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História Escola sobrenatural - Eighteen


Escrita por: orquiblack

Capítulo 18 - Eighteen


Era o último dia da semana e os alunos não poderiam aparentar estarem mais felizes por um descanso, se é que era possível com Utonium aumentando a carga horária e vigiando os alunos com outros professores por quase 24 horas durante todos os dias. O ar de tensão era continuo apesar de não ter ocorrido mais nenhum ataque vindo de Sebastiam, o homem preferia se prevenir.

Blossom perambulava pelos corredores da escola em direção da biblioteca para pegar alguns livros na sessão de feitiços, cantarolava uma música que havia escutado no mundo dos humanos passando pela porta da biblioteca. 

-blossom- cumprimentou o garoto de olhos azuis gentis

Blossom- Apolo - respondeu o cumprimentou após parar de cantarolar. 

Apolo- não parece uma cantiga de nosso mundo - comentou curioso acompanhando a garota pelo corredor entre as prateleiras. 

Blossom- é uma música do mundo humano - respondeu, viu o garoto parar no lugar por alguns segundos e logo em seguida correr até Blossom com euforia

Apolo- mundo dos humanos ? Eu sempre tive certa curiosidade sobre tal, sabe, além dos livros - tagarelou, Blossom quis rir pela empolgação desmedida do garoto de cabelos vermelhos - como é ? - seus olhos brilharam de curiosidade

Blossom- diferente - franziu as sobrancelhas, para a frase que havia escolhido - é um mundo totalmente sem magia, sem seres magicos, somente os humanos vivendo suas vidas normalmente 

Apolo franziu as sobrancelhas tentando imaginar isso em sua mente, Blossom sorriu como se pedisse desculpas para o garoto, ela puxou um dos livros que procurava pela prateleira e se virou para o garoto. 

Blossom- os humanos são interessantes, eu nunca imaginária um mundo sem magia antes de ter que ir até o mesmo para me refugiar - sua expressão continuava a mesma enquanto falava, mas Apolo conseguiu sentir certa amargura na voz da bruxa - quem sabe uma hora eu não o fale sobre o mundo dos humanos ? - indagou com um pequeno sorriso e puxou mais um livro para sua pilha, assim, se afastando do garoto com uma breve despedida, deixando um Apolo extremamente curioso para trás. 

Com os imensos e vários livros em mãos, Blossom se locomoveu da melhor forma que conseguia para fora da biblioteca, desejou ter sua varinha consigo naquele momento, mas havia deixado a mesma no dormitório levando em conta que havia ido na biblioteca apenas para pegar alguns livros.

***

Era fim de tarde e o vento já se fazia mais frio naquele horário, mas a garota mal sentia a temperatura a atingir pelas roupas quentes que combriam seu corpo, os cabelos loiros estavam cobertos pelo capuz do casaco e seu pescoço estava envolto por um cachecol. 

Seus dedos cobertos por luvas, tocaram no lago congelado e ela via através daquela camada congelada alguns poucos peixes, começou a se mover cuidadosamente pelo gelo sentindo como se ele fosse quebrar com qualquer movimento brusco, apesar da certeza de que era uma camada grossa de gelo. 

Seus patins deslizaram pelo gelo deixando finos arranhões causados pela lâmina de seus patins, mal precisava dar impulso, o gelo liso ajudava a garota a deslizar pelo local como se estivesse fazendo uma coreografia. Se arriscou à dar um pulo e girar no ar caindo com um perfeito equilíbrio, fechou os olhos sentindo o ar frio bater em seu rosto e cabelos, fazendo o capuz de seu casaco cair. 

Isso a deu uma melhor visão periférica e ela conseguiu ver o garoto de cabelos loiros e olhos azuis escorado em uma das árvores, com as roupas escuras, ele parecia se misturar com as sombras da árvore. 

Se não fosse pelo olhos azuis e os cabelos tão loiros, Bubbles mal teria o visto ali, ela patinou até onde o garoto estava e parou a poucos centímetros da neve.

Boomer saiu das sombras da árvore e se aproximou de Bubbles ficando a poucos centímetros de onde a camada de gelo começava

Boomer- não sabia que fadas, patinavam - ele ergueu uma de suas sobrancelhas, os braços cruzados em uma pose descontraída. 

