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História Estamos Sós (2 temporada de Água com Açucar) - Pra ver se esse amor morrer afogado


Escrita por: 86blossom

Capítulo 15 - Pra ver se esse amor morrer afogado


Fanfic / Fanfiction Estamos Sós (2 temporada de Água com Açucar) - Pra ver se esse amor morrer afogado


.[.Pra ver se esse amor morre afogado.].
.[.Antoinette Topaz.].

Não sei, nunca saberemos o que mais dói, estar tão perto de Cheryl e não te-la para mim ou saber que sempre fui inteiramente dela e não ter coragem de assumir meu posto.
Foi Bella, ela entrou e viveu em mim e para mim, na ferida, no espaço deslocado entre eu e Cheryl. Foi Bella que me fez respirar quando o mar de tristeza estava me afogando. Foi Bella que passou tardes me vendo trabalhar para a noite chorar com a falta de Cheryl me fazia.
Meu mundo estava em pedaços, junto com meu coração e ninguém pode ver, pois um cowboy não pode ter um coração estraçalhado, certo? Somos selvagens como os potros que nós domamos. Frios, fortes e sem algemas para nos prender. 
Ninguém parece ver mas eu estou fragmentada, enrolei-me em tudo que fazia a dor desaparecer mas hoje, respirando o perfume de Cheryl todos os dias a insegurança, o medo, o desespero voltou a colar em mim, como cola quente fervendo dentro do meu peito.
Estou perdida em minhas atitudes e meu querer, sempre soube que nunca existiu paixão minha por Bella, o amor veio com o tempo e seus cuidados, mas o amor é tão relativo, você pode amar a mulher da sua vida como você também pode amar uma nova amizade, uma cumplicidade, uma mão estendida. O que eu mais sinto por Bella é gratidão, agora como magoar quem esteve sempre ali? 
Tem horar que eu só quero gritar, rasgar-me por dentro para ver se a culpa de ser perdidamente apaixonada por Cheryl sai de dentro de mim. É uma ferida quente, que não cicatriza.
É um querer a cima do doer. Quando estou olhando em seus olhos, aqueles olhos escuros e brilhantes, perfeitamente combinando com seus cabelos de fogo e pele pálida eu esqueço todas as vezes que implorei a Deus para que me ligasse, para que me atendesse, para que aparecesse no haras e falasse que nunca me deixaria sozinha.
Nunca aconteceu, no fundo eramos duas crianças, crianças egoístas que não sabiam nada da vida além de amar e mesmo assim amamos errado. Amor é se doar... assim como Bella se doou para mim. 
Minha mente esta uma bagunça junto com toda a minha vida e nem tempo eu tenho para arrumar, pois cada coisa que coloco no lugar o vento vem e derruba, como agora, minhas pernas ainda estão trêmulas, o coração na garganta e uma dor insuportável no estômago.
Cheryl esta linda, em uma festa da sua suposta namorada, essa noite ela será de alguém que não sou eu, dormirá ao lado de um corpo que não tem meu cheiro. Eu sei, eu não deveria me abalar, faço isso a anos, mas quando a dor não é a sua, você não da a importancia que deveria dar.
- Ela não atende de jeito nenhum. - Beth cortou meu pensamento.
- Mas que inferno, Bella. - Resmunguei, dentro da cocheira de uma das mamães, ela já estava a mais de uma hora em trabalho de parto. 
- Não tem muito o que fazermos agora Toni. - Falou Beth com o celular na mão, atras da égua que estava deitada. - Eu não consigo puxar o potrinho ainda, ela tem que coloca-lo um pouco mais pra fora. 
- Não podemos perder esse potro, nem essa égua. - Respirei fundo, analisando a nossa situação. 
- Vai dar certo, ela so precisa fazer um pouco mais de força. - Beth acariciou a barriga da égua, que deitada estava inquieta. - Vamos garota, força. 


.[.Cheryl Marjorie Blossom.].


