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História Errando que se acerta - Problemas com C


Escrita por: soobinpagodeiro

Notas do Autor


OI, BEBÊS!!! VOLTEI! 🤍 Sentiram saudades? Eu sei, eu sei, eu sei que estou super atrasada com a att. Mas não me joguem pedras, por favorzinho 😭 Contudo, aqui estou, não é? Demorei bastante escrevendo esse capítulo, pois bateu um bloqueio horrível, no entanto, finalmente consegui finalizá-lo. De verdade, espero que gostem, porque eu achei ele a coisinha mais fofa do mundo, ain :(

NÃO SE PREOCUPEM EM ESTAR TUDO NO ITÁLICO, É PORQUE TÁ SENDO RELATADO NO PASSADO DO PASSADO! No início, vai ter "6 meses atrás", depois "2 meses atrás", então vamos voltar um pouquinho no tempo.

E, ah, antes que eu esqueça: se preparem, falta isso aqui 🤏 pro nascimento da Seori 👀

🤍🌸 Enfim, fiquem bem, bebam água, se cuidem e BOA LEITURA!!! 💛 AMO VOCÊS! <3

Capítulo 8 - Problemas com C


Fanfic / Fanfiction Errando que se acerta - Problemas com C

6 meses atrás...

Era por volta das quatro e meia da tarde, estava bastante quente, fazendo muito calor, então eu vestia apenas uma camisa até as coxas e um short por baixo, enrolado entre os lençóis como uma bola de pelos, até começar a sentir algo ruim subir pela minha garganta, arder em meu estômago e a repentina vontade de vomitar. Logo corri, tropeçando em meus próprios pés, para o banheiro, despejando todo aquele mal estar no vaso sanitário. Eu não estava entendendo o porquê daquilo, mas concluí que havia sido por conta do almoço, que tinha me gerado um pouquinho de ânsia pelo cheiro extremamente forte, e também pela temperatura alta daquele dia.

No entanto, era um fato que o meu paladar estava mais sensível do que o comum, mas, novamente, eu não imaginava ser o que realmente era.

Pelo menos, até alguns dias depois, onde Beomgyu ficou tentando me convencer de comprar três testes de gravidez na farmácia perto da minha casa e, ainda que eu não quisesse, acabei comprando, apenas para provar ao outro que não, eu não estava grávido, e não havia possibilidade disso, uma vez que, a única pessoa com quem tinha tido relações era Soobin, o alfa por quem nutria sentimentos.

Ah, Soobin... Ele estava lindo no dia da festa de formatura, simplesmente o alfa mais perfeito do mundo todo, contudo, um alfa que não era meu. Bem, por uma noite, sim, mas não pela vida toda. Ou isso era o que eu pensava.

Quando realizei os testes, deixei-os em cima da pia, aguardando os minutos exatos que diziam ser necessários na pequena caixinha. Enquanto isso, eu e o beta conversávamos sobre nossos futuros trabalhos. Eu pretendia viajar, conhecer um tantinho o mundo, antes de me dedicar na minha profissão por completo. Já Beomgyu, queria viver um amor e tornar-se próximo das crianças com quem trabalharia. Nós rimos e nos divertimos, até notarmos que era a hora de ver os resultados.

Contudo, antes, ocorreu uma forte troca de olhares entre nós, o dele perguntando silenciosamente se eu estava pronto, e o meu, afirmando que sim.

Então, após, fomos para o banheiro, comigo respirando fundo enquanto observava Beomgyu analisar um dos testes... Mas fiquei nervoso quando surgiu uma expressão de espanto em sua face. De repente, ele se virou para mim e indicou os objetos com a mão, um pedido sem som para que eu olhasse o lugar apontado.

E eu olhei.

Positivo.

— C-como? — gaguejei, sentindo meu peito apertar e um nó se criar em minha garganta. — N-não! Os outros testes, Beom, os outros! Esse deve ter dado erro...

