Skye Point Of View
Fiquei a semana inteira até mais tarde no trabalho para terminar um artigo de dez páginas que a diretora chefe, Constanza Sinclair me pediu para discursar numa faculdade de moda.
Além disso haviam os estagiários ficando loucos com a Fashion Week se aproximando e a edição de luxo com a capa das grandes modelos dos anos 90 para finalizar.
Naomi Campbell e Kate Moss não eram exatamente as pessoas mais fáceis de lidar, e perdi as contas de quantas vezes me tranquei no meu escritório por cinco minutos para não surtar.
E do outro lado havia o meu pai, que como se não bastasse sua super proteção que beirava a insanidade, agora ele estava mais insistente, possessivo e desconfiado.
O número de ligações diárias aumentou, e um dia, de repente, ele apareceu em meu apartamento com uma sacola da padaria em uma mão, e DVDs antigos na outra, convidando-se para uma noite de pai e filha.
A única coisa que me deixava feliz eram as conversas com Philippe. A super copa da España deu inicio e o Barcelona empatou com o Sevilla, e seus treinos se intensificaram conforme o período de molho havia passado.
Eu pensava mais do que alguém normal naquele beijo escandalosamente delicioso que trocamos à beira da praia, um beijo que foi como uma promessa de tudo o que tinha por vir.
Era noite de sexta feira, os bares estavam se aglomerando aos poucos, e os clubes começavam a formar filas do lado de fora.
Era impossível passar em casa para me trocar e conseguir chegar a tempo para a apresentação do Lorenzo, então tive que lançar mão de alguns truques femininos para não aparecer no bar com cara de cansada, suada e abatida.
Usei o chuveiro da academia da Cosmo, corri para encontrar o salão de beleza da revista aberto (minha melhor amiga, Anna, graças a Deus era editora de beleza) e o maquiador, paciente como era, deu umas pinceladas rápidas no meu rosto antes de pegar a bolsa, bater o ponto e se mandar.
Meu cabelo estava legal, com ondas suaves, e usei uma saia lápis Hervé Léger bastante feminina e sensual e uma camisa clara com decote em V discreto. Era tudo o que eu podia fazer para não me atrasar, e se tivesse sorte, conseguiria uma boa mesa para nós.
Philippe ficou de chegar depois, pois estava ocupado com alguns trabalhos de publicidade com a Nike, e Anna passaria em algum lugar, por isso saí do trabalho sozinha.
Meu carro finalmente havia saído da inspeção, e eu tive que ignorar as piadinhas do mecânico dizendo que "assim como ha três meses atrás, ele está em perfeito estado".
Bufei de frustração e aproveitei o farol vermelho para procurar uma música no iPod, que estava ligado ao sistema de som do carro e relaxei quando The Smiths começou a tocar.
Cheguei mais cedo do que pretendia, e consegui uma boa vaga para estacionar.
[...]
À medida que entrava no bar, meu coração começou a eventual palpitação e minhas mãos suaram. Tudo aquilo era porque simplesmente eu iria ver o Philippe novamente.
A hostess me recebeu na entrada, e me levou até uma mesa pertinho do palco.
Alguns músicos estavam ensaiando, e Lorenzo estava de costas, o terno Armani caindo perfeitamente bem em suas costas. Seu dread foi trocado por um stylist da revista, e juro por Deus, aquele velho parecia novinho em folha.
Ele se virou e antes de colocar o instrumento na boca, me localizou com os olhos brilhantes.
Eu sorri e acenei calorosamente, e ele acenou de volta, com bastante euforia.
Pedi uma taça de vinho e alguns aperitivos (eu não podia me arriscar a beber de estômago vazio e acabar na cama de Philippe outra vez. Não que aquilo fosse algo ruim), e beberiquei enquanto rolava o dedo indicador no celular, olhando algumas mensagens e atualizações de redes sociais.
Em caixa alta e nada discretas, algumas mensagens de meu pai chegaram em meu celular, uma atrás da outra, e eu retesei o queixo, quase furiosa com ele.
