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História Esse Amor - Entrega


Escrita por: Nymus

Notas do Autor


Blá-blá-blá e pode conter erros.

Capítulo 59 - Entrega


[YunJi]

“E é aqui que estou ficando em minha estadia em LA” JiYong disse, abrindo a porta do quarto do hotel. Ele me convidou, fazendo um gesto galante com as mãos. Olhei para o espaço enorme, concluindo rapidamente que era maior que meu estúdio. Quartos de hotel podiam ser magnânimos. Tudo bem decorado, de bom gosto e aconchegante para que o hóspede ficasse bem.

Dei alguns passos à frente, apertando minhas mãos, temendo em vão conter meus pensamentos sobre a distância entre nós. Algum dia eu superaria isso? Respirei fundo. Era necessário esforço e coragem.

Notei meu reflexo no vidro da janela. Parada ali, sozinha, num ambiente que era estranho. Talvez tivesse acostumada a pobreza ou que não precisava de nada daquilo. E talvez, fosse tudo verdade. O que deveria importar era estar com ele, os pensamentos de desadequado não deveriam ser prioridade já que não me ajudariam em nada. O tempo desacelerou de tal maneira que revi as últimas horas como um filme na minha cabeça.

Depois de iniciarmos o começo de um novo relacionamento, comemos muito bem no restaurante de Gioconda. As massas e molhos de tomate caseiros sempre me deliciaram. Aquela velha mulher cozinha muito bem e fazia com que eu me envergonhasse do macarrão instantâneo consumido em excesso. Havia mais, a forma como ela e o marido se tratavam, com carinho e cumplicidade, mesmo chegando as bodas de ouro.

JiYong me olhava fixamente durante a refeição. Comecei a sentir vergonha com minha inabilidade de utilizar os talheres com a mesma perfeição que ele utilizava. Quando ele soltou os talheres dele e apanhou as minhas mãos para demonstrar a maneira correta de enrolar o macarrão no garfo e utilizar a colher, fiquei mais do que constrangida, totalmente assustada. “É mais fácil quando você faz dessa maneira” ele disse, com uma voz suave. Tive que concordar depois sobre a facilidade.

Logo após a refeição, saímos para caminhar pelas redondezas, sem rumo definido. A experiência de andar de mãos dadas com ele me tornava a mulher mais feliz do mundo. Apesar de notar que ele estava ansioso por alguma coisa, o silêncio confortável nos acompanhou por quadras e mais quadras.

Nunca pensei que sairia em um encontro com ele. Quer dizer, da forma como tudo aconteceu entre nós, soava inocente considerarmos voltar no tempo. Mesmo que quisesse fazer isso, não tinha qualquer certeza se daria certo. Não acreditava que as coisas pudessem ser resolvidas com tanta facilidade. Admitia a suavidade desse novo acordo, não me sentiria tão incapaz dessa vez.

Voltei minha atenção ao presente quando JiYong me abraçou por trás e suspirou na curva do meu pescoço. Meu corpo abandonou qualquer tentativa de resistir e me acomodei contra o peito dele. “Que bom que você veio, Mo YunJi” ele sussurrou no meu ouvido com a voz rouca de paixão. Senti tanta saudade dele que a minha entrega foi total.

JiYong desceu as mãos pela blusa que eu vestia e tocou minha barriga, levantando o tecido até tocar nos meus seios. Os dedos exploravam com cuidados os mamilos entumecidos enquanto os lábios dele marcavam meu pescoço com leves mordidas. Gemi, saboreando o momento. Senti a respiração alterada na minha orelha, antes dele mordiscar o lóbulo e sussurrar que queria tomar banho comigo. Concordei de imediato.

Com cuidado, ele começou a me despir. Teve cuidado em tirar a calcinha, embora suas mãos tremessem. Tão logo fiquei nua, ele arrancou as próprias roupas e me levou ao banheiro. Assim como o quarto, o banheiro era grande, bem equipado com ducha e banheira. A primeira coisa foi me levar para o box. Ele abriu um pacote novo de esponja cedido pelo hotel e apanhou um dos frasquinhos de sabonete líquido com perfume doce. Dava para sentir sua felicidade e dedicação, como o sorriso sedutor e os olhos cheios de desejo.

