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História Escândalos adolescentes... - "Jamais implore pela vida"


Escrita por: Jayk0ol

Capítulo 68 - "Jamais implore pela vida"


Fanfic / Fanfiction Escândalos adolescentes... - "Jamais implore pela vida"

A dor, o que é a dor? A dor é algo que nós lutamos muito para não sentir, ou causar, mas quanto mais nós tentamos, mais fracassados nos saímos, e de vez em quando, está tudo bem.

— por favor, me solta — Zack pediu, trêmulo, amarrado na cadeira com uma pessoa encapuzada a sua frente.

— eu vou soltar, depois de brincar com você.

— por favor, não me machuque, eu imploro, eu faço o que você quiser — Zack estava entrando em pânico, enquanto a figura encapuzada pegava um rolo de fita adesiva.

— que patético. Jamais implore pela vida, está parecendo um covarde. É  uma pena.

— o quê? O que é uma pena? Você... — Zack estava falando, quando tapam sua boca com um pedaço de fita.

— vamos nos divertir agora, tá bom? — Zack ouviu a figura dizer isso e dar risada — relaxe, isso só vai doer muito, muito mesmo — disse indo até Zack que estava tremendo, e lacrimejando de medo, ele tentava gritar, mas a fita abafava o som, então a figura tirou uma das luvas do garoto, e foi até a fogueira que havia no chão, e com uma pinça gigante, ela pegou uma pequena bolinha de metal, que estava tão quente, que brilhava — abra suas mãos — disse, vendo as lágrimas de Zack escorrer sobre a fita, e sua respiração estava muito alta, mas ele obedeceu, e abriu suas mãos, que estavam fechadas, ele estava apertando os punhos, mas seu medo o tornou a vítima perfeita, e então quando a figura colocou a pequena bola em sua mão, Zack sentiu sua pele queimar — aperta — Zack obedeceu, e murmurando, ele deu um grito silenciado e abafado — bom garoto.



[...]



— onde ele está? — Storme perguntou, entrando na casa dos Queen.

— tá lá em cima — Justin disse, vendo ela nervosa — Storme, ele entrou no banheiro... Já faz cinco horas.

— eu preciso vê-lo.

— eu acho melhor não, ele entrou aqui chamando o nome do Dylan. Ele estava tão sujo, coberto de lama, e de folhas, suas roupas estavam rasgadas. Ele estava na floresta, com certeza.

— por que ele estava procurando o Dylan?

— eu não sei, mas...

— mas o quê?

— eles dormiram juntos... Ontem a noite.

— dormiram? Tipo, tipo...

— não, claro que não, dormiram tipo, uma soneca, na cama, sem sexo.

— você acha que...

— eu não faço ideia, mas é impossível, não é?

— é, eu acho, onde o Dylan está?

— não sei, já mandei várias mensagens, espero que ele esteja bem.



[...]



— "Dylan, cadê você?" "Dylan, me liga de volta assim que ouvir essa mensagem" "Dylan! Responde a porra da minha mensagem" — Dylan estava ouvindo os recados de Justin, enquanto carregava sua arma — delicado como sempre — disse Dylan mirando no alvo que estava amarrado em uma árvore, e começou a atirar, várias e várias vezes, sem errar um tiro, até que ouviu o último recado — "Dylan, o Zack apareceu, ele está aqui"  — Zack? — Dylan sussurrou, e em minutos, ele saiu da floresta para sua casa — não me façam perguntas, não me olhem torto, só me digam onde ele está.

— Dylan, ainda bem que chegou — Michael disse indo até ele.

— como sabe, eu moro aqui, mas ainda não quero falar com você, e à propósito, segura — Dylan disse entregando sua arma — relaxa, não tentei me matar, e da próxima vez vou ser mais criativo — Dylan disse, sorrindo — onde ele está?

— no banheiro, mas... — Storme falava, mas Dylan não ligou, ele apenas subiu as escadas.

— Zachary... — Dylan disse, entrando no banheiro e vendo Zack sentado na banheira cheia de água, ainda vestido, e escondendo suas mãos no meio das pernas, então ele se ajoelhou perto do garoto — você...


— Dylan, sai daqui, não quero que você me veja assim.

— Zack, me escuta, da última vez que vi você assim, uma multidão de pessoas derrubaram você no chão, e você estava escondendo suas mãos, estava com vergonha, então eu sei o que está tentando fazer agora, e não, eu não vou embora — Dylan disse e Zack começou a olhar para ele — deixa eu ver — Dylan pediu e Zack mostrou suas mãos que estavam com uma enorme queimadura circular.

— por que? Nós não vamos, não vamos conseguir sobreviver a esse ano, estamos amaldiçoados.

— talvez estejamos, mas por agora, tome um banho, tire suas roupas, e apenas tente relaxar, ontem a noite, eu dormi como uma pedra, graças a você, você me deu uma coisa que eu não tinha a muito tempo, uma boa noite de sono, obrigado.

— eu não consigo tirar minhas roupas. Minhas mãos estão queimando — Zack confessou, com a cabeça baixa, e então do nada sentiu Dylan deslizar suas mãos pela suas costas, indo até sua lombar, e puxando sua camisa.

— tenha cuidado — aconselhou Dylan, apoiando as costas de Zack com as mãos, enquanto ele deita com sua cabeça na borda de cerâmica branca da banheira.

