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História Escarlate - Devolução Inusitada


Escrita por: henrique_mnz

Notas do Autor


Outro... Boa leitura pra vocês! ♡

Capítulo 3 - Devolução Inusitada


Fanfic / Fanfiction Escarlate - Devolução Inusitada

Foi tudo um pouco constrangedor o que ocorreu ontem. Sei lá, é estranho esse tipo de situação que tenho me envolvido recentemente.

Quando cheguei, a mamãe já estava em casa me esperando. Fui dormir relendo Escarlate mais uma vez e ouvindo música eletrônica. Gosto de ler ouvindo música, ajuda a me concentrar na leitura e esquecer o mundo lá fora.

Acordei hoje era umas sete horas da manhã, preparei o café da manhã para mim e a mamãe, comi. Dei um beijo nela. E saí pra um dia de trabalho. Eu trabalhava a trinta minutos longe de, então peguei o ônibus e fui direto.

Cheguei lá cedo, sem atrasos, mas já havia pedidos para entrega. Então peguei a motocicleta de entregas e saí pela cidade entregando tudo, o outro motoboy já havia saído. Fui cortando o caminho pela cidade em rumo aos devidos pontos de entrega. Não conseguia parar de pensar em tudo o que me aconteceu nesses últimos três dias. Meio que me arrependi de ter bebido feito um burro, acabei sendo arrastado até o hotel onde Artie Lancaster está hospedado, transar com ele e também de ter beijado o doutor Ford. Tá, isso meio que foi culpa minha, mas mesmo assim eu ainda não estou preparado psicologicamente para essas coisas.

Entreguei todas as pizza's que haviam para entregar e voltei à pizzaria. Então o Senhor Marlon, o dono da pizzaria, disse que hoje iria fechar mais cedo. Graças a Deus, pelo menos assim posso ter mais tempo junto da minha mãe. Cozinhar para ela e ficarmos vendo TV juntos até ela cair sono.

Assim que fui liberado, peguei o ônibus de volta pra casa e logo a mamãe me recepcionou.

- Filho - disse me abraçando carinhosamente. - Tem alguém aí querendo falar com você. Agora estou indo sair com a Judy, volto mais tarde. Beijo, mamãe te ama - complementou.

- Tá, também te amo - falei, passando pela porta para descobrir quem é a visita inesperada.

Traço alguns passos e acabou que meus olhos foram ao encontro com os do Artie. Não pude deixar de notar o quão penetrantes são os olhos do senhor Lancaster. Era um tom de vermelho que ninguém mais possuía. Eu mal consegui tirar os olhos dele.

- Eu... Eu vim devolver seu celular. Você esqueceu na minha casa, então procurei seu endereço nele e vim devolver pessoalmente - ele está sentado em uma poltrona de couro que era de meus falecidos avós. Se levantou e trilhou um caminho até mim, para devolver o telefone.

- Obrigado por devolver - peguei de sua mão. - Eu já estava desesperado, não encontrava pela casa de jeito nenhum. Muito obrigado mesmo - retruquei.

- Não há de quê. Queria aproveitar e pedir desculpas por aquela noite - ele levou uma de suas mãos até meu rosto enquanto falava com um ar galanteador.

Ele quer, está pronto para me beijar e mesmo assim eu não recuava.

Ele me beijou.

Seus lábios tocavam os meus me guiando pelos quadris até o sofá que estava próximo de nós. Sua mão elevou-se até minha nuca, me deitando por cima do sofá e ele viria por cima de mim. Sua língua esticava-se para dentro de minha boca fazendo contato direto com a minha. Mas por mais que estivesse bom, eu não podia levar aquele beijo adiante.

- Para - falei entre o beijo.

- Por quê? Não está bom? - ele dizia se levantando - eu tô fazendo algo de errado? - indagou.

Era estranho tudo aquilo ali. Eu não sou gay, mas estava curtindo. Acho mais que tenha sido pelo fato dele ser a pessoa que mais quis conhecer no mundo. Mas aquilo que estava rolando entre nós, naquele sofá estava errado e deveria ser esquecido por ambos.

- Não é você, o problema sou eu - comecei. - Tipo, eu te idolatro muito e de longe eu nunca iria imaginar nem que um dia iria tocar sua camisa social cara. Nunca me vi beijando um homem. Tá, confesso que gostei do que rolou entre nós no hotel onde você está hospedado - ele só observava -, e que eu também gostei desse beijo que rolou entre a gente agora pouco, mas isso tem que parar aqui. Não que eu esteja dizendo que você beija mal. O que quero dizer é que eu não quero me envolver com ninguém, pelo menos não por enquanto. E se algum dia eu me envolver com alguém, não que seja preconceituoso, mas não vai ser com outro cara. Por favor, me desculpa. - ele apenas me observava falar. - Eu não vou deixar de comprar seus livros, de ficar feito um louco lendo e relendo eles, só para me sentir mais perto de você. E também sobre sua sexualidade, pode ficar tranquilo que eu te juro, pelo amor que tenho a você, não vou vazar para mídia.

- Acabou? - ele perguntou entediado.

- Sim, acabei - respondi, franzendo a testa.

- Certo, então. Obrigado, e cuidado para não deixar o celular por aí - avisou já saindo.

- Certo, adeus - o acompanhei até a porta.

Ele não respondeu ao meu "adeus", será que ficou com raiva? Será que eu peguei pesado demais com as palavras? Melhor não ficar pensando. Vou preparar algo para o jantar de hoje. Preciso ir ao mercado fazer umas compras.



                             ***



Estava andando num dos corredores do mercado, na sessão dos molhos. É que havia esquecido de incluir nas compras do mês e acabou que não tive tempo de vir comprar, então peguei alguns vidros de molhos diferentes, fui no caixa, passei o cartão de crédito para o caixa que era um homem habilidoso, ele era muito rápido na checagem de preços. Em seguida o empacotador pôs os molhos que custou dois sacos plásticos e segui até o ponto de ônibus mais próximo que era quase em frente ao mercado. Esperei por pelo que pareceram cinco minutos e meu ônibus chegou.

Voltei para casa, já era quase noite e quem já estava de volta à minha espera era a senhora Margarett.

- Mamãe - disse largando as sacolas indo abraçá-la. - Faz tempo que chegou?

- Faz não, bebê. Então, como foi a conversa com seu ídolo? - Ela perguntou ansiosa.

- Ah, foi legal - menti.

Não queria que ela achasse que havia amizade entre eu e o Artie.

- Você é uma graça, filho. Todos esses anos vivendo comigo e você ainda não entendeu que nunca irá me enganar - ela falou rindo.

A mamãe sempre sabe quando estou mentindo, parece até algo sobrenatural. Ela disse uma vez, que quando era criança, havia perguntado se ela falava com os espíritos, por que sempre que chegava do colégio ferido, dizia que tinha caído, sendo que na realidade, havia brigado com um colega de classe.

- Eu te amo, mamãe - a apertei em meus braços.

- Também te amo, meu bebê - ela retribuiu.


Notas Finais


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