Meu pai era a pessoa que mais me amava nesse mundo, e eu o amava também, mas todo o show que ele criava me sufocava.
Suspirei e enchi outra taça de vinho, tentando não chutar o balde e mandar meu velho ir se tratar. Ao invés disso, abri o aplicativo e li as mensagens sufocando um bocejo.
Pai: Ei, filha, que tal jantarmos amanhã a noite naquele seu restaurante vegano preferido?
Pai: Joaninha querida, estive pensando em ir visitar o túmulo da sua mãe essa semana e levar as flores preferidas dela, margaridas brancas. Você vem com seu pai?
Uma sensação de remorso atingiu meu estômago e um gosto amargo se formou em minha boca. Coitado do meu pai. Ele ia praticamente todos os dias visitar o túmulo da minha mãe, e a última vez que fui com ele, eu ainda tinha cabelo curto e piercing no nariz da fase de rebeldia.
Anna e Léo chegaram, e a névoa de tristeza por ver aquelas mensagens do meu pai se dissiparam.
Começamos a beber e a falar sobre como foi nosso dia, e eu ignorei a sensação ruim que eu sentia de que Philippe ia me dar o cano.
Um homem miúdo vestido de preto apareceu no palco para anunciar a apresentação, e nesse exato momento eu esqueci de respirar ao ver Philippe vindo em nossa direção.
Sibilei "puta merda" e meus amigos seguiram meus olhos. Anna deu um silvo e Léo estalou a língua com desdém. Eu, porém, ignorei os dois, ocupada demais em devorar aquela oitava maravilha dentro de um terno sob medida.
Levantei para cumprimenta-lo, Anna e Léo me imitando e levantando também, e ele me olhou exatamente como das outras vezes: me devorando feito fogo num campo de feno.
Philippe ficava maravilhoso de terno. O paletó preto impecável envolvia seus ombros largos, e ele decidiu não usar gravata, então tenho uma visão deliciosa de seu pescoço, que espreitava por cima do colarinho aberto da camisa branca.
Ele cumprimentou Anna e Léo que estavam na frente, e quando chegou a minha vez, suas mãos seguraram meu rosto, e um calor me inundou, seus polegares acariciando meu queixo. Philippe me beijou com um contraste chocante de ternura e sede, provocando um arrepio em meu ventre. Anna pigarreou e com muita dificuldade desgrudei meus lábios dos dele.
Ele sorriu com a boca ainda na minha.
— Você está deslumbrante — Sua voz ficou rouca por um momento.
— Você também não fica atrás — Provoquei.
As luzes se abaixaram no exato momento em que nos sentamos, e Philippe buscou a minha mão, fazendo com que nossos dedos se entrelaçassem.
Quando a banda começou a tocar, todos ficaram em silêncio, admirando cada instrumento e a voz rouca do jovem cantor. Eu não conseguia parar de olhar para Lorenzo, concentrado em seu saxofone, e quando o vocalista pausou e somente o som retumbante do saxofone soou, meu coração deu um giro dentro do peito e depois bateu rapidamente.
Um misto de emoção e orgulho tomou conta de mim, e eu me envolvi naquela música maravilhosa.
Eles tocavam Frank Sinatra, The Way You Look Tonight.
Apoiei a cabeça no ombro forte de Philippe, e seu polegar acariciou minha bochecha, antes de ele sussurrar a letra da canção em meus ouvidos.
E eu não sabia se havia sido o vinho, a emoção por estar ouvindo aquela canção maravilhosa e o sax de Lorenzo, ou simplesmente por causa do meu ascendente em câncer me fazem ser tão romântica, mas eu queria pedir para ele ficar. Queria dizer que o que ele me fazia sentir era tão novo e tão bom que eu poderia dizer que estava apaixonada.
Eu me aconcheguei mais ainda em seu abraço e seus lábios procuraram os meus na escuridão.
Quando a música terminou, puxamos os aplausos e a banda foi ovacionada.
