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História Estava Escrito(Camren) - Parte 16


Escrita por: Solidawn

Capítulo 16 - Parte 16


Pov Lua

-Lauren. -Minha mãe disse correndo em minha direção.

À abracei com carinho segurando algumas lágrimas que queriam cair.

-Você está tão linda minha menina. -Disse passando a mão no meu rosto.

-Senti sua falta mamãe. -Disse sorrindo e ela me abraçou novamente.

-Vamos entrar temos visita. -Disse puxando minha mala.

-Visita?Achei que eu era o centro das atenções hoje. -Disse divertida enquanto entrávamos na casa.

Mamãe puxou minha mala até a ponta da escada que levava ao quarto e à deixou ali me puxando para a sala com tamanha felicidade.

Quando cheguei na sala, a pessoa que mais me fez mal na face da terra estava ali, sentada no meu sofá, como se nada tivesse acontecido.

-Vou deixar vocês à sós. -Disse mamãe dando-me um beijo na bochecha e saindo.

Trinquei o maxilar e caminhei até o outro sofá, sentei vagarosamente e passei a mão no rosto, olhei para a garota que estava sentada no sofá olhando para mim com um sorriso sínico no rosto.

-O que você está fazendo aqui?. -Perguntei calmamente.

-Vim visitar Taylor e a tia Clara. -Cruzou os braços.

-Você tem todos os finais de semana do mundo, pra vir visitar elas, mas tem que vir logo no que eu saí para visita-los, porque você é uma cobra. -Cuspi as palavras e ela colocou a mão sob o peito como se tivesse ofendida.

-Lauren, não fale assim comigo. -Ajeitou a saia. -Nós passamos ótimos momentos juntas, você devia  ser grata à mim. -Cruzou os braços.

-Grata à você?Me poupe Keana, você é a pessoa mais falsa que eu já conheci, a pior pessoa que entrou na minha vida, e agora está se fazendo de coitadinha. -Falei irritada.

-Abaixe o tom de voz Lauren, creio que tia Clara não vai gostar da forma que está falando comigo. -Sorriu.

-Foda-se, não sei que feitiço você jogou na minha mãe, mas em mim seu veneno não faz efeito Keana. -Me levantei e ela se levantou junto.

-Não seja idiota Lauren, você está me colando a culpa das coisas que você não conseguiu fazer Lauren. -Quase gritou.

-Eu não tenho culpa se você é uma vadia Keana, você nunca fez o meu tipo e por saber disso fez o que fez.

-E aquela vagabunda faz seu tipo?. -Vociferou.

-Não à chame assim. -Me aproximei dela que fechou a cara. -Diferente de você ela tem caráter.

-Você não à conhece como eu Lauren. -Disse entre dentes.

-O que?Vai inventar mentiras sobre ela também?Eu posso não à conhecer, mas sei que eu te conheço Keana, e você faria de tudo para me ver longe da Camila, e adivinhe só, você não vai conseguir isso nem que fiquei completamente nua na minha frente. -Ela se aproximou ficando centímetros do meu rosto.

-Não seja tola Lauren, eu posso te dar tudo que aquela engomadinha não pode. -Tentou tocar meu rosto mas eu desviei. -Lauren, só eu posso te fazer feliz. -Tocou meu braço.

-Você é doente Keana. -À empurrei fazendo-à cair no sofá.

-O que está acontecendo aqui?. -Perguntou Taylor com a cara fechada.

-Tay, Lauren me empurrou. -Disse Keana se levantando e se aproximando de Taylor que à olhou com nojo.

-O que você faz aqui Keana?. -Keana olhou para mim e para Taylor novamente.

-Ela fez sua cabeça contra mim Tay?. -Mostrou-se ofendida.

-Vamos lá Keana, não seja idiota, eu sei muito bem quem é você, e se fez mal a minha irmã fez mal à mim também. -Disse séria.

-Vocês vão se arrepender de estarem falando assim comigo. -Disse ajeitando a saia.

-Vai embora Keana, você não é bem-vinda nessa casa. -Disse me aproximando dela. -E se você voltar, eu vou matar você, entendeu?. -Perguntei segurando o braço dela.

-Suas ameaças não me atingem Lauren. -Puxou o braço com força.

-Pois só tente se aproximar dela novamente Keana, e eu não vou ser a Taylor que você conheceu. -Finalizou e Keana bufou irritada e me olhou.

-Dê um beijo em tia Clara por mim. -Segurou minhas bochechas. -E um beijo pra você também Lauren. -Sorriu e eu neguei com a cabeça puxando-à pelo braço. -Eu sei onde é a saída Lauren, me solte. -Tentou se soltar.

-Que isso Keana, eu faço questão de te levar até a porta. -Disse abrindo a porta e à empurrando para fora. -Olhe bem para a minha cara, porque quero que seja a última vez que você à olhe, e eu espero não cruzar com você nos corredores daquele colégio. -Bati a porta com força e me virei olhando para Taylor.

-Lauren, você está muito irritada. -Disse se aproximando e eu respirei fundo.

-Keana sempre me deixou assim. -Passei as mãos no cabelo.

-Sei que não é só isso. -À olhei. -Tem haver com a Mila?. -Assenti respirando fundo.

-Já faz uma semana que ela não me liga, estou ficando aflita. -Ela respirou fundo e eu desviei o olhar. -Odeio ser dependente de alguém.

