História Estações - Spring: Segundo Encontro (Parte 3)

Pov Lauren

Depois de dar um beijo forte em Camila, nós fomos finalmente ver o armário. Na verdade verdade só agora eu tinha notado como o quarto era. Decorado em branco e lilás, com uma enorme cama redonda no centro. Havia uma pequena sala ali, com direito a um sofá e poltrona, assim como um tapete preto entre estes moveis. Uma porta branca estava na parede mais ao fundo, no lado contrário estava o bendito armário de cor marfim. De maneira ansiosa, eu abri as portas do armário e uma luz interna se acendeu.

Era como um altar sexual!

Havia de tudo ali. Vibradores, algemas, uma coleção de chicotes pendurados e até mesmo fantasias sexys. Tinha artigos que eu não fazia nem ideia de que para que serviam e eram até engraçados. Camila estava ao meu lado, olhando tudo curiosa e com um sorriso divertido nos lábios.

-Algemas? – ela indagou pegando um par de algemas felpudas rosa.

-Não, eu gosto quando você me arranha e toca também – neguei um pouco pensativa.

-Tive uma ideia. Vamos entrar mais no clima e depois você escolhe o que quiser – Camila ofereceu desinibida, eu nunca a tinha visto tão solta daquele jeito, apesar dela nunca ter problemas quando o assunto era sexo – Eu estou tendo algumas ideias que você pode aproveitar bastante e depois me aproveitar.

Se eu iria discutir? De forma alguma, quando ela sorriu totalmente pervertida eu quase implorei para que ela fizesse logo o que pretendia.

-Sente na cama e espere só um pouquinho, não olhe para cá ou estraga o fator surpresa.

Obedeci prontamente. Sentei na cama notando mais na decoração do quarto, percebendo como podia escutar perfeitamente a música ali dentro, o que eu agradecia pois iria abafar os gritos de Camila. Ah só de pensar que eu iria fazê-la gritar eu me sentia excitar ainda mais! Escutei os movimentos rápidos de Camila e ela quase caindo, mas ela gritou que estava bem e que eu não deveria olhar. Ri baixo adorando saber que apesar de tudo, Camila ainda continuava desastrada como sempre foi.

Dez longos minutos depois, escutei Camila se aproximando. Franzi o cenho, já que o barulho do salto dela tinha mudado, agora era mais fino. Ela lentamente veio para a minha frente e meu queixo foi caindo a cada detalhe que meus olhos absorviam dela. A latina tinha mudado a roupa. Agora usava um vestido preto extremamente curto e com um decote, que pelos deuses, deveria ser proibido de tão revelador. Ela usava meia calça e a porra de um salto vermelho! Eu poderia ataca-la de uma maneira bruta só pela forma como estava vestida.

-Regra número um – Camila disse enquanto se aproximava de mim, ela pousou o pé direito entre as minhas pernas, fazendo o vestido escorregar e mostrar que ela usava uma espécie de coldre na coxa – Não vai me tocar até que eu diga que pode, se o fizer, vai ser castigada – Ela então mostrou o chicote que trazia, o tamanho era mediano, mas a corda era de couro – Juro que não terei piedade se desobedecer Lauren.

Ela colocou o chicote preso a coxa e inclinou em minha direção mantendo a perna erguida. Eu arfei sentindo meu coração disparar e meu sexo pulsar loucamente. Já estava para beijá-la quando levei um belo tapa na cara, um que não foi um dos mais fortes, mas que foi surpreendente excitante e inesperado.

-Eu avisei! – Camila disse rouca e piscou um olho malandra.

A morena finalmente se afastou e eu engoli em seco, idealizando o quanto eu estava ferrada para me segurar quando eu tinha a coisa que eu mais desejava na vida bem ali, provocante e mortal. Uma música começou a tocar e logo reconheci a introdução de Supermassive Black Hole da banda Muse. Camila sorriu de uma maneira tão sedutora que cruzei as pernas para tentar conter a puta excitação que eu estava sentindo. Ela revirou os olhos e jogou o cabelo de lado em um movimento sensual com a cabeça e já se preparava para dançar quando a voz de Britney Spears começou a cantar ao invés do cantor da banda de rock. Era um mash up! O sorriso da latina apenas aumentou e ficou ainda mais perigoso, seu corpo começando a balançar em uma dança desde já sensual.

