Tapa!!!
— Idiota!!! Como sempre você teve que estragar tudo!!! — disse isso enquanto limpava as lágrimas que começavam a cair.
— Mily, me desculpa.
— Felipe, eu acho que nós não podemos mais ser amigos.
— Mily! Espera… — e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa eu já havia saído correndo.
Antes que eu pudesse chegar na esquina começou a chover e a chuva foi ficando cada vez mais forte.
— Droga! Porque teve que começar a chover justo agora? Eu preciso chegar em casa o mais rápido possível.
Chegando em casa eu fui direto pro chuveiro, eu precisava tomar um banho, afinal, eu estava numa situação deplorável: molhada, olhos inchados, o cabelo todo bagunçado, o rosto todo sujo pela maquiagem borrada, vestido e sapatos totalmente destruídos pela chuva e pela lama, etc. O meu pai e a Michelle se assustaram quando me viram desse jeito e até perguntaram o que havia acontecido, mas eu nem ao menos respondi.
Depois do banho eu tentei dormir um pouco, mas parecia impossível, essa noite foi longa demais e não saia da minha cabeça.
“Felipe, seu idiota, porque você teve que fazer isso? Porque você teve que estragar a nossa amizade? Apesar de tudo aquele beijo não sai da minha cabeça, tudo bem que eu fiquei surpresa, afinal ele foi a primeira pessoa que me beijou… Apesar de eu ter namorado com o idiota do Eduardo por alguns meses ele nunca tinha me beijado, ele dizia que era alguém reservado, mas provavelmente era por me odiar, mas é até melhor assim, não gostaria de ter meu primeiro beijo com alguém como ele. Mas eu senti uma coisa estranha com o Felipe, aliás, eu ainda sinto, o meu coração está batendo super rápido, o meu corpo todo parece estar em chamas, o meu peito e meu estômago estão doendo muito, isso é muito estranho, eu nunca senti algo parecido...”
Por fim, eu não consegui pregar o olho a noite toda, meu celular tem mais de 500 chamadas perdidas da Auria e SMS. “Será que ela ficou sabendo do que aconteceu?” De qualquer maneira eu não quero falar com ela agora.
(Algumas horas mais tarde)
— Mily! Por favor abre essa porta, eu preciso falar com você. — era a Auria.
— Tudo bem. Você está sozinha?
— É claro que estou, agora abre logo.
— O que você quer Auria?
— Bom, eu fiquei sabendo do que aconteceu.
— Ótimo! Vai querer me dar uma bronca agora?
— É claro que não, eu entendo o que você fez.
— Sério??
— Não! E eu vim aqui para te dar bronca sim. Não foi certo o quer você fez.
— E o que você queria que eu fizesse senhorita certinha?
— Olha Mily, tudo bem que nós somos melhores amigas, mas eu não vou ficar te dizendo o que é certo ou errado, muito menos vou decidir por você o que é certo a fazer. Eu só te digo uma coisa, pense primeiro em tudo o que aconteceu e no que você sente em relação a isso, deixe tudo isso claro em sua mente e eu tenho certeza que a resposta irá aparecer. Não se deixe levar por um falso amor e arrisque-se. Bom, eu já vou indo. Mas promete que vai pensar, ok?
— Tudo bem. — e com isso eu fiquei pensando em tudo, em tudo o que me incomodava.
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