História ERROR- um doce erro - Fale agora ou cale-se para sempre

Autora on

A pequena janela iluminava o cômodo do rosado que acordava aos poucos com a luz fraca de que avisava o amanhecer do sol. Abriu os olhos lentamente ao ouvir o despertador tocar ao seu lado, desligou-o e se levantou da cama, pegou seu celular e era oito horas da manhã, acordará na hora desejada por si. Ele parecia feliz por ter acordado com o despertador no primeiro alarme que planejou, nunca em sua vida acordará cedo- tirando no tempo da escola, em que sua mãe gritava seu nome, dizendo que ele estava atrasado.

Dobrou a coberta e tirou o edredom da cama para colocar em uma caixa de papelão. Abriu o armário e pegou o cabide que contém o belíssimo terno, saiu de casa trancando a porta e entrando no carro, pós o terno no barco do passageiro e ligou o carro.

Pegou seu celular e digitou o número de Gajeel. Depois de algumas chamadas, o moreno atendeu. Deixou no viva voz enquanto dirigia.

•|Ligação on|•

Gajeel- Alô?- perguntava com sono, acabará de acordar.

Natsu- Bom dia flor do dia!- falava animado.

Gajeel- Ah, Natsu...- reconheceu a voz, mas tinha algo de errado- Não sei por quê, mas sua felicidade é um tanto estranha.

Natsu- O quê? Gajeel, hoje eu me CASO!- disse com ênfase na última paravra- Claro que estou feliz.

Gajeel- Sim, mas...- tentava lembrar de alguma coisa.

Natsu- Você está estra...- antes de completar a frase o rosado foi interrompido.

Gajeel- NATSU VOCÊ TRANSOU COM AQUELA LOIRA DA BOATE!!- lembrou por fim, no outro lado da linha o moreno deixou cair seu copo de café com a lembrança de seu amigo, contando um dos piores erros de sua vida.

Natsu- PUTA QUE PARIU, TINHA ME ESQUECIDO DE ONTEM!- acredite, o rosado estava mais surpreso do que qualquer um.

Gajeel- COMO?!- parecia indignado, como alguém

esquece isso?

Natsu- Eu não estava sóbrio, é como se nem tivesse acontecido- disse se corroendo por dentro.

Gajeel- Precisamos resolver isso já!- dava para ouvir o som dele quando andava de um lado para o outro.

Natsu- Não tem como resolver, não posso desfazer isso- estava preocupado, não queria e não sabia como contar.

Gajeel- Diga a ela e seja sincero, você ama ela- sinseridade as vezes não cai bem.

Natsu- eu AMO, por isso não posso a magoar- era isso, ou estava desesperado e não tinha outra desculpa.

Gajeel- Mas ela é sincera com você, COM TUDO- o rosado concordou a cabeça, mesmo o amigo não podendo ver.

Natsu- Sim...eu sei- falou em um tom mais baixo, como se ficasse triste sabendo que ele não era tão fiel.

Gajeel- OK, OK. Vamos resolver isso mais tarde- disse parando de circular e sentando em uma cadeira na sala.

Natsu- Certo. Posso tomar café aí?- disse, saindo do carro e tirando a ligação do viva voz.

Gajeel- Que? NÃO!!- lembrou da azulada dormindo no quarto como um anjo, e também como uma pedra.

Natsu- Que bom, Gajeel!!- se animou, parecia estar falando com um homem, mas não dava para entender.

Gajeel- Você está vindo pra cá né?- revirou os olhos.

Natsu- Não, eu já estou aqui- depois de dizer isso, a campanhia do seu apartamento tocou

•|Ligação off|•

Gajeel abriu a porta para seu amigo rosado e então ele entrou sorrindo como se aquela história da loira já tivesse resolvido, não resolveu, mas ele não podia deixar aquilo estragar todos os seus planos.

- Vou fazer panquecas- Natsu já foi para a geladeira e a abriu, vendo alguns ingredientes, no qual podia usar para fazer um ótimo café da manhã.