Eles tocaram mais cinco músicas, e as horas passaram voando. Quando a apresentação terminou, nem percebi que tinha levantado e estava gritando a plenos pulmões enquanto aplaudia até as palmas de minhas mãos arderem. Mas todas as outras mesas estavam de pé, a mesma reação acalorada em todos.
Foi uma noite memorável.
[...]
Anna estava enchendo a cara e Léo tinham uma conversa bem interessante sobre carros com Murilo, que chegou no bar depois.
Philippe e eu fomos para o lado de fora, e ficamos ouvindo Lorenzo, que estava encostado em um muro de pedras grandes enquanto falava sobre sua vida.
— Eu nem sempre fui um morador de rua. Eu fui casado. Tinha uma esposa maravilhosa que eu amava mais do que tudo na vida.
Ele olhou para o chão, e parecia que uma névoa de infelicidade pairava sobre o ar.
Vivemos um grande amor... Fomos felizes durante todo o nosso casamento. Mas a terrível doença a levou de mim..
Lorenzo abaixou a cabeça e seus olhos brilharam em uma angústia muda.
Philippe deslizou a mão pelo meu braço e me puxou para seu lado, me envolvendo em um abraço. Me aconcheguei em seus braços e busquei sua mão para entrelaçar meus dedos.
Uma gota de mágoa encheu meus olhos de lágrimas.
— Eu não... Não tive mais vontade de viver. Entendam, ela era tudo pra mim. Era minha vida. Eu passei tantos anos com raiva e frustração... Com raiva de Deus, do mundo e até da minha Kate. Porque ela me escondeu essa doença por tantos anos... — Sua voz falhou na última palavra, e uma lágrima solitária escorreu por sua bochecha. — Eu parei de trabalhar. Parei de fazer as coisas que amava. E hoje estou aqui.
Senti meu corpo tremer, e Philippe afagou meu ombro e beijou minha bochecha delicadamente.
— Estou me tratando. Da depressão, da raiva, da dor. A música tem me ajudado a superar. — Ele deu um sorriso fraco, os lábios se curvando conforme ele olhava para mim. — E sua amizade, Skye. O que fez por mim. Isso tem curado a minha alma.
Me acabei de chorar, meu corpo ricocheteando contra os braços de Philippe, e dei um passo para tomar Seu Lô num abraço.
— Menina Skye. A vida é curta. — Ele falou quando se livrou de meu abraço. — Não deixe nada na frente do seu amor. Não deixe de fazer o que ama. Não guarde segredos, eles consomem nossa vida e nos fazem definhar junto com eles. — Ele beijou minha testa brevemente e se afastou. — Agora eu vou embora. Com os meus trocados que ganhei pela apresentação, conseguirei uma noite num hotel!
— Isso é m-maravilhoso... — Gaguejei, incapaz de conter a satisfação. — B-boa noite! — Funguei.
Fui puxada para o lado e Philippe envolveu os braços em minha cintura, depois me ergueu em seu colo e me girou.
Eu gritei, dando uma risada alta e escandalosa e ele gargalhou também.
— Adoro esse riso! – Ele falou — É tão verdadeiro!
Antes de me colocar no chão devagar, ele me puxou para um beijo, e eu envolvi minhas pernas em seu corpo.
Sua boca estava colada na minha quando meus pés alcançaram o chão e agarrei seus ombros largos, incapaz de interrompê-lo. Ele beijou minha pele até chegar de novo aos meus lábios, e sua língua brincou com eles antes de entrar de novo em minha boca. Seus quadris não pararam de se mexer. Os meus também.
— Uau... — Murmurei ofegante.
— Uau — Ele repetiu sem parar de rir. — Skye... Eu tenho que te contar uma coisa...
A tensão apareceu entre suas sobrancelhas franzidas e estendi a mão para tocar o vinco de se formou em sua testa.
Ele beijou minha mão e se preparou para falar.
— É sobre... Seu pai.
Ele apertou os maxilares e seus olhos marrons brilhantes se estreitaram.
Eu não fazia ideia do que ele queria dizer, mas podia ver que uma luta interior acontecia pelo modo como ele me olhava.
— Skye, eu tive que assinar um...
