Escrita por: BeazinhaMC
Pov Henrique
- Meu Deus, olha isto…-- a Paola fez um gesto para eu me aproximar -- Henrique…-- a Argentina tinha um sorriso lindo
- Que lindo, Raquel…
- É a coisinha mais linda que a dinha já viu…-- a Paola disse fazendo um carinho na bochecha do André
Eu e a Paola observamos o André. Ele é um pequeno ser de olhos azuis, herdados do pai, cabelo castanho, herdados do pai e tudo o resto herdado da mãe. As mãozinhas pequenas agarradas na mão da Paola, a cabeça virada para o conforto do colo dela e uma expressão de curiosidade no rosto, afinal era a primeira vez que via os nossos rostos.
- Ele tem cinco dias de vida e já é manhoso como tudo. -- a Raquel disse rindo -- Ou está a mamar ou a chorar para alguém o pegar ao colo. Como é que uma criatura tão pequena já é tão manhosa?
- Vais passar um perrengue, maninha!
- Ai Henrique...obrigada pela ajuda! -- a Raquel olhou-me ironicamente
- Acho que ele tá dormindo…-- a Paola sussurrou enquanto continuava a ninar o André
- Deita ele aí. -- a Raquel indicou o berço ao lado da cama dela
- Ele é tão pequenino…-- a Argentina deitou o nosso afilhado no berço e ficou a admirá-lo -- Tão lindo…-- ela falava enquanto sorria boba para ele
Eu voltei a aproximar-me da Paola e voltei a admirar aquela criatura perfeita.
- Tudo certo com ele? -- eu perguntei
- Sim, o médico disse que só teremos de voltar lá para as consultas de rotina.
- Ainda bem que ele está bem. E tu?
- Não sabia que podia doer tanto parir um bebé. -- nós os dois rimos e fomos repreendidos pela Paola
- Shhh, ele já está a resmungar...vem à dinha, meu amor…-- ela voltou a pegar no André e sentou-se ao lado da Raquel
- Que madrinha mais protetora que eu arranjei para o meu bebé. -- a Raquel sorriu para a Paola, que sorriu de volta -- Terminando a conversa, tá doendo um pouco, um pouco desconfortável andar, muito sono porque faz seis noites que não durmo, mas de resto estou bem. O Miguel tem ajudado com tudo, inclusive, faz tempo já que ele saiu...Será que ele ainda demora muito?
- Queres que ligue para ele?
- Que irmão prestável. -- ela disse debochada -- Por favor.
- Vou até repensar a minha proposta…
- Maninho…-- ela fez um beicinho e abraçou-me
***
- Desculpem, mas tá um trânsito do caralho…
- Na boa. Como vais, mano? -- eu comprimentei o Miguel
- Com sono. -- ele disse e todos rimos
- O meu novo amor disse que vai passar a dormir mais, né meu lindo!? -- a Paola disse sorrindo e brincando com o André, fazendo-o mexer as mãos na procura das dela
- Meu Deus, acho que vou contratar a Paola como babá. -- a Raquel disse rindo
- Eu iria ficar feliz de passar o dia agarrada a esta fofura. -- a Argentina disse enquanto brincava com as perninhas do pequeno
- Isso se ele estiver nessa felicidade toda, espera ele começar a chorar a sério. Se ele é assim agora, que medo daqui a um tempo
- Ele vai ser um anjinho! -- a Paola garantiu
- Sei! -- a Raquel e o Miguel disseram ao mesmo tempo fazendo todos nós começamos a gargalhar
***
- Henrique, vai fazer o jantar.
- O que queres comer?
- Sei lá, alguma coisa que me alimente. As restrições alimentares continuam, porque estou a amamentar o André.
- Eu sei maninha, eu sei.
- Paola, o que queres comer? -- a Raquel perguntou, despertando a atenção dela, que estava toda concentrada no afilhado
- Tá nos convidando para jantar?
