1. Spirit Fanfics >
  2. Erase This >
  3. The Kill

História Erase This - The Kill


Escrita por: CrazyGates e CrazyShadows

Capítulo 68 - The Kill


Fanfic / Fanfiction Erase This - The Kill

Come break me down

Bury me, bury me

I am finished with you

O primeiro horário de aulas na escola passou que nem um furacão, como se Deus e todos os espíritos da face da terra quisessem ver minhas desculpas esfarrapadas para cima de Brian. Eu poderia surpreendê-lo com algo fofo, fazer o coração se derreter, mas não havia tempo para ideias mirabolantes.

O sinal do primeiro intervalo soou e munida de duas barras de chocolate e uma lata de refrigerante, segui meu martírio para com ele, a cada passo que eu dava em sua direção, sentia meu coração pulsar mais forte.

Fui barrada por Zacky que olhava com segundas intenções para a barra de chocolate em minhas mãos.

– Que foi gordo? Quer um pedaço? – ele fez um bico magoado.

– Nossa não precisa tratar assim também... – deu uma dentada na barra já aberta e enquanto mastigava prazerosamente o chocolate, resolvi pedir conselhos a ele.

– Ei Zacky, como você pediria desculpas pra alguém? – mordi o lábio inferior e ele me encarou pensativo.

– Bom, quando eu brigo com a G, faço algo especial pra ela... Dou flores ou toco alguma coisa pra ela e peço desculpas... Por quê? – virei os olhos, será que Brian gostaria de receber flores?

– Nada não. – o afastei da minha frente com a mão e respirei fundo voltando a andar em direção ao Haner que estava apoiado em uma pilastra fumando um cigarro.

Parei em sua frente terminando de mastigar o chocolate e o vi lançar-me um olhar desprezível. Engoli em seco e uni minha mão com a outra, meus poros começava a suar e meus joelhos tremiam ansiosos.

– Ok, melhor eu começar isso logo... Desculpa Brian, eu acabei esquecendo o... Enfim, não quis te magoar, não fiz por mal... E não sou boa com isso, você pode me desculpar? – pedi engolindo fôlego.

– Tá bom. – respondeu alheio sem me encarar.

– “Tá bom”? Como assim?

– Como assim digo eu Belle, você quer que eu faça o que? Ajoelhe nos seus pés e te venere como uma deusa? Não, não... Basta! Gastei muito tempo correndo atrás de... Esquece, apenas esquece. E só pra constar, o mundo não é comandado por você.

Minha boca se abriu num “o” surpreso enquanto ele jogava o cigarro no chão amassando-o com o pé, e soltava a última fumaça pelos lábios. Seus olhos me percorreram intensamente até ele girar nos calcanhares e sair andando para algum lugar longe de mim.

Continuei a encarar o pilar absorvendo os últimos minutos... Pela primeira vez, Brian tinha tido uma atitude inesperada.

Tateei em meu bolso traseiro da calça em busca do resto do chocolate e o levei à boca sentindo veemente o açúcar acalmar meu coração turbulento. Devorei o resto da barra parada no mesmo lugar, e quando acabou voltei à atenção a uma conversa, ou melhor, discussão que acontecia ali perto.

– Valary sai de perto de mim! Você já me trouxe problemas demais! – ordenou Matt empurrando a loira para trás, ele estava com uma expressão abatida.

– Porque você está fazendo isso Matt? Logo eu que tanto te ajudei que sempre estive do seu lado... Por que comigo? – perguntava com a voz melada que me provocava enjoos.

– Para de drama! Para de falar! CHEGA! CANSEI DE OUVIR SUA VOZ! – de repente todos mais próximos ouviam os gritos potentes do ogro.

– Oh Matt não faça assim comigo, por favor. – pediu se derretendo em lágrimas avançando em sua direção e pegando seu braço.

– Caralho! Sai de perto de mim! – ele se esquivou puxando o braço bruscamente, fazendo a vadia cair no chão desiquilibrada.

– VOCÊ AINDA VAI VOLTAR... – gritou a beira de um chilique.

Preferi terminar de assistir o show por ali mesmo. Andei até umas árvores secas que enfeitavam o pátio, sentei debaixo de uma delas e deixei meus pensamentos em branco, tentando relaxar.

– Está atrasada senhorita Harley. – bufei enquanto a velha que dava aula de português me repreendia. – Como punição permanecerá o segundo intervalo dentro da sala de aula. – virei os olhos indo me sentar no fundo da sala.

– Novidade... – murmurei baixinho sem que ninguém ouvisse.

Passei o resto do dia revivendo minhas desculpas vagas para Brian, analisando mentalmente cada gesto seu e tendo direito a trilha sonora triste do momento infeliz. Quando o último sinal tocou enfiei-me no meio da multidão fugindo do grupo de garotos e correndo para a casa pegando uma rota de caminho alternativa a deles.

Atravessei o quintal de casa crendo que encontraria um almoço farto e cheio das coisas boas que só Mad sabia fazer, mas ao contrário tudo que encontrei foram pratos e copos quebrados na cozinha. Quase que um dos cacos rasga minha perna.