O movimento do quadril, o movimento dos ombros, as viradas da cabeça que fazia o cabelo bagunçar... Eu não resisti nem meio minuto e já estava levantando rapidamente na direção dela! Camila percebeu e rapidamente puxou o chicote, o esticou em um movimento, o girou sobre a cabeça e o lançou em minha direção. A corda de couro atingiu o meu braço de maneira tão seca e forte que produziu um som estalado e dolorido. Encolhi prontamente e a fitei furiosa, Camila girou o chicote mais uma vez e o atirou em minha direção, atingindo a minha coxa e me fazendo recuar até cair na cama. Ela fez não com o dedo e o mordeu de maneira pervertida enquanto guardava o chicote mais uma vez.

Segurei firme no colchão enquanto observava Camila voltar a dançar. A batida da música de Muse permanecia, mas a letra era de Break The Ice! Deuses, tudo parecia se encaixar perfeitamente para o momento. Camila dançava completamente desinibida, a cada rebolada meu mundo parecia girar. Eu a devorava com os olhos e tinha a boca aguando para que eu a chupasse por inteiro. Então veio o refrão e os primeiros gemidos que a Britney soltava na música. Ela colocou as mãos no cabelo, se movimentando bem lento e fazendo uma expressão delirante de prazer enquanto realmente gemia. Eu apertei tanto o colchão que pensei que meus dedos iriam perfura-los. Já não estava aguentando quando Camila deslizou a mão pelo corpo até parar no chicote e isso me parou. Ela sorriu vitoriosa e se aproximou ainda em movimentos de dança.

-Não me toque – ela ordenou firmemente.

Acenei concordando, era a única coisa que me restava fazer! Então Camila descruzou minhas pernas, a entreabriu e apoiou as mãos em meu joelho. Inclinou o corpo para frente me fazendo olhar diretamente para o decote, eu podia ver perfeitamente o contorno dos seios dela. MERDA! Ela estava sem sutiã! Eu arfei forte e já ia levar a mão até lá quando levei um tapa forte no pulso, afastando minha mão de supetão. Camila riu roucamente ao perceber que eu tinha levado um susto, sabendo que eu estava agindo quase inconscientemente. Ela voltou a se apoiar em minhas pernas e dançou ondulando um pouco o corpo, virou de costas para mim ainda apoiando as mãos... E desceu lentamente, requebrando de um lado para o outro formando um S com a descida ritmada. Eu gemi alto enquanto observava cada movimento que a bunda dela fazia nessa descida, morrendo mais ainda com a subida. Camila virou mais uma vez e bem lentamente começou a sentar em meu colo. Ela apoiou os braços em meus ombros, os olhos castanhos quase negros de desejo e luxúria presos aos meus que deviam estar igualmente escuros.

Então ela começou a rebolar. Bem lento, uma rebolada circular, uma para frente e para trás, outra requebrada de um lado para o outro. Subir e levantar rebolando. Os olhos presos ao meu, seu cheiro me invadindo por todos os lados. Seu sexo esfregando em minhas pernas naqueles movimentos extremamente sensuais...

EU IRIA ENLOUQUECER!

Sem me importar mais com as consequências eu a agarrei. Minhas mãos foram rapidamente para a bunda dela, a puxando de vez para mim deixando quadril contra quadril. Camila me bateu, um tapa estalado que deixaria meu rosto vermelho. Mas não havia nada que fosse me impedir! Tomei aquela boca para mim em um beijo urgente, Camila tentava desviar e me parar, mas eu avançava mais ainda, a apertava ainda mais gostoso. Até que ela cedeu e me beijou em igual vigor e necessidade. Durante nosso beijo a música entrava no solo de guitarra. Quando paramos nossas mãos começaram a nos despir, eu puxava o vestido dela para cima enquanto ela lidava com minha blusa e praticamente rasgava meu sutiã. Camila pressionou nossos peitos assim que eles estiveram sem nenhum tecido, fazendo com que nós duas gemêssemos.