- Você não vai fazer nada- o moreno fechou a geladeira, por sorte o rosado tirou sua mão de dentro antes que se fechasse- Eu vou fazer- empurrou o amigo de frente da geladeira para longe dali, e então abriu a geladeira novamente.

- Levi está aqui, não é?- suspeitou da vontade do moreno de cozinhar- Você nem gosta de cozinhar- riu com o moreno procurando os ingredientes e deixando o leite aberto cair no chão, fazendo um barulho alto.

- Oh droga- pegou a caixa de leite, agora vazia e procurou um pano para secar o chão.

- O que está acontecendo aqui?- no corredor apareceu a azulada coçando os olhos, tentando se acostumar com o cômodo que a luz estava acesa, viu o rosado e se surpreendeu- Oi Natsu, veio comer aqui?- sorriu vendo ele assentir. Olhou para o chão e vendo seu namorado com um pano na mão limpando o leite- Opa mozão!!- sua voz saiu alta com o som do tapa que deu na bunda de Gajeel.

O moreno olhou com um olhar indignado e bravo, porém com carinho.

- Se acalme, ela não tem culpa de você ter um bundão- Natsu olho para o seu amigo, dando um gole no café que tinha feito rapidamente- tem um bundão mesmo- sussurrou para o ouvido da azulada, que concordou dando uma risadinha.

- O que estão cochichando?- Gajeel perguntou desconfiado.

- Nada- falaram em uníssono. Com uma curta risada no final.

* * *

Após o rosado tomar o café com aquele casal, ele saiu para buscar o anel de sua amada na joalheria mais famosa da Inglaterra. Saindo de lá batia 14:00 no relógio, ainda tinha uma hora até o melhor dia da sua vida se tornar esse dia, hoje, agora.

Pensou em alguns planos, será que seu filho seria lindo como a mãe albina? Será que o seu cunhado vai parar de pegar em seu pé? Como vai ser mostrar para seus amigos que finalmente ele está dando certo com alguém? Tantas coisas para pensar, mas ele não podia deixar essas coisas explodirem agora, talvez depois, mas agora tem que se acalmar.

Entrou em seu carro e ligou uma música, começou a tocar "Rest of my life" do Bruno Mars, ele ouvia e rolou uma lágrima sim, aquela música definia seus sentimentos, definia como ele se sentia naquele momento. Teve que tirar esses pensamentos quando abriu a porta, e disse um "Boa tarde" para o joalheiro que estava atrás do balcão. Pegou as alianças e saiu em direção a igreja. Já estava lá às 15:28, estava quase na hora. Comprimentou Gajeel e os outros convidados e foi vestir seu terno o mais rápido possível, arrumou seu cabelo e foi para o seu lugar, esperando ansiosamente a noiva, a sua futura esposa.

A música clichê da chegada da noiva começa a tocar e o coração do noivo começa palpitar em um velocidade grande*

Lissana dava seus curtos passos em direção ao altar, segurando o braço de seu irmão mais velho que a companhava até o noivo. Os amigos e familiares olhavam espantados com a beleza incessante da noiva. O rosado não parava de encarar sua beleza, mais linda do que nunca.

Em alguns segundos lá estava ela, sendo deixada de frente do rosado. Trocaram sorrisos e então a música cessou e o padre se pôs a falar. Fez seu grande discurso matrimonial. Natsu estava se sentindo tão feliz, nada poderia estragar isso.

Estava quase na hora do "sim" dos noivos, mas o padre não deixaria faltar a frase clichê: " Se alguém se opõe a este matrimônio, fale agora ou cale-se para sempre".

Houve um silêncio na igreja...

O padre estava prestes a continuar, quando uma mulher loura se opôs a levantar do fundo da igreja e dizer um alto "eu".

" O que ela está fazendo isso. AH NÃO, NÃO!!!", pensava o rosado reconhecendo a loira que havia dormido. Mas de uma maneira espantosa, a albina a sua frente parecia preocupada, tanto quanto ele.

- Esse cara dormiu comigo!!- Ela exclamou em voz alta- Mas não tem problema né, Lis?- Sorriu sádica olhando para a noiva- Você fez pior...

- O quê...- Sussurrou o rosado olhando para a albina que virou para encarar o noivo.