O show havia acabado de terminar, Carla é demais no palco, ela deixou todo mundo doido com sua energia.
- Que bom que gostou do show. - Carla sorria, olhando para Verônica porém agarrada em meu abraço. Ela estava novamente com o Blazer sobre a langerie que usava como blusa. Eu já disse que estou super intrigada para ve-la apenas com ela, sem as calças? rsrs
- Foi sensacional. - Verônica ergueu as mãos. - E eu tenho um convite, desesperado, implorativo, porfavorizado a lhe fazer. - Riu, inventando palavras.
- Nossa, não sei o que é, mas já aceitei só pelo tamanho do nervosismo. - A loira brincou.
- Sério, eu estou organizando a festa de outono de Riverdale, que começa fds que vem e dura a semana toda. - Soltou o ar. - E eu preciso muito de um show para sábado de abertura. - Ergueu as sobrancelhas.
- Estou contigo. - Piscou para minha amiga que colocou a mão no peito. 
- Graças a Deus. - Verônica ainda fingia estar se recuperando. -Amei ela, Bombshell. - Sorriu para mim. - Vou até para o hotel, para deixa-las mais a vontade. - Riu.
- A gente de deixa no hotel. - Falei e encarei Carla. - Algum problema a gente dormir juntas essa noite. - Mordi os lábios, encarando os olhos castanhos de Carla e seu sorriso enorme que assumiu seu rosto. 
- Vamos deixar a Vê no hotel. - Riu, pegando na minha mão e já saindo do camarote da balada.
Fomos paradas algumas vezes pelo caminho, algumas pessoas lhe pediram fotos, outras só queriam dizer que a amavam. 
- É Bombs, e a gente achando que Toni era famosa. - riu.
- Famosas em mundo diferentes. - Defendi a fama da minha ex, sei lá raios por que, mas aconteceu o que arrancou uma gargalhada de Ronnie. 
- Você tá muito fudida mesmo. - Riu mais alto e se calou quando Carla voltou até nós.
- Vou deixar meu carro aqui, amanhã alguém leva para meu apto ou a gente busca. - Sorriu. - Vamos com o seu, deixamos a Vê e vamos até a minha casa. - Pegou minha mão e deu um beijo. - Pode ser?
- Claro. - Sorri com o carinho. 
Deixamos Veronica no hotel, Carla estava dirigindo minha caminhonete pelas ruas engraçadinhas da cidade.  No som uma música lenta, não muito alta.
- Eu estou apaixonada. - Carla falou, rindo. - Apaixonada por você ter vindo me ver. - Terminou de falar.
Ufa, ufa, ufa, foi isso que pensei quando ela terminou de falar. Não estaria pronta para uma declaração hoje não. 
- Eu amei ter vindo. Amei o show, amei a boate. - Sorri. - Estou amando sua companhia. 
- Sabe Cher. - Sorriu por me chamar por uma apelido. - Eu nos acho muito parecidas. Nos parecemos no modo de pensar, de ver o mundo, as pessoas e até nos pequenos detalhes. Somos dignas de comédias românticas. - Riu, arrancando de mim uma risada fácil.
Chegamos em seu apartamento, Carla estacionou a caminhonete em sua vaga, chamamos o elevador e subimos até a cobertura.
E que cobertura. O prédio não era alto, mas o apartamento tinha uma vista maravilhosa, já que era inteiramente de vidro e nesse momento estava com todas as cortinas abertas.
- Caramba. - Falei deixando a boca aberta, maravilhada com todas as luzes da cidade podendo ser vistas daqui.
- É linda né? - Carla parou atras de mim, segurando em minha cintura, me dando um beijo no pescoço.
- Muito. - Sorri, ainda olhando para a vista.
- Estou falando de vc. - Sussurrou no meu ouvido, arrastando os lábios por ele, fazendo meu corpo todo gelar. 
