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História Espelhos da Alma (em revisão) - Condenado


Escrita por: heavenly_bunny

Notas do Autor


Oiiii <3 Faz um tempinho q eu não indico músicas, mas se vcs quiserem podem ler escutando The Kill (Bury me) do 30 seconds to mars


*ALGUMAS ALTERAÇÕES NA TRADUÇÃO DA MÚSICA FORAM FEITAS PARA SE ENCAIXAR NO CAPÍTULO

Capítulo 26 - Condenado


Fanfic / Fanfiction Espelhos da Alma (em revisão) - Condenado

25. CONDENADO

 "Não tenha medo, eu levei minha surra. Compartilhei o que consegui, eu sou forte na superfície, não através do caminho todo. Eu nunca havia sido perfeita*, mas você também não então, se você me perguntar, eu quero que você saiba. Quando minha hora chegar esqueça os erros que cometi ajude-me a deixar pra trás algumas razões que deixem saudades. Não fique ressentido* comigo, quando se sentir vazio*"

  Leave Out All The Rest- Linkin Park

 

Milla

 Eu tinha certeza absoluta de que não era um sonho, e muito menos a realidade. Era apenas um lugar no meio do nada, um palpite talvez, estava começando a acreditar que era o limbo. Meu caminho até o purgatório era devastado pela escuridão.

 A grama rebelde espetava meus pés descalços, como pequenos cacos de vidro.

 Procurei por qualquer sinal de vida, mas eu estava totalmente sozinha naquele lugar. O som de um bipe ecoava distante no meio do breu, forcei meus pés doloridos a correrem o mais rápido possível. Um vulto passou perto de mim, parei imediatamente. 

 Não sabia o que era, mas dava para sentir o mal se espreitando em algum lugar. Corri novamente, mas algo me arremessou para longe. 

-VOCÊ NÃO PODE CORRER MAIS DO QUE EU! -meu coração estava quase saindo pela boca quando escutei a voz dele. Alto como um rugido de leão, e com ódio em sua entonação. 

 Senti o vento do vulto passado novamente perto de mim. Dessa vez pude ver em meio as sombras seu rosto pálido e seus olhos escuros, como o de um tubarão. 

 O medo fez minhas pernas travarem.

-NEM É MAIS FORTE DO QUE EU! -ele bradou novamente. Seguido por uma risada maléfica. 

 Fechei os olhos tentando acordar, estremeci com a respiração atrás de mim.

-Você é uma garota interessante, Milena. -ele disse com uma voz arrastada- Sempre quis saber como você podia ter um coração tão bom a ponto de perdoar quem lhe faz mal. 

-Eu perdoei Mike não por causa dele, mas por minha causa. Aquilo ia me corroer por dentro.

-Não estava me referindo a ele... Estou falando de mim. 

 Os lábios frios dele tocaram minha nuca. Com um movimento ele me fez ficar de frente para ele. Pude reparar que seus olhos eram tão escuros que pareciam apenas dois buracos, e ao olhar para eles não vi nada além de morte. Ele não tinha uma alma.

-Está assustada? -ele riu mais uma vez- Deveria ter prestado atenção aos avisos, não é tão esperta quanto pensava. 

-Isso não importa mais, eu estou morta. 

-Não teria tanta certeza se fosse você. -ele se afastou.

-Como não? Fui castigada a passar a eternidade nessa prisão tendo você como carcereiro. 

-Está escutando isso? 

 Fiz silêncio para me concentrar ao bipe. Parecia vir de alguma máquina, porém, uma distante e inalcançável para mim.

-O que tem? Por que não abre o jogo de uma vez, Edward? Por que não acabamos com essas mentiras e segredos? Já que vou passar tempo indeterminado com você.

-Não está em posição de dar ordens, como você disse, eu sou seu carcereiro. Eu faço as regras aqui... e uma delas é: você nunca vai escapar.

 Olhei para meus pulsos, estavam acorrentados ao chão. Entrei em desespero puxando a todo custo, mas eram resistentes demais.

-Você é mesmo uma tola, nunca vai escapar daqui. E enquanto você morre lentamente eu vou poder provar uma coisa que sempre quis. Seu sangue.

Edward

-Milena! Milena o que você fez? O que você tomou? 

