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História Eroda - Don't Let It Break Your Heart


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Eu amo tanto a música desse capítulo <3
Boa leitura!

Capítulo 31 - Don't Let It Break Your Heart


31 — Don't Let It Break Your Heart

Draco Pov

Eu estava enrolando, é claro.

Havia acabado de colocar Sirius para dormir, e agora tinha que voltar para o quarto de Harry para ficar com ele.

Eu queria voltar.

É claro que queria.

Sentia muita falta do meu garoto, de estar com ele e ter nossas conversas agradáveis.

Agora que as coisas haviam sido esclarecidas, eu tinha uma perspectiva muito melhor sobre aquilo.

Foi um beijo inocente. Ele se deixou levar pelo momento. Não tinha nada demais nisso.

Eu havia feito a mesma coisa instantes mais cedo.

Apenas respirei fundo, caminhando pelo corredor até o quarto de Harry.

Esperava que agora as coisas entre nós não mudassem, e que aquele afastamento gerado no dia do beijo houvesse chego ao fim.

Odiava a ideia de não ter o garoto nos meus dias.

— Harry? — Questionei confuso ao ver a cama vazia, e caminhei até a porta entreaberta do banheiro.

Ele também não estava ali, então decidi procurar ele pelo restante da casa.

Em mal havia alcançado metade das escadas quando vi a porta da frente entreaberta.

Eu sabia que a tinha fechado ao voltar.

— Droga, Harry! — Resmunguei puxando a varinha do bolso, sentindo meu sangue gelar por ter sido extremamente burro.

É claro que ele iria tentar ajudar Remus.

Eu disse que haviam ferimentos, mas que não havia como curá-los agora, porque a maioria dos feitiços não funcionavam enquanto Remus estivesse na forma de lobisomem.

Mas havia sido burro em contar isso para Harry, ao invés de simplesmente dizer que seu padrinho estava bem.

Eu sempre esquecia de como ele podia ser incrivelmente bondoso e preocupado daquela forma natural e nada forçada.

Conforme corria pelo quintal, indo na direção da garagem coberta, minha aflição só aumentava porque não haviam sons. Gritos. Rosnados.

Nada.

E a minha mente era treinada para sempre pensar o pior possível, então eu já sentia meu coração em um ritmo certamente errôneo enquanto via a luz acesa, e a porta aberta.

Minha respiração começou a falhar enquanto eu descia lentamente as escadas, e assim que me aproximei o suficiente, deixei toda a calma para trás, correndo na direção do portão da gaiola, abrindo desesperado e o fechando com um gesto de varinha.

Harry estava lá dentro, quase na parte mais escura onde a claridade não batia.

— Harry, volta aqui — Falei entre dentes, vendo ele parado, caminhando muito lentamente.

Remus estava em pé, eu conseguia ver seus olhos brilhando na escuridão, perto da parede, e parecia acompanhar os nossos movimentos com os olhos.

E ele rosnava.

— Harry, isso não é brincadeira — Insisti, sentindo naquele momento uma raiva enorme do garoto, por ser tão irresponsável a ponto de entrar ali para curar o lobisomem.

Mas é claro que ele era assim.

Sirius tinha feito a mesma coisa!

Pelo amor de Merlin, agora eu entendia o que Remus queria dizer que ficava maluco as vezes com aqueles dois idiotas!

— Ei, Moony — Ele falou baixinho, parecendo me ignorar, e eu decidi que não iria esperar algo grave acontecer.

No momento que fiz menção de correr na direção dele, com a varinha em riste, Remus rosnou ainda mais alto e se aproximou em grande velocidade, com fúria provavelmente ao se sentir ameaçado.

Tanto eu quanto Harry paramos no mesmo instante, congelando ali, enquanto éramos examinados pelo olhar feroz.

Naquele momento, eu senti realmente muito medo.

Porque se Remus ferisse Harry, eu realmente não iria responder por mim. Me conhecia o suficiente para supor que talvez não conseguisse separar o lobisomem de Lupin, e aquilo iria dar uma merda tão grande!

Se Remus ferisse Harry, Sirius iria me matar, porque eu iria machucar Remus.

Afinal eu não deixaria aquilo passar. Não podia.

— Harry — Minha voz soou muito baixinha, e eu senti como estava engasgado.

A percepção de que qualquer movimento poderia enfurecer o lobisomem estava me quebrando por dentro, e eu comecei a pensar no que fazer.

Então, sem palavras, lancei um escudo de proteção sobre meu garoto. Ele era a prioridade.