- Porque outra razão eu te mandaria fazer o jantar!? Eu não exploro o meu irmãozinho preferido.
- Tu só tens um irmão!
- É, mas se tivesse outro tu ias ser o preferido. -- ela riu para mim
- Obrigada pela consideração. -- eu olhei-a ironico e fui para a cozinha acompanhado pelo Miguel
Pov Paola
- Ai Quel, no consigo largar ele. -- eu confessei ouvindo a respiração calma dele
- Acho que tá na hora dele mamar outra vez, mas ele não tá nem aí. Deve ser bem confortável esse teu colo. Ele não tá chorando com fome e o Henrique não quer sair do teu pé, deve ser bom mesmo. -- a Raquel disse rindo
- Credo Raquel! -- eu acompanhei-a na risada -- Tinha saudades dessas tuas conversas.
- Aproveitando que ele não está a chorar e os rapazes estão na cozinha, conta as novidades.
- No há novidades. -- eu disse desviando o olhar para o ser que dormia no meu colo
- Hum hum, vou fingir que acredito.
- No sei o que dizer. -- enquanto olhava para o André e percebi que ele estava a acordar -- Acordaste para mamar, Anjinho!? -- ele abriu um biquinho que indicava que ia começar a chorar -- No, no chora...a mamã vai dar a maminha dela. -- eu disse rindo e a Raquel gargalhou também -- Vai lá à mamã. -- eu entreguei-o à Raquel e esperei ela colocar-se confortável com o André para continuar -- Ele fica tão lindo assim…-- eu disse quase babando
- Não é por ser meu filho, mas ele é lindo mesmo! -- a Raquel disse sorrindo calma e acariciando o rosto do filho -- Mas não tem carinho nenhum com esta boca. -- a Raquel disse fazendo uma careta de dor, obrigando-me a rir -- Mas e aí, me conta. -- ela pediu olhando para mim
- Sei lá...acho que está tudo bem. O novo trabalho vai bem, eu e o Fogaça andamos bem…-- eu olhou-me debochada
- Bem!?
- Si, bem. -- eu disse não entendendo o tom debochado dela
- Bem, não. Ótimo!
- Si…-- eu sorri envergonhada
- Já tô sentido saudades de transar com o Miguel até às quatro da manhã…-- ela disse rindo demonstrando que sabia do ocorrido
- No acredito que a Ana te contou! -- eu disse rindo e escondendo a cabeça nas mãos
- É óbvio que ela contou. Eu estava a ter um filho, que por acaso é vosso afilhado, precisou de uma justificativa que eu acreditasse para não terem atendido o telemóvel de primeira.
- Se ela dissesse que estávamos a dormir no ias acreditar? -- eu perguntei olhando para ela
- Ia, mas confio mais na transa às quatro da manhã! -- ela disse rindo -- Agora, voltando ao que dizias…-- ela fez um gesto para que eu continuasse
- Ah Quel, está tudo bem…
- Bem mesmo? -- ela olhou atenta para mim
- Acho que bem dentro dos possíveis. -- eu forcei um pequeno sorriso e baixei o olhar -- Eu ainda lembro dele todos os dias, ando um pouco mais paranóica quando transo com o Fogaça, mas estou melhor…
- Porquê vocês não tentam? -- a Raquel disse e eu olhei-a rapidamente
- No acho que seja a hora, acho que no é para ser…
- Nem vem Pao! Olha aqui…-- ela apontou para o peito dela onde o André tinha a pequena mão -- Nunca foi uma necessidade, mas já não consigo imaginar-me sem ele. Eu sei que talvez estejas certa, se calhar não é a hora, mas fala com ele...sei lá. -- o André parou de mamar e ela colocou-o na posição para que ele acertasse -- Tens falado com a Diana?
- Si. Sempre que preciso mando mensagem e fazemos video-chamada pelo menos uma vez por semana -- eu voltei a olhar para ela -- Lembras das ideias que eu andei a estudar? -- ela concordou com a cabeça -- Eu tive uma ideia, que no seria para ser posta em prática ahora, mas que eu acho que seria mucho legal…-- eu mordi o lábio indecisa
- E…!? -- ela olhou-me curiosa
- Ah, deixa para lá, depois eu conto.