Respirei fundo, virando para ela, laçando seu pescoço com meus braços. 
Nossos olhos se encontraram, Carla sorriu, fechou seus olhos e deslizou o nariz pelo meu pescoço, puxando forte o ar.
- Você merece alguém que te conheça até de olhos fechados. - Sussurrou. - Eu com certeza só por esse cheiro, te reconheceria no meio de uma multidão. - Abriu os olhos novamente, grudando seu olhar no meu.
Eu não sabia o que falar, não sabia o que pensar ou responder. Carla esta muito mais envolvida nisso do que eu, por mais que meu corpo se arrepie, que meu sorriso apareça facilmente ao seu lado, eu ainda não estava nenhum pouco pronta para qualquer coisa além de visitas de final de semana, um sexo bom e mensagens de bom dia.
Como o beijo é a resposta dos lisos, levei meus lábios nos seus, já abrindo bem minha boca para que sua lingua me invadisse. 
Tentei apressar o beijo, mas Carla segurou o ritmo, ela queria ser carinhosa e eu devia isso a ela, por todo o cuidado que esta tendo comigo.
Segurei em seu cabelo, respirando mais acelerado quando sua mão desceu pelas minhas costas até minha bunda, apertando com força, até arrancando um meio gemido de mim.
O ar estava quente dentro do apto, o blazer de Carla já estava jogado no chão e eu estava colando-a contra a parede. 
- Fiquei a noite toda pensando em como você ficaria só com a langerie. - Falei rouca, eu realmente estava com tesão. 
- Então olha. - Carla empurrou meus ombros, fazendo eu dar dois passos para tras. Ela levou as mãos até o ziper da sua calça, deslizando a mesma pelas pernas, tirando-a. Mordi os meus lábios, vendo apenas aquela peça de renda branca em seu corpo. Carla me encarou rindo e virou de costas, me fazendo me perder em sua bunda, toda a mostra apenas com o fio dental entre as nádegas. 
- Caralho. - Sussurrei, colando meu corpo no seu, fazendo-a se apertas na parede, agora de costas para mim. Minhas mãos foram desenhando seu corpo, apertando suas coxas. Deus, eu poderia devora-la ali mesmo, sem muita enrolação.
O meu telefona começou a tocar, respirei fundo, querendo ignora-lo. 
- Precisa atender? - A loira falou rouca, ela também estava cheia de vontade.
- Deixa tocar. - Mordi sua nuca, enquanto apertava seus seios com minhas mão. - Oh, até parou. - Sorri em sua orelha.
Desci as mãos pela sua barriga, rindo quando suas pernas abriram. Uma das minhas mãos escorregou pelo seu corpo até sua intimidade, sobre a lengerie, senti o calor que vinha de entre suas pernas, Carla estava encharcada e meus dedos podiam sentir o melado antes mesmo de se esquivarem do tecido pelo cantinho dele. 
Quando meus dedos deslizaram pela intimidade molhada de Carla, fechei meus olhos, fazia tempo que não ia para cama com alguém, esbarrei meus dedos contra seu nervo, já inchado de tesão. Essa loira é muito gostosa.
E o telefone tocou novamente, agora me deixando preocupada. Por instinto parei de movimentar meus dedos no mesmo momento. 
- Desculpa. - Sussurrei, retirando minha mão de Carla. - Tocar duas vezes é problema. - Sorri sem graça, me afastando da loira, que agora virou para mim, assistindo meus movimentos. Fui até a bolsa, atendendo o telefone ao ver que era Beth escrito.
- O que aconteceu? - Falei já sentindo um gelado na minha barriga. 