E foi surpreendente sentir ele empurrar a magia para longe.

Eu simplesmente senti a resistência dele em deixar o escudo se formar ao seu redor, e determinado em ajudar Remus, que agora olhando de perto parecia ferido mesmo, visto que mesmo com todo esse tempo desde os ferimentos, ele ainda sangrava muito.

Harry se aproximou pé ante pé, e eu continuava parado feito um idiota tentando entender porque ele estava recusando a minha proteção.

E foi quando percebi que os olhos enormes de Remus estavam fixos no garoto de uma forma muito profunda. Concentrados demais para uma besta. Fixos demais para quem não tinha bebido a mata-cão.

Apertei os olhos, tentando enxergar melhor e pude ver o braço de Harry estendido na direção do lobisomem, e senti meu corpo inteiro ficar mole ao entender que ele estava fazendo alguma coisa.

Estava usando seu poder para controlar Remus, e percebi que a fúria repentina do lobisomem não era de ter duas pessoas se aproximando dele. E sim de me ver chegando perto de Harry.

Parei, congelado ali, pela primeira vez tentando empurrar o pânico para longe e confiar um pouco em Harry.

Ele não era burro como Sirius. Não iria entrar ali do nada, eu tentei pensar para não surtar, e quando fiz menção de dar um passo adiante, Remus voltou a rosnar, mostrando os dentes.

— Confia em mim — Harry disse, muito baixinho, e mesmo que eu estivesse tremendo da cabeça aos pés, respirei fundo e tentei não surtar, ficando parado ali, com a varinha pronta para qualquer coisa.

Remus voltou a olhar para Harry quando eu parei de andar, e eles mantiveram aquela conexão nos olhares, enquanto meu garoto se aproximava devagar.

Ver aquilo estava me matando por dentro.

Eu sabia que Harry era poderoso. Estava tendo uma clara demonstração daquilo naquele instante. Ele estava hipnotizando um lobisomem!

E havia criado uma tempestade de raios verdes para me chamar!

Eu precisava confiar.

Mas ao mesmo tempo, existia aquela parte irracional dentro de mim, que apenas queria atirar Remus longe, e levar Harry para um local seguro.

Era uma batalha terrível dentro de mim, e eu sentia o suor correndo por minha testa, enquanto trincava os dentes.

Não sabia o que Harry planejava, mas o pânico em sua forma mais pura tomou todo meu corpo quando ele se aproximou o suficiente para tocar Remus.

Eu estava sentindo tanto pânico, que um forte enjoo me tomou, enquanto e tinha os olhos arregalados vendo as mãos de Harry se firmarem nas laterais do rosto de Remus, com uma delicadeza enorme.

As mãos pequenas e suaves praticamente sumiram no emaranhado de pelos, e eu não sabia o que fazer quando vi como o lobo estava congelado, com as patas caídas ao lado do corpo, apenas com o rosto erguido olhando para Harry fixamente.

Eu vi uma luz dourada começar a desprender de leve de Harry, e sabia que se olhasse em seus olhos, eles estariam brilhando naquele tom elétrico de verde magnífico de quanto exagerava no uso de seus poderes.

— Harry — Chamei, com minha voz soando tão baixa e implorativa, que mal a reconhecia.

Eu estava a um passo de ir até eles.

Remus soltou um ganido baixo por entre os dentes cerrados, e seu corpo cambaleou um pouco, quase sem controle.

Mas eu vi a maneira que o sangue desapareceu por completo.

Ele realmente conseguiu curar os ferimentos.

Eu sabia o quanto Harry era poderoso, mas ainda assim, a cada nova demonstração, eu me sentia mais embasbacado.

Era impossível compreender o quanto aquele garoto era fantástico.

Mas eu mal tive tempo de comemorar essa vitória, porque Remus pareceu recobrar um pouco de si, e passou as patas ao redor de Harry, puxando-o para a parte escura.

—  Harry!

—  Shhhh —  Ele me pediu, e eu tremia da cabeça aos pés, agora sem conseguir ver ele, forçando minha vista a tentar enxergar adiante.

E eu consegui ver o verde cintilando, me permitindo ter um pouco de claridade.

Remus havia arrastado Harry para o canto da cela, segurando-o nos braços, e cheirava o corpo dele, em sinal de reconhecimento.

Mas os olhos enormes e cor de mel estavam colados em mim, e eu entendi que ele se sentia ameaçado pela minha presença, e estava protegendo... o filhote.