— por que está fazendo isso? — Zack perguntou, ainda meio trêmulo.

— ouvi dizer que pessoas boas ajudam pessoas feias — Dylan deu um pequeno sorriso, e levou suas mãos até a calça de Zack, e abriu o zíper e o botão de sua calça, e depois a puxou para fora. Dylan nunca tinha visto o corpo de Zack antes, não totalmente exposto. Ele tentou evitar, mas não conseguiu não admirar cada traço daquele garoto — sinto muito, mas a cueca é com você — Dylan deu uma risadinha, e foi até a porta.

— Dylan...

— já disse, relaxe, deixe suas perguntas para depois — ele disse, saindo.

— o que aconteceu lá em cima? — Storme perguntou.

— tirei a roupa do seu irmão — Dylan disse sorrindo, deixando todos sem reação — ele tem queimaduras nas mãos, não são tão graves, mas pra quem usa luvas de couro, vai arder bastante, ainda tenho aquela pasta verde que fede a orégano de quando eu me queimei, só que está no dormitório, eu vou pegar, bom, vou tentar, é sexta feira, todos voltaram para casa, e é um saco ficar pulando o muro da escola, mas enfim, olhem ele, e não deixem ele se afogar, as roupas dele estão no chão, e não me olhem assim, não deixei ele pelado, ele está de cueca — Dylan disse, indo até a porta e quando abriu, Rebekah entrou, então ele saiu logo depois.


— é sério? Só fui chamada agora? — Rebekah questionou, indo até Justin.

— isso não é hora — Justin alertou, vendo a garota irritada.


— o quê não é hora? Quando é pra você agir feito um idiota comigo, você não precisa de horário, mas pra ser um amigo decente sim?

— vem comigo — Justin disse, a puxando até seu quarto e do Dylan.

— que merda tá acontecendo aqui? — Storme se perguntou vendo todos estressados — viu só pequeno feto? Esses são os amigos da mamãe, e sim, eles são uns idiotas, mas a mamãe também é, então a gente se dá bem — Storme disse, sorrindo.

— você não pode chegar aqui dessa forma — Justin disse, fechando a porta.

— por que? Não posso ver meu amigo? Diferente de alguns, ele se importa comigo, por isso eu me importo com ele.

— acha mesmo que eu não me importo? Acha mesmo que eu fiz aquilo tudo por mim? Rebekah, eu fiz porque não imagino você saindo com outro cara, eu fiz aquilo porque não imagino você beijando alguém que não seja eu — ele disse, a segurando pelos dois braços.

— me larga — ela ordenou, com cara de brava.

— não.

— me solta, agora.

— eu já disse que não! — ele gritou, sacudindo ela por inteiro, então rebekah se soltou e lhe deu um tapa.

— você não gosta de mim, não sente nada, e se sentisse, não faria nada a respeito, porque é um covarde, não passa de um covarde!

— um covarde?

— é!

— eu sou um covarde?

— sim, você é... — Rebekah estava falando quando Justin a puxou e lhe deu um beijo forte, e ardente —...Um covarde.

— não vai dizer que ainda não pediu? — Justin perguntou, olhando nos olhos dela.

— não, não vou — Rebekah disse, colocando suas mãos sobre o pescoço dele e o puxando, lhe beijando novamente, mas agora foi calmo e doce, ela foi se inclinando sobre a cama, e depois os dois caíram sobre ela, sem parar o beijo.

— até que enfim — disse Zack, vendo eles dois, só de toalha.

— Zack? — Justin saiu de cima de Rebekah rapidamente.

— relaxa, vocês são fofos, eu só quero uma roupa — ele disse, se sentando na cama de Dylan — não precisa ficar assustado, não vou pedir uma cueca — Zack disse sorrindo.



[...]



— cheguei — disse Dylan, anunciando sua entrada — cadê ele? — perguntou.

— lá em cima, mas você não vai agora, eu tenho que falar com você — Michael disse, e Dylan não ligou.

— não estou interessado, eu vou ajudar meu amigo.

— você é adotado, mas Dylan, você tem razão, e eu não posso mais mentir.

— do que está falando?

— eu e a Daisy, nós tivemos o Drew, e depois ela engravidou outra vez, nós estávamos tão felizes, mas no Natal, ela acordou no meio da noite, sangrando, ela perdeu o bebê, eu nunca vi ela tão triste, por isso nós nunca comemoramos o Natal, foi traumático para nós, mas um dia, nós passamos pela ponte West, e lá estava você, em cima da sua mãe, sua mãe biológica, ela estava coberta de remédios, e uma espuma branca estava saindo da boca dela, eu sou médico, poderia ter feito algo, mas aí... Você começou a chorar, e você era tão lindo, naquele momento nós soubemos, você era nosso filho, então pegamos você, e fomos embora, mas quando estávamos indo, ouvimos ela gritar, gritar muito alto, ela estava viva, e nós não fizemos nada, Dylan, nós roubamos você — Michael disse e Dylan ficou paralisado, e quando olhou para a escada, todos estavam olhando, e todos ouviram cada palavra.
  É, você sabe o que é a dor? Não, não sabe, porque não tem como saber o que é a dor, às vezes ela chega, mas não dói, é só um sentimento de aperto, como se você estivesse lutando por espaço dentro de si mesmo, então não, às vezes, não está tudo bem.






Continua.......



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