1. Spirit Fanfics >
  2. Especial >
  3. 6

História Especial - 6


Escrita por: PortugaGirl

Capítulo 6 - 6


Naya estava a se divertir interiormente com a cara de confusão que Reita ainda apresentava desde que á cerca de três horas atrás ela lhe dissera que aquela batalha havia se iniciado porque ela estaria para nascer. Não conseguiu conter uma gargalhada quando ela decidiu parar um pouco para beber e recuperar forças.

- Achas bastante giro saberes tudo á cerca da minha raça e eu nem ter ideia de qual tu és. – ele comentou enquanto puxava da espada de lamina vermelha e a observava, como se fosse seu passatempo. – Porque dizes que a espada azul não me pertence?

- Porque ela é minha por destino. – Naya respondeu lentamente enquanto puxava da garrafa e bebia um pouco.

- Desculpa? – olhou-a de sobrolho arqueado

- Isso mesmo que ouviste. – ela afirmou após terminar de beber – Essas duas espadas que carregas contigo eram no inicio dos tempos uma única lança de dupla ponta laminada. – sorriu – A vermelha é a espada do Dragão do Norte e a azul a do Dragão do Sul. – suspirou – O meu futuro aparecimento foi anunciado por seres detentores de magia e a lamina foi forjada, mas os “Gémeos” decidiram separar-se e o representante do Sul ficou destinada a ser manejada por mim. Se calhar já deste conta que por mais vezes que uses a espada azul e faças belas batalhas com esta, ela não se adapta a ti. – encarou Reita nos olhos – Não é assim? – o Elády não respondeu mas o seu silencio foi o mesmo que afirmar aquilo que Naya lhe acabara de falar.

-Ambas me pertencem. – foi tudo o que ele falou, observou a reação da mulher, esta apenas havia encolhido os ombros e recostou-se melhor junto do tronco daquela arvore. – Mas tu desejas a espada azul. – acrescentou

- É claro. Está-me destinada e só com ela nas minhas mãos é que poderei terminar a minha missão. – encarou-o – De certeza que me queres negar o prazer de ter sobre meu poder a espada que me é destinada? – falou num tom travesso.

- Podes tentar herda-la. – ele comentou e ela abanou a cabeça no sentido negativo. – Não?

- Nunca iria fazer-te mal se tu não pretendes fazer mal a mim.

- Então…já confias em mim? – ele arriscou

- De modo algum. – falou a rir – Não desgosto de ti, Elády mas nada quer significar que em ti confie.

- Txé…és uma mulher complicada de compreender. – ele resmungou e o riso adorável de Naya notou-se, Reita sorriu enquanto baixava o olhar para que ela não se desse conta que ele gostava daquele seu jeito divertido.
Ele desconhecia a origem daquela bela mulher, não sabia como ela tinha dotes vindos de todas as raças existentes naquele planeta dividido entre o modernismo e o rudimentar, mas estava assustadoramente curioso quanto á obtenção dessa informação e desejava o quanto antes que Naya o informa-se.

- O facto de teres que obedecer á missão que os teus pais te impingiram… - ela começou a falar – deve-se a algo do passado, do facto do teu pai ter sido um grande amigo do meu?

- Sinceramente não sei. Mas desde que nasci que sou treinado e quando a guerra dos Revoltosos se iniciou eu comecei a ter aulas mais intensas. – olhou o céu e chegou a semicerrar os olhos devido á claridade do dia

- Que idade tens? Já atingiste o máximo da mudança física na imortalidade? – quis ela saber e Reita negou com um gesto de mão.

- Tenho 31anos. – informou – Só aos cinco deixo de modificar meu corpo e fico com essa aparência para sempre. – encarou-a – És imortal, não é assim? – ela afirmou – Se dizes que a guerra começou porque ias nascer…terás á volta de 23anos.

- 24anos, para ser exata. – ela esclareceu

- És difícil de convencer, Naya? – ele questionou-lhe

- Porque perguntas? – espreguiçou-se calmamente

- Para saber se terei de esperar muito para que passes a confiar em mim e contar-me sobre a tua origem. Tua mãe é Neutra, teu pai um Vampiro…e tu não és nenhum de ambos. Aliás…tens uma união dos poderes de todas as raças existente.

- Considera-me uma…anormal dos genes sobreviventes neste momento. – falou num tom divertido.