Meu estômago roncava protestante enquanto eu me encaminhava para as escadas, pronta para ver mais um dos distúrbios de minha irmã. Deixei a mochila escolar no corredor e segui para seu quarto batendo na porta.

– Mad abre isso. – pedi sendo obrigada a repetir quando percebi que ele não havia se levantado. – Mad, tenho algo pra te contar, abre logo! – ouvi passos vagarosos e finalmente o trinco da porta se abriu.

– O que foi Ana? – perguntou apoiada na maçaneta.

– Primeiro, que porra é aquela na cozinha? – perguntei sugestivamente.

– Precisava relaxar...

– E acabar com os pratos e copos da mamãe parece uma boa ideia certo? – ela deu de ombros.

– Era só isso que você queria dizer? – perguntou tediosamente.

– Não... preciso te contar! Você não acredita no que o Matt fez com a... – instantaneamente ela fechou a porta na minha cara. – QUE ISSO? VAI ME DEIXAR FALANDO SOZINHA? – perguntei gritando.

– NÃO QUERO SABER NADA DELE! – rebateu firmemente.

– Ok, só sai desse quarto... – pedi preocupada com o que ela poderia fazer sozinha.

Acabei recebendo um grande vácuo como resposta, insisti mais umas três vezes até perceber que com certeza ela não abriria a porta.

Segui para meu quarto trocando a roupa por algo mais confortável, e então fui limpar com cuidado a bagunça que Mad tinha feito. Com a cozinha limpa fui pensei em algo para tirá-la do quarto, logo encontrando a ideia perfeita.

– Jimmy? – chamei do outro lado da linha.

– Depende de quem quiser falar. – respondeu a voz conhecida.

– Seu estúpido, sou eu a Belle.

– BELLE! – gritou quase me estourando o tímpano. – O que foi minha florzinha? – ignorei o apelido exagerado.

– É a Mad, tá trancada no quarto... Pensei que você e os meninos podiam vir aqui tentar animar ela, pode ser?

– CLARO QUE PODE! – gritou mais alto.

– Porra Rev, tá precisando de aparelho pra audição? – perguntei rindo.

– Não... Vou pegar as putas, e vamos pra ai ok?

– Ok. Beijos surdo. – ri e desliguei logo eles chegariam.

Enquanto os esperava arrisquei-me na cozinha em fazer brigadeiro, mas como previsto saiu a mesma calamidade de sempre, o fundo grudado na panela e o gosto tão doce que chegava a arder a garganta, além de ter brigadeiro sujando meu rosto e braços... Nunca seria boa no termo cozinha.

Joguei a panela dentro da pia e abri a torneira prestes a começar a lavar toda a louça suja, mas fui interrompida pela campainha e batidas insistentes na porta. Ainda de avental e toda suja fui atender a porta.

– Nossa o que aconteceu com você? – perguntou Z segurando um fio do meu cabelo melado entre os dedos, enquanto os outros entravam em casa.

– Fui tentar fazer brigadeiro.

– Saiu uma merda só pela sua cara... – ri mostrando a língua para o ex-gordo.

– Infelizmente não sou tão boa cozinheira como a Mad, na verdade, nem pra cozinhar eu presto. – murmurei fazendo bico e Jimmy passou o braço por meus ombros.

– Tudo bem Belle, não tem problema ser ruim em tudo que faz. – olhei séria para ele.

– Obrigada pelo apoio viu! – o mesmo lançou um beijo no ar e eu o ignorei.

– Ei aonde vocês vão? – perguntei a Brian e Zacky que subiam as escadas, o primeiro me ignorou.

– Vamos falar com a Mad. – assenti e peguei Jimmy e Johnny pelo braço.

– Agora vocês dois como bons amigos vão me ajudar a lavar a louça.

– Vamos? – perguntou o anão surpreso e eu assenti repetidas vezes.

– Jimmy você lava a louça. – apontei para a pia. – E você enxuga Jojo. – sorri amarelo e empurrei os dois para seus postos.

– Ah e você fica olhando? Que graça eim... – resmungou o baixinho.

– Vou tirar essa roupa suja, posso?

– Vai logo depois vamos conversar com o ogro. – pronunciou-se Jimmy enquanto abria a torneira.

Segui para o quarto e dei graças quando vi que Syn e Zacky tinham conseguido entrar no quarto da garota problema... Troquei de roupa pela segunda vez no dia, tendo pena de mamãe quando a mesma voltasse e tivesse que lavar um milhão de roupas. Limpei o chocolate que manchava meu rosto e braços e prendi os cabelos num coque, tendo a certeza de que teria que lavá-los mais tarde para tirar o melado do chocolate.

Desci para a cozinha contemplando o trabalho dos dois garotos.

– Parabéns meninos! Sabem fazer alguma coisa além de se masturbar e comer vadias! – bati palmas e pisquei para os dois que reviraram os olhos.

– Sou uma boa dona de casa. – disse Jimmy fazendo um gesto gay com a mão.

– Vamos logo conversar com o ogro. – pediu Johnny saindo na frente.

– Ai amor não precisa ficar bravo porque eu te pus pra secar a louça. – gritou o outro ao meu lado fazendo uma voz afeminada, ri.