Eu estava desesperado. Não havia possibilidade daquilo estar acontecendo comigo. Não, não podia ser. Por que comigo? Não, não, não...

Mas como esperado, Beomgyu analisou os dois restantes e todos tinham o mesmo maldito resultado. Eu já estava encolhido entre meus próprios braços, sentindo como uma vontade de vomitar se apossava de mim e meus olhos lacrimejavam. Não... Não era possível. Eu estava grávido, porra! Minha carreira, meus sonhos, minhas metas... Nada incluía um filho. Muito menos ser pai solo.

— Yeon... você vai completar um mês logo.

Aquilo era uma maldição. Tinha que ser.

Eu não conseguia aceitar, não mesmo, não queria.

E de tanto me desesperar, tive um ataque de pânico, me encolhendo ainda mais, caindo com tudo no chão e chorando como se não houvesse outra alternativa, como se estivesse dentro de uma prisão, um buraco sem fim. E doía cair. Doía ficar lá dentro, sentir-me cair mais e mais, o chão sumindo sobre meus pés e a voz de Beomgyu ao longe, por mais que soubesse que o beta estava ao meu lado, já que sentia seus braços em meus ombros.

Mas não era suficiente. Não era suficiente, porque eu estava grávido! Era uma criança, um bebê. Mas diferente de quando éramos pequenos e brincávamos com bonecos, aquele não era de plástico, muito menos de pano, era de verdade. Era a porra de uma criança! De que forma eu iria cuidar de um bebê?! Eu seria pai solo?! Como?!

Lágrimas rolavam soltas pelas minhas bochechas, desencadeando dor de cabeça e uma vermelhidão cruel no meu rosto. Eu odiava chorar. Me sentia fraco, e não, eu não era fraco.

Mas naquele momento, me sentia assim. Me sentia impotente.

E com certeza parece ser besteira, parece que eu estou exagerando, porém, não é assim que a banda toca. A verdade dói, e descobrir uma gravidez pode ser incrível para algumas pessoas, um pouco triste para outras, mas para mim, era desesperador, porque não era o que eu queria, pelo menos, não daquela forma e não naquele momento.

E ser pai solo era meu maior medo. Apenas em imaginar ter que lidar com meu bebê passando por situações constrangedoras por minha culpa, ardia como um inferno.

Mas foi com esses tipos de pensamento que passei todo o restante da tarde. Não parei um segundo de chorar, completamente desestabilizado.

Foi um tiro no vácuo.

Entretanto, no final, acabei dormindo no colo de Beomgyu, enquanto mamãe acariciava meu cabelo — já que ela tinha chegado do trabalho e Beom lhe explicou a situação. San me ligou um tempo mais tarde, quando já estava acordado e sedado por um calmante, perguntando se eu me sentia melhor. Respondi-lhe que sim, mas a verdade era que não. Eu continuava sentindo-me como uma merda.

E isso durou uma semana inteira, até que, eu finalmente estava recuperado, havia pensado com mais clareza, e mesmo sentindo muito medo, eu decidi acolher o meu bebê — que ainda não sabia o sexo e nem qual nome pôr —, já que, ao decorrer dos dias, fui me apegando a conversar com minha própria barriga, ainda bem pequena, enquanto começava os protocolos de saúde de uma pessoa grávida, principalmente um homem, uma vez que a gravidez masculina era um pouquinho mais complicada que a feminina. Por exemplo, um dos grandes "problemas" é fazer xixi — falando mais fofamente —, pois sua bexiga fica mais apertada e, em certo momento, você não pode mais ver o seu próprio pênis. É como se ele nem estivesse lá, ainda que você consiga senti-lo.

Nessa uma semana, também conversei com pessoas próximas e queridas, como minha avó, que aconselhou-me a abortar, se assim fosse do meu querer, e, por um momento, possibilitei a ideia, mas já sabem qual foi minha decisão.