-E você está dependendo dela?. -À olhei.

-Camila desliga o telefone e já me bate a vontade de ligar novamente Taylor. -Ela soltou um riso e eu revirei os olhos.

-Quero ser a madrinha do casamento. -Puxou-me pela mão. -Vamos almoçar, mamãe deve ter ouvido toda a conversa e ela vai fazer perguntas então se prepare para dizer quem é Camila. -Riu.

-Mamãe, sempre imprevisível. -Ela riu e fomos para a cozinha.

Pov Sol

Estava cortando os legumes quando a campainha tocou, já fazia alguns dias que eu estava morando na casa da minha vó que agora era minha, Marielle me ajudou com a arrumação, compras e comecei à trabalhar também com meu tio Afonso.

-Já vai. -Gritei secando as mãos no pano.

Corri até a campainha e abri achando que era Marielle mas na verdade não era, era ele, o cara que dizia ser o meu pai. Ele estava sério e eu também.

-Oi. -Eu disse e ele respirou fundo.

-Oi Camila. -Respirei fundo e tomei uma breve decisão.

-Você quer entrar?Estou cozinhando. -Ele assentiu um pouco desconfortável e eu dei passagem para que ele entrasse.

Fechei a porta e o vi acariciando a parede que dava para a cozinha, provavelmente ele morava aqui com a nona.

Andei até a cozinha junto com ele e voltei a cortar os legumes enquanto ele se sentava à minha frente. Fiquei longos minutos esperando que ele se pronunciasse.

-Por que?. -Perguntei sem olha-ló.

-Por que o que?. -Sua voz era um pouco grossa e embalada pelo sotaque.

-Por que me deixou com a minha vó?Permitiu que ela me colocasse naquele colégio?Eu achei, eu achei que você estava morto, e a minha mãe também, por que vocês fizeram isso?. -Perguntei tentando segurar as lágrimas.

-Eu presumo que você tem muitas perguntas. -Assenti enxugando as lágrimas com o pulso. -Eu não posso responde-lás, a sua...Sinuhe pode. -O olhei.

-Sinuhe é a minha mãe?. -Ele assentiu. -E quando vou ter as minhas respostas?. -Ele respirou fundo e deu de ombros.

-Ela anda um pouco ocupada com a Sofia.

-Eu não me importo com Sofia nenhuma, eu quero as minhas respostas. -Ele ergueu as sobrancelhas surpreso pelo meu tom de voz. -Quem é Sofia?. -Perguntei levada pela curiosidade.

-Sua irmã. -Fiz um "oh" surpreso e ele soltou um riso nasal. -Ela tem 8 anos.

-Vocês fizeram outra filha quando eu tinha 10?Vocês não tem vergonha na cara?Enquanto estavam se divertindo às minhas custas, eu estava naquele colégio, sem saber que os meus pais me deixaram por eu ser um erro. -Quase vociferei.

-Não foi um erro, você nunca foi um erro Camila, nós éramos jovens, não sabíamos o que fazer em relação à uma criança, por isso te deixamos com a sua vó. -Respirei fundo. -Eu sei que talvez você esteja com raiva de nós, porém...Porém tente entender o nosso lado.

-Eu não consigo, sinceramente eu não consigo, se eu estivesse no lugar de vocês, viraria-me nos 30 mas conseguiria criar a criança. -Ele negou e respirou fundo.

-No nosso tempo, tudo era diferente Camila, nós não tínhamos a cabeça dos jovens de hoje, nossa educação era diferente, e sim, foi um deslize meu e da sua mãe, mas um erro?Não, você nunca passou perto disso. -Respirei fundo e algumas lágrimas caíram. -Está chorando?. -Perguntou ameaçando levantar-se.

-Não, é a cebola. -Disse fazendo um sinal para que ele percebesse que estava tudo bem, ele soltou um riso e eu o olhei.

-Você se parece tanto conosco. -Sorriu e eu o encarei. -É linda.

-Obrigada. -Respirei fundo. -Quando poderemos começar a entrevista?. -Ele sorriu e deu de ombros.

-Irei comunicar Sinu e falo com você. -Assenti. -Agora preciso ir, só passei aqui para saber como você está. -Se levantou.

-O que acha?. -Ele franziu a testa. -Acabei de descobrir que meus pais estão vivos, e que minha vida é uma tremenda mentira, que tenho uma irmã, no auge dos meus 18 anos, isso foi a pior notícia que eu recebi, depois de descobrir ser lésbica. -Ele arregalou os olhos e engoliu à seco. -Tudo bem se você não aceitar isso também, olhe para mim, tenho uma casa e todos os bens da minha vó, e nunca precisei de vocês pra nada. -Continuei cortando os legumes.

-Não fale isso, eu nunca trataria você com preconceito.

-Porque também você não tem respaldo pra fazer isso, afinal você é meu pai apenas por ter me colocado no mundo e não por ter me criado. -Eu estava furiosa mesmo e não estava me importando com as palavras.

-É melhor eu ir antes que você bata em minha cabeça com essa frigideira. -Eu soltei um riso e ele soltou outro.

Fiquei encarando-o por alguns segundos e assenti levando-o até a porta.

-Nos vemos depois então. -Ele assentiu e saiu acenando.

Fiquei na porta até vê-lo sumir da minha vista, fechei a porta e respirei fundo, Deus, o que eu fiz de tão grave para receber isso?.



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