1. Spirit Fanfics >
  2. Escolhas e Consequências (Romance Lésbico) >
  3. Capitulo 12

História Escolhas e Consequências (Romance Lésbico) - Capitulo 12


Escrita por: YoungeWriter

Capítulo 12 - Capitulo 12


- Natalie! – Diana foi desperta de seus devaneios, olhou assustada para Lúcia. Será que ela pensou alto e Lúcia respondeu sua pergunta? – Ela está do outro lado da rua, na carruagem. – Ainda atordoada com tudo Diana olhou na direção da carruagem e viu uma mão, coberta por uma luva delicada chamando para que ela se aproximasse. Talvez aquele fosse o momento perfeito para questionar a morena, Diana pensou ao se aproximar da carruagem.

A passos lentos Diana se aproximou da carruagem, o que era quase que uma tortura para Natalie. Ela queria ter alcançado as duas mulheres antes, mas precisou ir em casa, chamar Harold e pegar a carruagem para encontrar as duas. A rua que elas estavam não era movimentada e também não era uma rua frequentada pelos nobres ou burgueses de Londres.

- O que faz aqui? – Diana falou mais ríspida do que queria, mas entendia que se vissem Natalie na presença dela ou de Lúcia, a reputação da Lady seria completamente arruinada.

- Por um momento achei que ficaria feliz em me ver, já que nessas ultimas duas semanas mal pude passar tempo contigo.

 

- Me perdoe, só quero preservar sua reputação.

- Gostaria de leva-la a um passeio.

- Natalie, não é uma boa ideia.

- Sempre nos vemos durante a noite, quero apreciar sua beleza à luz do dia.

- Eu não posso chegar depois que o sol se pôr.

- Prometo que voltaremos antes. – Diana ficou hesitante, era perigoso para as duas ficarem passeando durante o dia, mas ainda assim queria ir.

- Vou pedir para Lúcia levar minhas coisas.

- Podemos dar uma carona a ela, depois tomaremos nosso caminho.

- Certo! Vou falar com ela, só um momento. – Diana se afastou, foi em direção a Lúcia. – Natalie... – Sussurrou o nome para Lúcia. – Me convidou para um passeio.

- Você recusou, certo?

- Como poderia? Ela é bem convincente.

- Aposto que bastou ela pedir e você aceitou.

- É difícil dizer não a ela e também precisamos ter uma conversa importante.

- Bom, vamos, minha cesta e está pesada.

Natalie deixou Lúcia na porta de trás do bordel, não tinha problemas, pois aquela carruagem era apenas para suas saídas noturnas, portanto ninguém conhecia ela ou a ligaria a família Bordeaux, pensariam ser uma carruagem alugada. O cocheiro, que na verdade era Harold, o Valete de Natalie, usava um chapéu e um lenço no rosto. Duas batidas no teto da carruagem fizeram o cocheiro colocar os cavalos em movimento.

- Para onde vamos? – Diana estava preocupada e não fazia questão de esconder.

- Segredo. – Natalie sorriu e se aproximou dela. – Eu estava com saudades. – Admitiu sem vergonha.

- Eu também. – Diana olhou para as mãos, estava se sentindo envergonhada e um pouco intimidada, afinal Natalie estava apropriadamente vestida como uma Lady, portanto toda a beleza da mulher estava sendo exposta.

- Por que está tão quieta? – Natalie pegou a mão de Diana e beijou. – Se não se sentir confortável em irmos passear, posso pedir para...

- Não, não é isso.

- Aconteceu alguma coisa? Está chateada por que eu me ausentei bastante essas ultimas duas semanas?

- Bom, eu senti sua falta, mas entendo que sua prioridade é sua família.

- É que minha mãe é uma mulher muito controladora e não quero lhe envolver em problemas, por isso optei por esperar ela partir para poder voltar a passar noites completas com você.

- Eu compreendo. – Diana sorriu calorosamente para Natalie.

- Então por que está tão quieta?

- É a primeira vez, depois de tudo que aconteceu entre nós, que vejo você vestida como uma Lady.

- Isso te incomoda?

- Pelo contrario. Você é tão linda que eu me sinto intimidada em olhá-la.

- Intimidada?

- Sua beleza, ela simplesmente ofusca tudo ao redor e não sei se vou consegui controlar meu instinto de querer beijá-la a cada minuto.

Natalie se aproximou de Diana, segurou seu rosto com as duas mãos e selou seus lábios no da mais nova. O beijo era saudoso, nenhuma das duas queria quebrar o contato dos lábios e das línguas se tocando. Quando foi realmente necessário tomar ar, as duas se afastaram um pouco ofegantes. Não abriram os olhos, apenas colaram suas testas, sentindo o calor uma da outra. Natalie levou Diana num lago, que ficava próximo a estrada que levava ao interior. Elas precisavam caminhar por alguns minutos a pé, mas a carruagem ficou esperando por elas, já que a Lady avisou que não iria demorar.

