História Eros (Larry Stylinson) - Stuck in Rainbows

Ao chegar em casa, percebeu que foi uma péssima ideia pular da janela sem levar uma chave. Teria que subir pela janela de volta, ou ser pego e tocar a campainha até que alguém acordasse e fosse abrir para ele. Percebeu que escalar realmente não era um de seus pontos fortes, e quase beijou o chão de seu quarto quando se jogou pela janela caindo de cara nele. Sua única alternativa era dormir, e esperar que o outro dia chegasse para testar a sua teoria.

Acordou com algo batendo em sua cabeça, e alguém gritando. Provavelmente sua mãe mandara alguma de suas irmãs lhe acordar, mas não pôde dizer qual porque antes que pudesse jogar o seu próprio travesseiro nela, viu uma sombra correndo para fora e fechando a posta o mais rápido possível. Então se lembrou que ainda era o meio da semana e seus planos de chamar Iris seriam adiados até que voltasse para casa naquela tarde, quando sua mãe fosse buscá-lo às 15 horas em ponto em frente a escola.

Assim que chegou na escola, estava decidido a recrutar Niall custe o que custar. Precisava fazer com que o amigo entendesse que ele estava decidido a voltar e nem os castigos de sua mão o fariam mudar de ideia, mas precisava de ajuda ou cometeria uma loucura sozinho. Por sua sorte, naquele dia, Niall tinha duas matérias consigo e planejava usar bem as duas horas de aula mais o intervalo para fazer sua cabeça. Seu plano era simples, iria convencê-lo a voltar para casa consigo e ele seria obrigado a ajudar já que estaria lá de qualquer forma.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 

- Como assim chamar Iris? – Niall perguntava repetidamente enquanto Louis preparava a mangueira no quintal de casa

- Deve ser simples, a gente precisa de um arco íris – respondeu como se fosse obvio

- A claro, então por que você não espera chover, animal? – para ele a resposta também era obvia

- Olhei a previsão do tempo e isso vai demorar mais ou menos uma semana.

Estava decidido, Niall parecia ainda receoso, mas foi vencido pelo cansaço. Não aguentava mais suas conversas com Louis sempre terminarem no mesmo assunto e estava começando a pensar que estava sendo um péssimo amigo, afinal, os amigos deviam apoiar as decisões dos outros, não é? Mesmo que fosse entrar em uma façanha louca que o levaria para o mundo dos Deuses, que até um tempo eram apenas mitologia. Mas nada mais o surpreendia, não depois que foi jogado de um penhasco e sobreviveu.

- LOUIS! – gritou chamando atenção do outro – Eleanor me jogou de um penhasco!

- Eleanor me jogou de um penhasco – repetia tentando fazer com que o amigo entendesse sua intenção – Essa é a resposta! – estava orgulhoso de si.

- Como que Eleanor tentar te matar virou a resposta para o nosso problema?

- Você não vê? – se entusiasmou – Só precisamos saber onde fica esse penhasco e te jogar lá de cima!

Louis ficou pensativo. Ate que se lembrou que Harry também havia o arremessado da borda de uma montanha no jardim.

- é isso! Talvez seja isso que Eleanor quer que eu peça a Iris – afirmou

- Pronto. – disse quando esticou a mangueira até onde o sol batia, a entregando na mão do amigo – Você só precisa fazer com que o reflexo da água forma um arco íris e eu jogo isso – mostrou a moeda de ouro em sua mão.

Se preparou, estava rezando para que seu plano desse certo quando uma frecha de cor apareceu na agua. Se concentrou antes que distraísse Niall e eles começassem a comemorar por terem conseguido, e estava certo de que o outro não enxergava por causa do seu ponto de vista.

Jogou a moeda, ela desapareceu.

- Oh Iris, deusa do arco íris, por favor aceite minha oferta – falou o mais sério que conseguiu enquanto Niall lhe encarava prendendo o riso.

Ele não sabia o que fazer em seguida, então ficou estático ao perceber que a imagem de Harry tratando da queimadura que a cera da vela que carregava aquela noite fez em seu abdômen. E ficou ainda mais surpreso quando ele virou em sua direção e arregalou os olhos, mas antes que pudesse abrir a boca para dizer qualquer coisa, viu Harry fazer um gesto com a mão livre e logo a nevoa que lhe dava a visão dele logo desapareceu.

Niall estava sem entender nada, ainda segurando a mangueira, enquanto ela jorrava água para frente. Mas ficou preocupado ao olhar na direção do amigo e perceber que ele estava pálido como um papel A4 branco.

Nos dias que se seguiram, eles tentaram aquilo mais vezes, descobrindo que só podiam tentar uma vez ao dia. Mas, todas as vezes acabavam iguais, com a figura estática de Louis em frente a nevoa branca enquanto Niall tentava o acalmar.

Então ele teve uma ideia, em uma das tentativas, fez com que Louis aceitasse trocar de posições e antes mesmo que pudesse dizer o nome de alguém, sua mãe apareceu em sua frente. Por sorte ela não virou antes que ele terminasse com aquilo e aquilo lhe trouxe uma revelação. A pessoa que está em sua mente aparece para que você use como numa forma de comunicação.

- Você tem que pensar em alguém que não seja o Harry – explicou

Aquelas já eram as últimas moedas da pequena caixa que Eleanor lhe entregou, tinha que decidir logo quem deveria contatar ou não teria mais chances e tinha certeza de que ela não lhe ajudaria mais do que já tinha feito.