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História Essência da Verdade - Aquele momento dourado


Escrita por: Laisve e MorganaLFay

Notas do Autor


Aviso de lemon.

Capítulo 7 - Aquele momento dourado


Fanfic / Fanfiction Essência da Verdade - Aquele momento dourado

 

Shaka estava aconchegado no peito de Shura e sentia as mãos fortes do espanhol passando delicadamente pelo seu cabelo. Acabava sempre se surpreendendo com a delicadeza que um homem com aquele porte conseguia ter. 

— Algo de errado, Rubio? — Shura questionou ao ver Shaka apertar os lábios em um gesto nervoso. 

O indiano suspirou e levantou a cabeça encarando os escuros olhos verdes de Shura. Aquele homem era seu porto seguro. O único com quem se sentia sinceramente a vontade para ser ele mesmo, sem as amarras sociais e as que impunha a si próprio. 

— Não, meu bem… Só estou um pouco preocupado. 

— Camus? — Questionou sério fazendo um carinho na bochecha de Shaka. 

— É assim tão óbvio? 

— Rubio… Você somente se preocupa com poucas coisas nesta vida, porque de resto consegue controlar todas as outras, e esse seu amigo libertino é uma delas. — Sorriu. 

— Ah Shura… — Suspirou se aninhando mais ao namorado e sentindo ser abraçado mais forte. — Aquele ali não tem jeito e eu não sei mais o que fazer… 

— Já pensou em não fazer nada? — Viu Shaka franzir a testa. — Shaka, você sabe que eu amo você, seu jeito e tudo que forma a pessoa que você é. Mas, já parou pra pensar que talvez, mais do que ajudar o Camus, você apenas queira ter a sensação de que está arrumando algo que está bagunçado? Talvez por achar que tem parte da culpa do caos. 

Shaka ponderou por alguns minutos. Acaso outra pessoa tivesse dito tudo aquilo, teria refutado da forma mais impertinente e arrogante que conseguia. Mas quem falou foi Shura, e os deuses sabiam como aquele homem o conhecia e se preocupava com ele. Nenhuma das palavras do espanhol eram destituídas de algum sentido e jamais proferidas à toa. 

— Talvez você tenha razão… 

— Amanhã você liga pra ele e vê se continua vivo, ou se precisamos arrumar os dizeres da lápide: “Aqui jaz Camus, um puto desnaturado, mas um amigo amado”. — Shura falou em um tom divertido o que fez Shaka rir. 

— Ah Shura… Eu te amo, sabia? — Shaka ria olhando apaixonado. 

— Sabia sim. — O espanhol o puxou fazendo Shaka sentar em seu colo.

Começaram um beijo apaixonado e cheio de desejo. Amaram-se mais uma vez, e sem culpa Shaka se entregou aos prazeres e ao acalento que só o namorado era capaz de proporcionar. Por hora, Camus tinha sido esquecido. Apenas por hora, afinal, um virginiano sempre precisa organizar alguma coisa. 

 

***

 

Pela primeira vez em muitos meses Milo teve de volta a sensação de “borboletas no estômago”.

O que era no mínimo engraçado, levando em conta que além do nome, não possuía grandes informações sobre aquele jovem. 

Em alguns momentos se sentia cansado de sua própria intensidade. Como não costumava fazer nada pela metade, o ato de se apaixonar muitas vezes acaba assustando o alvo de seus sentimentos. Até mesmo Dante havia se sentido um pouco acuado pelo fervor dos sentimentos do grego. Contudo, como estavam se descobrindo juntos, o jovem italiano acabou se acostumando e percebendo os benefícios de alguém que se entrega de corpo e alma a tudo aquilo que o cerca. Com Camus, as coisas haviam sido mais doloridas, quiçá traumáticas. Não se arrependia de ter investido no francês tarado. Realmente amou aquele homem e acreditou que em algum momento, poderia ser correspondido, mesmo que a verdade se revelasse a cada segundo daquela convivência. 

Milo terminou por perceber que esperava algo que jamais chegaria, e por acreditar que merecesse mais do que o francês ofertava. 

Mesmo assim, não foi menos dolorido e desolador. 

