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História Escola Anti-gays - Jikook - Andando com Park Jimin


Escrita por: Nickendipity

Notas do Autor


CHEGAYYYY
Depois de meses estou voltando para todas minhas fics aos poucos, chegou a vez dessa que CHEGOU CHEGANDO
SÓ DIGO ISSO


Boa leitura!

Capítulo 4 - Andando com Park Jimin


Taehyung e eu andávamos pelos corredores da escola, sua cara estava amarrada e eu sabia o porquê, ele não gostava dos olhares e cochichos que recebíamos enquanto íamos em direção a mesa do café.

Ontem, quando lhe contei que entrei para o time, ele me pareceu feliz, aquela típica felicidade Kim Taehyung. Ele me bateu, me xingou por ter feito drama mais cedo, me abraçou..., mas de repente ele ficou quieto, olhando para parede.

-Caramba. Agora você é um deles. -Disse com a voz fraca.

-Como assim? - franzi a testa.

-Você é um dos caras do topo da cadeia alimentar. - Fiquei ainda mais confuso. -Você vai ser popular, JungKook. Aquele que chama atenção quando passa, que pega todo mundo do colégio, aquele que todos queriam ter e ser, como nos filmes americanos. E pior, que nos atormenta durante a semana inteira. -Eu rio do seu absurdo.

-Você está exagerando. Eu não vou mudar meu jeito, Tae, então, de qualquer forma, vou continuar sendo o Zé Mané aqui, isso é só um detalhe. Você vai ver, ninguém vai dar atenção para mim.

Só que eu não sabia que estaria enganado.

-Não foi você quem disse que não iriam dar atenção para você? -Retrucou meu amigo, quando uma garota me deixou passar na frente dela na fila da comida.

-Eu não sei o que está acontecendo. -Ri sem graça, resmungando de volta, tudo estava me assustando.

-Boatos correm rápido, devem ter vindo correndo paparicar você depois de descobrir quem são os novos jogadores, achando que assim vão conseguir alguma coisa. -Respondeu ele com uma careta. Taehyung rapidamente já havia entendido como as coisas funcionavam aqui.

-Não me importo com eles, mas admito, a ideia de não ter ninguém mais enfiando minha cara na privada é legal. -O cutuco com o cotovelo, sorrindo. -Ninguém vai mexer com a gente agora, hyung.

-É... -Mas ele ainda não parecia muito feliz.

Após o café, fomos para aula. Cada momento daquele dia parecia uma eternidade, eu realmente não via a hora de dar 18h, estava ansioso para ter a reunião com a minha nova equipe, no fundo tinha medo de tudo aquilo ainda ser uma pegadinha.

 

18h, vestiário do time de basquete de Rosestock

-Todos já sabem que vocês são Jogadores de RoseStock agora, mas não se alegrem, esse benefício poderá acabar se eu me sentir descontente com algum de vocês. -Park Jimin começou, andando de um lado para o outro. -Gosto de respeito, não me desrespeitem ou a qualquer outro jogador, se o fizerem, serão expulsos. Temos dezenas de caras que querem ter uma chance de estar aqui e vocês não são melhores do que eles, cada um de vocês tem particularidades que não me agradam. Faltam alguns meses até a primeira temporada começar, então, por isso, cada um de vocês terá um tutor, que irá treina-los sem piedade, ajusta-los, e até decidirem o que vão vestir, parece que alguns de vocês não tem bom gosto... –Lançou o olhar para Lee Sang, um garoto do meu ano e fiquei um pouco aliviado ao perceber que a indireta, dessa vez, não era para mim. -Vocês passarão muitas horas do dia com seu tutor e, com isso, espero que se tornem dignos de jogar por RoseStock.

-Espere, Park. Teremos babás então? -Perguntou o garoto que estava sentado ao meu lado.

-Capitão. -Jimin corrigiu. -E se se achar infantil o suficiente para precisar de babá, Senhor Pyo, pode chamar assim. -Todos soltaram risadinhas –inclusive eu, que não as contive-, e o garoto revirou os olhos.

-Bem, as palavras de Jimin são minhas palavras. –Apoiou o treinador. –Veteranos, por favor, escolham seus "afilhados". Comece por você, Namjoon.

-Eu quero o Choi! –Disse Kim Namjoon imediatamente.

-Eu fico com o Moon. –Min Yoongi falou ao seu lado.

E todos foram escolhendo os novatos, mas nenhum havia escolhido a mim. Eu tentava só não ficar chateado com isso, embora sentisse um nó no peito.

-Certo, agora que vocês já escolheram... –Começou o treinador, mas eu o interrompi, levantando o braço timidamente.

-Mas e eu? –Perguntei em voz baixa e pude escutar alguém debochar de fundo.

-Oh, Park, você não escolheu. –O treinador se virou para o Capitão, que abriu a boca automaticamente.

-Eu achei que eu não teria que ficar com ninguém. –Contestou.

-São 6 veteranos e 6 novatos, alguém teria que ficar com ele.

-Hoseok? –Jimin olhou para o amigo com olhar pidão.

-Ah, não, dois não dá para mim! -Jung exclamou.