Porém, claro que nem tudo é questão de conversa com outras pessoas, também tive de conversar comigo mesmo, refletir e rever muitas coisas, mas que, no fim, não tomaram tanta relevância quanto estar com meu bebê.

Só que, o passo mais difícil ainda estava por vir e esse era justamente o que eu mais temia: conversar com o outro pai do bebê.

De início, eu pensei muito em quem fosse, mas claro que só poderia ser Soobin. E isso foi aterrorizante. Contudo, não porque era Soobin, mas por qual poderia ser sua reação, pois, se ele agisse que nem um babaca, me magoaria de duas formas, a primeira sendo sobre o bebê, a segunda, sobre os meus sentimentos, desde a universidade, por si.

Nossa, doeria muito.

Mas eu sabia que precisava. Não queria ocultar isso do alfa, e muito menos, fazer que nem naquelas fanfics clichês, onde o ômega foge com o filho e, após anos, eles se reencontram, já com o bebê grandinho. Eu era um adulto, responsável e maturo o suficiente para lidar com qualquer que fosse a reação do maior, até mesmo se ele me pedisse para abortar — e detalhe, que se ele realmente fizesse isso, eu não sairia de lá sem ter lhe deixado com a marca dos meus cinco dedos em seu lindo rosto.

A questão era: mão direita ou mão esquerda?

Bem, eu falei com Soobin, e combinamos de nos encontrarmos em sua casa, por meio de Taehyun, seu amigo próximo, com quem eu já havia trocado algumas palavras na biblioteca da universidade.

E lá se foi um ômega nervoso atrás do alfa que lhe deixou barrigudo.

Quando cheguei no local, demorei, no mínimo, uns três minutos parado na frente da porta, tomando coragem para tocar a campainha. Por fim, toquei, sendo atendido pelo próprio Soobin, com um sorriso gentil nos lábios finos, vestindo apenas um blusão folgado de cor cinza e uma calça folgada preta.

"Como consegue ficar tão belo com roupas de casa?", pensei, querendo o socar por me desestabilizar daquela forma só com sua presença.

— Pode entrar, Yeonjun — disse, me tirando dos meus pensamentos, e afastando um pouco o corpo para que eu pudesse passar.

— O-obrigado — agradeci, entrando como um furação em sua casa, visualizado sua ampla sala e suspirando ao me virar de volta para si. — S-Soobin, eu p-preciso que se sente...

— Tudo bem, vamos para o sofá. — Indicou com a mão o cujo, onde rapidamente nos sentamos, de frente um para o outro, eu tentando me manter calmo, enquanto o maior seguia sorrindo gentilmente.

Ele era alguma espécie de anjo?

— Bem — começou —, o que tem para me falar, Yeonjun-ssi? — finalizou, fazendo a pergunta mais insolente do mundo, pelo menos, para mim, que estava numa situação bastante complicada.

Por que era tão difícil apenas falar?

— Soobin-ssi... — Suspirei, criando forças. — A-ah... Eu não sei como te dizer isso...

Cocei a nuca em um gesto de nervosismo e ele me olhou docemente, quase como uma bala de açúcar, aumentando levemente o ângulo do sorriso, tranquilizando instintivamente meu coração. Por fim, respeitei fundo, antes de falar, com a voz firme como nunca em toda minha vida:

— Eu estou grávido, Soobin.

O alfa começou a tossir e eu fiquei sem saber o que fazer, mas decidi me aproximar e bater em suas costas, sem utilizar muita força, só para acalmá-lo.

Ficamos por alguns segundos naquela posição, até ele exclamar, com uma expressão surpresa e estranha:

— O quê?!

Não poderia dizer se foi o meu ômega que sentiu-se acanhado, mas logo eu respondi de volta, indo para longe de si e cruzando os braços:

— Isso que você ouviu, alfa. Por favor, não me faça repetir...

Contudo, após isso, sua reação não poderia ter me surpreendido mais.

