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História Escola sobrenatural - Five


Escrita por: orquiblack

Capítulo 5 - Five



Elfos- criatura mística da mitologia nórdica e celtica, aparecem com frequência na literatura nórdica, e presentes nas lendas de países como grã- Bretanha, Noruega e Suécia. 

Uma semana depois

Henry caminhava lentamente pela biblioteca procurando a sessão de poções. Elfos eram conhecidos pelo seu amplo conhecimento com ervas medicinais, fabricação de elixirs e exímio em produção de poções, ótimos curandeiros. Essas criaturas tem uma lista grande de poderes e características mágicas. Ótimos arqueiros, olhos que podiam enxergar no escuro, velocidade, habilidade de saltar de três metros ou até mais e invisibilidade quando se sentem ameaçados. 

Mas estes pequenos seres mágicos possuíam essas habilidades em idades distintas, dependia muito de cada elfo. Quando o corpo decidia por si próprio mostrar sua magia. 

O garoto parou em frente a estante empoeirada e seguiu com os olhos por toda a estante a procura do livro. Ali estava, na última prateleira, um livro verde musgo de capa dura, escrito na lombada "poções e afins" em letras finas e douradas. Ele bagunçou os cabelos azuis e olhou ao redor a procura de algo que pudesse usar para subir, tinha apenas as poltronas e mesas redondas e o garoto realmente não queria puxar aquelas móveis enormes para pegar um livro.

Ele olhou para cima, e retorceu o nariz descontente, seria muito humilhante dar alguns pulinhos para tentar pegar aquele livro ? Como ele desgostava do fato de sua espécie ser tão baixinha atingindo o máximo 1,65.

- precisa de ajuda ? - o tom saiu aveludado e risonho, o loiro de olhos penetrantes se aproximou de Henry em passos largos e seu sorriso abriu mais quando chegou perto o bastante do garoto e notou as bochechas coradas em um tom bonito de vermelho claro. Destacando com a pele clara e os cabelos azuis da cor do céu. 

Henry mordeu a bochecha por dentro envergonhado. James sorriu e pegou o livro de capa verde musgo 

James- poções e afins - leu as letras douradas- honrando o que dizem por ai, que elfos são ótimos pocionistas - estendeu o livro para Henry

Henry- obrigado - agradeceu e pegou o livro da mão de James 

James deu de ombros e se afastou, o elfo olhou para o mago de costas sumindo de sua vista após passar pela porta de madeira. Soltou um suspiro nervoso e saiu da biblioteca apressado. O garoto caminhou até a sala de poções, abriu a porta e entrou, a sala estava completamente vazia, um caldeirão da cor do piche posicionado em cima do fogo, vários ingredientes em cima da mesa. Ele abriu o livro de poções e passou as páginas velhas e gastas. Parou em uma página com letras redondas grandes e bem desenhadas. 

****

Buttercup balançou seu cajado e o mesmo se transformou em uma longa espada de prata, ela girou a lâmina cortando o ar em sua frente, sentindo o peso da arma branca. Lissa fez o mesmo com seu anel o jogando no ar e voltando em formato de uma espada. 

As duas se encararam e sorriram desafiadoras. 

Angela- elas irão ficar bem ? - perguntou temerosa pelas duas garotas que avançaram e cruzaram as espadas 

Bubbles- não se preocupe Angel, elas sempre se desafiam em lutas com armas brancas, eu diria que consideram um treino - a voz melodiosa respondeu, um dedo batendo na bochecha pensativa 

Lissa saltou quando Buttercup avançou com a espada perto de seus pés, a ruiva pousou de uma forma elegante na grama fofa e sorriu com um brilho de empolgação em seus olhos, Buttercup girou o cabo da espada em seus dedos, uma sobrancelha arqueada e um sorriso desafiador no rosto.

A morena ia avançar na hibrida quando uma vassoura passou em sua frente em alta velocidade e a fez desequilibrar caindo na grama 

- BLOSSOM- gritou raivosa, em resposta, uma risada melodiosa 

Blossom voo para cima com sua vassoura e girou com ela no céu, sentindo o vento bom em seu rosto e a adrenalina em seu corpo pela velocidade que cortava as nuvens.  Apoiou seus pés na vassoura segurou o cabo com força e se ergueu aos poucos, quando sentiu segurança abriu as mãos e levantou os braços, era loucura surfar em cima de uma vassoura, mas era uma brincadeira que as bruxas gostavam de fazer. Ela passou pelo jardim do castelo sentindo alguns olhares de alunos para si e deu risada quando uma garota bruxa ergueu os braços e assoviou para ela com um sorriso aberto. 