-Qual é, ele é o que mais precisa de ajuda. -Reclamou, como se eu não estivesse aqui.

Ser rejeitado já doía, agora ser rejeitado por Park Jimin... eu realmente não sei porque no fundo eu esperava que seria diferente.

-E é por isso que ninguém quer ficar com ele. –Bang Dong disse alto o suficiente para que eu escutasse.

-Mas e o time? Eu sou o Capitão agora, estou cheio de responsabilidades e também tenho que estudar! Eu sou muito ocupado.

-O menino ajuda você, Park, não reclame à toa. –O treinador disse.

-É, ele não é seu protegido? Agora que fique com ele. –Provocou Kim.

-Ótimo. –Cruzou os braços bufando e se dirigindo a mim. –Não se importa em ter que andar comigo? Saiba que terá que me ajudar.

Se eu me importava? Ele só pode estar brincando! O único problema, é que me pareceu que ele se importava e eu só queria que ele ao menos gostasse um pouquinho de mim...

 

...

Embora Park Jimin fosse menor do que eu, vê-lo sentado, com sua agenda de couro preta, enquanto olhava para mim como quem julgava meus pecados - e anotava algo na folha de papel - era um tanto intimidador, principalmente por já estarmos há mais de 10 minutos assim.

-Par... –Ele me olhou com cara feia, como quem mostrasse que seu sobrenome não deveria ser dito. –Capitão. –Corrigi. –O que você está fazendo?

-Anotando as coisas erradas que tem em você. –Respondeu simplista.

-E tem tanta coisa assim...? –Fiquei ainda mais nervoso, por algum motivo, minhas mãos suavam desde que ele mandara eu sentar em sua frente.

Ele riu baixinho, fechando o caderno. Mas depois me olhou sério, de uma forma que percebi que estaria ferrado.

-Então, Jeon, eu te chamei para o treino mais cedo porque quero deixar bem claro como serão as coisas. –Seu tom de voz me fez engolir seco –Eu não tenho tempo para ficar de babá o tempo inteiro, então você vai me ajudar fazer minhas tarefas diárias, levar as toalhas sujas do vestiário para a lavanderia, me trazer café quando pedir, fazer relatório dos jogadores de basquete de outra universidade, e coisas assim. Quando eu marcar um horário com você, chegue 5 minutos antes, se chegar atrasado um minuto sequer, você já está ocupando meu tempo mais do que deveria e eu não vou gostar disso, por favor, não me faça me estressar com você, isso não será bom para ambos.

Uau, eu realmente não sabia que ele poderia ser tão ditador.

-Vou fazer tudo como quiser, Capitão. –Respondi, com dificuldade para encará-lo, mais do que nunca, desde que ele me aceitara no time, ele estava me dando calafrios.

-Você é tão obediente... –Balançou a cabeça. –Isso é algo que temos que mudar imediatamente.

-Como? –O olhei.

Seu olhar e sua postura se suavizaram.

-Você não é inferior a ninguém para se mostrar tão... submisso. -Disse com a voz mais suave e compreensiva, quase como quem estava com dó. Ele tinha uma dualidade inexplicável. -Não recomendo me desobedecer, até porque tudo que estou fazendo é completamente para seu bem, mas não pode abaixar a cabeça tão fácil. Você podia ter dito "ok" ou "tudo bem", mas um "vou fazer tudo que você quiser" é obediente demais, é... muito você, é por coisas assim que os meninos te zoam. 

-Tudo bem. –Respondi e ele balançou a cabeça e riu, fazendo seus olhos sumirem.

-As pessoas tendem a provocar muito você, não é? -Ele pergunta, se curvando na cadeira em minha direção e me olhando mais de perto.

Eu fico me perguntando se ele é um tanto bipolar, ou se ele estava zoando a minha cara, porque o jeito que ele me olhava agora, não era o mesmo de 2 minutos atrás, parecia muito mais o garoto sorridente que conversei na arquibancada.

-Sim... acho que deu para perceber. -Eu sinto minhas bochechas ficarem vermelhas.

-Eu só estava testando você, embora o que eu falei tenha sido sério. De qualquer forma, seu jeito, Jeon... não há nada de errado com ele, não ao meu ver, mas há coisas que fazemos para se adaptar, como um... camaleão, sabe? Ele se camufla para não ter problemas com seus predadores. Você quer continuar sofrendo bullying até o final do Ensino Médio? - Neguei com a cabeça. -Então você vai ser um camaleão agora. Vai ser um jogador da escola, vai ser paparicado por diversos interesseiros e puxa-sacos e terá que ser educado e fingir que acredita que se você não jogasse basquete eles o tratariam do mesmo jeito.

-Nunca pensei assim, achei que fosse legal essa parte de ser paparicado. -Digo, sem pensar, e ele parece achar a resposta ridícula.

–Não pense que é legal ser popular. Talvez seja, para quem nasceu para ser, mas não para quem finge ser quem não é, é uma questão de pura sobrevivência. –Respirou fundo e balançando a cabeça. –Estou sendo exagerado, ok, eu admito. Não vou te assustar mais, vamos começar. -Ele se levanta finalmente da cadeira.

