Asgore se levanta.O humano está de pé logo atrás dele. De aguma maneira agora só há os buracos na camiseta que indicam onde o tridente o atravessou. Há um cheiro de caramelo e canela no ar, um cheiro que Asgore conhece muito bem:
—Você a matou também, não é? — Asgore nunca sentiu tanta raiva e tanta tristeza ao mesmo tempo —Eu devia ter te matado assim que você saiu das ruínas. Agora, morra.
Ele diz, antes de desferir coluna após coluna de chamas brancas contra a criança. Quando ela permanece de pé mesmo após isso, os olhos de Asgore brilham. São no mínimo dez golpes de tridente.
Laranja, azul, laranja. O humano está tremendo, e tenta acertar Asgore, mas ele só bate nele com o tridente, o jogando para um lado, batendo contra a parede com um barulho de "crack" alto, que não foi a parede que emitiu. O humano está caído no chão, tossindo sangue. Parece sentir muita dor, mas não está pedindo misericórdia. Ele olha para Asgore, com raiva, mas não consegue fazer nada. Asgore lança uma última coluna de chamas contra ele, extravasando a raiva, a frustração. Por que ele não havia conseguido proteger nenhum de seus filhos.
Ele vê o corpo carbonizado, e fica parado, pensando sobre o que aconteceu. Sobre o que ele fez. Ele ainda não conseguiu aceitar que ela também se fora. Ele não conseguia acreditar que ele falhou em proteger ela também. Depois disso, ele não sente nada. Só um sentimento vazio e confuso ao mesmo tempo. Só a sensação de que algo muito importante fora tirado dele.
-------------- corte que eu disse que ia pôr--------------
*pare de ler se o assunto é delicado demais para você*
Suas mãos não tremem ao pegar a adaga no cinto. Não tremem ao afrouxar as correias da armadura e tirar o manto, deixando tudo cair no chão, fazendo um estrondo. ele tira a cota de malha. Então aponta a adaga para si mesmo, e sem hesitar desce ela na direção de seu peito. Ele cai de joelhos, e tira a coroa também. Ele não merecia aquele posto. Não, ele, um covarde não merecia aquilo. O único pensamento é que pelo menos ele ia ver seus filhos, seu povo, todos o que um dia conhecera e morreram ou foram mortos.
Depois disso ele não pensa em mais nada.
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