A ruiva se sentou e voltou para o canto que suas amigas estavam, ficou de cabeça para baixo com a vassoura nos céus e desceu, rodopiou e deu um pulo do cabo pisando graciosamente na grama, a vassoura caiu deitada no solo.

Angela e Valentine bateram palmas e Blossom sorriu envergonhada 

Lissa- touché - sorriu para Buttercup, a lâmina perto do pescoço da feiticeira que bufou e rolou os olhos, odiava perder.

Buttercup virou o rosto com as sobrancelhas franzidas, afastou a lâmina de seu pescoço , sua espada se iluminou e virou um anel com uma esmeralda, o colocou no dedo. 

Buttercup- o que há ? - a morena perguntou, seus olhos em Caterine um pouco longe do grupo

A garota de cabelos cor de pêssego estava sentada na grama, os joelhos juntos de si com os braços o segurando, o queixo apoiado em um dos joelhos e os olhos fixos no lago em sua frente. 

As lembranças eram processadas em sua mente cansada, ela repassou aquela cena várias vezes, não importava o que fizesse para se distrair, os pensamentos a atingiam como uma explosão de sentimentos ruins. Se sentia cada vez mais frustrada e o coração doía. 

Angela se levantou do gramado e se sentou ao lado de Caterine, tocou no braço da garota que relaxou os ombros, a cupido sentiu os sentimentos conflitantes e um amargo na boca. Olhou para Caterine com um sorriso curto e reconfortante, tentando transmitir os sentimentos bons e a calmaria para a sereia.


****

Henry fechou o último vidro, com um líquido azul brilhante, cada um dos tubos com uma poção diferente e de cor atrativa. Guardou os tubos em uma bolsa de couro marrom, os ingredientes foram colocados em uma caixinha e guardado dentro da bolsa. O elfo limpou a mesa de trabalho, guardou o caldeirão no armário que ficava no fundo da sala e pegou o livro indo em direção a biblioteca. 

Seus olhos formigavam, mas ele creditou aquilo ao seu cansaço, estava sentindo aqueles sintomas todos os dias, atribuiu aquilo ao fato de que ficou um bom tempo na sala criando um estoque para si de elixir e poções, seu corpo demonstrava sinais de cansaço por meio de vertigens e ossos doloridos, ele estava sentindo aqueles sintomas de forma corriqueira, pensou na possibilidade de estar doente, mas elfos dificilmente ficam doentes, de qualquer forma não podia excluir aquela possibilidade. Entrou na biblioteca e caminhou em passos lentos até a prateleira e de novo se viu naquela situação chata de não conseguir colocar o livro no lugar, ele esfregou os olhos e sentiu os mesmos arderem. 

Henry- o que está acontecendo comigo ? -perguntou a si mesmo, notou sua voz sair baixa e rouca, como se estivesse quase sem voz, sua cabeça rodou e o corpo dele vacilou, suas costas bateram na prateleira de trás machucando seus ombros. O elfo abaixou a cabeça e fechou os olhos esperando aquela tontura passar. Mas a biblioteca não parava de rodar nem por um segundo. 

****

James caminhava pelo corredor segurando uma pilha de livros que acabará de usar com uma das mãos, sem muito esforço, a outra mão enfiada dentro do bolso da calça jeans. Seus passos eram largos e calmos, desatento, sua cabeça estava em outro lugar. 

Ele atravessou a esquina do corredor, um grito feminino a poucos metros trouxe James para a realidade

- ele precisa de ajuda - pediu ofegante, uma garota de cabelos encaracolados verdes de pele azul claro se aproximou - o garoto de cabelos azuis - James foi puxado pela garota ate a biblioteca e seus olhos foram para duas garotas agachadas perto das prateleiras de livros que James encontrou com Henry um tempo antes - a garota o puxou até às prateleiras, O elfo estava desmaiado, o livro de poções próximo a seu corpo. 