-O que vai mudar em mim?

-Vejo que está fora de forma, vamos resolver isso com treinos diários, você precisa estar em forma quando a primeira temporada começar. Também vamos dar um jeito no seu cabelo e roupas... e sobre seu comportamento, acho que vai aprendendo conforme vá convivendo comigo.

-Obrigado, hyung. - Ele pareceu confuso e surpreso. -Quer dizer, Capitão. -Corrigi. -Por me deixar entrar no time e estar me ajudando, ninguém mais faria isso.

Ele não me respondeu, mas percebi que ele estava sorrindo enquanto ia para a quadra de basquete.

 

...

Conviver com Park Jimin era incrível, porque... ele era simplesmente ainda mais perfeito do que eu havia imaginado. Antes de Park ir para o Ensino Médio, eu já prestava atenção no mesmo, era impossível não prestar. Ele era representante de classe, sempre muito inteligente, tinha muitos amigos na minha sala e em todas as outras, ele se destacava  em tudo que fazia. Sei que ele não se recordava de mim, mas eu lembrava dele antes mesmo do mesmo entrar para o time de basquete, mas diferente de mim, ele nunca foi qualquer um.

Em uma semana eu já comecei a entender melhor como ele funcionava. Os meninos, pelo menos a metade deles, me provocavam e perturbavam Jimin também por sempre me defender, o Capitão quase expulsou um dos garotos do time ontem, e toda vez que alguém me provocava, ele também ficava bravo comigo e eu mal entendia porquê. Por isso, ele me tratava mais friamente quando os outros jogadores estavam perto, mas quando estávamos sozinhos era gentil e falante. Jimin falava muito, eu sentia que ele gostava confiava em mim, pelo menos um pouquinho, porque nunca o vira falar tanto com outra pessoa. Eu havia chegado em uma conclusão: o Capitão era um camaleão também, ou bipolar, isso ainda era uma opção.

-Faltam 20 flexões, Jeon. –Park disse, quando eu me deitei na quadra, me rendendo.

-Capitão, estão todos indo embora, estamos quase 3 horas aqui, me deixe ir também! –Pedi ofegante. Eu estava muito, muito cansado.

-Ir? Mas é claro que não! Você ainda não fez as 100 abdominais que eu iria mandar! –Os outros garotos pareciam se divertir com meu sofrimento.

-Sim, mas já dei 100 voltas na quadra, e fiz 130 flexões. Eu estou cansado. A maioria dos meninos parou no 100!

-Mas eu quero 150 flexões e as abdominais também, então pode voltar a fazer. –Disse, me dando um chute leve nas costas.

Eu demorei mais uma hora  para terminar o que ele mandou, só havia restado nós dois na quadra.

-Por que me fez fazer exercícios a mais? –Perguntei, enquanto ele me ajudava levantar do chão.

-Para eles pararem de pensar que estou sendo bonzinho com você. –Respondeu enquanto entrávamos no vestiário – também vazio - Park foi direto verificar o seu caderninho de couro. –Precisamos comprar roupas novas para você, as suas te deixam... nerd demais. Não é feio, mas acho melhor mudar. Tenho permissão para usar a internet, então vá tomar um banho e depois vamos para o meu dormitório fazer umas compras online.

-Ok. –Eu disse, pegando uma toalha limpa e indo direto para o corredor onde ficavam os chuveiros.

Sentir a água morna bater nos meus músculos era extremamente prazeroso, meu corpo doía todinho, todo dia Jimin fazia eu ficar até mais tarde treinando, eu já não aguentava mais.

Comecei a me ensaboar, me perdendo em pensamentos e demorando mais do que deveria.

-JungKook! Ei! –Escutei a voz de Jimin perto de mim e me assustei ao ver que ele realmente estava perto, me olhando.

Tapei minha intimidade automaticamente e meu rosto começou a queimar como fogo.

-O-o que você está-?!

-Termine esse banho logo. Eu lembrei que tenho um encontro com Min-hee, preciso ir cancelar, se eu me atrasar, ela me mata. -Diz, mas eu fico meio aéreo pela vergonha.

-Como? -Indago sem pensar muito.

-Termina logo isso ou eu vou ficar te olhando até você terminar. 

-Capitão...! –Exclamei desconcertado.

-Que bonitinho, você tem vergonha... –Virei de costas para ele, retirando o sabão do corpo, mas sabia que ele sorria pelo tom debochado de sua voz. Jimin costumava achar divertido me provocar, aparentemente. -Saiba que vai ter que tomar banho na frente dos outros meninos uma hora ou outra, criança. Eu já reparei que espera eles tomarem primeiro para depois vir. – Isso de fato era verdade, eu sempre enrolava para tomar banho, eu não me sentia confortável com uma dezena de garotos me olhando banhar-se e nem com todos eles pelados, aquilo me deixava constrangido, não sei como todo mundo fazia isso com tanta naturalidade. –Mas relaxa, por incrível que pareça, eles já passaram da fase de ficar comparando ou zoando o tamanho do pau uns dos outros.