A música chegava em seu último refrão e Camila ousou uma última provocação, levou a boca até o meu ouvido e cantou o refrão com aquela voz rouca, sexy e tão linda que tinha:

-Let me break the ice, allow me to get you right, once you warm up to me, baby I can make you feel...

Então vieram os gemidos. Aqueles gemidos tão gostosos feitos ao pé de meu ouvido. Oh eu não iria enlouquecer, pois eu já estava em um estado de calamidade total! Rosnei alto enquanto a segurava e a jogava na cama nos girando em um único movimento. Camila soltou um gritinho de surpresa, mas ria enquanto eu subia encima dela, cessando aquele riso quando a beijei. Beijei com vontade, beijei querendo sugar todo aquele sabor exótico da boca que eu tanto amava. A deixei arfando e de lábios completamente vermelhos no fim.

Em movimentos apressados e um tanto quanto desesperados, ficamos nuas. Camila me puxou para cima de seu corpo, as pernas envolvendo minha cintura, as mãos puxando-me pela nuca para mais um beijo. Grudei nossos corpos, nossos sexos molhados entrando em um atrito gostoso e lento, arrancando gemidos durante o beijo. Minhas mãos a tocaram sedentas, aquela pele macia e aquelas curvas me deixavam fora de mim! Quando a boca não foi mais suficiente, eu quebrei o beijo e desci sem hesitar, indo diretamente para os seios. Eu os ataquei com interesse intenso. Mordia, lambia, chupava um enquanto massageava, apertava e provocava o mamilo do outro. Camila gemia, arranhava o meu ombro e braços, suas reboladas atingiam meu ventre e sexo. O corpo dela começou a estremecer cada vez mais forte, o cheiro dela ficou ainda mais intenso. Ela teria um orgasmo.

Parei e a escutei quase gritar em incredulidade e raiva. Sorri travessa enquanto desfazia a prisão das pernas dela em minhas pernas. Camila me fitava quase em ódio.

-Calma meu amor, você vai gozar, bem forte e intenso. Mas vai ser em minha boca e de um jeito diferente – prometi.

-Laureeen – Camila choramingou quando levantei da cama.

Corri até o armário, a música havia mudado há muito tempo e eu já nem sabia mais reconhecer qual tocava. Fui até as prateleiras pegando o que eu tinha reconhecido assim que abri. Era um gel líquido sabor menta. Aproximei da cama travando assim que vislumbrei o ser mais malditamente gostoso e sexy desse planeta. Camila tinha o cabelo bagunçado sobre o travesseiro, o peito arfante fazia os seios subirem e descerem, a pele nua e morena contrastando contra os lençóis branco. Eu teria um orgasmo só de olhá-la!

-Merda – rosnei quando voltei a vida – Camz, abra as pernas – ordenei e recebi um olhar intenso, sorri de lado – Eu vou comer você bem gostoso, eu prometo. Nunca irá esquecer.

Ela mordeu o lábio inferior de um jeito sexy mesmo que tenha sido sem querer, meu ventre entrou em rebuliço quando a latina começou a abrir as pernas, se exibindo e expondo para mim completamente. Minha boca aguou quando finalmente vi o sexo dela praticamente pingando e implorando por alívio. Quase gemi, mas me segurei e aproximei abrindo o gel.

-Não se assuste, vai ser um pouco gelado – avisei enquanto me posicionava entre as pernas dela.

Espalhei o gel sobre o sexo dela, meus dedos explorando tudo aproveitando a situação. O quadril dela elevou-se um pouco, as mãos de Camila agarraram os lençóis. Apenas aquilo já estava dando um prazer absurdo para ela. Sorri de lado e ergui o meu olhar para Camila, eu iria observar e gravar na mente todas as expressões que ela faria a seguir. Ela arfou com o meu olhar, como se soubesse que tudo tendia apenas a piorar.