Uma coisa esquisita chamou a atenção do mago, os cabelos de Henry estavam mudando de cor, o que antes era um azul celeste, agora estava em um tom verde limão que mudava aos poucos para o amarelo. 

James se agachou perto do corpo desacordado, o mago conjurou um poder de cura, as palmas de sua mão brilharam, uma luz branca saiu delas e o loiro passou pelo corpo de Henry. Aos poucos Henry acordou, o garoto imediatamente cobriu os olhos com as mãos e grunhiu de dor, seus olhos ardiam, o corpo todo de Henry doía 

Ele praguejou em seus pensamentos, isso aconteceu na noite passada, mas a dor era menor quase como a dor de uma picada, naquele instante ela estava muito pior. Queria se estapear por não ter ido na enfermaria 

- Henry - a voz aveludada soou perto de Henry, o elfo reconheceu aquela voz, que naquele instante estava séria, sem o tom risonho por trás.

Ele gostaria de dizer algo, mas não conseguia formular nada coerente em sua cabeça, esfregou os olhos em uma tentativa estranha de fazê-los parar de arder 

James- Henry, abra os olhos - Henry quis negar, mas não o fez, ele abriu os olhos com dificuldade, a visão estava embaçada e as luzes da biblioteca pareciam mais fortes do que realmente eram - o mago crispou os lábios, os olhos de Henry estavam em uma bagunça de cores, um de seus olhos se misturava em um violeta e rosa e o outro um verde musgo e amarelo da cor das pétalas de um girassol 

Henry sentiu os olhos pararem de arder e seu corpo parar de doer, passando a ser apenas uma dormência nas pernas, James viu os olhos de Henry voltarem a cor amendoada e os cabelos voltarem ao azul. 

As garotas olhavam assombradas para o elfo, ele se sentiu desconfortavel com os olhares estranhos que elas davam para ele, se sentiu patético por ficar tão mal na frente de outras pessoas.

James- ele vai ficar bem - o mago se levantou e se afastou, as três garotas se entreolharam sem saber o que fazer. 

*****

Henry deitou sobre sua cama cansado, ele não estava com febre, não sentia nenhum sintoma além de ardência nos olhos, vertigens e dor no corpo, se perguntou se seu corpo estava entrando em uma espécie de choque. Mas nada o provocou tal reação e já estava a dias com aqueles sintomas, antes mais leves do que no momento presente.

****

On

- Brick- uma voz o chamava ecoando pelo corredor vazio, as luzes piscavam freneticamente, ameaçando apagarem, houve um estouro e tudo ficou um breu - olhou para fora vendo as árvores sem as folhas e flocos de neve caindo, apesar do clima de inverno sossegado, havia algo errado que o deixava perturbado, uma sensação estranha 

-Brick- novamente foi ouvido a voz, passos ecoavam, chegando cada vez mais perto, ele escutou a respiração ofegante e o coração acelerado de quem estava vindo em sua direção.

O ruivo começou a andar rápido pelo corredor, a procura da voz conhecida, ele só não conseguia se lembrar de quem pertencia, mas sabia que era de alguém importante, a preocupação pairava em sua mente, o mesmo parou quando viu uma silhueta mais a frente na escuridão do fim do corredor, vinha rápida, o barulho dos passos aumentou o ritmo, estava correndo em sua direção, então ele começou a andar em direção a pessoa, ele não sabia por que mas sentiu necessidade de proteger a aquela que ia até sua direção 

- Brick  - pulou nos braços do ruivo, o mesmo apertou a garota em seus braços beijando o topo de sua cabeça e passou a mão pelas madeixas longas, não sabia por que fazia aquelas ações, só sentia necessidade- achou eles ? - perguntou se separando do ruivo, o mesmo travou olhando a garota de olhos cor de rosa brilhantes, começou a ficar confuso...

Então tudo ficou escuro 

Sonho off

Brick levantou de súbito ainda se lembrando dos olhos rosa, o que foi aquele sonho? por que ele tinha a abraçado? Por que agia daquela maneira com ela? Franziu o cenho sentindo raiva da garota, ela não tinha que estar em seus sonhos, o perturbando

Ele se levantou nervoso, passou as palmas pelo rosto como se pudesse apagar as lembranças do sonho, se levantou, colocou seus calçados e saiu do quarto.