Não fazia ideia de que parte da cabeça de Remus Harry havia mexido para ele estar agindo daquela maneira, e eu verdadeiramente estava de boca aberta, olhando sem entender.

A luz irradiando nos olhos de Harry ficou cada vez mais forte, e em algum momento eu tive que fechar os olhos, porque era tão intensa que causava alguma ardência.

Mas então, a lâmpada acima da minha cabeça se estourou quase no mesmo segundo em que a luz vinda de Harry se apagava.

E eu ouvi um baque de algo caindo no chão, abrindo os olhos desesperado para aquela escuridão, fazendo um lumus, sem me conter ao já me aproximar.

— Harry! — Bradei exasperado ao ver o corpo dele caído no chão, debaixo de Remus.

Não o lobo. Remus.

Naquele momento, não tinha qualquer outra coisa na cabeça além de cuidar de Harry, e empurrei o corpo desnudo e desmaiado de Lupin para o chão, pegando Harry no meu colo, após passar a varinha para a boca, segurando-a com os dentes.

Harry respirava de forma muito audível e exausta, com os olhos verdes quase se fechando.

Ainda irradiava aquele brilho diferente, mas quase se apagando.

— Harry? — Chamei, vendo ele agarrar os dedos contra minha camiseta, e eu reconheci os sinais de fraqueza.

Eram os que sempre vinham quando ele exagerava no uso de sua magia, sem usar a varinha.

— Eu estou bem, só me sinto fraco — Avisou baixinho — Moony? — Questionou, incapaz de virar a cabeça para ver o padrinho, de tanta fraqueza.

— Ele está bem. Vou te levar para o quarto, depois volto para olhar ele — Avisei, e ele assentiu, se deixando fechar os olhos e deitar a cabeça contra meu corpo.

Me apressei em sair dali, agora com a cabeça totalmente atordoada.

Não entendia como ele tinha feito Remus voltar a ser Remus, mas não quis arriscar, então coloquei ele sentado/deitado no chão perto da entrada da gaiola assim que saímos, e a tranquei, reforçando os feitiços de proteção, para caso virasse um lobo novamente.

Em seguida, peguei novamente meu garoto no colo, seguindo apressado para fora dali.

Assim que entramos na casa, a luz me fez perceber como ele estava pálido, e obviamente eu me sentia preocupado, mesmo que ele houvesse dito que estava tudo bem.

Corri para o quarto de Harry, colocando-o na cama, e já peguei a varinha em mãos, fazendo uma sequencia de feitiços diagnósticos.

— Como está se sentido?

— Só... sonolento. É normal quando isso acontece — Sua voz soava rouca e fraca, e eu suspirei, ficando satisfeito ao ver que realmente era apenas o nível de magia dele que estava baixo.

Fiz um feitiço para limpar um pouco da poeira que trouxemos da gaiola de Remus, e logo em seguida puxei o cobertor para Harry, ajeitando-o de forma confortável na cama.

— Durma um pouco.

— Você vai embora? — Questionou, fechando os olhos e ajeitando a cabeça contra o travesseiro.

— Não, está todo mundo dormindo ou desmaiado, vou ficar até ter certeza que estejam bem — Prometi, afagando os cabelos negros.

— Uhum — Resmungou baixinho, já quase dormindo e isso me fez sorrir.

Me afastei devagar para não fazer barulho, pensando no que faria agora, e uma boa ideia me surgiu ao ver um pequeno espelho de mãos jogado na mesa de estudos de Harry.

Era um feitiço pouco usual, mas serviria para meu triplo propósito agora.

Conjurei a magia que transformaria o espelho em um refletor do quarto, assim poderia estar em outro lugar da casa e ficar de olho em Harry, com aquela projeção.

Sai do quarto dele em seguida, fechando a porta silenciosamente, indo até o final do corredor, e fiquei satisfeito de ver que Sirius ainda estava apagado.

Fiz uma duplicata do espelho, também com um refletor daquele quarto, e saí em seguida.

Por mais que quisesse ficar com Harry, sabia que a coisa preocupante era o lobisomen-não-lobisomem na gaiola.

Então tranquei a casa, após beber um bom copo de água para acalmar os nervos, e segui para a garagem novamente.

Estava me sentindo exausto, mas tentei ficar firme ao deixar os espelhos do lado de fora da gaiola, e entrar na mesma.

Remus ainda estava desmaiado ali, e eu aproveitei para fazer feitiços diagnósticos, constatando que ele estava totalmente bem.