Assoprei bem lentamente sobre o sexo dela. Camila gemeu alto e curvou o corpo para cima, suas pernas tentaram se fechar, mas eu as segurei enquanto tornava a assoprar. Camila gemeu mais ainda, agarrando os lençóis e se desmanchando em prazer. Lembrava do que dizia sobre o gel, a sensação de frio subia por toda a espinha, mas era desesperadoramente bom e excitante. Sem conseguir resistir mais, eu levei minha boca até o sexo que agora tinha um delicioso sabor de menta mesclado ao próprio gosto dela. Deslizei minha língua por ali bem lentamente, explorando com calma, prolongando o prazer dela ao máximo possível pois sabia que quando ela explodisse, seria extremamente forte e bom.

Camila levou uma mão até minha cabeça, segurando meu cabelo, puxando e empurrando ao mesmo tempo. Ela começou a mover o quadril, tentando obter ainda mais. A segurei e prolonguei o oral em um ritmo lento até o máximo que pude. Até eu mesma não aguentar e fazer exatamente o que ela queria. A soltei para poder abrir mais os lábios internos, então comecei a lamber em movimentos rápidos, mordisquei a lateral e subi até o clitóris. O coloquei em minha boca e chupei com vontade por um longo tempo. Oh Camila se desmanchava ali, me empurrava e esfregava ainda mais, seu corpo curvava para frente e caia com força para trás, seus olhos reviravam de prazer e seus gemidos já escapavam sem controle. Vê-la assim me levava a borda como se estivesse me tocando também, era tão poderoso e gostoso que eu recebia prazer em dar prazer para a minha latina!

Quando o orgasmo veio, o grito ficou preso na garganta de Camila. O torso arqueou, a cabeça pendeu para trás. As mãos puxaram meu cabelo e o gozo escorreu intenso dela. Eu a bebi sedenta, tomando cada gota para mim. Ela ainda tremia, ofegava e parecia estar presa ao orgasmo. Sem pensar, dei uma sugada longa no sexo ainda extremamente sensível. Camila teve um outro orgasmo só com isso e dessa vez ela gemeu tão gostosamente que eu quase explodi junto com ela. Arfei a observando, pensando que não haveria nada de mais belo, sexy e provocante do que as expressões que ela fazia e o jeito que ficava quando atingia o prazer máximo.

A deixei recuperando-se e um pouco tremula, voltei para o armário. Iria tentar algo novo até mesmo para mim. Mas as conversas com Veronica rondavam a minha mente praticamente ordenando que eu fizesse isso. Peguei o strap-on e o vesti com um pouco de dificuldade, afinal era a primeira vez que usava um. Vero sempre disse que aquilo podia fazer mágica, mesmo para um casal de lésbicas, tudo que era novo e bem feito tinha o seu valor. Aproximei de Camila com cuidado, deitando ao seu lado e dando vários beijos em seu rosto.

-Está bem? – perguntei suavemente.

-Oh sim, estou muito, muito bem – ela respondeu veemente, o que me fez rir.

-Está pronta para outra? – perguntei maliciosa, começando a morder o pescoço dela.

-Sua intensão é me matar não é? – Camila arfou e arrepiou com minhas mordidas.

-Não – dei mais um chupão em seu pescoço, somando mais um a coleção que havia ali – Mas algo bem próximo disso, quem sabe? – ela gemeu e virou o rosto dando mais espaço para que eu explorasse o seu pescoço. Peguei a mão dela e engoli em seco – Mas eu queria tentar algo e preciso de sua permissão para isso.

Bem lentamente levei a mão dela até o membro acoplado a vestimenta que eu usava. Camila afastou o rosto com os olhos arregalados, sua mão se fechando e tocando toda a extensão do pênis.

-Lolo! – ela exclamou arfante.

-É algo bom, ao menos me disseram que é – falei fazendo carinho no rosto dela – Entenderei se não quiser, mas eu realmente queria tentar com você. Quero ter todas as aventuras ao seu lado e se achar que for cedo para algo assim, não tem problema – dei um selinho nela e rocei os nossos narizes de maneira carinhosa – Mas saiba que eu nunca machucaria você.

-Mas Lo... Isso é grande, você viu?! – ela comentou meio desesperada.

-Não fiquei olhando muito – admiti e olhei para baixo, onde a mão dela estava e ri – É estranho na verdade, eu tenho um pênis agora.