Visto pelo o que diziam e pelo o que estava escrito no livro, as estações mais frias não existiam no reino das fadas, apenas o verão e a primavera. 

Bubbles- não é uma grande história - sorriu para o garoto.

Uma ideia se passou pela cabeça de bubbles a fazendo se aproximar um pouco mais com um sorriso empolgado, ela estendeu suas mãos para boomer que a olhou confuso logo em seguida percebendo o que a garota queria fazer. 

Boomer- não - negou com a cabeça

Bubbles- eu prometo não te soltar, vamos boomer, vai ser divertido - insistiu, seus olhos brilharam e Boomer sentiu um revirar estranho dentro de si, ele pensou em negar novamente, mas isso se foi rapidamente quando Bubbles pegou em seu cotovelo o puxando. 

Ele se deixou ser levado até seus calçados tocarem no gelo, quase escorregou se não fosse Bubbles o firmando melhor pelos cotovelos, sentiu que aquilo não seria uma boa ideia em hipótese nenhuma, mas desistiu de protestar, sendo guiado para o centro do gelo com Bubbles. 

Ela riu quando Boomer quase escorregou novamente, o garoto revirou os olhos para a fada, a risada de Bubbles soava como a melodia de uma música, ali se fazia presente mais um encanto das fadas, suas risadas melodiosas.

A fada girou junto com Boomer tomando o cuidado para seguir um ritmo que não fizesse o garoto sair deslizando pelo gelo sem controle. 

Bubbles- você é bom nisso - elogiou, com um sorriso. 

Boomer sorriu de canto 

Boomer- você é uma boa professora - respondeu, escutou novamente a risada melodiosa de Bubbles e naquele instante a garota havia deixado seu cuidado de lado por alguns segundos os quais foram o bastante para Boomer escorregar e levar bubbles junto consigo, seus corpos deslizaram até as bordas do lado com Boomer batendo seu corpo contra o monte de neve. 

Os dois se entre olharam e começaram a rir, sem Boomer se conter com somente sorrisos. Isso fez Bubbles dar atenção para a risada do loiro ao seu lado. Boomer percebeu essa atenção vinda da fada e sorriu contendo a risada de melhor forma. 

Bubbles- você deveria rir mais - comentou sem filtro, sentiu suas bochechas ruborizarem em vergonha pelo comentário de alguns segundos. Boomer arqueou uma sobrancelha e sentiu novamente o revirar dentro de si. 

Boomer- como aprendeu a patinar ? - indagou

Bubbles- no mundo dos humanos, estávamos em uma pequena cidade, onde todos os invernos, as crianças iam até os lagos congelados dos parques para patinarem, ficamos tão curiosos que fomos levados para um ringue de gelo, onde lá havia aulas de patinação - sorriu nostálgica, as lembranças passaram por sua cabeça como em um filme - durante dois anos frequentamos aquele ringue, até que partimos. 

Boomer assentiu com a cabeça, uma certa curiosidade martelou em sua cabeça por Bubbles sempre usar as palavras em plural. Quando bubbles chegou, estava com Blossom, Buttercup, Lissa e Henry, eles ficaram juntos durantes aqueles anos ? 

De repente sentiu a necessidade de saber mais sobre Bubbles, como parou no mundo dos humanos ?

Bubbles- é lindo, não é ? - quebrou o silêncio, fazendo Boomer voltar de sua linha de pensamentos, olhou para a direção que Bubbles olhava, o pôr do sol. 

O céu estava em um degradê de laranja e amarelo onde terminava no sol que se escondia aos poucos, para enfim, dar início à noite. 

Boomer sorriu de canto, o que não passou despercebido para a fada ao seu lado. 

Boomer- sim, Bubbles - concordou, fazendo a garota sorrir também. 

Eles permaneceram um ao lado do outro em silêncio, até o sol se esconder completamente fazendo a escuridão cair como um cobertor por todo o reino.

Bubbles se levantou cuidadosamente ajudando Boomer, eles subiram na camada de neve e a loira se sentou tirando seus patins dos pés, os trocando para um par de botas que estava perto de uma árvore. 