Não haviam ferimentos.

Estava apenas dormindo, e eu me senti satisfeito.

Restaurei, novamente, a lâmpada daquele lugar escuro, e em seguida peguei um cobertor no armário que ficava do lado de fora da gaiola, e joguei sobre o corpo desnudo dele.

Sai da gaiola, trancando ela por precaução e me joguei no chão do lado de fora, do lado dos dois espelhos refletores.

Tanto Harry quanto Sirius ainda dormiam tranquilamente, e pela primeira vez desde que entrei naquela bagunça, eu me deixei perguntar que merda é que tinha acontecido naquela noite infernal.

Mais parecia um pesadelo horrível sem fim!

Nunca tinha sentido tanto desespero quanto ao ver Harry diante do Remus-lobo. A simples ideia de que meu garoto pudesse se ferir era extremamente dolorosa e terrível, em um nível que chegava a ser físico.

Só agora, com tudo aparentemente sob controle, é que meu coração estava parando de doer em batidas apressadas, e minha respiração parecia estar se regulando novamente.

Suspirei pesadamente, sem entender o que ele tinha feito.

Os ferimentos de Remus haviam desaparecido. Nenhuma cicatriz. Ele parecia muito bem! Como eu não via em anos, com o rosto de aparência saudável, sem os ossos aparecendo.

Não sabia dizer até que ponto Harry havia conseguido curar o padrinho, e isso só tornava as coisas ainda mais estranhas ao ver o corpo dele ali, em plena lua cheia.

Suspirei outra vez, deixando o espelho de Sirius ao meu lado no chão, e peguei o de Harry para ficar observando.

Conforme me concentrava mais, podia aproximar a imagem e focar no rosto dele, sorrindo espontâneo.

Era até irreal o quanto eu gostava daquele garoto e me importava com ele.

Vê-lo dormindo tão tranquilamente me fazia sentir uma calma sem precedentes, como se tudo fosse ficar bem.

Era engraçado perceber isso, porque na maioria das vezes ele fazia com que tudo ficasse muito bem, é claro.

— Draco?

Pisquei, surpreso ao ver Remus se sentando desnorteado, tão concentrado em ver meu garoto dormindo, e deixei os espelhos ao lado.

— O que houve aqui?! — Questionou confuso ao olhar para mim, e eu ri.

Ri mesmo, quase sem controle, notando que talvez eu não estivesse tão recuperado de todo aquele choque como eu pensava.

— Eu ainda não entendi — Falei por fim, deixando a cabeça contra a grade de proteção.

— Abra, por favor — Pediu, se enrolando no cobertor, e eu suspirei.

— Eu não posso fazer isso, Remus. Sinto muito — Falei por fim, e ele me olhou sem entender — Dê uma olhada — Apontei para a janela pequena no topo da parede oposta, e ele ficou olhando de forma extremamente chocada.

— Ainda é noite! — Bradou, com os olhos se enchendo de pânico — Draco, que porcaria aconteceu aqui?!

— Você não tomou a poção certa. Sirius te deu uma poção errada no lugar da mata-cão. Então você ficou muito fora de controle, e começou a se machucar, se jogar nas paredes e tentar escapar. Seu marido estúpido e burro entrou para te ajudar. Ele só entendeu que você não tinha bebido a poção depois de entrar, porque você atacou ele.

— MERLIN! — Os olhos castanhos amendoados se arregalaram em choque, e eu neguei com a cabeça.

— Ele está bem agora, e você não o mordeu. Pode ficar calmo. Pelo o que entendi, você o jogou por toda parte. Quando cheguei, isso parecia um matadouro — Expliquei, vendo ele me encarando com tormento, levando a mão até os lábios em choque — Como Sirius não apareceu para ver Harry, ele veio aqui. Sirius pareceu conseguir sair da gaiola e a trancar, mas desmaiou na entrada. Harry levou ele para dentro de casa, e conseguiu curar alguns ferimentos, os mais graves. Colocou os ossos para dentro, e parou as hemorragias. Ele teve um ataque de pânico ao ver como Sirius estava, é claro.

— Ele te chamou? Como soube que devia vir? — Questionou preocupado, e eu suspirei.

— Ele criou uma tempestade de raios verdes na minha janela. Eu entendi que tinha algo errado. Quando cheguei, a situação era feia, mas ele já tinha conseguido cuidar de quase tudo. Então terminei de curar Sirius, e acalmei Harry. Parecia tudo sob controle. Deixei Harry deitado, e fui acordar Sirius. Os ferimentos já estavam curados, mas eu queria ver se ele estava bem, então acordei ele. Conversamos, e eu o dopei com poção do sono em seguida. Ele vai ficar apagado por no mínimo umas vinte horas.

