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História Esse Amor - Realidade


Escrita por: Nymus

Notas do Autor


Olás,
Sim, eu sei que demorei. Como eu disse antes, posso demorar, mas vou terminar a história. Pretendo dar uma atenção especial a ela e tentar (TENTAR) finalizar esse mês. Vamos ver se lograrei êxito nisso.
Quando eu terminar minha saga de contar um romance para cada um dos meninos, eu juro escrever uma outra do JiYong com ele sendo uma personagem decente, durona e tudo mais hahahah

Obrigada pela paciência e por lerem.
Já sabem, pode ter erros...

Meu tuit é @/ladynymus - se quiserem conversar ♥

Capítulo 39 - Realidade


[JiYong]

Com a testa colada no vidro da janela do quarto, olhava a tempestade que assolava Bali. Meu plano de voltar o quanto antes a minha Mo YunJi não deu certo. A mudança do tempo, o estado deplorável de Jennie e do fotógrafo atrasaram os trabalhos. Os dois tinham bebido demais na noite passada, uma atitude deplorável para duas pessoas que tinham costumes ótimos de trabalho.

Jennie não sabia nem onde estava quando chegou para o trabalho. Eu arriscaria dizer que ela ainda estava bêbada, mas nem poderia pensar nisso. Mesmo com ela reclamando de dor de cabeça e forçando seus sorrisos, não conseguia me preocupar com ela, tudo o que pensava era em Mo YunJi - e não que houvesse qualquer mudança desde que eu a conheci, passava mesmo boa parte do meu tempo pensando no que ela estaria fazendo ou no que eu queria estar fazendo com ela.

O tempo virou rapidamente e logo uma tempestade acabava com o trabalho e indicava mais um dia no lugar paradisíaco. Em outra ocasião, eu não me importaria de ficar mais um dia, o lugar era lindo, mas a minha constante preocupação em relação a Mo YunJi me deixava ansioso para voltar o quanto antes. Como não seria possível, eu fui para o quarto do hotel antes que despejasse meu ódio em alguém.

Parado ali, olhando a chuva pesada e a forma como as árvores eram açoitadas pelo vento, me sentia refém do clima. Isso existia? Fiz duas ligações para YunJi, ela dizia que estava bem e eu queria acreditar, mas era um homem que precisava ver para crer. Conversamos por vídeo e ela parecia cansada, disse que minha mãe a estava tratando bem. Bem, não poderia pedir a ela que continuasse com a vigilância na minha noiva, assim, pedi a meus amigos que fossem ficar com a minha garota. Ao menos, eu saberia que ela estaria protegida.

A campainha do quarto tocou e me afastei do vidro para atender o visitante. Era Jennie, ainda usando os óculos escuros e a roupa curta que ela vestia antes do ensaio. A deixei entrar e ela passou a mão no cabelo comprido, parecendo desajeitada. Colocou as mãos na frente do shorts bastante revelador e deu um sorriso de lado.

“Você já está sabendo, sunbaenim? Sobre os boatos na internet?” ela perguntou, ficando um pouco corada.

“Sim, eu soube. Já falei com o DooJoon-sshi a respeito e ele vai tomar as providências cabíveis” respondi e indiquei a ela o sofá para que pudéssemos conversar.

“Sari me disse que a repercussão nos comentários é muito negativa em relação a Mo YunJi… Achei que devesse saber, afinal, eu me preocupo com a segurança dela”.

“Ela vai ficar bem” garanti tanto a ela como a mim mesmo. Já estava decidido a ter Mo YunJi somente para mim e, felizmente, minha obsessão me tornava implacável.

“Você não parece muito preocupado… Achei que estaria mais nervoso, no entanto, você está bem calmo. Queria ter esse sangue frio também” ela comentou, esfregando as mãos “não gosto quando ficam colocando nossas coisas na internet e…”.

“Nossas coisas?” a interrompi. “Que nossas coisas? Não há nada lá de verdadeiro, a não ser a parte que eu tenho um relacionamento com YunJi” disse, bastante sério.

“Claro” ela riu, sem jeito “claro, eu não quis dizer nada de errado, as pessoas entendem isso da maneira que querem, não é?”.