— Me desculpe... Eu só... E-eu 'tô surpreso. Mas ao mesmo tempo, é uma notícia incrível, Yeonjun! — se manifestou, e seu sorriso aberto, seus olhos doces brilhando, suas covinhas aparecendo... eram um combo para meu coração derreter.

Além do abraço cálido que ele me deu depois, enrolando seus braços envolta de mim, fazendo-me virar apenas um fantoche seu, o qual ele poderia manusear como quisesse. Eu só queria estar lhe sentindo.

Enfim, após todo esse momento, meu pesadelo começou: Soobin se tornou um chiclete no sapato. E não, não era que eu não gostasse de ter o maior comigo, me mimando e distribuindo beijinhos por toda minha barriga, só que tudo tem limites, certo? E foi sobre isso que, aos meus dois meses, nós conversamos.

Aos três meses, ele estava com menos frequência em minha casa, pois estava se mudando para uma casa própria, onde só ele moraria. Tendo também como extra sua entrada de trabalho no hospital. Mas continuava presente, sempre me mandando mensagem, perguntando sobre como estávamos — sim, no plural —, e ia na minha casa nos fins de semana.

Mas aos quatro, foi quando tudo mudou de uma forma radical.

Eu não havia percebido, porém, Soobin já não passava a ir na minha casa só para saber sobre a bebê — que sim, já havíamos descoberto ser uma garotinha e nomeado de 'Choi Seori', nossa maior preciosidade —, me tratava com um carinho além do comum, gostava de tirar muitas fotos se nós dois, juntos ou só de mim, beijava minhas madeixas, meu torso, minha bochecha, meu corpo praticamente todo. Além de me abraçar mais frequentemente e, em um dia completamente inesperado, onde estávamos comendo bolinhos de chuva e rindo de um filme que passava na televisão, ele se declarou.

Soobin disse que me amava e que estava disposto a me conquistar.

Eu desacreditei, mas ele insistiu, e eu só deixei-o. Assim, os dias seguiram e, cada vez mais, sentia que o maior se aproximava de mim, me conhecia mais, me cheirava mais, me cuidava mais, me amava mais.

E, por fim, os cinco chegaram. Não há muito o que contar sobre, já que a história começa a partir daí. Mas é lindo relembrar o momento em que finalmente resolvi com Soobin algo entalado dentro de mim.

[...]

2 meses atrás...

Uma semana.

Já tinha se passado uma semana que Soobin não me visitava.

Naquele dia, todo meu corpo estava dolorido, assim como minha mente, a qual poderia ser a tal 'casa da mãe Joana' pela bagunça que se encontrava.

Mas felizmente, San e Wooyoung estavam lá aquele dia, os dois empolgados, pois não aguentavam mais a saudade de me dar um abraço e apertar minha barriga já bastante rechonchuda. Eu amava aquele casal como se fossem meus pais, o que, particularmente, considerava que sim, uma vez que San e Wooyoung ajudaram mamãe a cuidar de mim desde que eu era uma criança, então a presença dos dois na minha vida era essencial.

— Perdido no espaço novamente, gravidinho? — quem perguntou foi Wooyoung, se aproximando com um sorriso de orelha a orelha no rosto surpreendentemente jovial.

— Pensando na vida, Woo — respondi, suspirando em seguida. O mais velho sentou-se na cadeira ao meu lado e juntou nossas mãos, trazendo automaticamente aquele acalanto.

— Faz tempo que a gente não tira um tempo 'pra conversar, 'né? Como está indo? Quero ouvir da sua boca, bem detalhadamente. — Alargou mais o sorriso, se é que era possível, e iniciou um calmo carinho na minha palma. Sorri, balançando a cabeça em negação.

— Desculpa, Woo. Sem tempo esses dias, mas 'tô indo bem. Recentemente o Soobin 'tá ficando até mais tarde no hospital e não 'tá podendo me visitar… De verdade, não vem acontecendo nada demais ultimamente... ou pelo menos é o que eu quero acreditar... — sussurrei a última parte, suspirando depois, pela décima vez só naquele dia, tentando controlar minhas emoções.

