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História Erros do passado - Aproximação


Escrita por: Aliciadarcy

Notas do Autor


Esperam muito pelo próximo capítulo? kkkkkk
Não falei que se melhorassem os comentários, logo postaria outro?
Boa leitura!

Capítulo 7 - Aproximação


Fanfic / Fanfiction Erros do passado - Aproximação

Capítulo 7 — Aproximação

O quarto era pequeno e limpo e apesar de possuir apenas uma janela com basculante, também era arejado e seco. Havia uma cama, não muito velha, em madeira mogno no centro do cômodo com uma decrépita mesinha de cabeceira ao lado.

Esse era o quarto de Jensen. No entanto, era Jared que estava deitado no fino colchão sobre o móvel. Encontrava-se em estado de inconsciência. Tremia de frio. A febre em seu corpo oscilava entre 39 e 40 graus.

— Não... Hellen... Morrer... Não! — o adolescente delirava e choramingava balbuciando palavras desconexas entre um soluço e outro.

— Jared? — o loiro chamou-o preocupado.

— Mamãe... Hellen... Não morram...

— Do que diabos esse garoto está falando? — pensou, sentindo-se momentaneamente irritado por toda aquela situação estar acontecendo. O moleque ficar doente não estava em seus planos.

— Não as machuque... Não! Não!

Sentado ao lado do garoto, Ackles aproximou-se mais colocando sua mão esquerda sobre a testa dele enquanto a direita punha o termômetro em seus lábios. E mesmo antes do pequeno aparelho mostrar o aumento da temperatura corporal, sabia que a febre continuava alta. O delírio e o corpo suado do garoto não mentiam.

— Não se preocupe Jay! — aproximou-se o suficiente, acariciando a face adormecida e chorosa do garoto. — Vou cuidar de você!

Voltou a dizer baixo e carinhoso, como se Jared conseguisse ouvi-lo e soubesse disso. E sem perceber, sua mão deslizou pelos cabelos dele em uma leve carícia, permanecendo assim até que um barulho de porta abrindo lhe chamasse a atenção, fazendo-o se afastar rapidamente.

Pego em flagrante, sua reação instantânea foi olhar com raiva para Misha e reclamar pela demora em trazer o remédio que havia pedido.

— Pensei que você não viesse mais! — chamou a atenção do colega.

— Jensen... Que culpa eu tenho se o antitérmico não estava no quite de primeiros socorros? — tentou se justificar, mas o olhar felino em sua direção continuava.

O líder, ainda irritado, bateu com as mãos na perna, claramente pedindo que o amigo lhe desse o remédio, mas Misha estava tão chocado com o que tinha flagrado que não estava percebendo a impaciência do outro.

— Misha! — gritou pelo amigo novamente. — Anda logo, seu inútil! Você é retardado ou está se fazendo?

O rapaz achou melhor continuar calado, mas ficou pensativo quanto à cena que tinha presenciado ao entrar e principalmente com a reação do líder. Achou melhor não comentar. Apenas lhe entregou a caixa com os comprimidos antitérmicos e o copo com água que trazia.

— Esse remédio vai lhe fazer bem, jay! — sussurrou tocando calmamente o moreno. Levantou-o um pouco lhe apoiando as costas com um de seus braços, mantendo-o com a cabeça encostada em seu ombro e levemente inclinada para trás. Pegou um comprimido esmagando-o com os dedos nos lábios entreabertos do menino, fazendo-o ingerir um pouco de água logo após. Depois o deitou novamente, desabotoando os botões iniciais do seu macacão expondo o peito. Collins observava a tudo com curiosidade. O que aconteceu com os modos rudes de Jensen? Aqueles que seus companheiros julgavam inato ao líder que seguiam há mais de quatro anos? As perguntas circulavam em sua mente levando-o a um questionamento sobre a cena flagrada antes e a de agora. Mas, no momento, guardá-las-ia somente para si.

— Eu não acredito que novamente você vai bancar a babá desse pirralho!

A voz furiosa de Harris ecoou por todo o quarto chamando a atenção dos dois homens. A contragosto ela trazia panos e um lençol limpos e uma bacia pequena com um pouco de água gelada. Fora obrigada pelo irmão a atender as ordens de Jensen quando essas vieram por intermédio de Collins.

— Obrigado, Dan! Agora pode se retirar. Você também Collins. E avise aos outros que não estamos mais de partida, pelo menos por enquanto. — indagou incisivo para os dois comparsas. Ambos parados na entrada da porta.

— Como quiser... — Misha disse impaciente, sendo cortado pelo grito histérico da ruiva.

— O QUÊ? ISSO É POR CAUSA DESSE MOLEQUE SONSO? — gritou, encarando furiosa o garoto adormecido.

Antes que Ackles pudesse abrir a boca para colocá-la em seu devido lugar, Misha agarrou a mulher pelo braço esquerdo, segurando-a firme mesmo sob seus protestos, jogando-a porta afora e bloqueando a entrada dela com o seu corpo.

— Mais alguma coisa, Jensen? — perguntou resignado.