– Vai se foder! – vociferou o que estava à frente.

Seguimos para a casa do vizinho e não foi surpresa quando o mesmo nos atendeu esperançoso, talvez pensando que fosse Mad.

– Ah são vocês... – murmurou cabisbaixo abrindo a porta para que nós entrássemos.

– Vai me dizer que você realmente esperava que fosse a Mad? Desculpe Matt, mas você foi o filho da puta na história, ou seja, você que tem que pedir desculpas e se locomover da sua casa. – despejei sobre ele que pareceu surpreso no início, mas depois aceitou a verdade.

– Calma Bellinha, viemos aqui pra ouvir a versão da moça. – disse Jimmy passando a mão por meus ombros enquanto sentávamos no sofá da sala.

– Vê se começa logo que eu to a fim de ir tomar umas no bar do Johnny antes de ir para a casa. – pronunciou-se o menor enquanto esparramava as pernas no sofá reclinável.

– Vai logo Matt! Que é? Perdeu a língua? – ele suspirou e sentou em uma poltrona.

– Porra dá pra esperarem? – respondemos em coro um “não”. – Bom, realmente a Val estava fazendo academia lá também, mas preferi não comentar com a Mad porque sabia que ela ia fazer chilique...

– Preferiu esconder que estava mantendo relações com o saco de merda? – perguntei o interrompendo e Jimmy me olhou repreendedor.

– Não estava mantendo relações com ela ok? Só mantendo a boa educação. – rebateu enfiando a cabeça entre as mãos.

– Bom, se manter boa educação significa ficar de gracinha sorrindo pra cima da vadia e deixando-a apalpar seus braços... –resmunguei iniciando uma conversa direta com o ogro.

– O que você sabe sobre boa educação Anabelle? Passou três meses sem nos olhar na cara e agora vem querendo dar lição de moral, você é única que eu não permito que me repreenda! – ele me encarava com a depressão instalada em seus olhos.

– Estou me fodendo pelo o que você permiti ou deixa de permitir! A Mad é minha irmã e você sabe que foi um canalha se envolvendo com a puta da Val!

– Mas que PORRA! Eu não me envolvi com a Val! Eu amo a Mad, não poderia me envolver com mais ninguém... – suspirou pesadamente como se tirasse um peso de suas costas.

–Ama mesmo? Então devia pensar melhor nas suas atitudes irracionais... Às vezes tu parece um jumento sabia? Sabia também que hoje minha irmã quebrou praticamente todos os pratos e copos que tinha em casa? Você sabia disso Matt? Não né? E sabe por que ela fez isso? Por sua causa seu ogro filho da puta! Você desestrutura minha irmã é só isso que você sabe fazer, desestruturar as pessoas! – todos me olhavam assustados. – Não adianta ficar me olhando com essa cara de cachorro sem dono, eu to pouco me fodendo para o seu sofrimento! Seria bom se você fosse pedir desculpas, mas acho que você é idiota demais para perceber uma coisa dessas certo? Espero que a Mad quebre um prato na sua cara quando você for falar com ela! – levantei andando até ele que se levantou também, não me deixei intimidar com seu tamanho.

– Você tá pouco se fodendo pra todo mundo né Ana? Nós já percebemos isso quando os amiguinhos do seu namorado quase nos mataram naquele maldito luau! Além do mais, eu não sou o único aqui idiota... Você também é, e muito até! Só uma tapada pra não perceber que o gay do Synyster tá se corroendo de amores pela pirralha! –dei dois passos para trás segurando a respiração. – Sabe o que eu espero? Espero que você leve um fora tão gostoso de Brian que te faça perder o rumo, assim como ele perdeu o dele há tempos... – ele iria dizer mais se Jimmy não tivesse impedindo.

– CHEGA DE BRIGAR SEUS PUTOS! – gritou levantado e empurrando Matt para a poltrona enquanto me guiava para o sofá novamente. – Brigar não vai adiantar nada...

– Matt você errou em mentir para Mad e deve pedir desculpas para ela... É isso. – afirmou Johnny nos fazendo olhar atônitos para o mesmo. – Que é? Sou observador... – ele levantou e se espreguiçou. – Agora vou ao bar, boa noite pra vocês. – continuávamos surpresos encarando o mesmo sair pela porta.

– É o miniprojeto de gente tá certo... Pensa direito em como pedir desculpas Matt. E você Ana, vem comigo. – Jimmy se levantou e começou a me puxar para fora da casa.

– Que foi? – perguntei enquanto adentrávamos na minha.

– Estou com fome, quero pedir algo pra comer.

– Ok, o que acha de comida japonesa? A Mad queria da última vez que pedimos comida em casa... Talvez isso a anime. – ele assentiu e eu fui procurar o telefone nas gavetas.

Pedi a comida e fui para a sala assistir aos clipes musicais com Jimmy. Esperava que Mad ficasse bem, que Matt pedisse desculpas, que ela o perdoasse e que tudo ficasse bem novamente.

No fundo esperava que Brian fosse capaz de me perdoar também...

Look in my eyes

You're killing me, killing me

All I wanted was you



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...