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História Este amor está fadado ao fracasso - Porque a humanidade precisa dos deuses em cada passo


Escrita por: wisheschanbaek , byunloey e nitchie

Notas do Autor


— Becca: Eu não sei o que estou fazendo aqui, escrevendo drama, céus! Por quê? O plot é da Bia e eu fiquei bem sad fazendo algumas partes ;-;-;-;
Espero que goste anjinho!
Obrigada Milka, minha nenê, por betar e esposa linda pela capa <3

— Nat: Oi, pessoal! ♡
Confesso que eu também não sei o que estou fazendo aqui com drama isdhfidsufhdsihf, eu e a Becca parimos essa fic com muita dificuldade, mas no fim o resultado nos agradou bastante.
Esperamos que gostem, boa leitura ♡

Capítulo 1 - Porque a humanidade precisa dos deuses em cada passo


 

O caos desse amor sairá

Baekhyun o Submundo deverá governar

Enquanto Chanyeol nos Céus reinará

E só assim a paz será capaz de perdurar


 

Chanyeol deveria prestar atenção aos últimos avisos que Jongdae dava a respeito de alguns semideuses que estavam causando problemas, mas a voz melodiosa do deus Sol parecia muito distante para que pudesse focar sua mente nela. Na verdade, aquele era o efeito de Baekhyun, que estava sentado do outro lado da grande mesa de mogno e que tentava desviar os olhos dos seus.

O irmão provavelmente estava mexendo os pés de forma inquieta, fugindo do seu olhar e fingindo prestar atenção ao que o outro falava; tentava ser frio e indiferente. E ele fazia o certo, Chanyeol que era descuidado demais, não conseguindo conter a saudade que fazia seu peito ficar apertado. Já havia tanto tempo desde a última vez que haviam se encontrado, não saberia dizer ao certo quantos anos, porque cada dia parecia uma eternidade diferente e aquela era a parte ruim de ser imortal.

Para a maioria das pessoas do mundo, Chanyeol era Zeus, e Baekhyun era Hades; dois irmãos que não se suportavam e governavam reinos completamente opostos. Contudo, o que poucos sabiam, era que a verdade estava longe de ser aquela espalhada ao vento propositalmente pelos outros deuses.

Centenas de anos atrás, Baekhyun e Chanyeol estavam juntos, o maior fugia para o Submundo para ver o mais velho ou o próprio Baek escapava para o Reino dos Céus para passar algum tempo com o outro. Também não foram poucas as vezes em que os dois sumiam sem dar satisfação porque haviam ido se aventurar no mundo mortal, escondendo suas identidades e agindo como um casal louco pelas mais diferentes aventuras; mas, principalmente, loucos um pelo outro.

E não havia nada de errado nisso por um bom tempo.

O problema foi quando eles começaram a deixar as outras coisas de lado, suas obrigações. Eles não eram mortais para apenas se preocuparem com o que bem entendessem, eram deuses e tinham infinitas responsabilidades. Como poderiam passar semanas em uma viagem no mundo mortal, um ao lado do outro, sem se lembrarem de que todo o universo dependia deles? De que deveriam cumprir seus deveres?

Eram deuses, precisavam agir como tal!

Mas o amor, ah, maldita seja Afrodite, ou Luhan, como quiserem chamar. Ele sorria ao ver Chanyeol e Baekhyun tão imersos nos próprios sentimentos, que esqueciam de todo o resto. Aquele tempo, onde fingiram ser mortais e estavam tão apaixonados que até um cego conseguiria ver, foi o mais bonito de suas vidas.

Eles se perdiam um no outro, andavam de mãos dadas e faziam amor. Se encontravam em olhares transbordando paixão e dormiam no calor de um abraço amoroso. Mas na mesma proporção que Luhan adorava ver um romance nascer e florescer, ele também se deleitava com seu fim. Amores trágicos são seus preferidos, é de conhecimento comum esse fato.

Chanyeol e Baekhyun deveriam ter percebido isso, mas estavam tão concentrados um no outro que não viram o fim.

E só poderiam culpar a si mesmos.  

