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História Estereótipo - Benefícios de um trabalho de biologia


Escrita por: Victra

Notas do Autor


Boa leitura (♡)

Capítulo 6 - Benefícios de um trabalho de biologia


Reto foi como eu passei pelo corredor quando vi Jeongguk naquela segunda-feira. Reto foi como eu desejei que seu sangue escorresse pelo piso depois de não receber uma mensagem sequer no final de semana.

Como ele podia me ignorar depois de me ignorar?

— Maeve! — a voz dele soou atrás de mim. Não me virei. — Maeve? — colocou-se em minha frente. — Tudo bem? — sorriu.

Idiota!

— Tudo. — continuei andando rumo ao meu armário. Ele me acompanhou, mirando-me e andando de costas para fluxo de pessoas.

— Como foi seu final de semana?

— Legal. — dei de ombros.

Na verdade, eu havia passado os últimos dois dias assistindo Reign trancada no meu quarto e esforçando-me ao máximo para não o mandar uma mensagem, mas é claro que eu não pretendia dizer isso.

— Eu passei o meu inteiro acordado com um amigo pra zerar um jogo que ele comprou sexta. Era incrível. — coçou os olhos.

Finquei meus pés no chão.

— O quê?

— A gente esperou três anos por esse jogo. Quando Peyton chegou com ele sexta, passamos a manhã inteira falando sobre isso.

— Você passou o intervalo com ele?

— É. E mais alguns caras.

— Por isso você me ignorou como se eu fosse um daqueles primos inconvenientes que a gente evita? — apontei o indicador em sua direção. Ele franziu o cenho.

— Como assim?

— Eu disse “oi” e você passou reto. — cruzei os braços sob os seios.

— Licença. Você está bloqueando meu armário. — uma garota disse. Olhei para a frente e a vi com cara de poucos amigos. Sorri amarelo.

— Desculpa. — puxei Jeon pelo braço, visando sair daquele corredor.

Arrastei-o até pararmos em frente ao meu armário, então voltei a fitá-lo.

— Continuando: você me deixou triste. Por que me ignorou? Achei que éramos amigos! — bombardeei-o com palavras. Sua expressão passou de apenas confusa para confusa e culpada.

— Eu não te vi. Desculpa. — coçou a nuca.

Bufei. Meus olhos o analisaram durante alguns segundos, ajudando-me a chegar a seguinte conclusão: eu não conseguia ficar chateada com ele por muito tempo.

— Tudo bem. — sorri de lado. Ele repetiu o ato. — Mas você tem que começar a olhar mais para os lados. — completei em um tom repreendedor. Ele riu.

— Eu vou.

— E não vai mais me deixar passar despercebida. — voltei-me ao armário e o abri.

— Não vou. — inclinou a cabeça para o lado, buscando me enxergar. — Mais alguma coisa?

— O jogo era legal? — indaguei, olhando-o de lado. Ele alargou o sorriso.

— Não é tanto se eu considerar o fato de que ele me fez chatear você.

Eu gostava de Matemática e suas vertentes tanto quanto adorava História e tudo que ela pudesse me ensinar, mas existia uma certeza que eu carregava desde o fundamental: biologia é um saco.

Eu sei, não é muito legal da minha parte dizer isso, mas eu nunca consegui gostar.

Bem, até a terça-feira em que meu professor de biologia decidiu promover uma aula diferente.

— Vocês vão procurar por, ao menos, uma briófita, uma pteridófita, uma gimninosperma e uma angiosperma. Depois vamos voltar ao laboratório e escreverão um relatório sobre o trabalho e desenharão cada uma delas, destacando as partes que os permitiram diferenciá-las. Façam em trios ou duplas. — Sr. Thompson explicou, apontando para o parque.

Eu não gostava de plantas. Definitivamente. A ideia de andar no meio do mato em busca daqueles seres estranhos do reino Plantae era quase absurda para mim. Não, ela era absurda, sim. Sem contar os animais nojentos e esquisitos que eu poderia encontrar de brinde.

Tudo bem. Talvez eu não gostasse de seres vivos no geral. Menos gatinhos, sempre os achei adoráveis.

— Vamos fazer juntos? — Gabe questionou a mim e a Hale assim que a explicação acabou. Concordamos imediatamente, uma vez que Gabriel era muito bom em biologia e nós… bem, nós tentávamos.

— Podemos começar por ali? — Hale apontou para um lugar cheio de flores, onde vários estudantes do segundo ano se encontravam amontoados.