- Falaste nisso só para me deixares curiosa, não é!?
- No...mas vou maturar mais a ideia antes de a apresentar a alguém.
- Mas e aquela sujeita…?
- No somos as melhores amigas, mas convivemos…-- eu vi o olhar atento dela sobre mim -- O Fogaça até que tinha razão, ela é uma boa cozinheira. -- ela continuou a olhar
- Só isso?
- O meu lindíssimo namorado insistiu num jantar lá em casa, com ela e o namorado. Conheces a descrição de constrangedor, foi aquele jantar. Mas sei que ele não vai fazer de novo, ficou a lição para a vida.
- Dormiste de calças? -- a Raquel perguntou rindo
- Sí! -- eu disse com um sorriso malvado -- Mas no foi só por birra, é que aquela situação realmente foi embaraçosa. Eu sei que no aconteceu nada entre eles, mas...no sei explicar. É como se eu ficasse dando em cima do namorado dela, no que ela estivesse a dar em cima do Fogaça...arg, no sei explicar!
- Relaxa, acho que entendi, o Henrique é só teu. -- ela mordeu o lábio para não rir
- No! No é isso. Me dá o meu afilhado de volta, acho que só ele me entende. -- eu disse rindo e sorri ainda mais quando o André começou a remexer-se no meu colo -- Que coisa lindinha da dinha! -- eu disse brincando com o meu nariz na barriga dele -- No é!? Eu no sou possessiva com o Fogaça…-- eu disse sem deixar de brincar com o André -- Só no me sinto confortável com a presença da Carolina.
- Tá bom, não vou dizer mais nada a respeito. Vamos lá para a cozinha supervisionar os garotos!? -- ela perguntou rindo
- Vamos!
***
Depois de paparicar mais um pouco o meu afilhado, jantamos, ajudamos a arrumar tudo e fomos até ao nosso apartamento. Antes de viajar pedi à Ana que deixasse tudo organizado, então quando chegamos a casa nem parecia que não morávamos ali há mais de um mês.
Como não foi necessário trazer malas, assim que entramos caímos direto no sofá.
- Ele é lindo! -- eu disse olhando para o teto
- Ele é a cara da Raquel quando era pequenina. -- ele olhou para mim e procurou a minha mão -- Tudo bem?
- Sí...só lembrei do pontinho…-- eu sorri fraco para ele
- Eu também lembrei dele, principalmente quando tu estavas lá toda engraçada com o André. -- ele sorriu para mim -- Se já és uma madrinha assim toda babada, não quero nem ver quando chegar a nossa miniatura. -- ele sorriu ainda mais e fez um carinho na minha cara
- Vamos deitar? Estou exausta da viagem…
- Anda, vou te dar um banho e depois fazer-te uma massagem para relaxares.
- Gostei. -- eu disse rindo e levantando-me
O Henrique agarrou-me pela cintura, beijou o meu pescoço e encaminhou-me para o quarto. Chegando lá, cada um tirou a sua roupa e fomos para o banheiro. Ele entrou primeiro no box, ligou a água e depois puxou-me para junto dele. O Fogaça deixou os seus braços ao redor da minha cintura e eu passei os meus pelos ombros dele. Com os rostos próximos, passei a brincar com o meu nariz no dele, até finalmente sorrir e juntar os nossos lábios.
Era um beijo gostoso, daqueles que quando começam ninguém quer mais terminar. Não era um beijo com segundas intenções, era apenas um beijo que pretendia mostrar o amor, a paixão, o carinho, a proteção que temos um com o outro. As nossas línguas tocavam-se carinhosamente, mas ao mesmo tempo, duelavam com desejo. As mãos dele na minha cintura faziam cada vez mais força e as minhas puxavam-no com cada vez mais urgência. Quando fomos obrigados a separar as nossas boas, ambos sorrimos e logo já estávamos envolvidos noutro beijo.
