Do outro lado Sara ouvia tudo já com lágrimas escorrendo pelos olhos.
— Quanta maldade, prima! — falou Nate, sua prima, que estava ao seu lado
Sara apenas acenou e saiu andando pelo corredor.
POV Sara
É, aquela doeu. Essa era eu, Sara Lance, há 20 anos. Ridículo, né?
Eu afogava as mágoas na bebida quando rolou uma parada interessante.
— Gata, você é uma tortinha de frutas: doce e quente! — escutei ao longe um cara qualquer falar
— Nossa! Oh gatinha— falou outro cara — essa deve ser divertida, porque já fiquei animado
Derrepente,a mulher proferida, estava sentada ao meu lado no bar e ao pôr sua bolso no balcão ela acabou caindo e eu como a dama que sou resolvi falar a ela.
— Deixou cair a bolsa— disse enquanto girava o anel no meu dedo anelar
— Dá pra sentar em dez segundos sem levar uma cantada? Obrigada— disse perdendo a paciência
— Gente, eu só ia dizer que a sua bolsa caiu— falei me esticando para pegar a bolsa e depois colocando ela em cima do balcão e dando dois tapinhas
— aí, desculpa. Pensei que... — falou pondo a mão na testa mas logo a interrompi
— Tudo bem— respondi bebendo a minha cerveja
— Não conheceu a mulher que te deu esse anel num açougue como este— disse sorrindo gesticulando ao redor
— Refetorio da escola
— Há quanto tempo é casada?
Eu ia contar pra ela. Ia mesmo. Mas não queria que ela soubesse que eu era uma otária, e a enrolei um pouco.
— Seis anos— menti
— E onde está a sua mulher hoje?— perguntou se apoiando com o cotovelo na bancada
— Parei de fazer essa pergunta a muito tempo
— Que triste— disse com rosto triste
— Minha mulher diz que eu trabalho demais. É só pra sustenta-la com sua compulsão por compras...e pelo crack
— Por que não termina com ela?— perguntou curiosamente
— Pelos filhos... Todos os 14— vi ela acenar com a cabeça pelo canto do olho— Eu adoro adotar e não quero parar de fazer isso
— Tadinha— respondeu acariciando a minha mão— Quer ir para um lugar melhor?
Foi assim que eu descobri o poder de uma aliança. O símbolo da minha humilhação me pôs de volta na pista.
—Sério? Você vai sair com esse narigudo? — escutei um cara dizer enquanto ela me puxava em direção à saída
Troquei a minha especialização de Cardiologista para Cirurgia Plástica...
Me livrei da nareba e a aliança virou minha aliada.
— Imaginei que depois do casamento ela não se prostituísse, mas...
— Precisa botar essa aliança num bom coração— falou Lyndsey pegando a minha mão e pondo no seu seio
— taí uma boa oportunidade — respondi pegando minha cerveja e bebendo o resto do líquido
— E a gente podia aproveitar mais em outro lugar?
— Legal. Vamos lá— disse ainda com a mão no seu seio e a segui até o seu apartamento
Às vezes, eu penso em jogar a aliança no mar. Sei eu é errado. Mas não consigo. É o meu precioso.
Fora que ser casada de mentirinha é o jeito perfeito de nunca mais partir nenhum coração.
"Lyndsey, a noite foi maravilhosa! Ps:Obrigada por não me bater como a minha mulher"
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