****

Buttercup arrastava seus pés pelo corredor, ela já visualizava sua linda cama em sua mente, desejando se jogar no colchão macio e dormir profundamente até o dia seguinte, sem interrupções.

Suas amigas entraram em seus quartos e Buttercup parou em frente ao seu, girou a maçaneta preguiçosamente e empurrou a porta, franziu as sobrancelhas quando viu a bolsa do seu amigo elfo jogada no chão, Henry tinha um extremo cuidado com sua bolsa, por conta das inúmeras poções que guardava dentro.

A morena olhou ao redor, foi até o banheiro que estava com a porta encostava, ninguém, ela voltou, determinada a ir a procura de seu amigo, quando o visualizou em cima da cama deitado, quase pulou para trás pelo susto, tinha certeza que ele não estava ali antes. 

Buttercup- estou ficando maluca ? - ela riu nervosa, se aproximou do garoto que sussurrava palavras desconexas - ei Henry - chamou, ele continuava a dormir, Buttercup decidiu deixar o garoto dormir até chegar o horário do jantar. 

Ela pegou algumas roupas e foi para o banheiro para tomar banho

***

Bubbles se jogou na grama macia, suas amigas decidiram voltar para os dormitórios e ela quis permanecer mais um pouco naquele local, sentindo o vento fresco balançar suas chiquinhas, o cheiro bom de terra e ouvir os passarinhos cantarem ao seu redor. O céu se cobria de um colorido bonito, uma mistura de rosa, roxo e amarelo, o sol, se punha cansado, pronto para liberar o céu para a lua brilhar com suas estrelas.

Ela escutou passos na grama perto dela, voltou a se sentar e olhou para os lados, seus lábios se abriram em um sorriso singelo para o garoto de cabelos igualmente loiros e olhos azuis, Boomer devolveu o sorriso e se aproximou da loira, não se sentou ao lado de bubbles, permaneceu em pé ao lado da garota 

Bubbles- é tão bonito - sorriu para o céu colorido, suas asas bateram brilhantes quase animadas, era como se tivessem vida própria, alegres com o ar confortável e a visão bonita do colorido.

Boomer assentiu com a cabeça, ele concordava que era bonito, mas preferia a escuridão da noite, aquelas noites nebulosas com neblina. Seu poder mágico crescia com a noite e ele se sentia satisfeito com a escuridão o cobrindo por inteiro.

Bubbles- a noite deve ser mais agradável para você - a loira sorriu para o garoto ao seu lado, o céu escurecia aos poucos e as asas de bubbles batiam mais devagar, menos brilhantes que antes. 

Seres mágicos como fadas tinham o poder alimentado pela luz do sol, boomer concluiu que o que ele sentia quando a escuridão o atingia, era o mesmo que bubbles devia sentir com a luz do sol esquentando sua pele. Talvez o sentimento de bubbles era mais genuíno que o de boomer, que sentia a escuridão se rastejando dentro dele e grudando em sua alma como piche.

Boomer- pode se dizer que sim- respondeu a garota- as vezes é sufocante - admitiu - outras ..- ele se interrompeu e deu de ombros sem continuar a falar - bubbles - chamou a garota, ela olhou para ele curiosa - não fique no escuro, há coisas perigosas que você não consegue ver, mas que te espreitam nas sombras - ele se afastou da fada 

Bubbles sentiu seu corpo se estremecer, ela levantou em um pulo e olhou ao redor, o céu não estava tão escuro, mas em pouco tempo a noite chegaria e cobriria o céu com seu manto escuro, ela sentiu um arrepio passar pelo seu corpo e o medo chegar aos poucos. Era uma presa fácil no escuro, por um momento ela sentiu que não estava sozinha e alho já começava a se espreitar nas louças sombras das árvores 

A loira correu para dentro do castelo e se sentiu acolhida pela iluminação bem distribuída na construção. 


Boomer seguiu bubbles com o olhar até ela entrar no castelo, o loiro notou as sombras das árvores se mexendo vagarosamente como se dançassem. Ele se virou e caminhou para dentro da floresta escura, as sombras o seguindo com o olhar, durante o caminho que ele fazia. 