- Quer segurar minha mão? – Natalie havia tirado as luvas dentro da carruagem porque sentia necessidade de tocar a pele macia de Diana, sem empecilhos.

- Não há problemas?

- Não. – A morena entrelaçou seus dedos no da mais nova. – Vamos nos sentar ali. – Apontou para o local próximo ao lago.

- Mas e seu vestido? Ele parece bastante caro para sujar desta maneira.

- Não se preocupe, tem uma pedra ali. – As duas se aproximaram do local e sentaram lado a lado. – É uma linda paisagem. – Havia um enorme lago, sendo parte dele iluminado pelo sol e a outra coberta por árvores. Um pouco depois do fim do lago, era possível ver gramas verdes, um tanto altas, mas ainda assim deixando a paisagem bastante bonita.

- É sim, mas você é ainda mais.

- Ah, que clichê. – Natalie passou o braço ao redor da cintura de Diana e as duas riram.

- Eu digo a verdade.

- Diana, como pode dizer algo sobre minha beleza se você se vê todos os dias no espelho. – Natalie deu um beijo na bochecha da mulher.

- Vamos iniciar uma discussão de quem é mais bonita agora?

- Não, pois se não eu certamente te vencerei.

- E como vai fazer isso?

- Tenho infinitas provas de sua beleza, ouso até a afirmar que você é a personificação da Deusa Afrodite.

- Odeio o fato de você ser tão eloquente.

- Só se for para falar sobre você, minha bela dama. – Natalie beijou as costas da mão de Diana.

- Natalie não quero ser a única a receber elogios, quero te elogiar também, afinal você é linda.

- Pode me elogiar o quanto quiser, mas nunca que minha beleza será superior a sua. – Diana revirou os olhos, se deu por vencida, Natalie não a deixaria ganhar. – Não revire os olhos, mesmo eu achando algo bem fofo.

- Você às vezes me irrita.

- Eu sei que é uma irritação passageira. – Diana encostou a cabeça no ombro de Natalie. – Eu gostaria de conhecer um pouco de você e que você conhecesse um pouco mais sobre mim.

- Tudo bem, pode começar.

- Qual sua idade?

- Dezenove. – Diana era mais jovem que Natalie imaginava. – Creio que você não deva ter mais do que isso.

- Tenho vinte e dois.

- Ainda assim não lhe daria mais que dezenove também. – Natalie riu por Diana estar tentando consolá-la por sua idade. – Por que não visita seus pais?

- Minha mãe não consegue entender que tenho minhas próprias vontades, sendo assim meu pai me mandou morar sozinha em Londres, desde muito nova.

- Eu sinto muito.

- Está tudo bem, já estou acostumada. – Natalie deu um beijo na testa de Diana. – Já pensou em largar essa vida?

- Já, mas eu sempre fui covarde demais.

- Eu agradeço a Deus por você ter sido covarde. – A morena a abraçou apertado. Sabia que era egoísta pensar daquela forma, não sabia e nem se quer podia imaginar o que Diana passou, mas ainda assim sua felicidade era tê-la viva, ao seu lado. – Eu quero que você olhe para mim. – Natalie segurou os ombros da mais nova e olhou dentro de seus olhos castanhos. – Eu prometo que te darei uma vida decente, você nunca mais vai precisar vender seu corpo.

- Natalie... Eu não quero criar esperanças, se não acontecer será muito doloroso, meu corpo fica fraco quando fico muito triste. – Diana desviou o olhar.

- Mesmo que você não acredite em mim, eu vou fazer isso.

- É impossível ficarmos juntas.

- Claro que não! – Natalie falou convicta. – Você não deve conhecer, mas Lady Anne Lister, se casou com Lady Ann Walker. Ambas eram muito ricas, isso é um fato que não podemos ignorar, mas ainda assim elas lutaram pelo amor que sentiam uma pela outra.

- Mas é possível, duas mulheres se casarem?

- Apenas legalmente, mas o que seria casamento? Assinar contratos?

- Natalie, elas eram ricas, eu sou uma prostituta pobre, sem documentos, sem nada.

- Você tem a mim, meu amor e farei de tudo por você, tudo mesmo.

- Vo-você me ama? – Diana estava entorpecida.

 

- Eu não sou muito boa em me expressar, você sabe que prefiro escrever sobre... – Natalie tomou folego, era algo complexo e muito delicado, mas era o que estava sentindo, então por mais que não fosse reciproco na mesma intensidade, ela precisava falar, para assim se sentir liberta e mais livre. – Diana, não quero que se sinta na obrigação de me retribuir, só diga se realmente sentir, mas sim, eu amo você. 


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...