Todas aquelas guerras, almas vagando sozinhas pela Terra, medo e tempos imprevisíveis foram causadas pelo descuido de dois dos deuses mais poderosos do Olimpo, que não estavam fazendo seu trabalho.

Chanyeol, tão ocupado em amar Baekhyun, não se importou em deixar os demais deuses sozinhos e sem alguém para conciliar suas discussões — como deveria fazer por ser o deus dos deuses —, causando brigas desnecessárias, essas que se tornaram guerras entre eles. E quem sofreu as consequências? Os pobres mortais, estes que não entendiam as mudanças climáticas repentinas, o mar revolto ou como suas plantações morriam sem motivo aparente.

Claramente, isso resultou em brigas entre os próprios mortais, e assim, mortes. Mas o deus da Morte tão fazia seu trabalho também, já que tudo que pensava era em Chanyeol. Então, almas começaram a vagar sem direção, ou pior, as pessoas não morriam! Simplesmente não conseguiam cruzar a linha tênue entre estar vivo ou não. Os portões de Hades estavam fechados e sequer o Barqueiro conseguia atravessar.

Foi um caos.

Quando se deram conta de toda a tragédia que o mundo havia se tornado, Chanyeol e Baekhyun retornaram aos seus respectivos poderes, instaurando a ordem e trazendo novamente o equilíbrio para o mundo. Mas o estrago estava feito, não havia como voltar atrás em seus erros que foram o propulsor para todo aquele terror.

Estavam condenados.

O amor entre o senhor dos Céus e o senhor do Submundo era proibido, destrutivo.

Foi uma decisão unânime, não poderiam ficar juntos. Uma reunião exaustiva entre todos os deuses deixou claro que era um sentimento proibido, não poderiam deixar de lado suas obrigações em detrimento de satisfações pessoais. O deus dos Mortos não poderia sair de seu reino, muito menos o deus dos Céus se afastaria do Olimpo.

Então, Baekhyun e Chanyeol se viram desesperados com aquela decisão, sem ter como contestar, pois haviam errado. E, como consequência, jamais poderiam se ver ou tocar novamente.

Mas havia uma exceção.

As reuniões entre os deuses.

Estas que não aconteciam com tanta frequência quanto gostariam, fazendo uma saudade esmagadora acumular-se em seus corações e o desejo de poder tomar um ao outro nos braços era maior do que qualquer coisa que Jongdae estivesse falando.

Era um amor bonito, de fato, mas condenado, e devido a isso, diversas outras histórias foram criadas sobre ambos para encobrir uma verdade muito maior e devastadora.

Os olhares se encontravam e desviavam quase que imediatamente, os dois tentando fingir que estavam ignorando um ao outro quando, na verdade, mal viam a hora daquela reunião acabar para que pudessem se encontrar escondido em algum lugar do Olimpo antes de Baekhyun ter que voltar ao Submundo.

Se importavam com os problemas do mundo, mas sabiam que da mesma forma a qual o deus do Sol falava com propriedade sobre mais um problema do planeta, ele também colocaria na mesa uma solução ótima para este, era muito responsável. E Chanyeol esperava, do fundo de seu coração que Ares, Yifan, não começasse uma discussão, alongando ainda mais o tempo naquela sala, e diminuindo os minutos, já tão curtos, que tinha com Baekhyun.

Foram incontáveis horas ouvindo reclamações, intermináveis discussões e tentando não se levantar, tomar o deus do Submundo nos braços e fugir, deixando todos para trás. Mas isso não foi necessário, já que tudo ocorreu de forma calma e com poucos pontos a serem discutidos.

Quando os demais deuses começaram a levantar para sair da sala de reuniões, eles ignoraram o olhar ansioso de Zeus para Hades, como o senhor dos Céus movia os lábios em códigos que ninguém, exceto Baekhyun, entendia.

Estavam acostumados a se comunicarem de forma singela e cuidadosa.

O maior foi um dos primeiros a sair da sala, não querendo levantar suspeitas, seguindo pelas ruas do Olimpo até o castelo em que vivia, aguardando ansiosamente em sua sala o sinal que havia combinado com o senhor do Submundo muito tempo atrás.

