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Ela chegou em frente a porta, e com pressa abriu, saiu correndo em direção a recepção onde, preocupada, pergunta a enfermeira de plantão qual o quarto onde deveria ir.
Subiu de escadas, o mais rápido possível, abriu a porta e ficou estática quando viu a amiga naquela situação:
-Acalme-se senhorita, ela e esta bem!- O doutor entra na sala- O quadro dela não é instável, mas o ela esta em coma de novo, só acordou gritou seu nome algumas vezes e voltou a “dormir”.
-Mas como isso foi acontecer doutor? Ela nunca foi imprudente no transito e ainda mais em uma pista como aquela.. eu não sei...- Ela deixa uma lagrima cair-.
-Senhorita, o destino não escolhe suas vitimas, ele apenas trás algo inevitável- Ele continua- Talvez ela estivesse em um momento de raiva ou descontrole ou talvez estivesse desatenta.
Monica se lembra da discussão que tiveram mais cedo, e deixa mais uma lagrima cair.
-Agora com licença – O doutor sai para falar com uma enfermeira que estava parada a porta-.
Monica larga a bolsa, e se senta perto da amiga. Pega a mão dela e começa a acariciá-la:
-Eu sinto muito minha amiga, eu sinto muito- Ela lamenta com a cabeça abaixada-.
-Senhorita, poderia vir aqui um instante? –O doutor chama Monica-.
-O que foi doutor, alguma coisa sobre o quadro de saúde dela?- Monica se aproxima do doutor-.
-Não, na verdade, queríamos entregar uma coisa- O doutro fala enquanto mostra um pingente a Monica, um pingente que ela conhecia bem-.
-Você reconhece este colar? –Ele o levanta mais pro alto-.
-Sim, sim reconheço- Seus olhos enchem de lagrimas enquanto olha o pingente que deu para Denise de aniversario-.
-Pois então, foi a única coisa que ficou inteira, na verdade parece que não sofreu nenhum arranhão!- O doutor fala espantado-.
-Nenhum arran...? – Monica chora de vez- Obrigada doutor, mas eu guardo isso na minha bolsa e entrego pra ela quando ela acordar.
-Se assim prefere- O doutro sai do quarto dando um aviso antes- Você tem uma hora!
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Ao sair da sala Monica vê Magali, Seu Denílson e Xaveco esperando do lado de fora:
-Oi Mo, como é que você está? –Magali pergunta a amiga a abraçando em consolo-.
Pelo rosto da garota, dava para perceber que ela havia chorado tanto quanto Monica.
-Estou bem Maga, bom, mais ou menos né? –Monica se apóia no ombro da amiga e se vira para olhar para ela- Mas acho que quem está pior aqui e ele.
Monica aponta para seu Denílson que estava sentado em uma cadeira com a cabeça para baixo choramingando algo indescritível. Monica vai até ele e se senta em seu lado, não trocam uma palavra, a única coisa que ocorre é um longo abraço em forma de solidariedade.
O pai da garota se levanta e entra no quarto da filha, passando uma hora lá
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Cebola estaciona o carro em frente a sua casa, ele abre a porta e se depara com sua mão carregando uma pilha de roupas:
-Filho? Você por aqui? –Ela larga tudo e corre para abraçar o filho- Ai que saudade.
-Mãe eu só fiquei fora algumas semanas- Ele ri-.
-Eu sei filho, mas para uma mãe, isso é a eternidade!- Ela da um ultimo beijo antes de soltar o filho- Mas você não devia estar estudando?
-Ai meu Deus. Mãe eu cansei de São Paulo, não quero continuar lá, me deixa concluir minha faculdade aqui mesmo!- Cebola larga suas coisas no sofá-.
-Mas filho, foi duro te por em uma universidade no meio do ano, pagar a matricula e a primeira mensalidade, a loja de musica do seu pai não está indo tão bem... –Dona Cebola adverte o filho-.
-Eu sei mãe, e sou muito grato por isso, mas a verdade é que eu nunca vou me adaptar a São Paulo, aquela cidade é cheia de playboy mimado com nariz empinado!
-Mas também tem gente de bem, como a família do Cascão, o que eu vou falar pra eles seu Cebola?- Ela balança o dedo indicador-.
-Mãe depois resolvemos isso, agora eu só quero tomar um banho!- Ele sobe as escadas rumo ao seu quarto-.
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Ao sair do quarto, Magali, que foi a ultima a visitar, percebe que já está de noite:
-Meu Deus, o tempo passa tão rápido!- Ela tenta puxar uma conversa, mas ninguém inclusive ela queria falar-.
- Eu acho melhor irmos para casa, a Denise está em coma, talvez amanhã ela acorde, ou talvez depois- Seu Denílson se levanta-.
-Eu também acho melhor, devíamos descansar um pouco. Amanhã estaremos melhor- Xaveco fala indo em direção ao elevador com os outros-.
Antes das portas fecharem, o doutro vem correndo pelo corredor avisando algo animador:
-A paciente acordou –Ele estampava um largo sorriso no rosto- Querem vê-la?
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