— Skyee! Uôô... Ops, tropecei! — Anna surgiu batendo os saltos com força no chão e dobrou os joelhos, quase caindo.
— Anna! — Me inclinei para ajuda-la a se levantar e ela riu — Ai meu Deus, o que houve com a conversa de não beber? — A repreendi.
— Quem é esse gostoso aí? — Ela apontou para Philippe, que mordeu o lábio inferior.
— Esse é o Philippe, ele estava com a gente, sua doida.
Anna estreitou os olhos e depois seu rosto se iluminou com o reconhecimento.
— Aah! É mesmo, estava escuro, desculpe. Não te reconheci, gatinho.
Ai meus deuses, onde tinha um buraco para eu me jogar dentro?
— Querida, você precisa ir para casa — Falei com paciência. —
Anna enganchou a mão na cabeleira escura e fechou a cara.
— Eu só quero que tudo pare de girar... Me leva daqui.
Engoli em seco e olhei para Philippe.
— Eu ajudo vocês! — Ele a carregou até meu carro e a acomodou no banco, depois afivelou o cinto. Anna resmungava alguma coisa sem nexo.
— Ei... — Falei quando ele fechou a porta e me pegou pela cintura. — O que você ia me dizer? Sobre assinar alguma coisa...
— Não era nada, linda. — Ele sorriu me tranquilizando — Agora leve a Anna pra casa, ta bom? — Ele deu um beijo rápido na ponta do meu nariz — Me liga quando chegar em casa?
Assenti positivamente e lancei meus braços em seu pescoço, o abraçando e depois corri para o carro.
Observei Philippe caminhar até seu Audi Q7 e acenar antes de entrar no carro e sumir.
[...]
Eu estava me aprontando para dormir, com minha camisola macia do Bob Sponja, o corpo todo besuntado de creme e estava na dúvida entre beber uma taça de vinho ou me enfiar no cobertor, quando uma mensagem chegou no meu celular.
Sorri ao ver o nome Jujuba Boy no remetente.
Jujuba Boy: A noite está linda... Não acha?
Me esgueirei até a sacada e conferi o céu, que parecia um tapete azul cheio de brilhantes.
Eu: Lindona!
Jujuba Boy: Quer ir comigo na sacada para ver as estrelas?
Eu: Eu adoraria... Pena que você mora do outro lado de Barcelona.
Jujuba Boy: E se eu te dissesse que eu estou na portaria, aguardando ansiosamente que você me diga para subir?
Eu: O q???
Jujuba Boy: Estou quase cantando aquela música: mas o porteiro é novo e ele não me conhece...
Dei uma risada tão alta que ele podia ouvir de lá da portaria.
Eu: Phil, eu vou mamar você!
Jujuba Boy: Que delícia... Qdo quiser!
Levei um segundo para entender o que aconteceu e fiquei pasma.
Eu: Matar vc! Eu quis dizer q vou MATAR vc. Droga! Esse corretor idiota!
Jujuba Boy: Claaaaaro. Põe a culpa no corretor.
Eu: Cale a boca!
Jujuba Boy: Não se preocupe... Não vou deixar vc passar vontade!
Eu: Continue falando safadeza e eu vou mandar o porteiro te colocar para fora!
Jujuba Boy: Ok, ok. Só quero dizer q estou a disposição, quando quiser. Se é que me entende...
[...]
Destranquei a porta e Philippe estava parado junto à soleira, o cabelo molhado e um sorriso presunçoso no rosto.
De alguma forma, meu peito parecia apertado e uma sensação nova crescia em meu estômago. Como se eu estivesse no alto da montanha russa e ela estivesse prestes a descer.
— Você é um jogador, Philippe. — Sibilei.
Ele riu, e seu sorriso era genuíno.
E de repente ele tirou a mão que estava escondida atrás das costas e revelou um buquê de rosas vermelhas.
"Definitivamente um jogador".
Sorri e peguei o buquê de suas mãos.
— São maravilhosas! Obrigada!
Ele entrou em minha sala e me observou enquanto eu colocava as flores num vaso.