Dois toques curtos, três espaçados.

E quando ouviu o barulho em sua porta, praticamente voou até lá, abrindo-a e sorrindo com a imagem da pessoa a qual mais amava no universo. Baekhyun estava escorado na parede, com um ar cansado, mas os olhos tão brilhantes quando brasas, fazendo Chanyeol finalmente sentir aquecido e em casa.

Ele era seu lar.

— Eu achei que a reunião não acabaria nunca — o maior disse de maneira cansada enquanto observava Baekhyun caminhar para dentro do cômodo.

— E eu não achei que demoraria tanto para ter uma nova reunião. — suspirou, sentando-se ao lado do maior no sofá preto e o encarando. — Não tinha como ter inventado algum problema para que eu pudesse vir antes?

Chanyeol sorriu pequeno, triste e exausto, ele levou uma mão até o rosto de traços perfeitos, delineando a linha do maxilar com a ponta dos dedos, lembrando-se da época em que se afundaram tanto naquela paixão que quase deixaram o mundo transformar-se no completo caos.

Aquele era o homem que amava mais que tudo.

— Tudo que eu armava, Jongdae dava um jeito de trazer uma solução mais rápido do que eu poderia imaginar — explicou.

— Não sei é bom ou ruim ele ser tão responsável.

O mais alto balançou a cabeça, concordando, e se ajeitou no sofá de modo que pudesse ficar de frente para Baekhyun. Em seguida, estendeu um braço para puxá-lo para mais perto, mas sequer precisou, pois o menor já estava o abraçando antes que pudesse fazê-lo por si mesmo.

A respiração dele chocou-se contra sua pele e o cheiro invadiu suas narinas, aspirou profundamente enquanto o envolvia com os braços, embriagando-se na essência que tanto sentiu falta e que podia apenas imaginar enquanto estavam separados. Não podia pensar que logo se afastaria de novo, não tinha tempo para ficar angustiado enquanto tinha Baekhyun tão perto.

— Eu senti tanto a sua falta — confessou num tom baixo, os dedos longos se embrenhando por entre os fios escuros do menor.

Baekhyun assentiu em silêncio, sua respiração falhando audivelmente ao abraçar Chanyeol com mais força, querendo se fundir ao deus do Céus para que nunca mais voltassem a ficar tão longe. Qual era a grande coisa em ser imortal? Não sabia se um dia gostara da própria existência, talvez apenas enquanto ele e o maior puderam viver aquele amor da forma que queriam, mas, com o tempo, acabou por acreditar que a vida imortal se tratava de algo frio e triste.

Em tantas centenas de milhares de anos, Chanyeol fora o único capaz de fazer algo despertar de verdade em si.

E foram condenados por isso.

— Dói tanto, Chanyeol — murmurou numa voz quebradiça.

— Eu sei — respondeu.

Baekhyun afastou-se apenas o suficiente para poder encarar os olhos claros que sempre transbordavam sentimentos. Chanyeol sempre fora exemplar ao precisar se fazer ser respeitado perante os outros deuses, ninguém o contestava quando a voz grave ecoava pela sala de reuniões, parecendo retumbar no peito de cada um como se levassem uma descarga elétrica apenas por estarem na mira dos orbes sagazes.

No entanto, para Baekhyun, ele reservava apenas o melhor de si; seu coração.

O mais alto sentia-se ser sugado para dentro daquele universo que parecia haver nos olhos negros do deus do Submundo, escuros como obsidiana e capazes de hipnotizá-lo com extrema facilidade. Da mesma forma que as bocas se atraíam, como imãs, saudosas do sabor alheio e desesperadas por um pouco de amor.

Eles se beijaram de forma que transbordava sentimentos, lenta e profundamente, os dedos de Chanyeol se afundando nos fios escuros do menor enquanto as mãos de Baekhyun lhe puxavam pelas vestes. Era difícil não se deixarem dominar pela ânsia em torná-los afobados e apressados, mas já haviam feito aquilo vezes suficientes para saberem que a pressa em nada supriria a necessidade de ter um do outro.