Depois de namorarmos um pouco, ele pediu que eu me virasse. Depois de me virar, senti as mãos dele entrarem no meu cabelo e os seus dedos começarem a massagear a raiz dos meus cabelos.
- Eso é bom...relaxante pra caramba. -- eu disse de olhos fechados e apenas aproveitando o carinho dele
- Eu sei, eu sou bom nisto!
- Nossa, que convencido. -- eu disse rindo
- Que nada, realista, meu amor. Vém. -- ele puxou-me para baixo de água e passou a enxaguar os meus cabelos enquanto continuava com os mesmo movimentos circulares que fazia antes
Depois de lavar o meu cabelo, ele colocou o gel de banho na esponja, passou-a pelas minhas costas e, de seguida, deu-me para que eu me pudesse lavar. Enquanto eu esfregava o meu corpo ele fez o mesmo com o dele e, depois de passarmos mais uma vez por água, saímos do box. Ele secou-se e vestiu um boxers, junto com uma camisa e umas calças, não sem antes me impedir de vestir.
- Já estou à tua espera. -- eu disse do quarto
Como ele tinha indicado, eu estava deitada de barriga para baixo. Devido à demora, as minhas pernas balançavam impacientemente, enquanto eu tentava espreitar o que ele fazia.
- Vamo lá. -- ele disse entrando no quarto e, de seguida, ouvi uma música relaxante tomar conta do ambiente
- Cê vai mesmo me fazer uma massagem? -- eu perguntei com um sorriso bobo
- Ué, eu disse que ia fazer,vou fazer. Eu sempre cumpro aquilo que digo. -- ele sussurrou ao meu ouvido depois de se ter deitado sobre mim, mas sem deixar o seu peso no meu corpo
- Se eu no tivesse tão cansada, juro que transava contigo agora mesmo. -- eu disse depois de fazer a minha bunda chocar com a sua pélvis
- Eu ia amar transar contigo! -- ele disse rindo e deu-me um selinho -- Agora fica deitada, assim, quietinha, para eu fazer uma massagem bem gostosa.
Eu deitei a minha cabeça no colchão, deixei os braços ao lado do meu corpo e esperei. Senti o Fogaça engatinhar pela cama, colocando uma perna de cada lado do meu corpo e sentando-se logo abaixo da minha bunda, mas sem me aleijar.
- Nossa, que visão linda!
- Vais fazer logo a massagem ou no?
- Tô indo, meu amor.
Senti ele deixar cair sobre o meu corpo um líquido e um arrepio correu o meu corpo. As mãos calejadas dele começaram a espalhar o óleo, primeiro pela base da minha coluna e depois subindo. Ele voltou a descer as mãos e começou a pressionar o meu corpo. Com as palmas das mãos, uma de cada lado, ele começou a deslizá-las pelas minhas costas, desde a base até ao pescoço, mas sem aplicar muita força. Depois de repetir este movimento algumas vezes, senti as mãos deles virem para os meus ombros e, assim que ele começou a massageá-los, gemi de dor.
- Tô te alagando? -- ele perguntou preocupado
- No…
- Cê tá muito tensa.
O Fogaça debateu-se mais um pouco com os meus ombros e depois voltou a repetir o primeiro movimento, arrastando as suas mãos pela minha coluna com um pouco mais de pressão. Ao fim de uns minutos passou a massagear apenas o meu lado esquerdo, apertando como antes fazia nos ombros. Sei demorar muito, logo passou para o lado direito e repetiu os movimentos.
Depois de satisfeito, enquanto eu apenas continuava de olhos fechados e com a respiração mais leve, ele subiu até ao meu pescoço e passou a fazer pressão nessa região com os seus polegares. Eram movimentos circulares que me faziam sentir a tensão ir embora. Mais uma vez senti que as mãos dele percorreram toda a extensão das minhas costas e já sentia os efeitos positivos da massagem do Tatuado.