— Você já conversou com ele sobre o que está sentindo? — indagou, me dirigindo um olhar preocupado. Arregalei os olhos, contudo, logo abaixei a cabeça, negando.

— Na verdade, não… — Engoli em seco, levantando a mirada e focando no outro, que sorria, me reconfortando.

— Por quê, Jun? Seja sincero, ok? Estou aqui para te escutar.

— Porque ainda tenho insegurança em relação a isso, Woo… Eu entendo e sei que Soobin nunca faria mal para mim, mas não consigo confrontá-lo sobre. É o trabalho dele, e assim como quero que ele entenda quando eu for trabalhar, tento entendê-lo. Mas sua carga horária parece estar mais pesada do que o necessário esses dias e eu não consigo não me preocupar. Eu não consigo...

— Você não consegue controlar.

Sorri fraco, olhando-o francamente, observando aquela compreensão de amigo para amigo em seu olhar.

— Sim, Woo, eu não consigo, e isso está me consumindo. Mas o pior é que eu não sei o que fazer… Às vezes parece estar tudo tão bem e eu começo a me sentir assim.

— Jun, não é sobre estar bem ou não, é sobre confiança. Por mais que esteja tudo certo com sua relação, sua filha, o Soobin, sua família… sua vida… não está com você mesmo. Você foi jogado no mundo da paternidade de vez e Soobin também. Vocês estão construindo um lar acolhedor para Seori, se conhecendo e se amando, é nítido nos olhares que trocam em alguma reunião familiar ou na saída entre amigos, até mesmo nas fotos. Contudo, não pode deixar a insegurança te consumir. Não permita que isso afete seus relacionamentos, principalmente o de você para você, pois ele é o principal. Consegue entender? — Apertou meus dedos entre os seus. — Fale com ele, assim que se sentir confortável para isso. Você convive com Soobin todos os dias, sabe e consegue reconhecer o que pode estar lhe fazendo mal, então se está inseguro sobre sua carga horária, deve alertá-lo, pelo seu próprio bem estar.

Comecei a refletir por um momento sobre o que Wooyoung falou, compreendendo onde ele queria chegar. Na realidade, eu não estava sendo egoísta. Minha preocupação era válida, como qualquer outra, mas para cessá-la, nem que um pouco, necessitaria de um diálogo com Soobin. E era isso que eu faria.

— Você é incrível, Woo. Muito obrigado — agradeci, levantando e correndo para os braços do meu cunhado, que gargalhou e me acolheu em seu torso, acariciando minhas costas. — Já sei o que fazer, graças a você.

— Não, Jun, a decisão é sua, então os créditos são todos seus.

Sorrimos um para o outro, triunfantes. Finalmente me sentia melhor naquele momento, permitindo meu coração transbordar calmaria. De qualquer forma, Soobin também era um adulto responsável e eu poderia confiar nele, ajudando-o quando necessário, pois é isso que fazemos para aqueles que amamos: os apoiamos.

De repente, escutamos um barulho alto de algo caindo e chocando com o chão. Nos viramos em direção ao local de onde provinha o ruído, encontrando, encolhidos num canto, mamãe e San, obviamente estando ali para ouvir a nossa conversa.

— Baixos, muito baixos — exclamei, fazendo um som de "tsc" com a língua, sarcástico.

Dona Yeri e San estavam vermelhos como duas pimentas, rindo nervosamente.

Tal mãe, tal filho mais velho.

— Desculpe, bebê. Estávamos preocupados e queríamos entender o que te incomodava — explicou mamãe, levantando-se, junto com meu irmão, e vindo até mim. — De verdade, Soobin te ama, Yeonjun. Converse com ele assim que possível.