Boomer- boa noite, Bubbles - falou, sumindo do campo de visão da garota

Bubbles- boa noite, Boomer - respondeu baixinho para o vazio, um sorriso feliz se fazia em seus lábios e os olhos azuis pareciam mais brilhantes. Ela caminhou para dentro do castelo saltitante com o par de patins em mãos, subiu as escadas e foi direto para seu dormitório, quando abriu a porta se deu com o quarto vazio, Blossom deveria ter voltado para a biblioteca para devolver os livros e Lissa deveria estar perambulando pelo castelo. 

Deixou seus patins perto de sua cama e seu casaco sobre a cama, foi até a janela do quarto observando o jardim do castelo e a floresta escura que se estendia até às montanhas, seus olhos pararam em uma figura na entrada da floresta. Franziu suas sobrancelhas e tentou distinguir quem seria aquela figura, mas já estava muito escuro para conseguir ver qualquer coisa de fato, além de uma silhueta. 

Um pensamento assustador se fez presente. 

Sebastiam 

Mas ele com certeza teria feito algo, além de ficar parado em frente a floresta, não parou para argumentar contra seu próprio pensamento, partiu para fora do quarto e correu pelos corredores e escadas até chegar na entrada do castelo novamente, saiu do térreo, andando pela neve até se aproximar um pouco da floresta, não havia mais ninguém. 

O vento frio fez os pelos do corpo da fada se arrepiarem e ela sentiu suas asas começarem a ficar dormentes pelo frio tão intenso, ignorou os avisos de seu corpo e seguiu para mais perto das árvores parando no lugar que a figura estava antes. 

Pensou se seria algum professor fazendo uma ronda, ou talvez algum aluno que precisava das sombras. 

Um click fez em sua mente e ela pensou em Boomer.

Ele havia sumido de sua visão anteriormente quando ela estava com ele no jardim, mas o que Boomer faria dentro daquela floresta...

Ela se afastou alguns passos quando começou a notar as sombras tremeluzirem como se estivessem se mexendo, talvez realmente estivessem, ela se virou e correu para dentro do castelo sendo acolhida pelo local quente mas ainda sentia frio e arrepios no corpo.

Suas asas estavam dormentes e ela temeu por elas, olhou para as asas em um tom opaco e murchas, como uma renda amassada.

- Bubbles- a voz chamou a loira que se virou para Lissa, a garota de cabelos e olhos vermelhos se aproximou tocando em Bubbles. 

Lissa- estava lá fora ? - indagou incrédula, frisando o fato de que Bubbles não usava um casaco, tocou as asas murchas da fada e puxou a garota pelas escadas, pensou em usar feitiços mas temeu que as chamas que invocaria sairiam do seu controle. 

Quando chegaram no quarto, Lissa cobriu Bubbles com o casaco e pegou cobertas rodeando o corpo da fada que parecia imersa olhando para trás temendo pelas próprias asas.

Havia passado mais tempo do que realmente deveria do lado de fora.

Lissa- o que estava fazendo lá fora ? - perguntou, um tom irritado sendo controlado em sua voz.

Bubbles- eu vi alguém em frente da floresta - respondeu alarmada- pensei se pudesse ser ...

Lissa- Sebastiam - a garota completou, balançou sua cabeça e continuou cobrindo Bubbles - está tudo bem agora Bubbles, ele não voltará tão cedo, se não descobrir que Angela está viva. Deve ter sido algum vampiro ou algum Lobisomem - colocou as mãos nos ombros de Bubbles que afirmou com a cabeça. 

Novamente Boomer passou pela mente de Bubbles e ela sentiu sua curiosidade aguçar. 

***

Caterine estava sentada em uma das várias janelas do segundo andar, com uma xicara de chocolate quente em mãos e roupas mais finas do que a maioria dos alunos usava, olhava para o lago congelado no jardim a metros de si, se sentindo compadecida com os peixes que moravam lá, apesar de saber que eles mal sentiam o frio de fato. 

Lembrou-se de sua casa, durante os meses de inverno, quando ia para a superfície, está, sempre estava congelada, quando chegava o verão e as temperaturas mudavam fazendo o gelo se diluir novamente, a garota voltava para a superfície para olhar ao redor de si e ver novamente o céu iluminado.

Ali estava ela naquele momento, aproveitando o dia frio e observando os pequenos flocos caírem vagarosamente para então encontrarem a camada macia de neve que cobria o jardim. 