E por mais que tivesse prometido a si mesmo que iria com calma, priorizaria sua vida profissional e jamais se deixaria levar por alguém que quisesse apenas seu corpo, estava ali, com aquele garoto deslumbrante, tímido e ironicamente sexy, o ofertando um sorriso sincero e reconfortante. Ainda acreditava que precisava ir devagar, mas aquele olhar, o rosto corado e a mania que Hyoga tinha de ficar passando a língua nos lábios, estavam tornando difícil a tentativa de não beijar aquele rapaz. Sorveu o restante da garrafa de cerveja em um único gole. Estava com sede, mas não era necessariamente daquela líquido que precisava. Respirou fundo. 

— Vou colocar no forno uma marguerita. Pode ser? — Milo questionou desviando o olhar daquele sorriso, mais especificamente daquela boca e olhando para a pizza. 

— Claro, Milo. Já disse que qualquer coisa pra mim está bom, de verdade. 

Não querido, não se contente com qualquer coisa.

O anfitrião pensou colocando a forma de pizza dentro do forno e aproveitando para soltar um pouco do ar que estava retido em seus pulmões. Ao que parece, autocontrole era mais difícil que podia imaginar. 

Em paralelo Hyoga tentava conter sua ansiedade.

Estava engatinhando nesse novo capítulo de sua sexualidade e tinha ali, logo no terceiro ato, o mais impressionante exemplar de homem que provavelmente já viveu. Decidiu ajudar o anfitrião a organizar o local no qual iriam comer. Como tratava-se de uma cozinha estilo americana, Hyoga achou por bem colocar os pratos e talheres na bancada e ajustar os bancos nos quais sentariam.

Não sabia mais onde guardar suas mãos que basicamente se guiavam sozinhas na direção de Milo. Conseguiu reunir o equilíbrio necessário para perguntar onde estavam os pratos e passou a se ocupar daquela tarefa. 

Num dado momento o ambiente completamente caseiro e íntimo atingiu a ambos. E mais uma vez riram. 

— Hyoga, quantos anos você tem? 

— Em janeiro completo 22… E você?

Janeiro estava bem longe, mas era uma maneira de diminuir a óbvia diferença de idade entre eles, ponderou Milo, antes de responder:

— Em novembro completo 26. 

Por volta de 4 anos de diferença, não era tanto. Foi o pensamento que ambos dividiram sem nada pronunciar. 

— Quer outra cerveja? 

Milo perguntou já abrindo a geladeira de onde tirou mais duas garrafinhas. Estendeu uma ao convidado. 

Hyoga se aproximou para pegá-la e seus dedos se esbarraram. Eles brindaram mais uma vez e beberam se olhando. A todo momento,  Milo achava encantador o rubor que via estampado no rosto do estudante, que por sua vez percebeu que aparentemente estava se agarrando a muitas coisas no intuito de manter controle de seu corpo e de sua timidez. Primeiro a mochila, agora a garrafa de cerveja.

Hyoga não era ingênuo, muito pelo contrário. Sabia o que queria e quem queria. Porém, a timidez era um traço de sua personalidade, e nesse momento, lutava internamente para mais uma vez não romper com ela e beijar os convidativos lábios de Milo. 

Na ânsia de ser ver ocupado o russo, acabou bebendo um gole maior e uma gota da bebida escapou, escorrendo pelo canto de sua boca. Antes que ele executasse mais uma vez o movimento que vinha capturando toda a atenção do grego, e recolhesse a bebida, sentiu a atrevida língua de Milo passeando languidamente por sua boca e fazendo o favor de recolher a gota de cerveja. O autocontrole havia sido perdido, por ambos.

O momento dourado, aquele segundo antes do beijo, quando você vê pela última vez o outro antes de fechar os olhos, sente seu cheiro e a sua aproximação, foi entre eles leve e natural. 

Eles se olharam assim tão de perto e o suspiro de Hyoga precedeu suas mãos puxando Milo pela cintura. O dono da casa afundou as mãos naqueles cabelos macios, sentindo a respiração do mais novo misturada com a sua.