-Eu tenho motivo para ser zoado? –Resmunguei.

-Uh? –Após eu ficar em silêncio, ele gargalhou.

Desliguei o chuveiro e me virei para Jimin que sorria pequeno enquanto suas bochechas tinham um pouco de rubor. Ele me estendeu a toalha e eu a peguei prontamente, enrolando-a em minha cintura, Park me olhava de uma forma que me constrangia ainda mais perante a situação que nos encontrávamos, mas quando o encarei, ele desviou o olhar, pigarreando.

-Se apresse, eu não tenho o dia todo. –Falou, saindo do corredor.

Era sempre assim,  em um momento ele era amigável e até provocador e em outro falava comigo de forma brusca.

Por algum motivo, ele não falou nada no trajeto até a escola, então resolvi perguntar onde estávamos indo:

-Para onde é que a gente está indo? Você disse que tinha um encontro?

-Vamos para sala de balé, minha namorada está ensaiando lá, prometi que iria pega-la para tomar sorvete hoje, mas vou avisar que tenho outro compromisso.

-Você namora?! –Tinha um tom de surpresa em minha voz que não consegui evitar, em todo esse tempo observando-o e nessa semana inteira com ele, eu não havia visto indícios de que ele namorava.

-Sim... é surpreendente para você? -Arqueou uma sobrancelha.

-Não, eu só... não sabia. -Me encolhi.

-Sabe o que vai te deixar ainda mais surpreso? –Riu.

-O que?

-Eu namoro a irmã de Namjoon. –Disse fazendo uma careta.

-Oh meu Deus, isso é sério? –Ele assentiu, rindo. –Isso explica o fato de ninguém falar da sua namorada no vestiário.

-É, o Namjoon assusta um pouco, mas ele até gosta que seja eu quem namore sua irmã mais nova.

-É claro que ele gosta. - Resmungo. -Como ela é? Ela deve ser legal. Para você gostar dela, ela deve ser bem diferente do irmão... -Deixo escapar, sem me dar conta que os dois eram bem próximos.

-Namjoon é um cara legal, ok? - Defende o colega de time. -Eu sei que ele é um babaca às vezes, mas é só por fora, por dentro ele tem um bom coração, eu te garanto.

-Oh, desculpe, eu não deveria ter falado assim dele. -Fico com medo que ele fique chateado comigo.

-Tudo bem. Hum... a Min-hee, ela... é bonita, dança bem, é feminina... é tudo que uma garota perfeita deveria ser. –Deu de ombros, de forma quase que indiferente.

Eu nunca tinha vindo nessa parte do colégio, eram onde as atividades femininas aconteciam, o Capitão parou na frente de uma das paredes de um cômodo de vidro, onde eu pude ver um número considerável de garotas que usavam roupas próprias para balé, então imaginei que alguma delas era a namorada de Jimin.

-Qual delas é sua namorada? –Perguntei um pouco hesitante, acho que eu era um tanto intrometido e curioso demais quando se tratava do Capitão.

-A da esquerda, na primeira fileira. –Disse, e eu facilmente localizei a garota.

Ela realmente parecia ser irmã de Namjoon, sua pele era um pouco bronzeada, tinha um corpo bonito, magra, com as coxas grossas, seu cabelo estava preso em um coque milimetricamente perfeito, e em seu rosto deveria ter alguma espécie de maquiagem que deixava sua pele como um tipo de porcelana cara.

-Com todo respeito, ela é realmente bonita. –Comentei.

É claro que ela era bonita, o que eu poderia esperar? Ela era realmente o tipo de garota perfeita, que se destacava entre as demais, ela sim era digna de Park Jimin, era compreensível o porquê deles namorarem.

-Ela é. –Respondeu, mas já parecia perdido nos próprios pensamentos, eu não gostava quando ele ficava sério assim.

Fiquei observando a coreografia bem sincronizada das meninas e como elas faziam passos tão difíceis, era em momentos como esse que eu agradecia por não ter nascido uma garota.

-É bonito o jeito que elas dançam, deve ser difícil. É admirável. –Apreciei em voz alta.

-Você acha? –Ele se virou para mim automaticamente, como se eu tivesse dito algum absurdo.

-Sim. –Dei de ombros e ele voltou seu olhar para a dança.

-A maioria dos meninos zomba dessas hum... coisas de garota.

-Não sei porquê. –Suspirei -Sabe, minha mãe morreu no meu nascimento, eu não a conheci, o pouco que sei dela é que ela dançava balé, ela amava o que fazia, eu tenho uns vídeos das apresentações dela, mesmo que eu não entenda nada disso, eu gosto de ver, me traz uma sensação boa. -Conto a ele.

-Isso é legal. Sinto muito por sua mãe, Jeon, crescer sem ela deve ter sido difícil, mas imagino que seu pai tenha te criado muito bem.

-É, quase isso. –Sorri sem mostrar os dentes.

A dança acabou e Jimin acenou para a Kim que trocou os sapatos e colocou um longo casaco antes de vir até nós.

-Uau! Você estava linda dançando! -Park beijou a garota no rosto, mas ela não tinha a melhor das caras.