Espera… segundo ano?

— O que o segundo tá fazendo aqui? — questionei, franzindo o cenho.

— Sei lá. — Gabe deu de ombros. — Mas eu não vou negar que pretendo aproveitar isso. — deu uma cotovelada em Hale, apontando para um grupo de garotas em seguida.

— Você vai me trair na minha frente? — brinquei. Meus olhos estavam rodando pelo local a procura de Jeongguk.

— E você tá me traindo com o… Oi, Coreia! — disse. Meus olhos rapidamente se voltaram a ele.

Jeon estava às três horas e com um sorriso incrível.

Na verdade, eu não sabia usar relógios de ponteiro, mas ele estava bem perto.

— Fala aí, México. — fez um toque estranho com Gabe, e então o repetiu com Hale. Jeon era mais alto do que o Salazares, mas meu melhor amigo ainda conseguia ser maior do que os dois. — Tudo bem? — indagou enquanto andava até mim.

— Tudo ótimo. Nem sei se é possível fazer isso na grama, mas hoje eu vou passar o rodo. — Gabe respondeu por mim. Revirei os olhos.

— Vocês se conhecem? — meneou a cabeça, indicando o moreno a frente. Assenti.

— Infelizmente, sim.

— Ela me ama. — Gabriel rebateu.

— Não me lembro de ter dito isso. — arqueei as sobrancelhas.

Jeongguk mordeu o lábio inferior. Parei para analisá-lo melhor, mas não precisei de muito tempo para concluir que ele estava lindo — como em todos os outros dias.

— A gente não pode começar isso logo? Eu quero dormir. — Hale interferiu, bocejando em seguida. — Vai lá procurar com o Jeon daquele lado, Mae. Eu e o Gabriel vamos por aqui. — saiu, puxando o mais baixo pelo braço antes que ele dissesse alguma besteira.

— A gente pode fazer este trabalho juntos? — franzi o cenho, observando os dois pararem para paquerar com o grupo que haviam apontado há pouco.

— Fizeram um grande crossover das nossas turmas, acho que não vai ser um problema. — deu de ombros.

— Você é muito nerd. — ri.

— Obrigado. — brincou, puxando-me por entre algum lugar cheio de flores em seguida. — Mas, sabe o que mais eu sou? — olhou-me de lado.

— Mongo?

— Vai se ferrar. — fingiu um tom ofendido, mas acabou rindo. — Errado. — tirou o celular de seu bolso. — Eu sou um escritor.

Posso jurar que meus olhos brilharam mais do que a cera das folhas daquelas plantinhas nojentas que nos cercavam.

— Escreve? De verdade? Tipo, com palavras? — disse tudo de uma vez, fazendo-o rir.

— Bom, eu, particularmente, desconheço alguma outra forma de escrever senão com palavras.

Quantos talentos meros mortais tiveram que perder para criar um único e incrível Jeongguk?

— Eu estou escrevendo um roteiro. Ficaria feliz se você lesse e desse sua opinião. — continuou.

Sentei-me num banco do parque com Jeongguk ao meu lado para ler.

O filme era de ficção científica; algo sobre aliens e o governo americano.

— Eu gostei. Quer dizer, eu não entendi nada, mas gostei.

Eu ouvi atentamente enquanto ele falava animado sobre o enredo e sua linha do tempo. Sinceramente: era interessante. Eu assistiria.

— Meu sonho é ser roteirista. — ele confessou, sorrindo timidamente.

— Você tem talento. — devolvi o celular a ele.

Então eu me lembrei de outra coisa sobre cinema: um filme que eu queria ver estreiaria naquela semana.

— Você viu o trailer do filme que vai sair esta quinta? — perguntei, sugestivamente.

Me chama. Me chama. Me chama.

— Eu vi. As críticas foram muito boas.

— Você pretende assistir? — continuei.

— Não. Eu não gosto muito da heroína... — deu de ombros. Ele se mostrava tranquilo, até que pareceu se tocar de uma coisa. — Você pretende? — olhou-me de lado, subitamente.

Sorri, satisfeita.

— Estou esperando você me convidar.

 


Notas Finais


gosto assim

eu to adorando escrever esta história. espero que vcs tbm estejam gostando de lê-la sz
mas eu tbm to há uma semana escrevendo direto sccr ksnsjsk eu preciso sair e rebolar minha raba urgente

espero que tenham gostado e me desculpem por qualquer erro

até amanhã,

xx

(♡)


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