levando-o como se fosse um boneco. Cruzamos a rua sem nem se quer olhar para os lados e velozmente corri até o "fim" da cidade onde apenas se encontrava uma serra rodeada de árvores secas e um caminho largo e vazio com imensas ladeiras. No alto das ladeiras havia um aglomerado  de pedras correspondendo a uma altitude de quinhentos metros, lá era o meu lugar favorito de gritar e colocar minha dor plantada abaixo das nuvens perante uma natureza consoladora. Infelizmente, esse não era dos momentos em que a natureza iria me consolar, iria me entristecer cada vez mais, lembrando a me mesma que eu iria para outro lugar e, que tudo o que tenho vai ficar para trás como se nem se quer houvesse existido. 






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