Quanto a mim, apenas deixei que ele fizesse o que quisesse fazer. Meu corpo vibrava com o toque dele. Utilizando a esponja, ele me fez gozar ali mesmo, ensaboada em todas partes. Quis tocá-lo e ele me beijou para depois dizer que não tinha terminado. Ele deixou que a água lavasse o sabão e assim que a espuma começou a se desfazer, abaixou a cabeça e acariciou meus seios com a língua. Gemidos escapavam dos meus lábios, enquanto me inclinava e me oferecia ainda mais.

Fazendo um enorme esforço, ele afastou a boca, mas ficou com a cabeça encostada em meu ombro. “Eu quero tanto você que nem consigo pensar” ele confessou, respirando profundamente. Apanhei seu rosto com as minhas mãos e o fiz olhar para mim. A água quente escorria entre nós dois.

“Então, não pense” respondi e o beijei. Gemi contra os lábios macios quando a mão dele desceu no meio das minhas pernas. Mesmo com o esforço para prolongar aquelas carícias, ele acabou acatando a minha ideia e me tomou ali, contra o azulejo escuro de parede, segurando meu corpo da melhor maneira que conseguia. A ansiedade e rudeza no ato me excitavam ainda mais.

Novamente, um outro orgasmo e depois ele teve o dele. Com cuidado, soltou minhas pernas e parou de me apertar contra a parede. JiYong me abraçou e deitei a cabeça no ombro dele, relaxando depois do sexo rápido. A água caia sobre nós, criando um escudo mágico onde nada mais existia, somente nós dois.

Contente com aquele alívio em seu desejo, JiYong insistiu em lavar o meu cabelo. As pontas dos dedos acariciavam o couro cabeludo numa massagem deliciosa. Queria tentar entender porque ele estava sendo tão cuidadoso, quando olhei para as minhas mãos com os dedos enrugados pelo excesso de água e notei que não havia qualquer sinal de tinta. Uma enorme vergonha se apossou do meu corpo, fazendo com que eu me afastasse dele, tentando recuar para um canto do box de vidro, para encará-lo.

“O que foi?” perguntou, seu rosto expressando toda a sua confusão.

“Eu… Era só tinta… Eu não estava esperando visitas e Daniel não se importa com a tinta…” tentei falar, mas não passou de balbucios enquanto minha voz diminuía. Tentei manter o contato visual e desisti depois. Não sei o que ele poderia estar pensando, JiYong era tão organizado e limpo. Devia ter tomado um banho antes de sair com ele.

JiYong apanhou minhas mãos e beijou com carinho. “Mo YunJi tem mãos maravilhosas e pode sujar com tinta o quanto quiser” murmurou, beijando a palma da mão esquerda. Arfei, novamente tomada por aquele forte sentimento de felicidade. “Você é uma artista, meu amor, e eu quero te deixar relaxada para que possa voltar a se sujar de novo. A garota que conheci hoje é tão apaixonada por seu trabalho que preciso cuidar dela para que possa continuar a fazer o que faz”.

Aquelas palavras me deixaram sem fôlego. Meu deus, ele realmente ouviu o que falei no restaurante sobre como gostava do meu trabalho. Talvez a ideia de recomeçar desse certo. Era a primeira vez que sentia que minhas maquiagens não representavam um tormento para ele.

Sussurrei o nome dele, de maneira apaixonada. Ele sorriu e me puxou de volta para a ducha, tirando o shampoo do cabelo. Podia baixar a guarda e me entregar aquele cuidado. Era bom permitir que ele cuidasse de mim.

O momento de permissões chegou. Não havia qualquer força em mim contraria a ceder. Pela primeira vez, disse a mim mesma que nada mais importava e mergulhei fundo nos cuidados que ele oferecia.



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