Era contraditório, pois ao mesmo tempo em que ansiavam por rasgar suas vestes e poder contemplar o corpo alheio, também queriam aproveitar como se cada segundo fosse o último, pois, de fato, era. Ao menos, até a próxima reunião que poderia facilmente demorar anos para acontecer novamente.

Eles se acariciavam, redescobrindo um ao outro, tocando onde fazia suspirar e se beijaram até ficarem sem ar. É claro, se não fossem deuses e a falta fôlego não fosse algo completamente supérfluo e fácil de ignorar. Os toques eram firmes, mas delicados, e todo o carinho contido neles os remetiam diretamente ao tempo em que viviam por aí como se fossem um casal normal.

Tudo voltava como um flashback; as viagens, as sensações, as aventuras, o gosto da liberdade cada vez que seguravam as mãos em direção à um novo rumo. As mentes de ambos praticamente haviam se interligando conforme Chanyeol tinha os braços de Baekhyun a sua volta e as peças de roupas caíam no chão uma por uma. Os sussurros cheios de saudade eram interrompidos por ofegos, mais beijos, e as bocas encontrando a pele alheia.

Baekhyun raspava os dentes pelo pescoço do maior, acariciando-lhe os cabelos ao passo em que seu quadril iniciava um vaivém suave, os corpos se encaixando de um jeito que apenas amantes de longa data poderiam entender. Chanyeol tocava cada pedacinho de pele descoberta do moreno com adoração, fazendo-o se arrepiar e ganhando sorrisos saudosos em meio aos gemidos baixos.

Lar.

Era a sensação que cada toque trazia para ambos. O Submundo, o Olimpo, nada disso conseguiria fazê-los se sentirem tão bem quanto quando ficavam nos braços um do outro. Baekhyun, sempre mais irritadiço e apressado, empurrou o maior — que já estava sem suas túnicas — fazendo-o deitar no sofá, e arrancando uma risada de Chanyeol.

Zeus lembrava com clareza de como o menor sempre parecia prestes a fazê-lo seu, não importa o lugar em que estavam. Mais de uma vez precisaram tapar a boca um do outro enquanto se amavam em lugares públicos, para os mortais. Era nostálgico pensar nos campos abertos, praias — Poseidon ficou bem irritado — e qualquer lugarzinho onde coubessem dois corpo colados.

— Calma, amor.

— Sabe que calma não é comigo, Channie. — Baekhyun sorriu de lado, descendo os lábios pelo dorso do maior, beijando e mordiscando a pele. — Precisamos ser rápidos.

Aquela frase não tinha a intenção de machucar, mas o fazia sem querer. Pois a vontade do maior era falar que tinham todo tempo do mundo, são deuses, oras! Tem a eternidade.

Todavia, seus minutos eram contados e a vida eterna parecia mais um fardo do que uma dádiva quando estavam separados.

Hades sorriu de forma maldosa, querendo que o maior esquecesse aquela tristeza, ao menos por hora, enquanto estava consigo, e tomou o sexo alheio entre os dedos bonitos, em uma massagem lenta. Chanyeol gemeu arrastado, encarando o menor que colocava uma língua para fora e contornava a glande inchada.

Foi impossível ter qualquer pensamento coerente com Baekhyun fazendo um trabalho tão bom com a boca, abrigando-o aos poucos e movendo-se devagar, apenas para enlouquecer o maior e ter sua total atenção.

Odiava quando ele lhe encarava de forma triste, tinham tão pouco tempo para perder com sentimentos ruins. Desejava que aqueles momentos fossem os melhores possíveis, e a saudade fazia com que quisessem gastá-lo daquele jeito; se amando e tocando, tentando gravar cada detalhe já conhecido e cada som que jamais seria esquecido. Pensar que teriam que aguentar uma vida imortal sem ser ao lado do outro doía de uma forma que nem o fato de serem divinos amenizava.

E como poderia?

O amor, que fora criado para ser unicamente algo bom, também podia ser perigoso. E ele não fazia distinção entre deuses e mortais.

Baekhyun usava uma das mãos para tocar o maior, apertar as coxas e brincar de deixar marcas sobre a pele macia, enquanto, com a boca, sugava o falo rígido com cada vez mais sofreguidão. Seu desejo de ouvir Chanyeol gemer e chamar seu nome o consumindo e o fazendo se empenhar em desestruturar completamente o outro com apenas um oral.