Estendeu sua mão e um floco caiu na mesma, se desmanchando aos poucos, criando gotículas de água, Caterine mexeu seus dedos fazendo as gotículas flutuarem para fora, estás se congelando com o ar gelado e caindo até o chão de neve. Ela suspirou encantada e se virou para descer daquela janela.

-vejo que se encanta por poucas coisas - a voz se fez presente

o garoto de cabelos brancos encostado na parede a alguns metros de Caterine, perto da dobra do corredor, com uma das sobrancelhas arqueadas e uma das mãos no bolso. 

Caterine controlou um possível pulo, não havia notado o garoto ali.

Caterine- B-benjamin - pronunciou o nome do garoto com certa dificuldade, seu coração ainda estava disparado. 

Ele soltou um sorriso de canto pela reação da garota e se afastou da parede, ela notou que o cabelo dele estava úmido e pequenas partes com neve, o que a fez constatar que ele estava do lado de fora à alguns minutos.

Pelos cantos dos olhos, Caterine pode notar o local se escurecer e em segundos voltar a ficar iluminado, quando se virou completamente seus olhos brilharam mais intensamente. 

Neve caía do teto e pequenos amontoados de neve haviam no canto do corredor, pegando um floco de neve ela sorriu. 

Ele era diferente dos outros flocos, parecia uma estrela. 

Caterine- uma ilusão - notou, parecia tão real, quase conseguia sentir a temperatura do floco que segurava, este atravessou sua mão desaparecendo, ela olhou ao redor e tudo havia desaparecido, inclusive Benjamin, que já não estava mais no corredor. 

A garota não conseguiu conter um pequeno sorriso e o rubor de suas bochechas, Benjamin não era tão ruim quanto Caterine achava antes do acampamento. Apesar de aparentar ser extremamente assustador quando o via nos corredores, com uma expressão fechada e irritada expantando os alunos de perto de si. 

Haviam criado uma espécie de amizade durante os dias depois do acampamento. 

Ela olhou para o fim do corredor onde Benjamin estava antes e então andou até a dobra do corredor,  encontrando o garoto andando de forma tranquila a poucos metros de si. 

Recolhendo uma coragem dentro de si, Caterine andou até Benjamin alcançando o garoto sem menor difículdade por ele estar perto, não ousou olhar para o garoto sentindo o olhar de Benjamin queimando em si.

Benjamin- vejo que está ficando corajosa - comentou de forma debochada, com um ar de riso. 

Caterine olhou para a xícara em sua mão com o fundo sendo coberto por uma fina camada de chocolate restante, ela assentiu timidamente com o rubor em suas bochechas, a curiosidade martelava sua mente 

Cayerine- como funciona ? - indagou, sem pensar direito antes de pronunciar as palavras.

Benjamin franziu as sobrancelhas, ele sabia sobre o que ela se referia mas gostaria que ela falasse, somente para ver o rubor chegar em suas bochechas. 

Caterine- suas ilusões, como elas funcionam ?- perguntou novamente 

Benjamin- o que quer que eu responda exatamente ? - questionou, olhando de canto para Caterine, ela pareceu pensativa por um momento. 

Caterine- parece que tudo se encaixa de alguma forma, não sei por onde começar - pronunciou timidamente, ainda olhando para sua xícara. 

Benjamin balançou a cabeça em afirmativa

Benjamin- talvez, um dia eu à diga - ele pronunciou em tom de despedida e seus passos ficaram mais longos, Caterine viu Benjamin ir em direção do mago de cabelos loiros

James- boa noite, senhorita - desejou educamente, os dois sumiram pela dobra do corredor e Caterine piscou os olhos algumas vezes quase se sentindo afetada pelo jeito de príncipe do mago. 

Balançou a cabeça e partiu pelo outro corredor.

***

Valentine estava em frente a uma das árvores fazendo galhos finos surgirem, transformando-os em espécies de ninhos sob outros galhos mais grossos, um dos braços segurando cobertores pequenos para colocar em frente das casinhas e ninhos. 

Com cuidado para não perder o controle, apenas as pontas de seus dedos tocavam na árvore e quando viu os galhos se entortarem formando as pequenas casinhas ela afastou suas mãos cuidadosamente controlando o fluxo de magia que fluia por sua mão.

