1. Spirit Fanfics >
  2. Espectro Flamejante >
  3. Cogumelos distrativos

História Espectro Flamejante - Cogumelos distrativos


Escrita por: ShiroiChou

Notas do Autor


Olá, pessoinhas :3

Capítulo novinho chegado. Sem mais aviso, bora para o capítulo.

Boa leitura!

Capítulo 10 - Cogumelos distrativos


Fanfic / Fanfiction Espectro Flamejante - Cogumelos distrativos

— Velhote? Cheguei — Natsu entrou na sala sem nem sequer bater. Happy voou ao seu lado.

— Sente-se meu filho — Makarov sorriu.

— Aconteceu algo?

— Sim, algo muito grave — respondeu sério. — Wendy se machucou depois que ficou sem magia durante uma missão — mentiu.

— O QUÊ?

— Acalme-se, Polyusica está cuidando dela, mas ela precisa de um cogumelo que só nasce em cavernas de gelo.

— O senhor quer que eu vá lá buscar?

— Exatamente

— Quando eu saio?

— Agora, aqui está o endereço — entregou um papel com o endereço das caverna. — Fica ao sul de Magnólia, pertinho daqui.

— Certo. Estou pegando fogo! — saiu da sala com Happy, sem dizer mais nada.

— Vai dar certo isso, Mestre? — Lucy saiu de seu esconderijo, atrás da cortina.

— Espero que sim... Sabe, minha filha, a situação dele me preocupa... Ele nem sequer percebeu que você estava na sala, isso só comprova minha teoria.

— Qual teoria? — perguntou preocupada.

— Alguém deve ter dito ou feito algo para que ele se sinta ameaçado — respondeu. — O que você está escondendo, Natsu? — sussurrou, mais para si mesmo.

O silêncio logo treinou entre os dois. Manter Natsu ocupado era a única alternativa até Polyusica voltar.

— MESTRE! LUXY! — Happy entrou desesperado na sala.

— Happy? Cadê o Natsu?

— Ele me deixou para trás — começou a chorar, agarrado a loira.

— Como? Não faz nem dois minutos que você saiu.

— Ele pediu para eu pegar minhas coisas em casa. Eu fui, mas voltei, porque não sabia o endereço da caverna. Quando cheguei na frente da guilda, ele já tinha sumido...

— Você olhou aí redor, Happy? — perguntou Lucy.

— Sim. Não o vi em lugar nenhum.

— Droga...

— Lucy.

— Sim, Mestre.

— Chame Erza e Gray aqui, por favor.

Em silêncio, Lucy retirou-se da sala com Happy nós braços e foi até os seus amigos. Menos de um minuto depois, ela voltou com os dois que olhavam para a loira com preocupação.

— Aconteceu algo, Mestre? — perguntou a ruiva, já desconfiada.

— Preciso que vocês dois sigam o Natsu, sem serem descobertos. Ele foi até a Caverna Cogu, pegar cogumelos em uma missão falsa.

— Isso tem algo a ver com o comportamento estranho dele? — perguntou Erza, sériaaaa..

— Vocês também perceberam...

— Faz tempo que ele não vem para a guilda só para arrumar alguma confusão. O que ele esconde, velhote? — perguntou Gray.

— Não sabemos. Estamos tentando descobrir... Lucy, Happy, quero que voltem para casa. Duvido que a dona da casa onde vocês foram desista facilmente, pode ser perigoso prosseguir, por enquanto.

— Sim — responderam em uníssono.

— Agora, trabalhem! Avisem-me se acontecer algo de estranho.

O mais rápido que podiam, o grupo saiu da sala do Mestre e também guilda, seguindo cada um para seu objetivo.

Lucy andou com pressa, sentia-se constantemente observada. Sabia muito bem que isso não era coisa da sua cabeça, por isso decidiu que permaneceria em casa e tentaria relaxar. Pretendia fingir que os últimos acontecimentos não tinham a abalado.

As ruas já estavam um pouco mais vazias por conta do horário, o céu escurecendo indicava o início da noite. Isso só a assustava mais, por isso apressou-se.

Abrindo a porta de seu apartamento, Lucy quase caiu para trás. Logo na entrada, um envelope branco destacava-se no chão de madeira. Happy olhou para aquilo e, rapidamente, pegou do chão, abrindo o envelope e lendo em voz alta.