- No é que realmente tu és bom nisto…-- eu disse completamente relaxada
- Eu sei que tenho os meus dotes.
- Vou querer isto toda noite…-- eu sussurrei
Ele não respondeu, apenas soltou uma gargalhada.
Pov Henrique
Enquanto a Argentina falava, notava-se no seu tom de voz que entretanto iria adormecer, então apenas prossegui com a massagem. Voltei a massagear os ombros dela, mas sempre sem colocar muita pressão nos movimentos. Mais uma vez passei as minhas mãos desde a cintura dela até aos seus ombros.
- Já estás melhor ou queres que continue? -- eu perguntei ainda sem parar de a massagear -- Paola…-- eu chamei baixinho depois de não obter resposta -- Amor? -- E parei os meus movimentos, sai de cima dela e vi que qua a sua respiração saia serena, ela havia adormecido
A última coisa que eu queria fazer agora era acordá-la, mas ela estava por cima dos lençóis, então não vi outra alternativa. Antes de a acordar, fui até à gaveta das calcinhas dela e tirei uma, fui até ao armário e tirei uma das camisas que ela usa para dormir.
- Amor…-- eu chamei-a baixinho, fazendo um carinho no rosto dela -- Argentina, acorda rapidinho. -- eu vi ela fazer uma expressão de incômodo e resmungar um pouco antes de virar a cara -- Meu amor…-- eu beijei a bochecha dela e ri da cara emburrada dela
- Hum...?
- Levanta aí rapidinho…-- eu pedi arrastando o meu nariz no pescoço dela
- Uhm…
Ela levantou-se ainda de olhos fechados. Eu ri para ela e puxei os lençóis para trás.
- Veste aí…-- eu disse passando-lhe a camisa e a calcinha
Ela não se deu ao trabalho de abrir os olhos. Sentou-se na cama, vestiu a camisa e quando se voltou a levantar vestiu a calcinha. Eu fui até ela e indiquei-lhe o caminho, ainda rindo por dentro daquela cena.
Ela deitou-se na cama e eu deitei-me ao seu lado. Dei um beijo na testa dela e voltei a sorrir, porque ela nem se deu conta de que a camisa estava virada do avesso.
- Bons sonhos, minha Argentina. -- eu disse puxando-a para perto de mim
- Uhm uhm…-- foi a resposta que obtive depois dela passar os braços pelo meu corpo e adormecer.
***
- Mas vocês já vão? Nem deu para matar a saudade direito. -- a Ana disse com um biquinho no rosto
- A Baixinha tá carente? -- eu perguntei rindo
- Baixinha é a senhora tua mãe. Esta senhora maravilhosa! -- a Ana disse rapidamente abraçando a minha mãe e arrancando uma risada dela
- Oh, respeito com a Dona Luiza. -- eu disse sério e todos caímos na gargalhada
- Mas a Ana tem razão, nem deu para ter uma conversa direito. -- o Patrício disse depois de dar um gole na sua cerveja
- Eh mano, eu sei, mas eu ando aí com uns planos, então logo logo matamos a saudade toda.
- Que planos, posso saber? -- a Paola virou-se para mim e olhou-me com uma cara que indicava que era melhor eu começar a falar
- Né nada não, depois te conto. -- eu disse coçando a cabeça e desviando o olhar
- Sei! -- ela disse com aquele tom irônico
- Tô falando, não é nada.
- Ok, no pergunto mais nada. -- ela cruzou os braços no peito e eu suspirei
- Porra, que mulher dificil, eu hein. -- todos os presentes na sala esconderam o sorriso para a Argentina não ver -- É só uma ideia, depois te conto…-- ela estava sentada, então eu ajoelhei-me ao pé dela --...amor da minha vida! -- eu disse carinhoso e beijei a mão dela
- Olha só, ele é tão o cãozinho dela! -- a Raquel disse e todos riram, inclusive eu e a Argentina, que tentou esconder o sorriso
- Eu só sou o cãozinho dela porque ela é a mulher da minha vida!