As garrafas foram colocadas em segurança no balcão por sabe-se lá por qual entidade, ambos absortos na contemplação e desbravamento daquele beijo que desejaram por toda a noite. Estavam imersos e interrompiam aquele encontro faminto apenas para buscar ar, sempre sorrindo. E foi sentindo o calor da excitação, o acalento do carinho e do encantamento mútuo, que provaram, mordiscaram e sorveram os sabores de ambos, que se misturava ao gosto da bebida que acrescentava mais volúpia ao beijo. 

Permaneceram ali por muitos minutos, as garrafas esquecidas suando no balcão e as respirações se tornando cada vez mais arrastadas.

Então, o timer que Milo responsavelmente havia acionado apitou. Sem aquilo a pizza provavelmente se tornaria um torrão de carvão no forno. 

E eles riram mais uma vez quando o grego fingiu irritação com o utensílio e virou-se para verificar o forno. Hyoga pegou sua garrafa e sorveu um gole. Pensou no quão irônico era ele que evitou beber no início da noite, pois planejava dormir bem para passar o fim de semana estudando, estar agora na casa de um deus grego bebendo e beijando sem pudores.

Estava calor! Afastou-se o suficiente para sentar em um dos bancos altos que ficava de um dos lados do balcão. Agradecendo mentalmente a pessoa que havia criado aquele estilo de cozinha, pois assim, poderia disfarçar a ereção que despontava em seu baixo frente. 

Milo olhou a pizza no forno entre suspiros e pensamentos indecentes. Contudo, não queria fazer nada às pressas. Não dessa vez. 

Sempre se jogava de cabeça em suas relações, românticas ou não, e decidiu que precisava conhecer melhor aquele rapaz, mesmo que seu corpo parecesse já ter obtido todo o reconhecimento necessário. 

Tirou a pizza do forno pensando na dualidade que era querer ficar perto de Hyoga e ao mesmo tempo, tentar disfarçar o desejo que despontava. Já havia percebido que o russo era tímido e não queria aumentar o embaraço dele. Ou, só não queria naquele momento, atiçar mais o jovem. 

Milo deposita a pizza na bancada.

— Vamos jantar?

— Claro! Não vai se sentar? — Hyoga olhou para o banco ao seu lado. 

Milo sorriu maroto, pensando nos sentidos que podia atribuir aquela pergunta e sentiu um comichão que indicava que seria mais prudente permanece do lado oposto do balcão. 

— Vou ficar aqui mesmo. Fica mais fácil de pegar as cervejas. 

Hyoga estreitou os olhos, assoprou um pouco o alimento fumegante e mordeu uma fatia da pizza. Imaginava se aquela desculpa, porque sim, aquilo era uma desculpa esfarrapada, era uma tentativa de ocultar o mesmo “problema” pelo qual ele passava. Afinal há pouco ele pode perceber claramente que ambos estavam animados com o contato.

De frente um para o outro, o russo viu Milo morder os lábios antes de comer um pedaço de pizza, e se pegou pensando em como em uma mesma noite passou a achar trocas de marcha e pizzas congeladas muito excitantes. 

Que mais mudaria em sua perspectiva agora que conheceu Milo?

 

***

 

Camus, no banco de trás do carro que chamara por aplicativo e que o levava para sua residência revisava seus contatos telefônicos na esperança de encontrar alguém minimamente interessante que pudesse estar disponível naquele horário. 

Não havia! Torceu o nariz e guardou o celular no bolso da calça. Teria que se contentar com resolver sozinho seu desejo desamparado. 

Um desperdício! Ele sentia, por menos que quisesse admitir, um grande cansaço. Acreditava em sua abordagem, mas tendo uma personalidade originalmente introspectiva era uma demanda de energia considerável que despendia em noites de caçada. 

Esse era um dos motivos que fizeram com que mesmo livre de Milo ele tenha saído tão pouco nos últimos meses. 

O trajeto termina, educadamente se despediu do motorista, deixa o carro e entra no edifício. Não há porteiro. Segue ao elevador e pressiona décimo primeiro andar. evita encarar seu reflexo no espelho que decora uma das paredes do elevador. Eram apenas 2 apartamentos por andar e ele se dirige a primeira porta do lado esquerdo 111. Alcança suas chaves no fundo do bolso e adentra seu templo.