E aquilo não estava longe de acontecer, visto que o mais alto se contorcia sobre o sofá e arqueava as costas. Aproveitou para depositar dois dedos sobre os lábios bonitos dele, ambos logo sendo acolhidos e bem molhados pela boca do maior. Chupou a glande inchada e completamente encharcada de pré-gozo e saliva com vontade, em seguida afundando o membro em sua boca praticamente até a base.

Chanyeol não foi capaz de conter um gemido alto e arrastado, a respiração entrecortada e os dedos em sua boca o impedindo de falar. No entanto, logo esses dedos foram retirados e levados para outro lugar, mais especificamente entre suas nádegas. E suas reações em nada mudaram, pelo contrário, seu tesão aumentou ao sentir os dedos habilidosos começando a prepará-lo e ao imaginar Baekhyun o tomando, assim também acabou lembrando de todas as outras vezes em que esteve à mercê do menor daquele jeito.

Quando os dedos começaram a estocá-lo, suas pernas se abriram mais instintivamente e a imagem de Baekhyun ficando de joelhos entre elas — os músculos tensionados, cabelo caindo na testa e o sorriso convencido — apenas contribuiu para elevar seu nível de excitação que já era alto. Os dígitos em seu interior encontraram sua próstata com extrema facilidade, e o menor fez questão de roçar naquele ponto sensível incontáveis vezes, o sorriso se alargando pelas reações tão claras de Chanyeol.

Era simplesmente um contraste incrível, ver o deus dos Céus sentado imponente nas reuniões e depois daquele jeito, com as pernas bem abertas e implorando com os olhos quase marejados para ser fodido. Baekhyun tirou os dedos do maior e lambeu os lábios ao vê-lo se levantar, Chanyeol sentou-se sobre os joelhos e alcançou a boca do moreno com a sua, iniciando outro beijo enquanto as mãos deslizavam pelos ombros largos e desciam tocando o abdômen firme.

O menor acabou inclinando-se para trás conforme as mãos chegavam ao seu baixo-ventre, seu membro logo sendo envolvido pelos dedos longos. Deixou-se cair no sofá, tendo Chanyeol acima de si exibindo um semblante desejoso enquanto lhe encarava e masturbava ao mesmo tempo.

Os olhos de Zeus estavam como um dia nublado e revolto, e Baekhyun não duvidava que em algum lugar da terra uma tempestade estivesse prestes a acontecer. Sorriu com aquilo, era bom saber como conseguia descontrolar o maior, como ainda se rendiam um ao toque do outro. Hades gemeu arrastado quando a mão alheia começou a subir e descer de forma mais firme, apressada, o dedão deslizando na glande expelia pré-gozo em abundância.

Os gemidos era abafados com beijos cheios de saudade e paixão, as mãos ansiosas marcavam o corpo alheio, querendo deixar gravado — mesmo que por apenas alguns dias — aquele ato de amor.

Chanyeol se afastou, apoiando os joelhos no sofá e segurando o falo do menor, enquanto deixava um sorrisinho sacana nascer em seus lábios inchados ao perceber como Baekhyun praticamente o devorava com o olhar, grunhindo de tesão ao observar o maior, que desceu o corpo e fechou os olhos gemendo baixinho.

O deus dos deus mordeu os lábios, rebolando devagar para sentir o outro dentro de si, fazendo Hades agarrar sua cintura com força para aplacar um pouco de todo seu desejo. Eles se encaravam em uma clara provocação.

Eram bons nisso, provocar.

Fingir que estavam irritados um com o outro para não levantar suspeitas, sorrir cheios de significados que ninguém mais entendia, fazer de conta que estava tudo bem, mesmo que as coisas só ficassem remotamente bem quando estavam juntos.

Zeus se inclinou para frente, apoiando a mão no sofá e beijou seu amado como se não houvesse amanhã, ao passo em que movia os quadris com mais intensidade, fazendo o prazer percorrer ambos os corpos daquela forma tão familiar. Encaixavam-se de olhos fechados, se conheciam como ninguém mais era capaz e se amavam de um jeito único.