-Eu não estava! Me colocaram de lado, Jimin! Eu tinha que estar no centro!

-Acalme-se, Min-hee, você também tem que deixar as outras meninas serem estrelinhas, todas têm direito de ficar no meio...

-Está querendo dizer que sou igual a elas? Que eu danço igual a elas? -Talvez, eu estivesse enganado, ela parecia bastante Namjoon sim.

-Não, mas...

-Foi isso que pareceu, Jimin. -Ela o repreendeu e ele murchou. –Espere aí que vou pegar uma coisa com minha amiga, depois me leve para tomar um sorvete, preciso desestressar.

-Mas... -Ele ia começar, entretanto ela já tinha nos deixado sozinhos. Na verdade, o deixado sozinho, já que até o presente momento, fingiu que eu não existia. -Oh, JungKook, não ligue para ela, ela é... complicada. –Suspirou.

-Tudo bem. Eu acho melhor eu ir embora, pelo jeito sua namorada quer se encontrar com você, não vou atrapalhar...

-Não! Fique. –Segurou meu pulso. -Podemos ir nós 3 tomar um sorvete, logo depois deixamos ela no dormitório dela e vamos ver as roupas, o que acha?

-Melhor não, Capitão. Ela não vai gostar da minha companhia e não quero segurar vela para vocês dois. –Cocei o pescoço, olhando a mão de Jimin ainda envolvendo meu braço.

-Não vai, esqueça Min-hee. No fundo você vai salvar minha pele. -Ele diminuiu o tom de voz. -Não quero lidar com ela sozinho, ela está brava, por favor, me ajude. –Seu tom de voz foi um pouco meticuloso. - Se estiver perto ela não fará tanto escândalo.

-Ér... tudo bem...  –Disse, não conseguindo dizer não.

-Obrigado. –Sorriu largo, soltando meu braço e dando um passo para trás. –E não precisa me chamar de Capitão quando estamos sozinhos, me chame de Jimin ou hyung, se quiser.

 

 

-Quem é esse? Seu guarda-costas? -Min-hee perguntou para Jimin no caminho da sorveteria que havia dentro do campus, mesmo que eu pudesse escutar.

-Você já sabe quem ele é. E pode falar diretamente com ele, ele não morde. -Park pareceu irritado.

-Eu sei quem ele é, quero saber o que ele faz com a gente. -Ela revirou os olhos, continuando a me ignorar.

-Ele vai tomar sorvete conosco, certo, JungKook? –Virou-se para mim.

Ela bufou e eu espremi meus lábios para evitar um sorriso ao ver a cara zangada da garota, ser insuportável devia estar no sangue dos Kim, pensei.

-Sim, hyung. –Respondi, ainda tentando não sorrir.

Chegamos na soverteria e a Kim sentou em uma das mesas, fiquei em pé, sem saber se deveria me sentar também.

-Min-hee, vai querer o mesmo de sempre? – Jimin pergunta, e ela assente. –E você, JungKook?

Toco meu bolso e vejo que minha carteira não estava lá.

-Não trouxe a carteira. -Geralmente dinheiro não é algo que temos que nos preocupar por aqui, meu pai me manda uma quantia todos os meses, que acabo nem usando.

-Eu pago, está tudo bem. O que você quer?

-Tanto faz, pode escolher.

-Eu não sei do que você gosta. –Insistiu.

-Eu gosto de tudo, de verdade.

-Tudo bem, vou pedir do mesmo que o meu. –Concordou por fim, indo até o balcão.

Me sentei na frente da garota, com um pouco de receio, geralmente não conseguia agir normal perto de meninas, e ela em si já era o tipo de pessoa que me deixava nervoso só por estar perto, e não de uma forma boa.

Achei que ela falaria algo, mas apenas ficou me encarando enquanto eu mirava minhas mãos como se elas fossem algo fascinante.

Logo Park chegou com os sorvetes, uma banana-split para ela, e dois sundaes de morango para nós dois.

Concentrei-me em comer conforme aquilo ficava ainda mais constrangedor. Jimin sentou-se ao lado da namorada, que o alimentava na boca e deferia beijos em sua bochecha; eu realmente não conseguia olhar aquilo sem que meu rosto ficasse quente. A situação embaraçosa me deixava desinquieto, um nó subia ao meu peito e fazia com que eu balançasse a cadeira com as pernas aceleradamente, enquanto evitava os olhar.

Senti que iria cair ao perceber que a cadeira foi demais para trás, mas não consegui me equilibrar, sentindo em câmera lenta a minha agoniante queda, até que eu batesse minhas costas no chão e minha coxa - já dolorida - na base da cadeira, ainda por cima derrubando o sorvete na minha camiseta.

-Jeon! Que merda! –Escutei a voz de Jimin xingar, antes que ele levantasse de seu lugar e viesse até mim.

-Desculpe. –Pedi, levantando rapidamente, e gemendo ao sentir meu corpo inteiro latejar.

-Você se machucou?