Camila me olhou e segundos depois estava gargalhando. Foi impossível não rir junto, pois apesar de todo o clima ser intensamente sexual, nada superava a nossa cumplicidade. Apoiei-me sobre os cotovelos erguendo meu torso para poder ver o membro ereto em meu corpo. Sem resistir, balancei o quadril o fazendo ir de um lado para o outro e ri ainda mais. Camila estava certa, não sabia direito o tamanho exato, mas era levemente grande. Parei apenas quando a mão dela o cobriu novamente e bem lentamente desceu por toda a extensão, como se estivesse masturbando devagar.

-Isso é excitante – admiti em um murmúrio.

-É diferente – Camila admitiu ao meu lado – Você vai parar se eu pedir Lo?

-Claro que sim Camz – garanti e virei o rosto em sua direção – Eu amo você e amo fazer sexo com você, seja com dedos, com a língua, seja esfregando em alguma parte do corpo e agora, quem sabe com um brinquedo? É só algo a descobrir, o que importa mesmo é que é eu e você.

-Ok – ela aceitou e depois de suspirar em derrota inclinou até poder sussurrar em meu ouvido – Você pode me ter com um pênis, Lolo.

Merda, Camila sabia como ferrar com minha sanidade. A olhei de maneira intensa, mas carinhosa ao mesmo tempo. Fazer aquilo não era apenas perversão ou sacanagem, era receber um voto de confiança dela que eu faria de tudo para fazer valer a pena. Fui aproximando nossas bocas até começar um beijo lento, o primeiro que poderia ser considerado calmo da noite. Foi longo, bem longo, mas quando o segundo beijo veio, já era cheio de intensões.

Aos poucos fui subindo sobre ela, deixando que ela sentisse o membro em suas coxas e ventre, que se acostumasse com a ideia. Recomecei tudo, apenas para deixa-la excitada ao ponto de não ter problemas depois. Eu a beijava em verdadeira paixão, tocava cada pedaço do corpo em devoção. A mordi e chupei por onde minha boca alcançava: peito, barriga, ombros, coxas. Tudo dela era tocado, tudo dela era devidamente marcado. Sabia que estava excitando ela ao máximo, mas ao mesmo tempo tinha em minha mente que eu estava a tornando minha e apenas minha. O sentimento de posse estava ali, mesclado a todos os outros, forte e poderoso.

Meus dedos deslizaram para o sexo dela muito depois, o encontrando encharcado mais uma vez. Lancei um olhar indagador para Camila, ela mordeu o lábio e acenou com a cabeça, abrindo lentamente as pernas para que eu pudesse me encaixar melhor entre elas. Segurei no pênis e o posicionei na entrada dela. Engoli em seco enquanto penetrava apenas um pouco, as mãos de Camila agarraram meus ombros.

-Lo, você também vai sentir prazer? – Camila me perguntou de repente.

-Sim amor – sorri com a preocupação dela – Tem algo que vai estimular meu clitóris enquanto eu faço você toda minha.

-Só sua – ela repetiu e relaxou o corpo – Só sua, Lauren.

De alguma forma aquela fala mexeu profundamente comigo. Meu corpo inteiro entrou em júbilo e meu coração disparou mais rápido naquele momento. Eu a beijei intenso e profundamente, um beijo que não era rápido, mas perdidamente apaixonado. Quando nos afastamos, nossos olhos se encontraram. Castanho no verde, ambos escurecidos em um mar negro de desejo. Camila ergueu o quadril indicando que eu poderia continuar e bem devagar fui penetrando até estar completo. Gememos baixo e ao mesmo tempo, eu realmente estava sendo estimulada também.

Comecei a mover o quadril bem lento, fora e dentro, empurrando e retirando. Estava me acostumando com isso, afinal era a minha primeira vez usando algo como aquilo e me movendo desse jeito. Apoiei meus braços melhor na cama, ajeitei melhor meus joelhos e Camila abriu mais as pernas. Deslizei muito mais fácil, a penetrando bem mais fundo e com um pouco mais de força.

-Lauren! – Camila gemeu forte, fincando as unhas em minhas costas – Oh deuses, isso foi bom!