Ali não tinha espaço para fingimentos ou máscaras, pois havia apenas dois deuses se entregando ao que sentiam e tentando, momentaneamente, esquecer que estavam condenados a estarem longe um do outro. E eles realmente conseguiam esquecer disso enquanto Chanyeol mexia o quadril num ritmo gostoso e Baekhyun o segurava pela cintura, ajudando nos movimentos e então deslizando uma das mãos até o falo negligenciado do maior.

— Mal começamos e eu já estou vendo que você não vai durar muito tempo — o menor disse, aquele sorrisinho malicioso brincando nos lábios vermelhos e o peito subindo e descendo rápido pela respiração acelerada.

— Fala isso como se você fosse durar muito mais — respondeu, inclinando-se até que as bocas estivessem bem próximas novamente.

Baekhyun não contestou, preferiu ocupar a boca num novo beijo molhado e sedento conforme sentia Chanyeol rebolar em seu membro com cada vez mais afinco, às vezes contraindo a entrada de propósito, fazendo o menor grunhir com o tanto de prazer que percorria seu corpo. Era difícil resistir aos espasmos crescentes, os arrepios quando as unhas curtas do maior raspavam em seus ombros e peito.

O Byun cravou os dedos na cintura do mais alto, estocando ao mesmo tempo em que ele descia sobre seu falo e rebolava. E Chanyeol gemia rouco contra a sua boca, pedindo por mais, porque estava quase lá. Toda aquela mistura de sentimentos e sensações, somado ao ápice se aproximando, os deixavam num estado incrível de êxtase.

Deixava ambos com a vontade de poderem eternizar aquele exato momento em que os olhares se encontraram e eles foram capazes de se ver através do anos; o casal apaixonado e inconsequente que viajava para todos os lugares possíveis inevitavelmente se transformando em duas pessoas separadas por um mundo inteiro, mas que ainda tinham os corações conectados.

E foi no ápice dessa conexão que o clímax chegou para os corpos também, os espasmos de prazer atingindo os dois e os gemidos sendo calados na boca um do outro num beijo apaixonado. As unhas de Chanyeol afundando-se nos ombros do moreno enquanto o mesmo tinha os dedos entre os cabelos do maior. A paixão deles praticamente transbordando pelos poros e no modo como se abraçaram depois, pouco ligando para sujeira que haviam feito ou qualquer outra coisa que não fosse eles juntos.

Eles sorriam para para o outro, havia tantos sentimentos naquele único ato, tantas coisas que poderiam falar, mas não precisavam ser ditas, pois estavam claras pelo forma que se olhavam. Baekhyun se sentou no sofá, tomando os lábios do amado em um selar mais calmo, e que transbordava carinho.

Os dedos de Chanyeol acariciavam a pele febril do menor, e logo aquele beijo, tão inocente no começo, se transformou em uma manifestação de toda a saudade que ainda tinham um do outro. Os corpos se moldavam e ainda ferviam, em busca de mais toques.

Eles riram baixinho, entre suspiros necessitados, um para o outro e o maior se levantou, estendendo a mão para seu amado.

— Ainda bem que somos deuses, quero aproveitar cada segundo deste dia com você.

— Sendo fodido por mim, quer dizer. — o moreno riu de forma sarcástica e brincalhona enquanto Zeus revirava os olhos, mas não disse nada, apenas deixou um sorriso malicioso se formar em seus lábios, iria ensinar uma lição ao outro, na cama.

 

(...)

 

Luhan sempre teve a mania de ser irritante e inconveniente, Chanyeol e Baekhyun sabiam disso, contudo, era também um dos poucos deuses com quem poderiam contar, mesmo que fosse sua culpa aquele amor, Afrodite também ajudava a acobertá-lo, a enviar cartas de um para o outro e se deleitava com aquela tragédia.

O sol sumia aos poucos no horizonte, informando que aquele momento chegaria ao fim em breve, e isso não deveria ser nada demais, apenas parte do ciclo, um dia se encerrava para outro começar.

