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História Especial - 3


Escrita por: PortugaGirl

Capítulo 3 - 3


Bateu rapidamente á porta daquela pequena casa, onde o velho sábio Sem Forma de nome Ollum vivia. Logo a porta se abriu para si, por artes magicas. Naya entrou cautelosamente na casa, sentia a atmosfera pesada ali, isso era estranho.

- Ollum. – ela falou quase num murmúrio.

- Mais uns passos em frente, Naya. – a voz rouca do Sem forma falou e ela deu mais alguns passos, encontrando depois o velho a levitar no ar e com as feições rijas e olhos fechados.

- Mais uma pronunciação sem sono? – ela questionou divertida. Sempre que um sem forma tinha pronunciações e não estava a dormir, ele começava a levitar como se fosse uma pena.

- Aparentemente. – o velho respondeu enquanto voltava a colocar os pés no chão – A batalha chega aqui amanhã á tarde. – ele informou – Já informei o teu pai. – tranquilizou-a

- Que me querias falar, Ollum? – a jovem questionou-lhe

- Bem…chegou a hora de iniciares a tua missão. A real. – o sábio informou. Desde que alcançara os seus 18anos que Naya esperava que Ollum lhe anuncia-se a hora de ela começar a sua caminhada ao encontro da cidade ponto onde os altos comandos dos Revoltosos estavam e lá terminar a batalha que estes iniciaram á 24anos atrás. – Treinos não necessitas e forças também não. – o Sem forma falava enquanto caminhava para junto do seu alto cadeirão castanho e lá se sentava. – Em breve meu filho mostrará sua forma “humana” para poder tomar meu lugar aqui. – sorriu enquanto acendia o seu cachimbo.

- Fumando isso desse jeito, duvido que aguentes mais anos, Ollum. – Naya falou reprovadora o que arrancou uma gargalhada ao homem.

- Preocupa-te contigo, mocinha. – ele reprovou de volta – Chegou a hora de te anunciar o que falta saberes da tua…lenda.

- Humm… - ela murmurou e sentou-se no banco baixinho que existia junto do cadeirão do velho homem – á mais? – ele assentiu – Do que se trata?

- Deves á muito notar que por mais bem que saibas manejar todo o tipo de armas, nenhuma te satisfaz e a achas…indicada para a tua missão. – Naya mostrou-se surpreendida com a sabedoria daquele Sem Forma. – Existe uma arma forjada especialmente para ti. Uma arma especial, assim como tu mesma, Naya. – olhou-a com a ternura de um avô.

- Onde encontro essa arma? – quis ela saber. Uma gargalhada seca saiu da garganta do homem

- Isso é que é o caso complicado da lenda, Naya. – revelou – Não podes procurar essa arma pois é ela que vem a teu encontro. Seja numa batalha, por mero acaso ou porque te atacam com ela. – suspirou – Aliás…essa arma está incompleta, assim como tu te sentes. Quando os antepassados anunciaram a tua vinda futuramente, eles forjaram uma lança, com duas pontas laminadas, uma arma mortífera, capaz de levar o seu possuidor á loucura, quando o possuidor errado é claro. A essa lança dupla chamaram-lhe “Gémeos”, pois a lamina vermelha representava o Dragão do Norte e a lamina azul representava o Dragão do Sul.

- Dragão do Norte e do Sul? – ela mostrou-se ainda mais confusa

- Sim. Tempos antigos, secretos por culpa dos humanos e das suas opções esconderam o poder dos Dragões Gémeos, seres imortais, poderosos e comandantes por natureza, mágicos. Um dia a lança partiu-se ao meio e sobre a magia formaram-se duas espadas dela. Uma de lamina vermelha como o sangue, representando o Dragão do Norte e a outra com a lamina azul safira, representando o Dragão do Sul. Foram separadas e os seus poderes selados foram. A ti Naya, cabe-te a espada do Dragão do Sul. – olhou o tecto da sua sala de estar – Representa a astúcia e o domínio. A outra pessoa cabe a espada do Dragão do Norte, que representa a força e a habilidade.

- Existe alguém como eu? Outro ser diferente, especial como me intitulas? – parecia animada com essa hipótese, não se sentir um ser anormal era algo que ela desejava desde a sua nascença. Mas nunca encontrara alguém como ela mesma.

- Não, minha querida. – Naya perdeu a sua animação anterior – Essa pessoa que tem direito ao poder da espada do Dragão do Norte, pode ser um Neutro, Vampiro, Elády ou um Sem forma. Tu és única, Naya. – relembrou – Mas não te entristeças. Estás destinada a conhecer essa pessoa e entregar-lhe a espada do Norte se esse alguém não a possuir já. Não se sabe. Só quando tu e esse alguém se encontrarem e ambos tiverem as armas que lhe estão destinadas é que esta batalha infame terá fim, pois o poder dos Dragões Gémeos será incalculável e só assim a paz pode voltar ao nosso mundo, querida Naya. Diz-me…fora o que te acabo de contar, que te recordas da tua lenda? – olhou a jovem.

- Sou hábil, tenho uma força indomável, sou hábil com qualquer arma que empunhe, luto tão ou melhor que um Elády, sou imortal e só poderei morrer se aquele que está destinado a ser o meu amor me apunhalar no coração, serei uma alma condenada a vaguear pela terra caso não tenha ainda colocado final á batalha que se iniciou perto da altura em que nasci. – suspirou – Sou única. – Ollum assentiu satisfeito, como um professor que acabara de confirmar que seu aluno tinha a matéria bem aprendida. – E se essa pessoa a quem pertence a espada do Dragão Norte…não gostar de mim? – quis saber

- Tens o dom da dominação mas creio que adquirir a sua confiança e amizade pura de modo comum, será o mais acertado. – o velho sábio falou – Lembra-te disto, Naya…se tiveres a espada que te é destinada á mão e esta pertencer a alguém de bem, nunca lha poderás exigir ou roubar, a espada é quem vem ter ás tuas mãos. Podes até dormir junto da espada noites sem fim, mas se esta estiver nas mãos de outra pessoa…terás que aguardar até que ela passe para as tuas. Não sejas má e possessiva. – ela afirmou com um gesto de cabeça – Compreendido?

- Completamente, Ollum. – ela falou a sorrir – Meu pai ensinou-me o bem. – elevou-se do banco – Mais alguma coisa que deva saber?

- Sim. – o Sem forma disse. A jovem aguardou – Vai embora antes que a batalha chegue aqui, amanhã á tarde. – ela pestanejou – Quando mais te manteres em segredo para os aliados dos Revoltosos, melhor. Facilitara a tua aproximação da cidade ponto e dar-te-á tempo para que a espada de encontre. Saí antes que o sol nasça, querida Naya. – ela assentiu, ainda que receosa e vendo que não mais iria ouvir do velho sábio.

- Cuide-se, Ollum. – ela pediu-lhe e ele afirmou – Posso encontrar aliados ou amigos? – perguntou antes de ir embora

- Confia…desconfiando. Sempre. – sorriu o homem – Mas se o teu ser te indicar que podes estar próxima de alguém, fica. Assim não farás a missão sozinha. Mais tarde ou mais cedo o detentor oficial da espada do Dragão do Norte surgira. – dito aquilo o velho sábio transformou-se num pequeno pardal e voou até á janela entreaberta, saindo a voar por esta.

A missão de Naya começava agora e ela iria precisar de lutar para terminar com aquela batalha.



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