“Desistam! Vocês nunca saberão as respostas para suas perguntas. Parem de xeretar as coisas alheias e deixem os assuntos importantes apenas para quem interessa.
Ignorar esse aviso não é uma opção, afinal, tenho certeza que vocês irão odiar as consequências desses atos impensados.
Fiquem fora do meu caminho e ninguém se machuca.”

— Lucy...

— É uma ameaça, Happy. Essa pessoa já sabe que estamos na cola do Natsu, tentando descobrir o que está acontecendo... Fomos descuidados — disse cabisbaixa.

— Nós não vamos desistir, né? — perguntou com medo.

— Claro que não, apenas precisamos pensar em um jeito de descobrir os segredos sem sermoa vistos. Alguém está nos vigiando.

— Cruzes — agarrou-se a loira.

— Duvido que tenha mais algo aqui...

— Voltamos para o Mestre?

— Hoje não, vamos ficar aqui dentro. Preciso organizar meus pensamentos, está tudo muito confuso ainda. Mas não se preocupe, vamos dar um jeito nisso, certo? — sorriu fraco.

— Sim...

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

Erza e Gray andavam rápido, mas com delicadeza para não serem vistos.

Encontrar Natsu foi fácil, ele estava na caverna indicada pelo Mestre, derretendo partes das paredes para liberar o tal cogumelo. Nada fora do normal.

O mais estranho estava um pouco atrás do rosado: uma mochila. Todos sabiam o quanto Natsu odiava andar por aí com um monte de coisa e, considerando a facilidade da “missão”, ele jamais levaria algo consigo.

— Temos que pegar aquela mochila — sussurrou Gray, escondido atrás de algumas pedras.

— Distraia ele, eu pego a mochila.

— Ele vai sentir nossos cheiros — alertou.

— Pouco me importo, se ele reclamar eu levo ele desmaiado para a guilda — sorriu macabra.

— Ok... — deu-se por vencido.

Seguindo o combinado, Gray começou a distrair o Dragon Slayer. Toda vez que ele derretia algo, o mago criava uma camada de gelo. Isso repetiu-se por cinco vezes.

— Droga, essa porcaria é infinita? — Natsu reclamou, cansado daquela palhaçada.

Enquanto ele reclamava, Erza aproximou-se com destreza da caverna e pegou a mochila sem esforço. Claro que estranhou o fato de não ser notada, Natsy sempre ficava atento ao seu redor, impossível alguém se aproximar sem que notasse.

— Ele não parece ele — Gray olhou preocupado para o amigo.

— Realmente... Nunca o vi tão perdido — disse Erza, abrindo a mochila do rosado. — Roupas e mais roupas. Ele pretende viajar para algum lugar.

— Para onde?

— Isso é o que vamos descobrir.

— Nós vamos deixar ele viajar para seguir ele? Só pode estar de brincadeira!

— Algum plano melhor? — olhou-o com raiva.

— Não, senhora! Vamos seguir ele sim — respondeu assustado.

— Ótimo — arremessou a mochila de volta para a caverna e, como previsto, o rosado nem se moveu. — Vou ligar para o Mestre.

Ignorando a conversa da ruiva com Makarov, Gray passou a observar o amigo com mais atenção. Natsu agia como sempre, tentando completar a missão a todo custo, usando força bruta. Quem o visse de longe, jamais notaria as diferenças, mas ele o conhecia a tempo demais para não perceber.

O mago parecia focado apenas na parede, sem reparar que estava sendo observado, algo quase impossível para um Dragon Slayer capaz de reconhecer os cheiros ao seu redor. A única coisa que Gray conseguia pensar era que Natsu estava sob o efeito de alguma magia.

— Tudo certo para partirmos — disse Erza, guardando a lácrima no bolso.

— Não vai pegar suas coisas?

— Não. Quero olhar bem de perto o que ele pretende fazer — sentou-se no chão, para esperar.

Alheio ao que acontecia, Natsu terminou de pegar os cogumelos. Não sabia quantos Polyusica precisava, então pegou o suficiente para não ter que voltar ali tão cedo. Guardou tudo em uma sacolinha, escondeu sua mochila em um arbusto e saiu.

O caminho era curto, em menos de cinco minutos estaria na guilda para entregar os cogumelos. Começou a andar sem preocupar-se até que sentiu que alguém o seguia. Rapidamente, parou e olhou para trás.