 Entrei em desespero quando vi seu corpo caído no chão, tentei ler sua mente, mas não encontrava mais nada. Havia corrido o mais rápido possível, ignorando a discursão que se formava na diretoria, para evitar que a visão de Alice se cumprisse e agora eu não podia fazer mais nada. SEU INÚTIL! IMBECÍL! EU O ODEIO! COMO DEIXOU ELA MORRER?!  Eu mesmo me castigava, mas o pior de todos era segurar seu corpo sem vida.

 Tessa entrou na sala sem entender o motivo de tanta correria e se deparou com o corpo da sobrinha em meus braços, e o frasco de remédio caído onde estava o corpo dela.

-Milla, querida! Não pode ser, não, não, não. -ela correu para o meu lado.

 Carlisle entrou seguido pelos outros. 

-Carlisle, por favor faça alguma coisa. -implorei olhando para o rosto como porcelana dela.

 Ele se aproximou e checou a pulsação dela.

-Está bem fraca, precisamos levá-la agora. -ele disse sério, já se preparando- Colocamos ela no Volvo, Alice vá na frente e abra o carro.

-Para onde estão levando minha garotinha? -Tessa perguntou desesperada. Não pude escutar quem consolou ela. A única coisa que eu me preocupava era em escutar a fraca batida do coração de Milena.

-Não vai dar tempo, Carlisle! -Alice disse- Não tem jeito...

-NÃO! Tem que ter um jeito, sempre tem um. -segurei o corpo dela mais forte- Não vou deixá-la partir, não agora. Ela é minha.

 Corri o mais rápido que pude pela floresta até chegar perto do hospital. Carlisle e Alice chegaram logo em seguida.

-Vamos levá-la direto para a sala de cirurgia. -ele disse pegando uma maca.

 Dei um selinho na mão dela. 

-Você não vai partir, não assim. -eu disse olhando enquanto ele e os enfermeiros levavam a maca pelo corredor.

 

  Cada segundo era uma tortura constante. Eu estava abalado demais para me concentrar no que estava acontecendo dentro da sala de cirurgia, e me culpando por não estar conseguindo. Tudo o que eu sabia naquele momento era que se o coração dela ainda batesse, mesmo que fosse uma fraca batida, ainda havia esperança. 

 E, por mais que eu odeie pensar, se ela partir, será lembrada por todos como a pessoa mais generosa e gentil do mundo. Como a única pessoa que eu amei intensamente e verdadeiramente.

 Todos estavam aqui, a tia de Milena estava em prantos e o marido tentava consolá-la, mas o mesmo estava sofrendo. 

-Já ligaram para o pai da Milla, ele está vindo em um voo particular. -Rosalie me informou.

-Estou tentando acalmar todos, mas são muitas pessoas. -Jasper disse.

-Console Tessa e Joe, eles estão sofrendo mais do que todos. -eu disse ainda me concentrando.

Alice

 Algumas horas depois escutei passos se aproximando. Fui a primeira a identificar Carlisle, segundos depois ele entrou na sala de espera. 

 No instante em que ele entrou tive certeza do que mais temia. 

 Ela havia falecido.

-Sinto muito, mas ela não resistiu.

 Tessa desatou em lágrimas mais ainda, e dessa vez Joe não se reteve. Mal podia imaginar a dor que Edward estava sentindo naquele momento, ele havia perdido a garota que amava. 

 Ele se levantou e saiu da sala de espera.

-Carlisle, mas e a cirurgia? -perguntei triste.

-Fizemos o máximo possível, mas o organismo dela havia digerido boa parte dos remédios. Não eram muito fortes, mas na quantidade que ela tomou... sofreu uma overdose.

-Onde ela está?

-No quarto 42, um lugar mais formal para nos despedirmos dela.

-É melhor eu ir atrás do Edward.

 Saí da sala a procura dele. Depois de procurar por quase todo hospital o encontrei no quarto, ao lado da cama onde Milla parecia descansar.

-Edward...

-Eu precisava vê-la, Alice, me despedir. 

 Ele acariciava o rosto sem vida dela.

-Não sei como vou viver sem você... Não quero viver sem você. Como pode me deixar sozinho? Como pode fazer uma loucura dessas? Eu te amo, Milena, e sempre vou te amar. 

 -Edward, não me diga que está pensando em... -não consegui terminar de dizer, estava horrorizada demais para isso.

-Se ela se for, eu não terei mais nenhuma razão para viver e... Os Volturi são minha única solução.


Notas Finais


E aí....


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