“Acho que sim, por isso que devemos corrigi-las”.

“Você acha que tem algo de errado em pensarem que nós dois temos um relacionamento romântico? Mesmo depois do que aconteceu entre nós no Japão?”.

Olhei para ela, pensando no que Jennie queria dizer com essas palavras. O que aconteceu no Japão foi um grande erro, mas ela parecia levar a sério. Só podia estar louca. Admitia que ela era uma mulher muito bonita e bastante sensual, mas era muito fácil para mim ignorá-la, ignorar qualquer outra mulher. Eu tinha tudo o que poderia querer com a minha preciosa YunJi, não haveria de buscar nada fora do corpo incrível dela.

Quis rir quando constatei isso. Antes, eu nem poderia pensar nisso, agora o pensamento me ocorria com tanta nitidez que me dava uma estranha segurança sobre estar fazendo a coisa certa.

Ah, estava com tanta saudade dela. Queria tê-la em meus braços e embalá-la, murmurando tudo o que eu queria fazer e escutando sua risada suave de concordância. Eu não conseguia mesmo parar de pensar nela e acabava sorrindo, como um bobo apaixonado, com minhas próprias lembranças e desejos.

“Você está me ouvindo?” Jennie falou mais alto e percebi que fazia algum tempo que ela estava falando alguma coisa. “Isso é sério? Você realmente gosta dela?”.

“Claro que sim, eu amo Mo YunJi” respondi, com simplicidade. A facilidade que as palavras vinham e expunham meus sentimentos, me deixava livre de uma forma que nunca fui antes. Eu nunca soube que o amor podia ser libertador. Agradeceria muito a Mo YunJi todos os dias da minha vida por ter me dado essa nova visão do mundo.

“Uma mulher que foi mandada embora por acusações de roubo? Que todos pensam ter um caso com Zion. T? Isso é mesmo sério? Quer dizer, você não vê onde está enfiando a sua carreira, sunbaenim? Tudo por uma mulher que não se compara ao seu status?”.

Jennie podia ser tomada como alguém da minha família. Suas palavras eram ecos das palavras do meu pai, das palavras da minha mãe, até mesmo das palavras antigas de DooJoon-sshi. As pessoas criavam expectativas sobre como você deveria levar a vida, eu sabia que havia muitas sobre como eu deveria levar a minha. Antes, eu me importava com essa opinião de fora e deixava que DooJoon-sshi soubesse das garotas que namorei, eu esperava aprovação dos meus pais. Isso não se aplicava a YunJi, eu a queria só para mim porque a amava muito para dividir com os demais e porque sabia que ninguém gostaria da atitude rebelde dela. Era complicado explicar o que eu sentia ou o que eu queria daquele relacionamento, ainda mais quando alguém atacava uma pessoa tão generosa como minha amada.

“Eu não dou a mínima para isso e você também não deveria se importar. Se ficar pensando no que os outros acham das coisas, nunca vai enfrentar as dificuldades do nosso ramo. Quando você tiver um namorado, Jennie-yah e gostar dele, espero que faça um esforço para que esse amor aconteça”.

Jennie ergueu os óculos e me encarou com os olhos vidrados. Eu não sabia quem era aquela mulher, eu nunca vi Jennie olhar daquela forma ou ter uma postura corporal tão agressiva. Ela ficou de pé e riu, extremamente divertida e sarcástica.

That’s ridiculous! Don’t get sloppy!” ela arrumou os óculos “essa era uma chance única, sunbaenim de você perceber o seu erro, mas… Whatever” disse e caminhou para a porta do quarto. Eu permaneci sentado, olhando descrente sobre o que tinha acabado de acontecer. Eu só olhei para a porta quando ouvi um grito de Jennie e vi que ela esbarrou em DooJoon-sshi no corredor. Me levantei para olhar e a garota foi embora com rapidez e meu agente olhou para mim e sorriu, me empurrando de volta ao quarto e fechando a porta.

“O que aconteceu?” perguntei.

“Nada demais, ela se assusta fácil” replicou e eu notei que ele estava com o celular de Jennie nas mãos. Eu sabia porque eu lhe dei aquela capa de proteção.