Sorri de lado e fui aumentando o ritmo aos poucos, até me encontrar em movimentos rápidos e cada vez mais intensos. O prazer vinha exponencialmente, cada vez mais forte e intenso. Camila me arranhava, mordia meus ombros, gemia gostoso ao pé de meu ouvido. Eu me descontrolei facilmente, fechei meus olhos e me perdi em cada estocada que dava, indo mais rápido até sentir a cama balançar suavemente a cada investida que eu dava. Camila me agarrou, seu cheiro pré-orgasmo veio forte e de todos os lados. Não, ainda era cedo! Parei dentro dela e não tornei a retirar. Camila gemeu frustrada e tentou rebolar, mas segurei em seu quadril.

-Ainda não bebe – murmurei em seu ouvido – Segure, prometo que vai ser melhor assim.

-Eu odeio você – ela gemeu raivosa.

Ri baixo e a beijei, minhas mãos tornando a explorar o corpo dela até guiar as pernas dela para que ficassem ao redor de minha cintura. Camila prontamente obedeceu e eu comecei a retirar o pênis de dentro dela, parando deixando apenas a cabecinha dentro. A fitei com um sorriso sacana antes de penetrar pela primeira vez usando força. Camila gritou e me agarrou. Ri com a reação deliciosa dela, retrocedendo devagar apenas para investir rápido e forte. A cada estocada, o corpo todo dela se movia esfregando ao meu apenas pelo impacto que causava.

-Amor – murmurei em seu ouvido, mordendo e sugando o lóbulo antes de continuar apenas para derrete-la mais ainda – Eu quero algo diferente – meti duas vezes forte e rápido, ela gemeu e me arranhou – Eu quero você de quatro.

Camila me olhou e seus olhos brilharam. Ela estava tão levada pelo prazer que não hesitou em tirar as pernas de meu redor. Afastei-me de seu corpo, ajoelhando na cama redonda e a observando ficar de quatro para mim pela primeira vez. A bunda monumental empinada em minha direção, o corpo clamando por mim. Camila jogou o cabelo para o lado e lançou um olhar mortalmente sedutor por sobre o ombro.

-Assim que quer me comer agora?

Merda, merda, merda! Controle para onde você foi?!

Rosnei alto como resposta e rapidamente estava me posicionando atrás dela. Segurei no pênis, o posicionei e dessa vez meu instinto falou mais alto. Eu a penetrei de uma vez só, colocando tudo dentro em uma única investida. Camila gritou e abaixou a cabeça, por um momento pensei tê-la machucado, mas ela estava mais uma vez olhando para mim por sobre o ombro.

-Tudo que tem é uma investida? – ela provocou.

Eu não a perdoaria por isso. Grunhi e dei um tapa naquela linda bunda e segurei firmemente no quadril. Eu não me importei com muita coisa naquele momento além de foder minha namorada de um jeito que ela nunca iria esquecer. Eu a penetrava forte, mas ainda devagar, me acostumando com os movimentos que eram feitos naquela posição. Mas quando peguei o jeito? Dei um novo tapa na bunda dela, um que ressoou por todo o quarto e a fez gritar em dor e prazer. Passei a ir sem medir muito meu controle em velocidade, mas sim em força. Eu não podia machuca-la, não quando tinha uma benção que poderia ativar sem querer.

Camila gemia sem pudores, seu torso cada vez mais inclinado para baixo e sua bunda ainda mais empinada para mim. Ela passou a mover o quadril para trás e as vezes dava uma rebolada bem gostosa e que a fazia tremer. Por um momento parei para observar como o pênis entrava dentro dela, um momento totalmente pervertido e que me excitou por completo, eu a estava tornando minha como nenhum outro homem ou mulher iria fazer jamais!

Eu já não estava aguentando muito, estava na borda lutando bravamente para retroceder o prazer. Mas isso foi impossível quando Camila teve seu orgasmo, forte e tão gostoso que ela gemeu longamente. O corpo dela tremeu e quase caia na cama se eu não a estivesse segurando. O cheiro dela se intensificou e assim que entrou em meu sistema quebrou a pequena linha de controle que eu tinha. Eu a penetrei com vontade, deixando-me ir e fazendo realmente forte duas vezes antes de ter minha própria explosão, levando Camila a ter outro orgasmo, dessa vez múltiplo e a nível que poderia considerar divino.