Sim, para Camus sua casa era um templo. Pouquíssimas pessoas já haviam sido convidadas para desfrutar daquele espaço. As últimas sendo Milo e Shaka. 

Torceu o nariz ao lembrar do amigo. Verificou mais uma vez o celular. Tinha certeza absoluta de que o indiano o procuraria, mas até aquele momento nenhum sinal. 

Deixou o corpo cair em seu sofá espaçoso e abriu o aplicativo de paquera que usava em momentos críticos. 

Ficou observando as fotos e passando para o lado os perfis um atrás do outro, rejeitando a todos, sua expressão um enigma. 

 

***

 

O apartamento era pequeno, a ideia de Isaak de despachar Hyoga, em suas próprias palavras, realmente tinha suas razões. O único cômodo com tamanho razoável era a sala. Eles se desgrudaram por poucos momentos quando Isaak foi a seu quarto em busca de lubrificante e Kanon observou seu entorno.

Eram dois quartos com cama de solteiro e guarda roupas, estreitos e idênticos segundo o garçom. Uma cozinha pequena e sala e banheiro desproporcionais com o restante. Isaak retornou com a bisnaga entre os dedos e um sorriso inexplicavelmente ainda mais safado. 

— Aquele Ruivo queria te consumir a noite toda… 

— Pois é, mas, olha só onde eu estou…

Kanon tirou a camiseta do outro e começou a mordiscar-lhe a pele clara, um contraste com a sua própria, bronzeada. De joelhos ele aproveitava a barriga plana de Isaak que gemia manhoso, enquanto buscava retomar o assunto.

— Sim, você está aqui e eu que vou comer essa bunda gostosa… Mas, me diz, da onde você conhece aquele cara?

O grego, que havia aberto e baixado as calças de Isaak não se dá ao trabalho de responder.

Está concentrado matando sua vontade do cheiro e do sabor que desejava voltar a sentir há dias. Kanon mama naquela rola como se sua vida dependesse disso. Deliciado e enlouquecido com as reações de Isaak. O anfitrião, por sua vez, decide aproveitar o fenomenal boquete que recebe da tenra e experiente boca de Kanon, ainda assim, no fundo de sua mente segue incomodado com as atitudes do Ruivo que assediou seu homem a noite toda.

Provavelmente esse fluxo de pensamento poderia ser creditado a sua pouca idade. Isaak tinha apenas 20 anos. Mesmo dedicado a sua apetitosa tarefa, passeando suas mãos por cada milímetro de pele que pudesse alcançar, Kanon percebe que o rapaz não está completamente presente naquele momento. Obviamente isso o incomoda. Afasta sua boca sonoramente, saliva visível e pergunta sem rodeios:

— Você não está afim? 

Isaak leva alguns segundos para focalizar no homem ajoelhado devotamente a sua frente. 

— Eu te trouxe para a minha casa. Porque faria isso se não estivesse afim? 

— Você parece estar pensando em outra coisa. Estou aqui quase tirando sua alma pelo pau e você não parece estar curtindo… 

— De onde tirou isso? Você quer que eu faça o que? Te olhe igual ao ruivo? 

— Mas que porra Isaak — Kanon levantou — Ainda esse cara. Que merda! Eu estou com você!

— Não estou questionando isso. Só quero saber de onde você conhece ele? O cara parecia já ter ganhado uma dessas suas mamadas. 

Kanon sentou no sofá, passando a mão nervoso pelo cabelo. 

— Jura para mim que no meio do sexo você quer falar de um cara que eu nem conheço?

— Meu cu que você não conhece! Não sou idiota, Kanon. Ninguém come com os olhos com tanta propriedade um corpo que nunca viu sem roupa! Um gato daqueles. Lógico que você conhece. O cara passou a noite toda te secando. 

O mais velho olhou consternado para Isaak, observando que mesmo no meio de uma briga o pênis do garoto não desanima. Vantagens da juventude. Pensou vagamente chateado.