- Que lamechas, meu. -- a Paola disse sorrindo para mim -- Tú también eres el hombre de mi vida! -- ela disse e deu-me um rápido selinho
- Uhhhhhhh…-- todos fizeram juntos, deixando a Paola extremamente corada
- Para gente. O amor da minha vida está a ficar envergonhado. -- eu disse rindo e recebi um tapa dela
- É para aprenderes a ficar calado! -- ela disse antes de me dar espaço para me sentar ao lado dela
***
- Então, vamos brindar! -- eu exclamei -- Ao mais novo membro da família, ao André! -- todos nós juntamos os nossos copos e bebemos o respectivo líquido, champanhe para todos, exceto a Raquel
- Eh, eu queria aproveitar e pedir a palavra por um momento. -- o André disse e todos esperamos que ele prosseguisse -- Sei que não é pela ordem normal, mas queria perguntar ao Senhor João e à Dona Maria se me dão a benção para pedir a vossa filha em casamento... -- ele disse um pouco nervoso e todos paramos o nosso olhar na Raquel
- É sério, amor? -- ela perguntou com os olhos brilhando de felicidade
- Se eles deixarem, eu amaria ser o teu marido! -- ele disse sorrindo e dando uma mão à Raquel, deixando a outra sobre André, que estava no colo da mãe
- Acho que é mais que óbvio que nós te damos a benção, meu filho! -- a minha mãe disse toda carinhosa e arrancou mais um sorriso de todos
- Então, Raquel Fogaça, aceitas ser minha mulher? -- ele perguntou depois de se ajoelhar e mostrar o anel
- É claro que aceito! -- ele colocou o anel no dedo dela e levantou-se, selando os lábios dos dois
Depois de tudo passar, reparei que a Argentina tinha juntado as nossas mãos quando o Miguel começou a falar. Ela tinha um sorriso gigante nos lábios. Eu passei o meu braço pelos ombros dela e sorri também para a cena.
***
- Obrigado por ter vindo, mãe, pai. -- eu disse ao despedir-me deles na porta
- Quê isso filho, nós é que agradecemos pelo almoço, façam boa viagem.
- Obrigada, Dona Luiza. -- a Argentina disse carinhosa e trocou um par de beijos com a sogra -- Prometo fazer o seu filho ligar mais vezes. -- ela disse rindo
- Obrigado, Paola. -- o Senhor João deu um abraço nela -- Este moleque já não liga para os seus velhos. -- o mei pai lamentou-se
- Que drama, eu ligo toda semana.
- Mas nós preocupamo-nos. -- a Dona luiza veio defender o marido
- Tá bom, mamãe, papai, juro que vou ligar mais vezes! -- eu disse e abracei os dois
- Te amamos, filho! E a ti também, Paola! -- a minha mãe disse antes de fechar a porta
- Que foi? -- eu perguntei ao ver a Argentina emocionada
- Só eu que sou uma boba, gracias! -- ela disse e abraçou-me
- Eu também te amo, sabias? -- eu perguntei sorrindo e ela brincou com o seu nariz no meu
- Uhm uhm! -- ela balançou a cabeça positivamente e juntou os nossos lábios
- Urm urm…-- nós separamos as nossas bocas e olhamos para o sofá -- Os pombinhos não podem namorar noutra hora? -- a Ana perguntou sorrindo
- Tá bom…-- eu disse contrariado e dando um selinho na Paola antes de voltar para perto deles -- Vamos aproveitar estas duas horas!
***
Conversamos, bebemos, mimamos o André e, se não tivéssemos o voo marcado, ninguém arrancaria a Paola de perto do afilhado.
Como é óbvio, chorou um pouco para se despedir do pequeno e, depois de chorar mais um pouco para se despedir da Raquel e da Ana, embarcamos de volta a França.
Agora juntos!
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