— Mas... então?

— Então, enquanto eu estava com Sirius, Harry resolver vir tentar te curar. Eu disse a ele que você tinha alguns ferimentos, mas que só poderíamos resolver quando voltasse a sua forma. Ele veio tentar por si mesmo.

— HARRY! Aquele menino! Tão cabeça dura quanto o idiota do meu marido!

— É, ele quase me matou do coração — Alertei, revirando os olhos — Mas ele conseguiu. Não sei o que fez. Pareceu te hipnotizar, ou algo do tipo. Vocês ficaram se encarando. Ele te tocou, e então você voltou a ser Remus. Ele ficou exausto por causa do excesso de magia que usou. Eu o coloquei para dormir, e agora estou aqui.

— Merlin, Draco! Eu... eu sinto muito por tudo isso!

— Está tudo bem agora. Consegui passar pelas duas crises... Mas sério, se houver uma terceira, existe alguma chance de eu começar a surtar — Confessei, e ele sorriu — Como se sente?

— Bem... Muito bem, na verdade. Nenhuma dor, indisposição... Nada.

— Ele realmente te curou..

— Isso é estranho — Ele murmurou, se ajeitando com o cobertor — Eu realmente me sinto bem. Aquelas dores crônicas da maldição... não as sinto. Quase como um efeito anestésico. Só fortes analgésicos me deixam sentindo bem, e nunca é dessa forma.

— Ele realmente te curou — Falei, sem querer quebrar a cabeça para entender aquilo agora, e peguei o espelho com a imagem de Sirius, deslizando pelo chão até ele — Dê uma olhada.

Remus pegou, e olhou para o lado de Sirius, abrindo um pequeno sorriso imediatamente.

Eu não quis pensar isso, mas foi automático perceber que ele tinha a reação ao ver Sirius exatamente idêntica como a que eu tinha ao ver Harry.

Um sorriso terno, aliviado e de adoração.

— Do outro lado — Informei, vendo ele girar o espelho, encarando o próprio reflexo com grande surpresa, levando os dedos até seu rosto, tocando onde costumava ficar algumas cicatrizes.

— Ele curou tudo. Tudo mesmo — Insisti, e ele ergueu o rosto para mim ao entender e arregalou os olhos ao girar o braço esquerdo, procurando a marca da cicatriz que ficava pouco acima de seu antebraço.

Era a cicatriz de sua mordida, e foi a primeira coisa que olhei quando o encontrei ali, após a magia de Harry.

— Sumiu — Sua voz soou muito baixa e afetada, e eu assenti.

— Sumiu — Concordei, com o mesmo nível de choque que ele parecia sentir.

Não entendia se isso significava o que eu estava pensando.

Mas no fundo, eu sabia.

Harry havia curado a licantropia de Remus.


Notas Finais


Oi, vocês tem que bater palmas e dizer amém kashi, duas atts no mesmo dia! Mereço amor, carinho e muitos comentários, podem dizer!
E esse cap é tudo! Acharam que a noite do horror tinha terminado? Hahahahaha Harry dando mas um show de poderes, dessa vez com tanta intensidade que ele ficou fraquinho. Mas é isso ai. Ele curou Remus. Estava doida para mostrar isso para vocês, para que pudessem ter noção de que os poderes dele são muito maiores do que a gente pensa.
Ele conseguiu invadir a mente de um lobisomem, a ponto de Remus reconhecer ele como um filhote ????? E então se aproximou o suficiente para curar o padrinho. Sério, palmas para esse menino perfeito sem nenhum defeito. E´incrível como a magia dele é intuitiva, e mesmo sem saber o que está fazendo, ele sabe o que deve fazer.
Tadinho do Draco, quase morreu do coração milhares de vezes hoje, essa família vai deixar ele maluco, tadinho hahaaha
Quais as consequências de tudo isso agora? A fic está entrando em uma nova fase, que eu particularmente amo muito!
E, agora, quero agradecer aos leitores por terem comentado no capítulo anterior, e pelo apoio sobre minhas notas finais. Perceber que vocês gostam da fic realmente faz toda a diferença para mim, e me faz sentir vontade de escrever cada vez mais! Obrigado, a todos!
Nos vemos no próximo!


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