-N-Não foi nada demais. –Confirmei agradecendo por não ter mais ninguém no recinto, porque só pelos dois estarem presentes, eu já sentia meus olhos arderem pela vergonha.

-Você derramou o sorvete. –Reparou. –Você quer que eu compre outro?

-Não precisa. –Disse, pegando guardanapos de papel para retirar o excesso do líquido em minha roupa.

-Min-hee, termine logo isso aí, JungKook precisa trocar de camiseta. –O mais velho disse e ela levantou da mesa, pegando suas coisas e saindo sozinha de lá sem ao menos terminar a sobremesa. –Min-hee! –Jimin chamou, mas ela não deu ouvidos.

-Desculpa mesmo, eu não queria estragar tudo. –Meu ar faltava.

-Você tem ansiedade, não é? –Indagou.

-Como você sabe?

-Eu consigo perceber os sinais, você sempre fica ansioso quando eu falo com você, mas eu achei que iria passar. Acho que a culpa é minha, eu não devia ficar intimidando você.

Meu rosto pegou fogo, eu não conseguia disfarçar para ninguém o quão mané eu era.

-Não... eu só não sou bom conversando com pessoas, nem em ficar sentado tomando sorvete sem cair no chão. –Ri sem humor.

-Essas coisas acontecem porque você sempre fica esperando que alguma coisa de ruim aconteça. - Pegou suas coisas que estavam sobre a mesa. Eu sabia que ele tinha razão, mas o que eu podia fazer se era extremamente azarado? -Você realmente não se machucou, certo? Acha melhor irmos para a enfermaria?

-O que? Não. Não se preocupe, hyung, eu estou bem.

-Certo, então vamos lá.

 

Jimin me emprestou uma de suas camisetas mais largas – pois era a única que cabia em mim confortavelmente -, e ficamos escolhendo peças de roupa durante mais de duas horas. Quando cheguei em meu dormitório apenas me joguei na cama, suspirando.

-Por que chegou só agora? –Perguntou Taehyung que parara de jogar seu joguinho ao me ver.

-Jimin me fez fazer mais exercícios que o normal,  ir em um encontro junto com a namorada dele e depois fomos para seu dormitório, comprar roupas mais descoladas para mim.

-Oh. Você estava precisando das roupas mesmo. –Lhe lancei uma careta. –Mas segurar vela e fazer você se matar na quadra já é demais... Não sei porque ficou tão feliz por ser escravo desse garoto. -Bufou.

-Não foi tão ruim. -Eu disse e ele me olhou desacreditado. -Quer dizer, a parte dos exercícios foram horríveis, eu estava meio fora de forma, mas o Capitão só fez isso porque os meninos estavam implicando comigo, achando que ele era bonzinho demais para mim. O que sinto que é verdade, ele me trata como se eu fosse igual a ele, é gentil, justo, me comprou até sorvete e se preocupou quando eu caí, talvez ele só esteja com dó da pessoa miserável que eu sou, mas ele é diferente, sabe? Ele realmente é bom para mim. –Suspirei. –Mas a namorada dele me odiou, sério, ela é muito bonita, mas muito mimada e me olhava de um jeito... ela não merece o hyung, não sei porque ele namora com ela, uma pessoa como ele pode conseguir quem ele quiser, ele é incrível, joga bem, é firme, mas bondoso, forte, mas delicado, sério, mas engraçado... ele é o cara mais incrível do campus, ele consegue alguém melhor do que ela!

-JungKook, para! Deu! –Me despertei de meus pensamentos, encarando meu colega de quarto. –Você escuta o que fala? Você fala como se fosse apaixonado por ele! Você fala dele desde que eu te vi pela primeira vez, eu não aguento mais!

Taquei meu travesseiro nele.

-Nunca mais diga isso, seu idiota! –Me irritei. –Isso pode causar um problemão para mim!

-Que foi? Não vou zombar de você por ter um crush no Capitão do time de basquete, nem contar para ninguém. Tanto faz sua sexualidade, JungKook.

-Taehyung, será que você nunca leu as regras? Se desconfiarem que eu sou... isso eu não serei zoado, eu poderei até ser morto!

-Você não está falando sério. –Ele riu, mas ao ver que não retribuí, seu sorriso sumiu.

-É o que dizem. –Relatei por fim.

-Eu não acredito! JungKook, essa escola é cruel, monstruosa, eu realmente não acredito! –Ele levantou da cama, começando andar de um lado para o outro. -Esse lugar não tem polícia? Não dá para denunciar?

-Taehyung, não podemos fazer nada, o que é certo, é certo. E que eu saiba, a polícia não faz nada a respeito.

-Certo? - Riu sem humor. -É errado gostar de alguém só porque vocês dois têm os mesmos genitais? 

-Garotos namoram garotas e mulheres namoram homens, é simples.

-E se eu não quiser? Você vai contar para que me matem? -Cruzou os braços, irritado.

-Espera. -Abaixei a voz o máximo que podia, soando em um cochicho: -Você é gay?

-Vai fazer alguma diferença? Não vai querer ser meu amigo se eu for? Vai deixar que me matem? –Disse, chegando perto de mim.