Parou depois de algum tempo, mais adentro da floresta, ele abriu o alçapão de madeira e escorregou para dentro, caminhou por um corredor e chegou na sala ampla, estava vazia, ele seguiu até uma das portas de madeira notando que estava entreaberta, subiu as escadas e abriu outro alçapão, estava em outra sala ampla, o garoto de cabelos alaranjados estava sentado perto da janela, a porta do outro lado da sala, dava para outra parte da floresta que ficava escondida atrás de uma rocha.

Boomer se sentou em um sofá velho, ele sabia que Brick ja notou sua presença, mas o ruivo não parecia querer conversar, como boa parte das vezes. 

****

Eles trancaram as saídas com feitiços como faziam todas as vezes, um dia antes da lua cheia

No dia seguinte ocorreria a transformação de Butch e Allan, seus corpos se transformariam sem controle, durante a lua cheia e seus instintos primitivos predominariam. Outros lobisomens presentes na escola eram trancados em seus dormitórios com magia, mas desde que o grupo descobriu aquela casa, eles a usavam também para trancar seus amigos durante a lua cheia. Usaram em outra ocasião quando Brick teve um descontrole e seus instintos predominaram, não era algo que ocorria com frequência, mas era impossível para o ruivo controlar diante daquela situação.


Foi a primeira vez que Sebastiam apareceu, as sombras cantaram na floresta, Deivid saiu raivoso do quarto e o grupo o seguiu, Brick sentiu o cheiro de sangue, um cheiro inebriante que o fez enlouquecer, o chão da floresta estava coberto de sangue, o líquido convidatuvo fez os olhos de Brick escurecerem, para Brick, aquele sangue tinha vários cheiros, cheiros que ele sentia vindo da escola também 

Era um jogo que Sebastiam estava fazendo

Eles conseguiram levar Brick para o local escondido e joga-lo la dentro.

O sangue sumiu com Sebastiam e Brick voltou ao normal, sem querer sugar o sangue de metade da escola.

****


Buttercup se levantou preguiçosa, ela olhou para o relógio ao seu lado marcando 6:40, franziu as sobrancelhas, naquele horário Henry já teria acordado e dado um jeito de arrastar a feiticeira para fora da cama.

Ela olhou para a cama do elfo, estava vazia, mas os cobertores amassados, olhou para a porta do banheiro aberta e voltou seu olhar para a cama do garoto, Buttercup empurrou as cobertas para o lado e se levantou, ia procurar o elfo. Ela arfou quando seu olhar voltou para o colchão antes vazio, agora com o elfo deitado, ele voltou a sumir e Buttercup foi para trás instintivamente, em choque

Ela piscou os olhos quando o corpo do elfo desapareceu em questão de segundos e reapareceu novamente, o garoto tinha as sobrancelhas franzidas, o rosto vermelho com gotículas de suor escorrendo de sua testa, os cabelos em um tom estranho de amarelo.

Buttercup arfou sem saber o que fazer, se chamava alguém ou tentava acordar o amigo que parecia estar tendo um pesadelo. 

Optou pela segunda opção, se aproximou do garoto e chacoalhou o corpo pequeno do elfo, o chamou algumas vezes mas ele parecia estar afundado em seu sonho, a garota se virou e correu para fora do quarto, foi no quarto ao lado e abriu a porta afobada, as três garotas olharam para Buttercup assustadas

Buttercup- tem algo acontecendo com o Henry - saiu do quarto, as amigas a seguiram para o quarto do lado, Blossom foi até o amigo que sussurrava palavras desconexas.

Blossom- vamos acorda-lo com magia- um fogo azulado saiu das palmas da mão de Blossom, ela colocou a mão sobre o corpo do elfo que arfou e abriu os olhos arregalados, o elfo sumiu deixando o vazio, Blossom quase pulou para trás, suas amigas se aproximaram com expressões de choque, Henry voltou a aparecer. 

Blossom- Henry- ela sussurrou o nome do elfo que estava assustado 

Henry- eu estou - sua voz saiu entrecortada- manifestando meus poderes mágicos 

Blossom olhou para as outras garotas, a maior parte das espécies já nascia com o poder mágico se manifestando, a manifestação de poderes durante os anos de vida, ocorria com poucas espécies e cada um tinha um ritual diferente para estabilizar o corpo para a aceitação do poder mágico. 