— Sim! Se eu precisar de ajuda eu chamo vocês.

O moreno apenas confirmou com a cabeça antes de sair e fechar a porta atrás de si.

— Solte-me Misha! Está me machucando!

O homem não lhe deu atenção. Continuou a empurrá-la pelo estreito corredor em direção à sala de reuniões onde estavam reunidos os outros membros da quadrilha.

— EU JÁ DISSE PARA ME SOLTAR!

Antes que ambos alcançassem o determinado cômodo, a ruiva atingiu-lhe o estômago com um soco de direita. Ele cambaleou para trás inclinando-se sobre os joelhos tentando recuperar o fôlego.

— Nunca mais faça...

Antes de completar a frase Danneel foi ao chão pela força da bofetada que levou.

— SEU DESGRAÇADO!

Levantou-se rapidamente jogando-se violentamente contra o homem. Os dois caíram rolando no chão. Harry sobre Collins tentava estrangulá-lo enquanto ele a segurava pelos pulsos.

— PAREM CO ISSO AGORA! — Gritou Rosenbaum segurando a irmã enquanto Welling segurava o moreno. Ambos a duras penas.

— IDIOTAS! PAREM DE AGIR COMO CRIANÇAS! — Chad gritou pondo-se entre eles. Sua voz determinada e seu semblante firme surtiram efeito. Os brigões pararam, embora se olhassem de maneira ameaçadora.

Lindberg deu um longo suspiro passando as mãos pelo rosto impacientemente. Olhou-os em um misto de raiva e preocupação.

— Misha, por que a Danneel estava tentando te esganar?

— Por que ele...

— EU PERGUNTEI PARA O MISHA! — Gritou o loiro, fazendo a ruiva se calar imediatamente. Olhando novamente para o outro.

— E então, Collins?

— Não imagina o Porquê, Chad? Pelo motivo de sempre: Jensen!

Todos os membros da quadrilha que se aproximaram dos dois na hora da confusão entreolharam-se indignados pelo fato da mulher mais uma vez criar confusão por causa do líder. Eles sabiam que quando isso acontecia era somente por um motivo: ciúmes.

— Harrys... — Chad olhou-a seriamente. — você não acha que já está passando dos limites com essa sua obsessão pelo Ackles? Não acha que ele, principalmente, não está cansado dessa situação? Qual é a tua, garota? Quer acabar como o Havene?

Inconscientemente, Mike que mesmo levemente ainda segurava a irmã, apertou-a contra si assustado diante das palavras do comparsa.

— Pense bem em suas atitudes! Você é uma criminosa experiente e não uma colegial que sai comprando briga sempre que sente ciúmes do namoradinho. Jensen continuará sequestrando homens ou mulheres, adultos ou crianças e ele precisa que sejamos UNIDOS e não em pé de guerra um contra o outro — frisou bem a palavra antes de continuar. — Reflita! De hoje em diante haja como a adulta que é, antes que seja tarde demais para você.

— Lindberg...Eu só...

O loiro ergueu a mão pedindo nesse gesto que ela parasse de falar.

— Não é para mim que você precisa se explicar. Você é o braço direito do Ackles. Talvez por isso ele ainda não tenha dado um basta em seu comportamento repulsivo. Mas, pense: até quando vai ser assim? — E dizendo isso, voltou para a sala de reuniões sendo acompanhado pelos outros, incluindo o irmão dela. Danneel ficou só, pensando no que acabara de ouvir.

J2

As persianas do quarto de Jensen estavam mais abertas canalizando assim a brisa fria da manhã para dentro do cômodo, arejando-o naturalmente. Também pusera sobre o peito e a testa do adolescente um pano molhado em uma mistura de água gelada com álcool e a cada cinco minutos os retiravam mergulhando novamente no líquido e voltando a colocá-los sobre o menino.

Sim! Era prioridade cuidar dele, embora ainda não tenha se dado conta disso. Por isso, quando Danneel começou mais uma vez com "seus famosos chiliques", deixou de lado a maneira como pretendia tratá-la entregando a responsabilidade a Collins que a expulsou devidamente. Tão pouco se importou quando ouviu que os dois brigavam ao fim do corredor. Eles que se resolvessem. Com esse pensamento, optou por não pedir mais ajuda a nenhum de seus comandados, indo ele mesmo à cozinha improvisada preparar um bule cheio com chá instantâneo e quente, retornando ao quarto com o líquido e uma xícara média em porcelana.

Sabia de suas obrigações como líder da quadrilha Dark Moon. No entanto, julgava-se responsável pelo estado de saúde atual do garoto, pois desde que o machucou acidentalmente quando o sequestrou, um sentimento de dor e culpa crescia dentro de si, apesar de ter preferido escutar a voz da razão e sufocá-lo dentro do peito, já que nunca se preocupou antes com o bem-estar de um cativo. Por que se preocuparia agora? Era uma das frases que tentava internalizar em seu consciente.