-Não! -Suspirei, eu estava ficando nervoso, Taehyung parecia não ter noção do quão perigoso era isso. -Mas você não pode, entendeu? Não. Isso é pecado, isso é muito errado! E uma hora alguém descobre e não quero que você morra, não. Não quero. -Senti lágrimas brotarem nos meus olhos enquanto eu negava com a cabeça. -Você é meu único amigo, Tae. Você não...-

-Acalme-se, JungKook, não chore. Eu não sou gay. –Ele disse, respirando fundo, e sentando ao meu lado na cama.

-Não?

-Não. Só que... se eu fosse, não teria problema nenhum. Não é um pecado, não é errado, JungKook. É amor, sabe? Você ama uma pessoa e ela te ama de volta. E a gente ama o coração, e coração é tudo igual. E se eu gostar de beijar um garoto, por achar ele bonito, também não teria problema.

-Claro que teria, Tae... você não percebe como isso é esquisito?!

-Não! Eu estou ferindo alguém? Furtando algo? -Neguei. -Vou estar triste por beijar alguém que acho bonito? -Neguei novamente contragosto. -Então não tem nada de errado. Se liga, JungKook! 

Eu nunca havia visto Taehyung tão transtornado, então percebi que era melhor recuar.

-Eu não sei, mas não precisamos se preocupar com isso, afinal, nem eu, nem você, gostamos de garotos, não é?

-Eu disse que não era gay.

-Eu entendi.

-Não, não entendeu. Mas não precisamos nos preocupar mesmo, de qualquer forma. –Foi deitar-se. -Boa noite.

-Boa noite. –Deitei em minha cama, mirando o teto. –E sobre Jimin... tudo que sinto por ele é unicamente admiração, sabe? Queria ser tão incrível quanto ele, não é errado querer ser como ele, não é? E é claro que eu me empolgo em ser amigo de uma pessoa tão fantástica, mas é só isso, você também se empolgaria se fosse amigo do seu... sei lá, cantor favorito.

-Se você diz. –Pude escutar sua voz desacreditada, então só me ajeitei e fui dormir.

 

...

Semana seguinte...

Entro com Taehyung na sala de gramática um pouco antes do sinal bater, o professor já estava na sala, junto com Namjoon, estranhei.

-Se o senhor não mudar minhas notas, eu não vou poder jogar! –Escuto a voz do jogador, e paro na porta, imobilizado e seguido por Taehyung.

Kim SeokJin era nosso professor de gramática, um homem jovem, deveria ter por volta dos seus 25 anos, era simpático e agradável na maior parte do tempo, mas não parecia ser tanto assim agora...

-O senhor sabe as regras, Sr. Kim. Com notas baixas, não se pode jogar basquete, é simples, eu não posso fazer nada.

-Então aumente minhas notas! O que o senhor quer? Dinheiro? Eu arranjo o quanto quiser!

-Espero que retire suas palavras imediatamente ou o levarei para direção. –Respirou fundo -Suas opções são simples, Kim, tire no mínimo 9 nas próximas avaliações e poderá continuar jogando, caso contrário, estará fora. Agora, por favor, pode retirar-se? Os alunos da minha próxima aula já começaram a chegar. – Disse, e Namjoon olhou para trás, nos olhando.

O mesmo saiu da sala, proferindo diversos xingamentos ao professor em voz baixa, e esbarrando no meu ombro.

Taehyung e eu nos sentamos no fim da sala, para cochichar.

-Esse tal de Namjoon é um babaca mesmo, onde é que já se viu falar assim com o professor?! –Kim resmungou.

-Jimin-hyung disse que ele é assim só por fora, mas que por dentro é um cara legal. –Contei.

-E se Jimin-hyung diz, então você acredita. –Provocou e eu revirei os olhos.

-Já disse para você parar com isso! Argh...

Taehyung continuava a insistir que eu sentia amoroso algo por Park e eu sentia mais nojo desse assunto a cada dia, comecei até evitar o Capitão, com medo de que as pessoas pensassem bobeira, mas eu acreditava que não, isso tudo era fruto da mente criativa de Kim Taehyung.

-O professor é tão bonito, quando eu crescer quero ser igual a ele. –Escutei isso e dei um chute em sua carteira.

-Pare de ser esquisito! E se alguém te escuta?! –Exclamei em um sussurro.

-Só falei que queria ser como ele, você fala a mesma coisa do Park.

-É, mas eu nunca disse que ele é bonito.

-Mas você não acha? -Ergueu a sobrancelha direita em minha direção e sorriu. - O corpo dele é legal, nunca viu ele pelado no vestiário?

-Se você falar mais alguma coisa estranha eu vou me sentar bem longe de você. –Ameacei, me virando para frente.

-Vou ficar quieto, mas se você não negou, é porque também acha.

Suspirei, ignorando-o e abrindo meu livro.

De fato eu nunca havia visto Park Jimin nu, nem sequer sem camisa no vestiário, mas sabia que ele era uma referência quando se tratava de beleza, muitas garotas babavam por ele, então eu não poderia dizer que ele era feio...