***

Bubbles- que tipo de poção ? - 

- é como um elixir da vida - disse, uma garota de orelhas pontudas - ele controla a magia e a impede de virar uma grande bola de fogo dentro do nosso corpo, veja a magia como labaredas que vão aumentando com o tempo e nosso corpo como um recipiente de espessura fina que pode explodir a qualquer momento - a elfo puxou o pergaminho escondido entre as páginas de seu livro e entregou para bubbles - os elfos mais velhos, anciões,  produziam esse elixir para os mais novos no século XX, é uma poção de extrema dificuldade, poucos elfos sabem produzir este elixir, após o domínio e o massacre em nosso reino, poucos anciões sobreviveram para passar os ensinamentos. 


***

Blossom- não temos tempo para perguntar por aí quem sabe fazer o elixir - a ruiva foi a primeira a se pronunciar depois de bubbles voltar com o pergaminho.

A ruiva olhou para o elfo dormindo novamente, ele não conseguia se manter muito tempo acordado, o corpo sumia e apareceria sem parar, os cabelos estavam mais compridos e em um tom de vermelho

Bubbles- o que fazemos ? - perguntou

Blossom-  tentem retroceder os efeitos no corpo do Henry, antes que a magia supra a energia vital, iremos fazer o elixir - 

Angela e bubbles se sentaram perto de Henry e deram as mãos, chamas azuis apareceram nos dedos de bubbles, ela colocou a mão sobre o corpo do garoto e as duas fecharam os olhos se concentrando na energia.

***

Boomer


Eu soltei um suspiro irritadiço, maldição, como eu odeio essa sensação, meu coração está pesado, parece preenchido com algo, uma escuridão que gruda nas paredes do órgão. Meus pulmões parecem sujos com fumaça, dificultando minha respiração, alguém está morrendo. Cambaleante na corda bamba que divide a vida e a morte. Lutando contra o destino.

- quem ? - indagou, Alexander esta sentado na janela, me olhando atento, após a primeira vez que eu demonstrei o fato de sentir quando alguém perto  está na corda bamba, se aproximando da morte. Eles já notavam pelas ações que eu estava sentindo novamente.

Algumas vezes eu conseguia saber quem era, quando era uma pessoa que eu troquei palavras, quando a sua energia vital ficou gravada.

- eu não sei - murmurei

***


Blossom, Buttercup e Lissa correram pelos corredores, quando chegaram na frente da sala de poções, Buttercup empurrou a porta e foi para o fundo da sala, abriu o armário e pegou todos os ingredientes e um caldeirão, colocou tudo sobre a mesa e acendeu o fofo com magia

Blossom abriu o pergaminho, a ruiva concentrou sua energia no caldeirão e Lissa jogou os ingredientes dentro do caldeirão observando a cor da poção, elas colocaram todos os ingredientes, naquele momento tinham que passar suas energias para a poção, Blossom balançou as chamas vermelhas que pareciam abraçar o caldeirão.

As chamas se mexiam como tentáculos, a ruiva deu as mãos para as outras duas garotas, elas fecharam os olhos e se concentram em conectar suas energias, a magia passou como um choque pelo corpo das três, o ar que saia da poção dançou com as chamadas agora coloridas, o sangue queimava nas veias, era como a sensação de estar sendo envenenado 

As três recitaram o feitiço na língua dos elfos 

Uma fumaça avermelhada saiu de dentro do caldeirão borbulhante 

Blossom abriu os olhos e suspirou 

Blossom- temos pouco tempo

***

As três correram para o quarto do garoto com um vidro cheio do líquido vermelho, ele possuía uma essência de baunilha e cerejas, adocicado mas reconfortante 

Abriram a porta e Lissa colocou o líquido na boca do elfo com cuidado, esperaram ansiosas por uma reação do menino de olhos avelã. Seus corações batiam rápidos dentro do peito, nervosas e ansiosas para seu amigo abrir os olhos e confirmar que ele está bem.

Bubbles se aproximou quando viu os dedos do garoto se mexerem

Bubbles - Henry ? - agachou ao lado da cama do garoto e escutou o grunhido baixo vindo dos lábios do elfo, seus olhos abriram com dificuldade e aos poucos a cor de seus cabelos voltou ao azul céu. 