Ela tocou o esquilo de seu ombro, sentindo o fluxo de magia aumentar, escalou a árvore com facilidade e subiu em cima do galho colocando um dos cobertores ao redor da casinha. O esquilo desceu de ombro e entrou na toca, outros dois esquilos surgiram e entraram com o pequeno bichinho. 

Fez esse processo em outros galhos sendo a última árvore, desceu da árvore sem dificuldade, mas quando seus pés tocaram no chão a garota se sentiu cair para trás, caindo na neve. Ela riu de sua própria queda e viu os bichinhos surgirem para a olharem, voltando para as tocas, assim, entrando novamente quando constataram que a garota estava bem. 

Valentine ouviu passos na neve e olhou ao redor encontrando o lobo de pelo avermelhado, que parou ao seu lado se sentando na neve, ele a olhava com certa curiosidade, os olhos brilhantes analisando a ninfa. Os olhos de Valentine pararam em uma das patas de Allan, ao qual a dias atrás soltava o líquido preto e espesso, que foi caracterizado como uma substância venenosa para paralizar e matar a presa. 

Mas com Allan sendo um lobisomem e seu corpo sendo mais forte, a substância não foi letal para o garoto, mas foi preciso algumas poções para expelir aquele veneno de si. 

Ainda havia uma pequena cicatriz no braço de Allan, mas sendo escondida em sua forma animal por pelos avermelhados. 

Valentine espalmou as mãos cobertas por luvas na neve e impulsionou seu corpo para cima, se levantando, seus pés se afundando novamente na neve por não serem botas específicas, deveria ter se lembrado de calçar suas botas de neve. 

Iria cair na neve novamente, ao contrário do que pensou, caiu em cima do corpo de lobo de Allan que fez um barulho estranho com o nariz, como se bufasse. 

Valentine- obrigada, Allan - agradeceu timidamente ao lobisomem se levantando com mais cuidado, o lobo começou a caminhar na neve ao lado de Valentine que tomava cuidado para não afundar os pés na neve como acontecerá várias vezes anteriormente.

Quando chegaram no castelo, Valentine sorriu para a temperatura mais quente do lugar, Allan continuou em sua forma de lobo fazendo barulho com as patas sobre o chão. O que Valentine achava estranhamente fofo. 

Pelo canto dos olhos ela viu o garoto voltar para sua forma Humana, ele bagunçou os cabelos para tirar pequenos floquinhos de neve e bateu em suas vestes que estavam úmidas.

Allan- você é estranha - comentou para a garota que foi pega de surpresa pelo comentário, após processar a frase, ela soltou uma risada.

Não era a primeira vez durante aqueles dias que Allan disse aquilo, Valentine, através dos olhos de outros seres, tirando ninfas, fazia coisas estranhas, como recolher nozes para esquilos e cobrir os galhos das árvores com pequenas cobertas todas as noites e Allan sempre que via tais ações fazia aquele comentário, ao qual Valentine ria timidamente. 

Valentine- você sempre está do lado de fora do castelo - comentou subindo as escadas com Allan à alguns degraus acima, ele parou e se virou para a garota que sentiu o rubor subir em suas bochechas.

Allan- está me observando, Valentine? - questionou com um sorriso provocador, o rosto da ninfa se pintou de vermelho e Allan sorriu de canto voltando a se virar e subindo os degraus, agora, acompanhando os passos de Valentine 

Valentine- não é bem isso - disse baixinho, com certa dificuldade pelo constrangimento 

Allan assentiu, ainda com um sorriso nos lábios.

O resto dos degraus a garota se manteve em silêncio até chegarem na divisa dos dormitórios, Allan se foi pelo corredor e Valentine se virou para o dormitório feminino adentrando no corredor.

Estranhamente Allan sempre estava lá fora naquele horário, valentine nunca via de que lado o garoto surgia e isso a deixava curiosa, parecia que ele surgia de repente de dentro das sombras.

Isso fez os pelos de seu corpo arrepiarem, balançou a cabeça tentando espantar qualquer pensamento em volta de Allan e seguiu ate o próprio quarto, abriu a porta encontrando Angela sentada perto da janela com um livro em mãos. A cupido sorriu em direção de Valentine que retribuiu, entrando no quarto e retirando suas botas para enfim, deitar em sua cama

***

Blossom mal viu o tempo passar dentro da biblioteca, havia voltado para deixar os livros mas quando viu já pegava outros e se sentava em uma das mesas redondas abrindo um dos livros. 