“Você pegou o celular dela?”.

“Eu vou devolver, eu só quero confirmar uma coisa” respondeu, mexendo no aparelho. Nem quis saber como ele sabia a senha já que estava impressionado que ele pudesse furtar coisas. As lentes dos óculos dele refletiam as imagens que acessava.

Por breves segundos, eu quis entender que porra estava acontecendo, então, meu lado protetor falou mais alto e bati na mão dele, fazendo com que o celular caísse no chão. Encarei bravo e ele apenas ergueu uma sobrancelha.

“O que acha que está fazendo?” perguntei, furioso.

“Meu trabalho”.

“Seu trabalho não é roubar celular…”.

“Não, não é, mas se você quer minha ajuda, devia me deixar ver o que eu quero” ele respondeu e apontou para baixo. Olhei para a tela do celular caído entre nós dois e a foto registrada me fez abaixar e pegar o aparelho. Passei as fotos, eram minhas e de Mo YunJi na praia, saindo do hotel, no aeroporto de Jeju. Aquelas fotos pareciam com as que estavam no site, aliás, pareciam ser as mesmas. DooJoon tirou o celular das minhas mãos. “Eu disse que estou fazendo meu trabalho”.

“O que isso significa? Por que ela tem essas fotos?”.

“Porque sua irmã deve ter mandado para ela ou ela mesmo tirou. Você se lembra, ela estava em Jeju naquele final de semana”.

“Não” disse. Claro que não. Por que Jennie faria isso? Quer dizer, que sentido teria ela fazer isso e por em risco nossas carreiras? Ela não podia ser tão louca assim…

“Ela é uma garota problemática, eu vou cuidar disso” ele respondeu, sem parecer surpreso ou chocado, apenas pegou seu próprio celular e começou a transferir os arquivos.

Enquanto isso, eu estava tentando entender o que acontecia. Jennie não podia querer prejudicar Mo YunJi, ela mesma disse que gostava dela e a achava fofa. Então, pensei no Japão e das lembranças fragmentadas que tinha do evento daquela noite. Eu meio que fiz sexo com Jennie, mas não porque eu queria e sim porque ela me estimulou a isso. Naquele fim de semana, eu e YunJi tínhamos brigado, eu nem consigo me lembrar porque e isso fez com que eu bebesse aquele delicioso saquê. De qualquer forma, meu corpo só queria do de YunJi e acho que foi isso que me fez acordar para o que estava acontecendo no quarto.

Ainda assim, eu não podia acreditar. Jennie era uma das minhas hoobaes favoritas, eu a ajudei a melhorar o rap, expliquei sobre dança, gravei uma música com ela porque sabia do seu talento. Quando coloquei meus olhos nela pela primeira vez e a vi treinando com os demais, eu sabia que ela tinha potencial, que seria uma grande estrela no mundo do entretenimento. Não podia ser que ela estava enxergando meu relacionamento profissional com ela de outra forma, no entanto, como eu poderia explicar o que estava acontecendo?

“Você está pálido, por que não senta?” DooJoon sugeriu e eu fiz exatamente isso. Ele sorriu, ainda de pé. “Não se preocupe, JiYong-sshi, eu vou cuidar de tudo”.

“Eu não estou conseguindo entender o que está acontecendo”.

“Eu sei” ele respondeu, olhando o celular de Jennie, sem parecer incomodado “eu sei que você tem suas coisas para fazer e eu tenho as minhas. Eu disse que vou te ajudar e você não deve se preocupar demais com isso” ele ergueu os olhos da tela e me encarou. “Eu vou devolver o celular a ela antes que ela dê falta, mas antes, vou fazer uma ligação aqui. Apenas descanse e peça algo para comer, você está muito pálido mesmo” recomendou e saiu do quarto, fazendo a ligação do aparelho de Jennie.

Assim que fiquei sozinho, passei a mão no cabelo diversas vezes, como se isso pudesse ajudar meu cérebro a funcionar. Meu deus, ou eu era muito burro ou muito ingênuo. De qualquer forma, me recusei a acreditar porque não via qualquer sentido nisso.



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