— Pois estou dizendo que não conheço. Vem cá… — Bateu no sofá ao seu lado — A gente não precisa discutir por isso. Nem faz sentido. Vai me dizer que não sentiu a minha falta? Prefere ficar falando de um psicopata ruivo do que se divertir? 

Isaak ponderou. Jamais admitiria mas tinha sentido saudades daquele homem, só precisava saber qual a relação dele com aquele ruivo gostoso. Só isso! Não era muito! E há cada momento em que Kanon se negava a falar, ficava mais irritado. 

Kanon levantou do sofá, aproximou pacientemente, colocando uma das mãos no rosto de Isaak. 

— Para com isso. Eu estou aqui com você e para você. 

Puxou o rapaz que se deixou levar e iniciou um beijo faminto e desesperado. Kanon era um homem paciente, mas aquela crise de ciúmes desmedida estava testando seus limites. Passou a beijar o pescoço de Isaak descendo os beijos pelo peito, barriga e voltando ao membro que a pouco estava sugando com tanto vigor.

Fez com que o rapaz deitasse no chão e tirou a própria camisa, voltando sua atenção a rola que independente da situação se manteve em riste. Retirou a calça de Isaak que estava apenas abaixada, e passou a lamber não só o membro, mas também as bolas e afastando as pernas do mais novo, desceu sua língua provando de todo aquele corpo, como se aquele rapaz fosse algum tipo delicioso de doce que precisava para viver.

Levantou os olhos e viu que Isaak acompanhava seus movimentos, mas o olhar parecia vazio. 

— Eu quero muito me enterrar em você… — Sussurrou sensual se acomodando entre as pernas de Isaak. 

Aguardou alguma resposta, mas continuava sendo observado pelo olhar vazio. 

— Isaak? — Chamou se afastando um pouco. — Caralho, Isaak você está aqui comigo ou não? 

O rapaz se assustou com o tom de voz do outro. Nunca tinha visto Kanon falar daquele jeito. 

— Estou, claro que estou!

— Pois não parece. — Levantou-se vestindo a camisa que tinha jogado no sofá — Estou aqui te lambendo inteiro, doido para te comer e você parece a merda de um peixe morto com olhar vidrado! Não vai me dizer que ainda tá pensando na porra do ruivo que eu vou achar que você queria estar fodendo com ele. 

— E você não queria? — Sentou dando um sorriso sarcástico. — Acho pouco provável que não quisesse, o cara era lindo!

— Eu só posso estar pagando por algum pecado, só pode. Caralho, Isaak, eu não conheço aquele cara e se conhecesse que diferença faria? Eu terminei a noite com ele, por acaso?

— Não, mas porque eu intervi.

— Não, seu imbecil, porque eu quis ficar com você! Ou você está achando que eu estou aqui só porque você decidiu? Eu faço escolhas também, meu jovem. Talvez, essa não tenha sido a melhor delas. 

Kanon se arrependeu no segundo seguinte do que havia dito ao ver a expressão no rosto de Isaak. Toda a conversa o tinha ofendido, mas o que ele disse pareceu bater bem fundo para o garçom. 

— Não foi isso que eu quis dizer… Eu…

— Sai da minha casa! — Isaak decretou pondo-se de pé, sem qualquer pudor, apontando para a porta. 

— Isaak, calma…

— Sai da porra da minha casa, Kanon! Não quero te ver mais aqui. SAI! 

Kanon se assustou com o grito que o jovem deu e recolheu seu casaco que havia deixado jogado em um canto qualquer, naquela ânsia de se despirem. Caminhou até a porta e parou girando a chave. 

— Isaak… Se eu sair desse jeito…

— Eu quero mais é que você se foda! — Riu debochado — Quem sabe até com o tal ruivo. 

Kanon deu um soco na porta e olhou para Isaak antes de girar a maçaneta e sair: 

— Você é um moleque! 

Isaak se jogou no sofá colocando as mãos no rosto, assim que ouviu a porta bater.

Que merda que eu fiz?

Pensou se deixando cair no sofá e focando o nada. 

 

 

Continua...


Notas Finais


Mas que coisa Isaak?!

Gente, alguém entendeu?


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