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História Escuro, escuro, ainda escuro - Capítulo 16: Algumas flores contém espinhos


Escrita por: BeauTheLion e CoxinhaDoce

Capítulo 17 - Capítulo 16: Algumas flores contém espinhos


—Este é Flowey. — Gaster explica — Estamos tentando ajudá-lo, e por isso está aqui.
Bethany está escondida atrás de Asgore, que está na porta do quarto de Gaster. Ela espia, e a flor ainda está com um rosto de enfado. 
Apesar da surpresa, Asgore assente, deixando ele cuidar da flor. Quando eles saem, Gaster senta no chão e põe Flowey a sua frente:
—Eu não gosto de você. — é o que Flowey murmura.
—Bom, eu estou tentando te ajudar.
—Mas por que logo de vocês? Um saco de lixo sorridente... A pessoa que me transformou nesse demônio sem sentimentos... E você, esqueleto.
—Eu não fiz nada de errado. Você não tem motivos pra me odiar.
—Você sabe o que é! — a voz dele fica mais aguda.
—Ah. Por causa do seu pai. Eu sei.
—Claro que é, seu sem-noção! Pelo que mais seria? E por causa da Bethany. Por que!?
—Por que a vida seguiu em frente depois da sua morte. — Gaster diz, um pouco insensível — O Asgore não podia ficar para sempre preso à você e numa ex que o odiava.
—Ah, ai você virou o grande "Salvador" do Asgore?
—Não, só virei alguém em que ele confiava. — Gaster está levemente irritado com essa florzinha.
—E daí? Isso não significa que você podia se pegar com o Asgore.
—Olha o palavreado, mocinho. Você pode já ter sido quase um deus mas agora você é uma criança. E tem que me respeitar. Então já pare com isso. Nós não nos pegamos, nós começamos um namoro. — ele nem sabe por que está respondendo ele, mas ele está ficando sem paciência — Eu aceitei te ajudar, Asriel. Não faça eu me arrepender dessa decisão.
Flowey fica quieto muito tempo, com Gaster analisando vários aspectos dele, principalmente o lugar aonde a alma devia estar. A determinação ocupa esse lugar de um jeito disforme e instável, pulsando e mudando de lugar, mais persistente que uma alma de monstro, mas menos persistente que uma alma humana, por não possuir forma fixa para circular.
—Vai ver se vocês fizerem mais algumas experiências eu começo a derreter que nem aquelas aberrações fizeram. — ele murmura, sobre as amálgamas.
—Alphys estava tentando ajudar eles.
—Bom, ela está tentando me ajudar. Eu deveria estar preocupado?
Ele anota algumas coisas, desenhando esquemas. Flowey fica em total silêncio por muito tempo enquanto.
Bethany entra no quarto, e Gaster sorri:
—Oi querida. Papai estava trabalhando, precisa de algo?
—Posso ver o que você está fazendo? — ela sobe no colo dele, olhando as anotações mas não entendendo boa parte, só pegando a parte sobre as alma, onde há um esquema de como está/como deverua funcionar a alma de Asriel. —A....S...R...I...EL. — Bethany repete — Asriel. — ela sorri.
—Isso mesmo. — ele sorri também — Você já está lendo bem... — ele continua escrevendo.
Flowey está de mal, de rosto virado para um lado, evitando olhar para Gaster ou Bethany:
—Papai está no jardim. Ele disse pra mim ficar aqui dentro por que tem um vespeiro e ele tá tentando derrubar.
—Má ideia. — Gaster ri, balançando a cabeça — Ele tem que queimar o vespeiro.
—Ele disse algo sobre fogo. Papai, sabia que eu posso fazer bolinhas de fogo? E um blaster? Sabia?
Ele assente:
—Sim, eu sabia... Você já é bem forte.
—Posso ver sua mágica?
Ele assente, e estalando os dedos e então um ossinho azul aparece. Ele controla o ossinho pelo ar e faz ele desaparecer. Depois disso ele estala os dedos de novo e faz a alma de Bethany ficar azul, levantando ela a alguns centímetros do chão, e a solta. Ela fica surpresa e ri:
—Que nem Sans e Papyrus!
Gaster ri baixo:
—Sim, igualzinho a eles. Mas meu blaster é bem maior e ocuparia boa parte do quarto, por isso não vou invocar.
Bethany ri, e então olha para Flowey:
—Oi! — Flowey não responde — Você é o Flowey né? Eu sou a Bethany. — ele revira os olhos.
—Por que você não ne deixa em paz? Eu não pedi nem pra estar aqui. Não vê que eu não gosto que fiquem falando comigo?
Com isso, Bethany se encosta em Gaster, agora um pouco apreensiva sobre ele.
—Não se preocupe, ele não vai te machucar. — Gaster diz, irritado, e Bethany o abraça.
Asgore chama Bethany, que vai correndo até ele e abraça suas pernas:
—Papai Gaster estava me mostrando o Flowey.
Gaster não percebeu Asgore, e está discutindo com Flowey. Os dois estão irritados, e se recusam a ceder e se calar. Asgore entra no quarto, tendo que se abaixar para passar pela porta, como sempre tinha que fazer, as portas humanas sendo muito baixas para ele. Flowey se cala assim que vê Asgore, se virando. Gaster sorri meio maldoso, satisfeito por ele ter calado a boca:
—Ufa, achei que ia discutir o dia inteiro com você. — Flowey bufa, se encolhendo. Asgore toca no ombro de Gaster, fazendo o monstro menor estremecer — A-asgore. Oi. Então... Eu estou ainda t-trabalhando. — ele se volta para a flor, corando e olhando fixamente para prancheta. Ele recebe uma mensagem de Sans, o que livra ele de ter que se explicar sobre Flowey — Pode cuidar dele enquanto eu vejo o que Sans precisa? — como é uma emergência, Gaster não espera Asgore concordar, colocando o vaso nas mãos dele e colocando uma calça por cima do shorts mesmo, pulando e se amaldiçoando em silêncio por ter decidido não ir trabalhar no laboratório hoje. Ele coloca o suéter, e pega suas coisas, indo correndo para o laboratório. 
Bethany não entendeu nada, e olha para Asgore, que dá de ombros, também não esntendendo. Flowey bufa e revira os olhos:
—Provavelmente Alphys ou Sans ferraram com algo. — ele ri, até ver o olhar duro de Asgore sobre ele — O que foi?!
—Por favor, temos uma criança aqui. Será que você pode maneirar?
—Claaaaro. 
—Isso foi sarcasmo?
—Não. Pode me colocar na janela que dá para o jardim? Está pegando sol, e como você vê, eu sou uma planta, e eu preciso de sol.
Asgore obedece, o deixando ali. Bethany agora sobe para o colo dele, e murmura, depois de se afastarem:
—Eu não gosto dele.
—Ele deve ter algum motivo pra ser assim... — Asgore responde.
—Mas ele não gosta de mim...
—Eu sei que estão falando de mim! — Flowey grita, irritado.