Erza e Gray esconderam-se atrás de uma árvore e não foram vistos. Incomodado, Natsu decidiu ignorar esse sentimento, mesmo achando um tanto suspeito. Por algum motivo que desconhecia, seu olfato não captou nenhum cheiro diferente, então, apenas deixou isso de lado.

Estava se achando um idiota pelo que estava prestes a fazer, nunca achou que agiria escondido, sem poder contar para seus amigos o que pretendia fazer. Só ele sabia o quanto queria revelar para Lucy, principalmente, todos seus medos e angústias.

Sentia falta dos momentos com a loira, mas amava-a demais para colocá-la em risco. Preferia mil vezes vê-la magoada com sua repentina mudança de comportamento, do que machucada por alguém, sabendo que podia evitar isso.

A decisão já estava tomada desde o momento em que encontrou um bilhete em seu bolso, enquanto esperava por Happy na frente da guilda. Certificando-se que ninguém o seguia, o rosado resolveu reler o papel.

“Natsu, espero que não tenha se esquecido de mim.
Lamento pela demora e lhe mandar um sinal, estive ocupada, impedindo que minha avó descobrisse sobre você. Ela não parece muito disposta a ajudar em meus planos, estou torcendo para que ela não te atrapalhe.
Atualmente, estou em um esconderijo na cidade de Snowball, em uma casa nas montanhas. É um pouco frio, mas duvido que você tenha problemas com isso.
Venha me encontrar, estarei esperando na estação. Prometo que você terá a respostas para cada uma de suas perguntas. Não traga ninguém com você, pode ser perigoso.
Preparei uma mochila com algumas roupas para você, espero que não se importe. Coloquei atrás da árvore, ao lado de sua guilda.
Obs. Fique longe da Rua da Pedra. Minha avó odeia visitas, ela é muito perigosa quando interrompida.

Ass. Cassandra”.

— O que será que tem naquele bilhete? — perguntou Gray, vendo o rosado guardando o papel de volta no bolso.

— Não não faço ideia, mas parece importante... Talvez ali esteja a resposta do lugar para onde ele pretende ir — respondeu Erza, observando Natsu entrando na guilda.

Natsu não perdeu tempo, subiu a escada o mais rápido que conseguiu, entrando na sala do Mestre, novamente, sem bater na porta.

— Velhote, eu trouxe os cogumelos.

— Oh! Natsu, você foi rápido. Pena que pegou os cogumelos errados — mentiu, fingindo decepção.

— Como é que é? — olhou-o incrédulo.

— Esses são vermelhos, eu preciso dos amarelos.

— Mas...

— Mas nada, volte lá e pegue os certos! Wendy depende de você!

— Ok...

Cabisbaixo, saiu da sala do Mestre em direção à caverna. Devia ter pego ao dois tipos de cogumelos, para evitar atrasos em seu plano. Agora, sua viagem para Snowball teria que esperar, até que pudesse sair sem notado.

— Por que raios eu decidi que eram os vermelhos? — resmungou, pensão sua mochila de volta.

Gray segurou o riso o caminho todo até a caverna. O Mestre não estava de brincadeira quando disse que iria distrair o rosado, ele estava adorando vê-lo correndo atrás de cogumelos que não serviriam nem para fazer chá.

— Natsu! — ouviu uma voz, chamando-o.

— Cassandra? — virou-se, reconhecendo a voz.

— Precisamos ir, não temos mais tempo.

— Mas...

— Vamos — pegou no braço do rosado, dizendo algumas palavras em outra língua.

— Vocês não vão para lugar nenhuma — Erza revelou-se, já com uma espada em mãos, correndo na direção dos dois.

— Eu disse para ir sozinho, Natsu — alertou Cassandra.

— Eu não sabia que estava sendo seguido... — arregalou os olhos.

Rapidamente, Erza tentou acertar a mulher com a espada, ao mesmo tempo que Gray criava uma prisão de gelo ao redor dos dois “fugitivos”.

— Crianças — a mulher revirou os olhos. — Durmam — disse macabra, vendo-os cair no chão.

— Você não...

— Eles estão vivos, por enquanto. Agora temos que ir — interrompeu o rosado, voltando a dizer palavras estranhas.

Poucos segundos depois, a paisagem mudou. Agora tudo o que viam era neve e uma pequena casa de madeira.

— Bem-vindo à Snowball!


Notas Finais


O que estão achando? Espero que esteja sendo divertido.

Vejo vocês no próximo, até lá!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...