- É por isso que atrais tanto corrompido? – perguntado isto, ambos se elevaram de um salto e logo se defenderam de ataques dirigidos pessoalmente a cada. Reita empurrou aquele Vampiro que o atacava e logo alcançou a sua espada de lamina vermelha, fazendo a sua lamina embater bruscamente contra a da espada do inimigo. Naya moveu-se com muita agilidade e deferiu vários golpes de perna e braço contra o corpo do Elády que a atacava com as mortíferas laminas Sai. Ambos acabaram por embater de costas um no outro e olharam-se por cima do ombro, Naya riu-se e lançou-se contra o corpo do Elády adversário e com um pontapé, exageradamente, bruto empurrou o corpo deste contra o tronco da arvore até onde á pouco ela mesma estava encostada, precipitou-se de novo para o adversário e engalfinharam-se um no outro entre golpes e entorse de membros.
Reita saltou muito alto e encarou o Vampiro que o acompanhara, este revelou muito dos seus caninos e lançou vários golpes em pleno ar contra o loiro; num movimento muito rápido o vampiro agarrou Reita por detrás e tentou torcer-lhe o pescoço com os seus braços, o Elády gemeu e com um movimento indeterminado da sua mão esquerda e uma agressiva rajada de ar veio ao encontro do vampiro, empurrando-o metros de distancia do loiro, este girou ainda no ar e lançou a sua espada contra o peito do outro ser, aquele gemeu de dor e cerrou os dentes. Reita pousou no chão e correndo a uma velocidade assustadora juntou-se ao local onde o vampiro havia caído com a espada de lamina vermelha cravada em seu peito, antes que aquele a descrava-se, o Elády puxou de um punhal de prata e cravou-o junto da espada, sobre o peito do vampiro, transformando-o em cinza.

- Baixa-te, Reita! – Naya gritou-lhe, ele assim o fez podendo ver o Elády inimigo embater contra o chão, mais em frente de Reita. O loiro piscou os olhos e Naya saltou por cima de si, caindo de joelhos sobre o corpo do corrompido Elády, este gritou de dor. – Domaï! – pronunciou irritada – Esquece-me, segue teu caminho e junta-te aos bons. – ela ordenou severamente ao Elády e saiu de cima deste, o ser desmaiou de seguida. – Vamos seguir caminho. – anunciou então enquanto soltava o seu longo cabelo ondulado para voltar a prende-lo de novo num alto rabo d’cavalo.

- Tu assustas-me com esse poder magico da dominação. – Reita falou de sobrolho franzido enquanto embainhava a sua espada vermelha.

- Mantêm-te esperto, Reita. – ela zombou de um modo muito atrevido. Ele gargalhou e foi apanhar a sua mala a tiracolo, tal como Naya fazia com sua mochila – Não confio em ti, sabes. – recordou-lhe

- Vais aprender a confiar. – ele sussurrou-lhe rapidamente ao ouvido e Naya voltou a sentir aquele estranho arrepio ao longo do seu corpo quando sentia o olhar penetrante de Reita sobre si ou era alvo de sussurros deste.

Perto do final do dia, quando o pôr-do-sol já estava para terminar e dar lugar á escuridão da noite, aqueles dois encontraram uma casa abandonada no meio dos bosques, que havia sido fustigada pela guerra. Seria um local ideal para pernoitarem.

Ajeitou-se no seu saco de cama e olhou Reita, junto do que anteriormente era uma janela e agora não passava de um médio buraco na parede do primeiro andar daquela fustigada casa. – Vais ficar de guarda? – perguntou num tom baixo – Sei que Elády podem ficar acordados até 48horas, mas parece-me exagerado da tua parte fazeres isso só porque tens uma missão. – sorriu

- Claro que não vou ficar acordado. – ele respondeu e olhou atrás, estudando o local onde Naya se encontrava deitada – Mas a quietude desta zona, incomoda-me. Que me lembre este ano tem sido demasiado intenso no caso da batalha do sofrimento. – suspirou e caminhou para junto da pequena fogueira que havia feito, uma vez que a casa não mais tinha aquecimento e o teto havia sumido. Acocorou-se junto do fogo e começou a movimentar a sua mão direita, suaves movimentos como se ele estivesse a brincar com peças de puzzle, as chamas da fogueira começaram a rodopiar e iniciaram uma espécie de dança calmante. – Para alem do poder de dominação, que mais magias tens, Naya? – inquiriu

- Portanto…como eu não te disse o que sou logo, pretendes ir sondando-me a pouco e pouco. – ele sorriu e Naya chegou a corar contra o saco de cama, a imagem daquele loiro atraente á luz daquelas chamas dançantes deixavam-na atormentada.

- Algo do género. – respondeu ele.

- O grande poder é o de Dominar, magia que os Sem Forma não sabem exercer pois esse poder não os alcança. – sorriu – Interiormente tenho a força incomum e em poucos segundos livro-me de feitiços torturantes ou incapacitantes. – revelou a Reita.

- És uma lutadora. – ele falou confiante – Um ser como tu do lado errado…seria uma arma mortífera demais. – semicerrou os olhos – Se assim já matamos tantos da minha raça ou de outras, imagino contigo do lado errado. – suspirou

- Reita… - murmurou e ele encarou-a curioso – eu nasci para acabar com esta batalha, nunca poderia pertencer ao lado…errado desta. – acomodou-se melhor e notando que ele não deixava de a encarar, Naya escondeu parcialmente a sua cara para não revelar a ele que ficava inquieta com o modo intenso como a olhava ou como lhe falava. Reita mexia com os sentimentos de Naya.
O Elády manteve o seu silencio, elevou-se, quebrando aquele seu poder sobre o fogo e olhou uma ultima vez para o médio buraco que existia naquela parede, voltando depois para o seu próprio saco de cama.


Notas Finais


Comentários são aceites com amor. ;)
Kisu <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...