Gaster fica fora por muiro tempo. Asgore já fez Bethany dormir, ela está em seu colo, estando sentado no sofá. Flowey está na mesinha de centro, a TV ainda ligada. Asgore está quase dormindo quando ouve um choro baixinho, que por um momento parece muito com Asriel. Ele abre os olhos, achando que está imaginando coisas, mad o choro continua.
Ele sente um pouco de pena da plantinha, deixando Bethany deitada no sofá e pegando o vaso de Flowey:
—Tudo bem?
—Claro que não está! — ele grita e funga.
—Por que não? — ele pergunta, calmamente e baixo. Asgore sabia que esse tom normalmente dava as pessoas um tipo de segurança que as deixava mais confortável quanto a falar sobre o que tinha de errado.
—Bom, primeiramente, TUDO e segundo, só me deixa em paz! Não é esse seu tom de "ah, confia em mim, eu sou o rei e vou te ajudar" que vai ajudar. Você não pode me ajudar.
—Se você não quiser ajuda, eu realmente não posso te ajudar. Então tudo bem. Me conta se estiver com vontade, mas se achar que eu não mereço sua confiança, tudo bem.
Ele fica com Flowey no colo, e ele olha para TV, começando a chorar de novo.
Depois de muito tempo, Flowey murmura:
—Eu não tenho mais família.
Asgore suspira e assente:
—Eu também fiquei muito tempo sem uma família. Eu sei como pode ser horrível. Mas agora eu tenho essa família... E eu estou feliz. Você poderia participar de uma família também... Uma nova família. Eu acho que você se sentiria melhor, e eles poderiam te ajudar com seus problemas...
Flowey não diz mais nada depois disso.

 



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