 

No meio da aula, sinto uma cotovelada nas minhas costelas enquanto fazia os exercícios que o professor Kim havia passado. Me viro para xingar Taehyung, mas antes que eu o faça, o mesmo segura meu rosto e me faz olhar para frente, onde SeokJin estava sentado conversando com um intruso na sala: Park Jimin.

Senti os olhos do Capitão olhando em minha direção, enquanto ele e o professor riam baixinho de algo, senti minhas bochechas queimarem, porque realmente parecia que estavam rindo de mim. Desviei o olhar para meus exercícios novamente. O Kim mais novo sussurrou em meu ouvido:

-Estão falando de você. Park não tira os olhos de você desde que entrou aqui.

-Não me enche, temos exercícios para fazer. –Sussurrei de volta, mas pensei no porquê de Park Jimin me olhar o resto da aula toda.

Ao tocar o sinal, guardo minhas coisas ansioso para voltar ao meu dormitório, mas o Sr. Kim me chama quando me curvo para ir embora.

-Sr. Jeon. Pode ficar um instante?

-Sim, professor. Precisa de algo? –Não gostava quando me chamavam, mesmo que eu não tenha feito nada, mil paranoias apareciam em minha mente.

-Oh, não. Jimin me pediu para te avisar que suas roupas chegaram, ele está te esperando no dormitório dele. –Então eles realmente falavam sobre mim?

-Agora?

-Suponho que sim, é a sua última aula, não?

-Sim. –Jimin tinha meu horário escolar também. –Obrigado, professor.

Tae me esperava do lado de fora da sala.

-O que o professor top model queria? –Perguntou divertido.

-Jimin quer me ver. – Kim fez uma cara maliciosa. –As roupas que ele me comprou chegaram. –Expliquei.

-E você vai experimenta-las no quarto dele? –Fomos caminhando para a torre dos dormitórios masculinos.

-Vou só pegá-las, acho. –Dei de ombros, ignorando seu tom sugestivo.

Quando chegamos no segundo andar, eu parei, reconhecendo o trajeto para o quarto do Capitão.

-O corredor dele é esse. –Murmurei.

-Então vá. –Falou simplista.

-Quer me esperar? Eu pego a roupa rapidinho e-

-Não precisa. –Me interrompeu. –Te espero no quarto. –Disse, saindo andando sem que eu sequer me movesse.

Ando até o fim do corredor, penúltimo quarto, 214. Bato na porta duas vezes, quase achei que não havia ninguém ali, quando Park abre a porta apenas com uma toalha enrolada na cintura, seus cabelos pingavam de tão molhados, engoli seco.

-Está tudo bem? –Perguntou rindo e eu percebi que estava encarando-o perplexo. Céus, como isso era constrangedor.

-Eu vim buscar minhas roupas. –Murmurei sentindo-me queimar inteiro.

-Entre aí, vou trocar de roupa. –Demorei para digerir as palavras.

Entrei atrás dele, suas costas eram bem moldadas, como seu peitoral e seu abdômen, imaginei se eu ficaria assim com mais um pouco de treino. Nesse momento eu agradecia por Taehyung não querer me esperar, se ele visse isso...

-Feche a porta. –Pediu, pegando umas peças de roupa na gaveta.

-Quer que eu volte depois que você se trocar?

-Hum? Não. Vou me trocar no banheiro. Suas roupas estão no meu guarda roupa, é o da esquerda. –Disse, entrando na suíte e me deixando mais aliviado.

No quarto havia 2 guarda-roupas com duas portas, o da esquerda havia um cadeado em uma das portas, que estava aberto, então imaginei que devia estar destrancado para que eu pudesse pegar as encomendas, mas, mesmo assim, me sentia desconfortável mexendo nas coisas alheias, então fico hesitante, mas penso que é melhor que eu pegue as roupas e vá embora logo, então o faço.

Abri o móvel em busca de pacotes, mas o que eu encontrei era estranhamente surpreendente.

Pensei primeiro que aquilo podia ser uma pegadinha, mas não demorei muito para raciocinar que aquele cadeado não estava ali por acaso e o fato de ele estar aberto era apenas um acidente.

Um pouco em choque, penso em fechar o armário e fingir que não vi nada, quando escuto a voz do Capitão:

-O que você está mexendo aí?! –Me assusto com sua voz, e derrubo uma sacola que estava lá dentro, que ao cair no chão, revela um conteúdo ainda mais inusitado.

Fiquei encarando aquilo no chão, demorei para entender o que era, mas não era tão inocente para não reconhecer.

Sinto meu corpo ser arremessado no chão e gritei ao sentir socos sendo deferidos em meu rosto.


Notas Finais


O QUE TEM DENTRO DO ARMÁRIO? Será que era Jikook lá dentro? Façam suas teorias.
Postei uma foto nos status anteontem com uma legenda que entrega muita coisa do cap, leitores que tem meu número, façam teorias hahahahha

Min-hee é uma naja ou é só chatinha mesmo?
TÁ INDO MUITO RÁPIDO? Eu fiquei com medo de está tudo acontecendo rápido demais...

Ultima pergunta: Devo fazer a história flex? Me contem

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