Mas, as coisas não ocorreram como nos sequestros anteriores e ao ver o adolescente ardendo em febre, inconsciente e acorrentado por sua própria ordem, a culpa antes sentida transformou-se no medo da perda. E pela primeira vez, depois de perder a irmã e amiga, Jensen se sentia vazio pelo mero pensamento do garoto falecer.

— Shhh! Está tudo bem, minha criança! — Jensen murmurava, enquanto forçava o moreno tomar alguns goles de chá.

— Humm... Humm...

Jared resmungava enquanto o chá morno descia lentamente por sua garganta. Jensen inclinado sobre a cama, retendo-o em um de seus braços, deslizava a xícara contendo o líquido lentamente pelos lábios entreabertos dele. Até aquele momento, passado mais de meia hora desde que fora solto, não esboçava sinais de melhora.

— Hellen... Amo... Mãe...

— Calma! — Pedia sentindo-se quase desesperado pela situação de Jared.

Depois de lhe dar o chá, o loiro voltou a deitá-lo, reaplicando as compressas sobre o peito e a testa. Ajeitou-o melhor na cama. De repente, o vento soprou mais forte, bagunçando as madeixas do menino. Uma mexa de cabelo escuro caiu sobre a testa. Jensen afastou-a gentilmente, deslizando a mão sobre as madeixas macias mais tempo que o necessário. E em uma leve carícia, a mesma mão escorregou para a face adormecida daquele cujo brilho da liberdade reluzia em seus olhos quando ele o encarava raivoso. Era ainda um menino, mas forte o suficiente para não sucumbir aos algozes que o afastavam da família.

Os pensamentos de Ackles ganhavam força, a cada roçar de dedos nos fios escuros retidos entre eles.

— O que te faz diferente dos outros? Por que você mexeu comigo?

As perguntas eram mais retóricas do que propriamente significativas. Na verdade, não importava, realmente, o porquê daquele ser indefeso e desprotegido mexer tanto consigo. Mas, a intensidade e a repercussão disso para os seus sentimentos.

— Shhh! Calminha! Tudo vai ficar bem! — sussurrou quando o choro da criança se intensificou.

— Some people live their dreams, some people close their eyes

Então, do nada, as lembranças da música amada lhe invadiram a mente e mesmo sem perceber, cantava a música que profetizava o amor que essa nova vida lhe devolveria, mesmo ainda não sabendo disso.

— Some people's destiny, passes by

[…]

— It takes some time, god knows how long, i know that I can forget you… — interrompeu-se, baixando o rosto até deixar à altura do rosto do adolescente.

Então, o momento sentimental foi quebrado quando percebeu que o suor encharcava, novamente, as roupas recém-trocadas do mais novo. Pensou em chamar Misha, mas pensando bem, não o queria ali. Na verdade, não queria nenhum deles. Estar perto de Jared, mesmo que temendo por sua vida, mesmo com medo de perdê-lo era tudo o que importava. Sabia que o devolveria à família e não cobraria um centavo por isso. Sabia que perderia sua quadrilha por isso e que logo, Jared estaria entre os seus e seu sequestro, algum dia, não passaria de um pesadelo que surgiu em sua vida. Ele, Jensen, seria apenas comparado a um monstro que...

- Não! Não vou pensar nisso! Agora não, por favor!

Deixaria para pensar depois na falta que aquele lindo menino lhe faria. No momento tinha outra preocupação:

- Merda! Como tiro a roupa dele sem observá-lo nu?

Para Ackles, despir o mais novo seria como violar a sua pureza.

- Você é tão puro, criança! Tão indefeso! - falou, observando-o mais uma vez.

- Eu me enganei a seu respeito! Agora sei que você nunca foi um "filhinho de mamãe", mimado. Deve ser do tipo nerd, cuidado apenas pela babá, sentindo a falta dos pais que sempre estão ocupados para te dar atenção. - o diálogo seguia. Era como se o garoto estivesse lhe confidenciando sua vida.

- Não vou me aproveitar de você, entendeu? Nunca!

Foi quando teve a ideia de pegar o lençol limpo que pedira a Danneel e cobrir o garoto do pescoço abaixo.

- Vou tirar essa roupa molhada de suor e secá-lo. Depois vestirei outra, tudo bem? - falou, depositando-lh um beijo na testa.

E assim o fez. Cuidadosamente, retirou as roupas deles e usou o mesmo pano que cobria a nudez do moreno, para secá-lo. Apalpava os braços, as pernas, o tórax, sentindo os músculos ainda sem definição completa, mas fortes e macios.

- Meu Deus! O que está acontecendo comigo?

Um calor latente subia-lhe o corpo, a respiração pesava e, à medida que secava o garoto, seu membro ganhava vida e uma vontade incontrolável de tomar para si aquele ser indefeso, o consumia.

Continua…


Notas Finais


Ai, ai, esse loirão!
Cada dia mais apaixonado pelo lindinho do Jared, né?
O que será que vai acontecer?
Ai que escritora má! Parou na hora que o loiro estava se animando!
Aguardo seus comentários, queridos(as). Eles me incentivam a postar mais rápido.
Uma excelente semana.
Beijos!


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