Blossom abriu o pergaminho, passando os olhos por cada frase escrita no papel antigo. Henry teria que tomar aquela poção uma vez por semana, durante um mês, até sua magia se estabilizar. Era uma poção com ingredientes bem específicos, entre eles, pelo de unicórnio e essência do néctar dourado, produzido por uma flor no reino das fadas. Para a poção ser concluída com sucesso, o pocionista tinha que liberar energia do seu poder mágico, para a poção. Tinha que ser algo puro e bom.

Elas ficaram no quarto até o garoto acordar totalmente e apresentar melhoras notáveis, seu corpo antes pálido, voltará a sua cor saudável, seus cabelos não apresentaram mais a mudança de cores e ele não estava sumindo. Parecia bem.

Bubbles- você realmente está bem ? - perguntou preocupada

Henry- não se preocupem, estou bem - sorriu, tentando passar conforto para o grupo de garotas que o rodeava 

Blossom- tudo bem- suspirou - tem algo a mais que temos que saber ? - indagou ao elfo 

Henry balançou a cabeça, negando

Blossom- certo - colocou a mão abaixo do queixo - você precisa se alimentar, está muito tempo sem comer

Henry- estou com muita fome - o garoto sorriu e jogou a coberta para o lado pronto para sair da cama

Bubbles- fique aqui Henry, você ainda está se recuperando, vamos buscar - sorriu 

Henry- não quero que me tratem como uma criança, estou bem - formou um bico nos lábios- de nada adiantará eu ficar neste quarto sendo tratado como um bebê - soltou um suspiro 

Buttercup- eu não acredito que vou dizer isso, mas ele tem razão - deu de ombros - nosso elfo está crescendo- sorriu zombeteira

Henry- buttercup- protestou, a feiticeira deu uma risada divertida

***


Henry se sentia como uma criança indefesa perto de suas mães super protetoras, bubbles queria dar comida em sua boca, Angela acalmava suas emoções bagunçadas e todas pareciam estar atentas a tudo o que ele fazia. Ele se sentia um tanto incomodado por aquela atenção em si, mas também se sentia feliz, suas amigas se preocupavam com ele e queriam que ele estivesse bem. 

O refeitório estava estranhamente barulhento, mais do que costumava ser, com menos pessoas e repleto de murmúrios e sussurros por todo o canto. 

Buttercup- por que todo mundo parece tão ....- a garota torceu o nariz pensando em uma palavra para se encaixar naquela frase- estranho

Valentine- hoje é dia de lua cheia - a garota de cabelos roseos tinha sua atenção para uma janela que dava vista para a floresta, ela franziu as sobrancelhas e voltou sua atenção para a feiticeira do outro lado da mesa - os instintos predadores dos lobisomens ficam mais aguçados, predominam na lua cheia e eles se tornam bem perigosos, então eles vão para casa quando está perto do dia de lua cheia. 

Buttercup concordou com a cabeça

Bubbles- então, é por isso que eles não estão aqui ? - sussurrou em pergunta, seus olhos estavam na mesa vazia do outro lado do refeitório, outras pessoas olhavam para a mesa com um olhar curioso e questionador.

Valentine concordou com um acenar de cabeça e um silêncio estranho predominou na mesa, Henry olhou para a mesa vazia e seus pensamentos foram quase que automaticamente para um mago de cabelos loiros, ele lembrou-se de James na biblioteca e o olhar do garoto em si, não conseguia decifrar o que o mago está pensando, seus olhos estavam nebulosos, mas ele ainda tinha o costumeiro sorriso de canto.

O elfo bagunçou os cabelos azuis, confuso, Angela o olhou e sorriu, uma onda de calmaria passou pelo corpo de Henry e aquela confusão foi dissipada.

***

Angela se sentia estranhamente cansada, desde o baile e os acontecimentos com Sebastiam, ela estava amedrontada, com medo de outras pessoas descobrirem sobre seus poderes celestiais e quererem se aproveitar. Ela sabia que esses pensamentos eram frutos do dia do baile, o medo que sentia e tentava quebra-lo usando seus próprios poderes consigo mesma, mas não tinha o mesmo efeito.