— Onde achou uma floricultura aberta a essa hora? — Perguntei curiosa.
Ele deu de ombros.
— Um jogador não revela os seus truques!
Um riso explodiu dentro de mim, e ele sorriu, depois abaixou-se e capturou meus lábios. Não foi um beijo faminto, foi lento, delicioso, profundo. Eu afundei em seus braços e decidi que iria me preocupar mais tarde sobre como eu iria sobreviver se nós dois não fôssemos dar certo.
— Então vamos olhar as estrelas? — Sussurrei em seu ouvido.
Ele estremeceu rapidamente e disfarçou com uma tosse.
— O Bob Sponja sempre foi meu personagem de desenho favorito... — Ele falou com a cara maliciosa ao ver minha camisola.
Escondi o rosto entre os cabelos para ele não me ver sorrir.
Peguei sua mão e o levei até a sacada, e ele se sentou no sofá de palha ao lado do meu violão.
— Você toca violão?
— Só arranho... — Respondi. — A única música que sei tocar é "um lugar ao sol"...
Ele me olhou com espanto.
— Charlie Brown?
Assenti com um gesto.
— É minha banda preferida!
— Veja só... Nós somos almas gêmeas! – Falei dando um empurrão no ombro dele.
— Se não eu, quem vai fazer você feliz? — Ele cantarolou e eu ri da ironia. Eu amava aquela música.
Me enrosquei em sua perna e ele envolveu minha cintura com os braços. Ficamos enroscados tempo suficiente até eu pegar no sono.
Foi sua respiração e o calor do seu olhar que me acordaram.
Abri os olhos e notei que o sol ainda não havia nascido completamente, de modo que o brilho suave da manhã caiu sobre o rosto de Philippe.
Me espreguicei antes de bocejar.
— Nós dormimos aqui? — Perguntei ainda sonolenta.
Ele sorriu.
— Você parece uma gatinha de manhã. — Ele falou com a voz rouca e profunda.
— Você está bem? — Perguntei quando ele me olhou com uma intensidade capaz de destruir uma rocha.
Ele fez que sim com a cabeça, e logo em seguida me arrastou pela cintura e beijou meu pescoço.
Tentei me manter normal, mas o que ele fazia era tão gostoso que gemi baixinho e ele riu, o som retumbando e vibrando por meu corpo.
Acho que ele nunca tinha dormido com uma mulher sem ter feito sexo antes. Passamos a noite na minha sacada, dormindo agarrados, e com certeza ele acordou se sentindo um adolescente novamente, e era assim que eu me sentia.
— Por que você gosta tanto de rosas? – Ele questionou acariciando minha tatuagem de rosa perto do peito. Eu tinha pelo menos três tatuagens de rosa pelo corpo e pretendia fazer mais.
— Era o nome da minha mãe. Rosalinda.
— Que nome bonito. – Ele murmurou com a voz doce.
— É. Ela era linda demais.
— Então você puxou a ela – Ele disse categórico, beijando o alto de minha cabeça.
Eu estava aproveitando bastante para passar a mão boba nele enquanto ele me abraçava, e meu celular tocou.
Philippe me soltou, e eu protestei para ele me abraçar de novo, mas o celular não parava de tocar.
Revirei os olhos e arrastei minha bunda até a mesinha onde o celular estava, e Philippe deu uma piscadela e murmurou que ia preparar o café.
Suspirei quando vi o número desconhecido na tela e atendi a ligação querendo dar um gelo na pessoa.
— Alô?
Caminhei até a cozinha e peguei um copo a fim de beber água.
— Eu falo com Skye Herrera?
— Sim...
— Oi. Meu nome é Jacob. Você... Você era amiga do meu pai...
— Quem é seu o pai? — Aquilo estava me parecendo um trote.
— O Lorenzo.
— Ah! O Lorenzo é meu amigo sim! – Nossa, eu não sabia que ele tinha um filho!
— Er... Skye... Eu... O meu pai está morto. Ele faleceu durante a madrugada.
(Continua.)
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