— Isso mesmo, maninho. Boa sorte! — Sorriu amplamente, fazendo com que seus olhos fechassem, transformando-se em pequenos tracinhos pretos. — E sabe que se Soobin apenas pensar em te magoar, eu transformo ele em caquinhos — sussurrou em seguida, me fazendo rir.

Eles eram uma graça. Sorri com a ternura da minha família, perdoando-os logo em seguida.

— Tudo bem, tudo bem, gente. Mas então, o que vamos fazer agora? Eu 'tô entediado — indaguei, levantando uma sobrancelha, esperando alguma reação.

— Bem, podemos fazer alguns biscoitos, certo? — sugeriu Woo, e San confirmou com um aceno positivo de cabeça.

— Com gotas de chocolate, de preferência — falou o meu irmão e todos rimos, concordando.

— Certo, então vamos preparar os ingredientes! — Mamãe bateu palmas, empolgada, saindo dali e indo até o armário, começando a buscar pelo que usaríamos para montar a massa.

Após esse momento, a tarde se resumiu em risos, farinha e roupas molhadas, por parte minha e do casal, claro. Enquanto isso, mamãe preparava com cuidado e dedicação os biscoitos, que já estavam prontos e sendo comidos por nós. O sabor era delicioso, com as gotas de chocolate roubando a cena em meu paladar. Minha mãe realmente era incrível com os doces.

Depois, eu tirei um cochilo, sendo acordado por San quando já era por volta das quatro horas da tarde. Meus olhos ardiam pela claridade, enquanto eu estabilizava minha visão, tentando enxergar nitidamente a silhueta da pessoa em pé ao meu lado, contudo, foram precisos alguns segundos para isso, até eu finalmente poder reconhecê-lo: Soobin. O alfa vestia uma calça preta e uma camisa preta, as mesmas roupas de quando havia saído de manhã para ir ao trabalho — ele me mandou uma foto. Era um hábito seu.

Em seu rosto, tinha uma expressão cansada, mas por algum motivo desconhecido — para mim —, sorria docemente, como sempre fazia ao me ver.

— Binnie? É você mesmo? — perguntei, pois poderia ser um sonho ou alucinação pelo recente despertar. O turno do alfa durava até mais tarde.

— Sou eu, Junnie. Vim te ver, mesmo que já seja um pouco tarde. — Suspirou, contudo, logo voltando a sorrir. — Tirei uma semana de férias do trabalho.

Eu arregalei tanto os olhos que tive medo deles caírem.

— Sério? — indaguei, pasmo, e ele balançou positivamente a cabeça, afirmando. — Por quê?

— Porque eu necessito de você. — Riu baixinho, enquanto eu sentia meu rosto esquentar. — Depois de conversar com Taehyun no plantão, percebi que estava muito atarefado e te deixando de lado. Mas você está em um dos momentos mais sensíveis, e eu necessito estar contigo, e sei que eu mesmo preciso de você comigo. E Seori precisa de nós dois.

Eu sorri, sorri grandemente, pulando em seus braços. No final, não precisei falar com ele sobre confiança, nem sobre minha insegurança, porque o próprio Soobin notou isso.

E foi assim que meu coração foi se entregando de pouco em pouco, porque, por mais que ele já estivesse completamente apaixonado, sempre é difícil trabalhar a confiança em seu parceiro, o cuidado e o reconhecimento.


Notas Finais


Então, o que acharam, nenéns? Espero que tenham gostado! 🤍

Não tá lá essas coisas não, mas prometo que os futuros capítulos serão melhores e mais interessantes, justamente porque falta isso aqui 🤏 pro nascimento da Seori (voltando a dizer pra quem não leu as notas iniciais 👀)

De coração, espero que tenham gostado, fiquem bem, se cuidem e até mais! 🌸💛 E muito obrigada por chegar até aqui. E, ah, obrigada @vanelope-stars, por tudo, bebê. Depois daquele presentão, a inspiração veio com tudo. Te amo.


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