Ela sorriu para um casal de vampiros que se olhavam apaixonados, lembrava-se dos dois, os havia juntado após uma grande confusão de sentimentos conflitantes. Na opinião da cupido, vampiros era uma das espécies mais difícil de lidar, quando era em questão aos sentimentos, eles eram neutros, pareciam uma casca oca, mas quando se apaixonavam, era uma bomba de intensidade. Era preto ou branco, nunca cinza. E tinham dificuldade de admitir seus sentimentos, era um emaranhado de emoções e eles só se apaixonavam uma vez, um amor para a eternidade. 

Achava aquilo romântico e melancólico.

***

Butch e Allan estavam jogados nas poltronas velhas, os rostos mais pálidos e olheiras em seus olhos, se sentiam cansados e havia uma dor incomoda no corpo. Eles odiavam dias de lua cheia. 

 - está tudo trancado - o ilusionista sorriu maldoso para os amigos - vocês estão horríveis 

Butch praguejou um xingamento para o garoto que segurou uma risada

- voltamos quando amanhecer - boomer estava escorado no batente da porta, seu olhar foi para a janela, o sol estava começando a se pôr e as sombras sorriam largamente, escondidas, faltava poucos minutos para a lua cheia surgir no céu.

Os grupo de garotos saiu da casa de madeira e trancaram a porta com correntes, quando a lua se fez presente, uivos foram ouvidos dentro da casa.

O corpos de Butch e de Allan começaram a se transformar, os ossos mudaram de lugar, pelos surgiram em suas peles. A transformação era dolorosa no começo, mas com o passar dos anos eles se acostumavam e passava a ser mais um incomodo bem irritante. 

Deivid- temos que ir - o garoto se afastou, os amigos o acompanharam, ficar lá atrairia a atenção de Butch e Allan, os dois não mediriam forças para tentarem sair da casa e ataca-los, e lutar uns com os outros não estavam em seus planos.

Eles voltaram para o castelo pelas masmorras e se divirtam para não chamar atenção de alunos intrometidos. 

Deivid andou para fora do castelo com as mãos enfiadas nos bolsos, seu olhar era hostil para todas as pessoas que o lançavam olhares curiosos, ele revirou os olhos e torceu o nariz em desagrado, caminhou no jardim e escutou o som dos seus passos na grama, o uivo do vento que ele sabia que era o assobiar das sombras. Poucos alunos estavam fora do castelo, os que se alimentavam das sombras que a noite proporcionava 

Mas a alguns metros de si, em cima de um galho de árvore, uma cupido, com a aura brilhante e as asas fechadas. 

E então ele entendeu do porque as sombras assobiavam tão alegres , como se estivessem cantarolando uma música. 

Ela desceu suavemente do galho de árvore, seus sapatos tocaram a grama e suas asas arrastaram no chão. E Deivid sentiu o choque passar pelo seu corpo quando o olhar gentil pousou em si, ele odiava admitir o efeito que seres celestiais tinham em seres sombrios.

Estalou a língua irritado e deu a volta para o castelo.

A cupido o seguiu com os olhos, até o demônio entrar no castelo.

***

James cantarolava uma música andando nos corredores do castelo ao lado de Alexander, o garoto brincava com uma chama entre seus dedos, os cabelos azuis e ondulados entraram no campo de visão do mago, ele crispou os lábios e parou no corredor, Alexander olhou para trás com as sobrancelhas franzidas, questionando do porque o amigo parou, notou o olhar sério do amigo e seguiu para onde James olhava, no final do corredor, Henry, em passos apressados 

- Henry Bartolomeu - a voz soou ameaçadora e o elfo estacou no lugar, a garota de cabelos vermelhos apareceu e foi até o elfo 

Henry parecia um bichinho assustado

Alexander- é como um ratinho com medo da serpente - sorriu zombeteiro 

James nada disse, seguiu pelo corredor sendo acompanhado por um Alexander um tanto confuso. 

O garoto não pode deixar de provocar a garota de cabelos vermelhos, Lissa estava em frente a Henry e o dando um sermão, sobre o quanto era perigoso ele andar pelo castelo sozinho naquelas condições. O elfo tinha as bochechas coradas e o olhar baixo como se estivesse levando bronca da mãe.

Alexander soltou uma faísca na ponta dos cabelos vermelhos e dobrou a esquina do corredor, ouviu um grito e sorriu, seu sorriso durou pouco, visto que ele foi atacado por um feitiço e voou pelo corredor 


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