Desabei ao lado dela, sem forças, sem sentir nada além de um prazer arrebatador e que me tirou não apenas de orbita, mas sim da galáxia. Estávamos quietas, tentando normalizar a respiração e voltar a este mundo. Levou longos minutos e eu fui a primeira a “despertar”. Tirei o brinquedinho de mim, fazendo uma nota mental de que teria de comprar um urgentemente. Virei para Camila e ela ainda estava deitada de bruços, já que quando eu a soltei a latina apenas fez desabar para a frente.

-Camz – chamei suavemente, fazendo carinho nas costas dela – Eu... eu machuquei você?

Ela virou lentamente para minha direção passando a deitar de lado. Ia falar algo, mas parou e suspirou, fechou os olhos e isso me fez franzir o cenho. Um medo crescia em mim congelando o meu corpo. Sabia que no final tinha perdido totalmente o controle.

-Não Lo – ela murmurou e sorriu – Eu nunca tive um orgasmo tão grande na vida, ou tantos. Você tem de me prometer que o sexo nunca será problemas para a gente, mesmo quando tivermos uma idade avançada ok? A gente faz devagarinho, mas faz!

Eu não aguentei. Gargalhei alto sabendo que isso era bem próprio de Camila Cabello. Sem problemas com sexo, afinal isso era bom e certo. Eu adorava esse pensamento dela, era claro! Eu a puxei para mim e abracei apertado, ainda rindo e prometendo que seria assim, desse jeito já que passaríamos o resto da vida juntas. Poderia dar a noite como encerrada e bem satisfeita, mas Camila em um movimento ousado sentou sobre meu quadril antes que eu fosse pegar as cobertas para nos cobrir.

-Ainda tenho o meu desejo – ela lembrou.

-Camz, acabou comigo acabar com você – disse rindo – Eu não sirvo pra muita coisa agora...

-Não, meu desejo não se refere a você fazendo algo em mim – Camila hesitou e colocou mechas castanhas de seu cabelo agora bem ondulado atrás da orelha – Mas sim eu fazendo em você.

Meu corpo ficou tenso primeiro do que minha mente compreendeu o que Camila queria. Minha namorada queria fazer algo comigo, algo sexualmente falando. Mordi meu lábio completamente acuada, uma reação instintiva quando se tratava disso. Camila inclinou em minha direção e me encheu de selinhos até que eu soltasse meu lábio.

-Confiei em você durante toda a noite Lo, porque eu sei que além de minha alma ser sua, meu corpo também é. Não sirvo para mais ninguém além de você. Mas também quero que seja minha como eu sou sua.

-C-camz eu---

-Shh, não se preocupe. Vamos aos poucos, mas também não podemos ir quase parando, certo? Eu quero dar prazer a você também Lo.

-Mas eu sinto prazer! Meu corpo treme só de pensar em como gozei te pegando por trás – argumentei rapidamente.

-Não se compara a tudo o que você faz por mim.

-E o que você pretende fazer?

-Meus lábios em seus lábios, Lo.

-Mas você pode me beijar sempre que quiser Camila!

-Não os lábios de cima, Lauren.

Meus olhos se abriram em choque quando Camila finalmente foi clara ao dizer que queria fazer uma oral em mim. Primeiro meu corpo ficou completamente tenso, travado. Mas minha mente começou a projetar a imagem dela entre minhas pernas, fazendo a magia acontecer e o tesão começou a surgir quase que automaticamente. Oh deuses, eu queria mesmo que ela fizesse aquilo.

-Não quero usar gel ou coisa parecida. Eu quero sentir seu sabor puro em minha boca e beber de você toda quando gozar em minha boca – Camila falava e passou a língua por entre os lábios – Eu não sei muito bem como fazer isso, mas meu corpo todo esquenta só de imaginar, sinta como fico molhada!

Ela rebolou sobre meu ventre esfregando o sexo realmente molhado em mim. Gemi baixo sentindo meu corpo esquentar a ponto de quase me fazer suar novamente. A fitei e a vi esperando ansiosa por uma resposta minha. Suspirei e sorri fraco.