.[.Antoinette Topaz.].


Já estava passando muito do tempo e nada do potro nascer, estava bem estranho e Beth estava andando de um lado para o outro dentro da baia. 
- Acho que teremos que fazer cesária. - Me olhou nada animada.
- Vamos fazer ué. - Falei leiga no assunto, nunca uma égua "minha" precisou de cesária. 
- Não é simples assim, teremos que embarcar ela e levar a um hospital veterinário. - Respirou fundo. - E o mais perto daqui da umas 8 horas de viagem, vamos perder o potro e a égua no meio do caminho.
- Não... - Falei nervosa. já dava para ver os casquinhos do potrinho na vulva da égua, mas mesmo tentando puxar a égua parecia exausta demais para fazer força. - Ela vai conseguir, não é princesa? - olhei para a égua. 
Por um segundo senti o cheiro de Cheryl invadindo minhas narinas, como se ela estivesse aqui conosco. Fechei meus olhos, respirando fundo. 
- Esse cheiro ainda pra ... - Fui interrompida por uma voz muito conhecida, vindo atras de mim.
- Por que não me ligaram antes? - A ruiva entrou na baia, fazendo eu virar um pouco a cabeça para tras, para olha-la e perder todo meu ar. O perfume se fez mais presente, a roupa de festa, mostrando toda sua barriga. Cheryl apoiou a mão no meu ombro, já que eu estava sentada atras da égua, esperando a hora certa para puxar o potrinho. Cheryl firmou uma mão no meu ombro, tirando as sandalias de salto e ficando descalça na serragem.
Beth fazia massagem na barriga da égua, enquanto Verônica e uma garota loira, estavam olhando pela porta da baia, virei meu pescoço, para olhar melhor a mulher que estava com a namorada de Beth. 
Ela vestia roupas brancas, encarei seus olhos escuros e virei para a égua novamente, não era lugar e nem hora para decifrar o que aquela pessoa estava fazendo ai.
- Cher. - Beth chamou a atenção da ruiva. - Vem cá, me ajuda aqui. Sempre que a égua fizer força, você pressiona com cuidado essa parte da barriga ok? 
- Sim. - A voz de Cheryl estava fraca, até acredito ter visto lágrimas saindo dos seus olhos.
- Toni, você é mais forte então quando eu falar já, você começa a puxar o bebe, ok? - A veterinária, proprietária e meu orgulho falava sem parar. - Vamos devagar e por partes ok? Nada de puxar brutamente se não rasgamos a égua.
- Ok. - Falei rouco, estava cansada, amortecida na verdade.
Você já ouviu falar em luz no fim do túnel? Em anjos? Em pessoas de luz que sua presença muda vidas? Bom, eu não acreditava até Cheryl aparecer. A égua sentindo sua presença, parecia com mais vontade, mais força, animando a mim e Beth, que voltou a ter brilho em seus olhos azuis.
- Já. - Falou, segurando a pata da égua.
Segurei firme nas postas das patas de frente do potrinho, puxando-o um pouco, a bolsa rompida fazia escorregar um pouco minhs mãos. A égua fez força novamente, puxei mais um pouco, vendo seu focinho saindo para fora. Beth correu, tirando a bolsa do seu fucinho. Mais um pouco de força, minha e da égua e meu corpo caiu para tras, trazendo comigo um belo nenem baio, como Blondie. 
 - Conseguimos. - Cheryl veio ao meu lado, limpando a serragem da minha blusa. Eu estava um caco, sangue misturado com o líquido de placenta pelos braços, digo até pelo rosto. os cabelos amarrados em um coque frouxo mas o sorriso não saía da minha face.
- Deu certo. - Beth sorriu, limpando o bebe, que estava cansado mas parecia bem. - Boa time. - A loira com os cabelos tudo amarrado errado como os meus, suja pelo rosto, bracos e roupas. Pareciamos ter vindo da guerra. 
- Vocês são demais. - Cheryl abraçou a prima. - Você é a melhor veterinária do mundo. - Sorriu.
- Eu nem sei o que aconteceu aqui. - Beth riu. - Alguns minutos antes de você chegar eu tinha dito para Toni que perderiamos o bebê e a mamãe. - Soltou os ombros. - E agora ele ta ai... - Sorriu, vendo a égua cheirar o bebe, ainda deitados.
- Minha presença faz a diferença. - Cheryl brincou, se gloriando, como uma boa leonina.
- Ah pronto. - Verônica falou, da porta da baia. Então o olhar de Cheryl seguiu a amiga, fazendo-a olhar também para a loira com cara de adimirada. 
- Bom vamos deixar a Égua com o bebe sozinhos um pouco.- Disse Beth, puxando Cheryl para fora da baia. 
- Mas é menina ou menino? - Cheryl parou na porta, perguntando.
Me levantei, fui até o potro, erguendo sua cola, vendo que era uma menininha.
- Tens uma princesinha, Cheryl. - Sorri para minha ex, que abriu o mais lindo sorriso que eu poderia ver hoje. 
- Shine, alguma coisa Shine. Pq ela é luz, é brilho, fulgor... - Cheryl Sorriu ao falar. 
- Fortes emoções para uma noite só. - Ouvi a intrusa falando. 
- Eu disse pra você, eu não sou normal. - Cheryl respondeu a Loira que riu em seguida, acompanhada de Cheryl.
- Você é incrível, isso sim. - A loira abraçou a minha mulher, digo, ex mulher.
Fiquei parada, olhando-a. Notei quando Cheryl sorriu e desviou o olhar, para aonde eu estava, então seus lábios esconderam seus dentes. 
- Beth, vou tomar um banho. - Falei olhando-a. - Eu já volto aqui. - Respirei fundo. 
- Sim, vou esperar você voltar e faço o mesmo. - Beth sorriu, abraçada em verônica. - Vou esperar para ver se nossa pequena Shine mama e faz coco. - Sorriu, olhando sobre a porta da baia, a potrinha já em pé, ao lado da mamãe. 
- Beleza. - Falei passando por Cheryl e a garota. 
A verdade que a sujeira não me incomodava nem um terço de estar no mesmo espaço que Cheryl e a garota. Uma dor forte no estômago, eu só queria tomar um banho para que as lágrimas fossem escondidas pela água do chuveiro.
Antes de entrar no quarto, peguei meu celular vendo uma mensagem de Bella.
BELLA - Amor, cheguei exausta, vi que estava nas baias, mas eu estou podre. Vim dormir, quando chegar no quarto não acende a luz e tenta não fazer barulho. Amo amo. 
Revirei os olhos, entrando apenas com a luz da lanterna do celular, abrindo a porta do guarda roupa devagar, pegando um conjunto de moletom, minhas roupas de baixo e entrando no banheiro.
O que eu to fazendo da minha vida?



Notas Finais


opa... um capítulo puxado para nossa Toni esse.


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