Notou o silencio absoluto no lugar, sem o barulho das páginas sendo passadas ou dos livros mais pesados sendo fechados, nem o barulho de lápis e canetas escrevendo. Apenas o silêncio. 

Isso a fez olhar ao redor a procura de qualquer pessoa, não encontrando mais ninguém ali presente, ela olhou para uma das janelas que ainda tinha as cortinas abertas e viu o céu completamente escuro no lado de fora, seus olhos passaram para o relógio pendurado em uma das paredes soltando o ar surpresa. 

Batia o horário do toque de recolher.

A porta se abriu revelando um homem de meia idade com uma varinha em mãos

-senhorita, já se passou o horário de recolher -avisou

Blossom- desculpe senhor Berthoni, eu estava tão distraída que não vi o tempo se passar - explicou 

Com isso Blossom começou a fechar os livros de modo rápido, os empilhando e levando até uma das prateleiras para distribui-los, usando sua varinha para colocar os livros que ficavam em uma altura que já não alcançava ela organizou todos eles e partiu para sua mesa, recolhendo um caderno com anotações, o homem ainda se encontrava na porta esperando que Blossom se fosse para o dormitório 

Blossom- boa noite, senhor Berthoni - desejou sendo respondida pelo mais velho

A garota se encontrou na penumbra com todas as tochas apagadas, sentiu um arrepio passar por seu corpo, ignorou, seguindo pelo corredor do castelo e acendendo a ponta de sua varinha para visualizar o caminho que seguia.

Se assustou quando virou um dos corredores e viu uma figura ao longe, apenas uma silhueta e um ponto brilhante, começou a se aproximar cuidadosa

-blossom ?- indagou a voz, a garota relaxou seu corpo quando reconheceu a voz de Apolo, ela se aproximou mais e conseguiu ver apolo com uma pilha de livros flutuando e a varinha na mão apontando para o caminho

Blossom- Apolo, estava indo para a biblioteca ? - questionou, olhando para a pilha de livros - o zelador já a fechou 

Apolo- perdi completamente a noção de tempo - lamentou

Blossom- entendo completamente - concordou com um pequeno sorriso, compadecida, eles seguiram pelo corredor completamente escuro iluminando o caminho com a ponta de suas varinhas.

A ruiva parou em um corredor fazendo com que Apolo parasse em frente à garota 

Blossom- nos dividimos aqui 

Apolo- até amanhã, Blossom - se despediu da garota se afastando e entrando em um corredor, a ruiva partiu para o outro lado chegando perto da porta de seu quarto a bruxa visualizou seu grupo de amigos que olharam preocupados para ela. 

Blossom- eu perdi a noção do tempo, na biblioteca - explicou rapidamente, pelo olhar de Buttercup poderia jurar que a feiticeira iria lançar algum feitiço contra si, mas a garota apenas cruzou os braços parecendo mais tranquila. 

***

Blossom conseguia escutar passos, estes pareciam apressados pelo corredor completamente escuro, mas havia mais alguém ali, a ruiva sentia uma presença no local aparentemente, não tão próxima. Mas ainda sim, incomoda. 

-blossom ? - ouviu uma voz à metros de distância, mas parecia mais longe que realmente estava aquele alguém. 

 sua própria voz soou, mas ela não conseguiu distinguir a palavra.

A escuridão inundou seu sonho e seus olhos se abriram, despertando do sonho, Blossom se sentou em sua cama sentindo sua cabeça latejar, ignorando os efeitos daquilo, ela jogou suas pernas para o lado da cama e pegou sua varinha ao lado do travesseiro. 

 ***

A sensação alarmante de que algo estava errado se fez presente dentro de Brick, ele andava em passos rápidos pelos corredores escuros observando todos os cantos possíveis procurando por alguém, como se precisasse acha-la rapidamente

Quando viu a figura de cabelos ruivos com a varinha em punho ele se sentiu de certa forma, tranquilo.