-Se quer uma dica, não respire pelo nariz, é estranho na primeira vez. Faça as coisas que gosta que eu faça em você e irá se sair muito bem Camz.

Camila quase bateu palmas e pulou de felicidade, pulou de cima de mim e foi para mais perto de minhas pernas. Engoli em seco idealizando que eu teria de me abrir feito uma passiva... Oh deuses, eu seria a passiva! Dinah passaria anos me perturbando se descobrisse algo assim, eu tinha certeza. Porém o olhar de admiração e desejo de Camila me fez afastar qualquer tipo de pensamento e aos poucos eu fui me abrindo para que ela pudesse se posicionar.

Arfei só de ver quando a cabeça dela ficou na altura de minha vagina. Senti a respiração dela e meu corpo todo estremeceu, ela riu baixinho provavelmente vendo meu sexo molhar ainda mais. Eu estava fodidamente excitada mesmo sem receber o oral! Primeiro ela me tocou com curiosidade e eu senti meu rosto esquentar por estar tão exposta, lutando bravamente para não fechar as pernas com o impulso que estava tendo de me esconder. Então veio a primeira lambida e eu tive medo de gozar no segundo seguinte de tão bom que foi!

-Deuses Lauren, você é tão gostosa!

Depois disso, Camila literalmente caiu de boca, sem pudores ou medos. Eu gemi alto, sem consegui me controlar e meu corpo todo curvou para cima. Ela segurou minhas pernas do mesmo modo que eu fazia e eu me controlei, deixando assim que ela usasse a mão para abrir mais meus lábios. Minha respiração se desregulou por completo, meu peito arfava e meu corpo tremia enquanto minha excitação escorria vergonhosamente em direção a boca dela. Deuses, deuses isso era tão bom! Camila ia paciente de início, movendo a língua conhecendo e explorando, mordendo suavemente os locais que eu geralmente mordia nela. Minha mão foi direto para a cabeça dela segurar o cabelo enquanto me apoiava com o outro braço para vê-la me devorando. Assistir deixava tudo ainda mais gostoso e excitante!

-Isso, issoooo! – gemi vergonhosamente alto quando ela começou a me chupar – Aaaah Caaamila!

Meu quadril começou a mover em direção a ela, rebolando lentamente em resposta ao prazer esmagador que ela estava oferecendo. Camila tinha uma língua abençoada por Afrodite, porque era indescritível o trabalho que ela estava fazendo! Eu não precisei ensinar ou falar algo. Quando ela aprofundava mais a língua em mim, descia um pouco. Quando queria mover rapidamente, subia. Quando queria foder com minha sanidade, me chupava tão gostoso e longamente que eu me via atingido algo que até então era desconhecido para mim.

Eu gemia sem conseguir me conter, nenhum pensamento passava por minha mente. Eu estava entregue a ela de uma forma que eu nunca estive a ninguém! Camila me domava e me fazia dela, somente dela. O orgasmo veio me quebrando por inteiro.

Forte. Poderoso. Intenso. Insano.

Provavelmente nunca tinha derramado tanto gozo, ou tinha gritado tão alto o nome dela enquanto meu corpo tremia forte na cama. Camila bebeu e me limpou por completo, sua língua sendo carinhosa e mesmo assim me fazendo estremecer. Ela subiu lentamente e me beijou me fazendo sentir meu próprio sabor. Se eu tivesse em condições teria provavelmente gemido, mas eu não tinha, restava-me apenas retribuir ao beijo carinhoso e lento.

-Está bem? – ela indagou e eu apenas acenei com a cabeça, ela abriu um sorriso totalmente satisfeito – Lo, foi tão delicioso!

-Aposto que o sabor de minha namorada é ainda mais delicioso – murmurei rouca, mas não um rouco sensual e sim um de que denunciava que eu estava quase sem voz.

-Duvido muito – Camila riu e começou a se ajeitar ao meu lado.

-Estou preocupada apenas com uma coisa – disse a abraçando.

-Hum?

-Como vamos andar amanhã?

Camila me olhou preocupada e depois riu sonolenta. Estávamos acabadas e mais satisfeitas do que nunca na vida.