Contudo, para aquele casal que se encarava ainda no castelo do deus dos deuses, era algo bem maior, mais doloroso. Era uma despedida sem data certa para retorno, para se verem novamente. Poderia ser naquele mesmo ano, ou em décadas. Como saber? A reunião dos deuses não acontecia sempre.

Baekhyun estampava o rosto de gelo, impassível, tentando ao máximo não exteriorizar como seu coração estava despedaçado, Chanyeol havia desistido de tentar esconder seu sofrimento há anos, então lágrimas cristalinas deslizavam em sua face enquanto sorria para o irmão, acariciando a tez do mais velho.

— Deveríamos falar adeus. — o menor tentou soar como uma piada, mas o outro apenas lhe puxou para um abraço apertado, cheio de dor, e trovões fizeram o Olimpo estremecer.

— Deveríamos falar eu te amo. — sussurrou rente ao ouvido de Baekhyun, que agarrou suas vestes com força, tentando de toda forma não se deixar abater, não iria desmoronar na frente daquele que mais precisava de sua força.

— Dói mais se o fizermos.

— Sim, mas vai doer de qualquer forma. — Zeus falou, se afastando para encarar o outro. — Eu te amo.

— E eu amo você. — Hades sussurrou, ficando na ponta dos pés para selar os lábios cheinhos do maior de forma lenta e cheia daquele sentimento preso em seus corações.

O toque suave na porta fez com que se afastassem lentamente, o maior respirou fundo, secando o rosto e seguindo até lá. Como sempre, Luhan tinha um meio sorriso nos lábios, como se estivesse triste demais por eles, mas ao mesmo tempo, feliz em presenciar aquele amor.

— Está na hora. — disse apontando para o céu alaranjado.

— Eu sei. — Hades rosnou, irritado.

— Não me culpe, meu bem.

— Quem mais eu culparia? —  Baekhyun revirou os olhos, fazendo o deus do amor rir e dar de ombros.

— Vamos, antes que alguém perceba que ainda está aqui. — rebateu, com aquele jeito inconveniente que fazia o casal suspirar, sem muita paciência.  

Eles poderiam perder mais algum tempo ali discutindo, contudo, Zeus e Hades sabiam que seria um desperdício, então se beijaram com força, agarrados um ao outro como se quisessem fundir os corpos, a essência de sua divindade, transformando-os em apenas um.

Todavia, aquilo não era possível, e logo se afastaram, um observando o outro de forma mais detalhista possível; querendo gravar os sorrisos,  o brilho no olhar, o tom de voz, o calor do corpo, o cheiro que o outro emanava. Queriam ter tudo bem fixado na mente para poder suportar a dor da espera, até conseguirem se ver novamente.

O inadiável aconteceu, o céu ficou escuro, com estrelas dançando no manto azul e deixando claro que precisavam se afastar. Hades só poderia ficar no Olimpo no dia de reunião, e este se findava.

Afrodite estendeu a mão, dando a força necessária para se afastarem ao puxar  Baekhyun para fora do castelo. Chanyeol ficou um segundo parado, estático, sem conseguir fechar a porta ou e virar, enquanto o menor dava alguns passos ao lado do deus do amor e desaparecia aos poucos, sem olhar para trás.

Ele nunca olhava, não por não querer, mas para que o outro não visse suas lágrimas, queria parecer forte aos olhos do amado, queria que ele acreditasse quando sussurrava que tudo daria certo um dia, mesmo que aquilo fosse impossível, ambos sabiam.

Eles eram seres divinos, e o sentimento que apenas crescia em seus corações poderia despertar o caos no mundo. Esse amor, desde o começo, estava fadado ao fracasso, porque a humanidade precisa dos deuses em cada passo.



 


Notas Finais


— Becca: Eu vou deixar um obs aqui, porque deuses não tem um sexo definido, eles podem se manifestar da forma que quiserem, e como nome não tem gênero, eu deixei Afrodite mesmo quando me referi ao Luhan, ok? É isso!

— Nat: Aqui o link do perfil da Bia: https://spiritfanfics.com/perfil/nikini
Até ♡
https://twitter.com/pcysfire


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