-blossom - sua própria voz chamou a garota, se aproximando 

-brick - o chamou, ela parecia alarmada como se algo a incomodasse e de alguma forma, Brick sentia o mesmo, como se houvesse alguém ali

Quando tudo ficou escuro e ele abriu seus olhos, notou então que se tratava de um sonho, mas algo o incomodava sobre aquilo, não parecia ser somente um sonho. 

Ele se levantou tentando se convencer de que apenas iria conferir se havia algo de fato perambulando pelos corredores do castelo, em segundos ele saiu do dormitório e procurou pelo corredor ao qual tinha visto no sonho, se é que era apenas isso. 

***

Blossom havia reconhecido aquele corredor, ficava no andar abaixo do qual ficava o dormitório, perto da sala de feitiços. Ela andou com certa pressa até o local, apertando a varinha em uma das mãos ela sentiu a sensação incomoda de que havia algo ali ou melhor, alguém, mas ela não conseguia visualizar quem estava perambulando por aquele local. Se dando conta novamente de que aquilo não estava tão perto quanto Blossom achava de fato que estava. 

***

Brick chegou no segundo andar procurando pelo andar a localização, atravessou um corredor e viu a mesma luz brilhante saindo da ponta de uma varinha e Blossom. De fato, não se tratava de um sonho e não poderia ser mais uma coincidência. 

Brick- Blossom - chamou, quase que instintivamente, a garota parou seus olhos rosados em si, ela se aproximou alguns passos 

Blossom- Brick ? - chamou, novamente sua voz soará alarmada como se algo estivesse errado. 

De fato. 

Brick sentiu que havia alguém ali, mas seus olhos não captaram nenhum movimento ao redor, ele não escutou nenhum passo ou os batimentos de outra pessoa além de Blossom.

Ele olhou novamente para Blossom, notou os nós dos dedos da garota começarem a ficar esbranquiçados pela força que segurava sua varinha, sua expressão continuava a mesma sem demonstrar sequer um sinal de medo, mas sua reação corporal já dizia muito. 

Enquanto analisava a garota, Brick escutou algo, não soube distinguir aquele som, mas soube de onde veio. Ele virou em direção de uma janela, se aproximou observando o jardim procurando por algo ou alguém, mas não havia nada. 

Blossom apareceu ao seu lado e fitou o jardim com as sobrancelhas franzidas a sensação estava passando, Brick também sentiu como se aquilo estivesse se afastando de onde estavam. 

O ar pareceu ficar menos pesado e Blossom se permitiu respirar fundo, mas ainda pressionava a varinha em mãos. 

Brick- o que faz aqui ? - questionou, a garota o olhou com um brilho de confusão. 

Blossom- eu..tive uma visão, com você no corredor mas senti como se houvesse mais alguém, pensei que seria melhor verificar- disse baixo, mas Brick conseguiu ouvir suas palavras com clareza, a garota parecia confusa com suas próprias palavras, perdida. 

Brick apenas assentiu com a cabeça se sentindo de certa forma irritado com tudo aquilo e confuso, seus pensamentos estavam bagunçados e quase gritavam em sua mente. 

Brick- deveria voltar ao dormitório - pronunciou, quebrando o silêncio. 

Blossom se sentiu apreensiva olhando para o caminho que havia vindo, quando Brick se afastou da janela e começou a caminhar, ele parou e olhou sobre o próprio ombro para Blossom, como se esperasse ela. 

A ruiva se afastou da janela e se pôs ao lado de Brick, o vampiro caminhou com a bruxa até a divisa dos dormitórios, o fato de pensar que a garota poderia encontrar quem quer que fosse aquele que estava os observando o deixou irritado e incomodado.

Blossom, se sentia de certa forma tranquila ao lado do vampiro, e aquele lado ao qual se alarmava toda vez que Brick se aproximava parecia diminuir gradativamente. 

Pararam em um corredor do dormitório e Blossom logo se virou entrando no corredor, não viu Brick ficar parado no mesmo lugar, esperando a ruiva entrar no próprio quarto para então seguir para outro corredor


Notas Finais


Aut- Quando criança, Lee achava que o mundo das fadas era dividida em verão e primavera em um lupin, logo, sem a existência de outono e inverno pq ela associava as estações quentes com as fadas e também pq não gostava de inverno e outono. Então decidimos que seria legal adicionar isso sobre o reino das fadas.

Logo, Bubbles não é acostumada com tal clima.


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