— O que está fazendo? — Luhan tentou voltar mais o aperto firme do moreno o impediu.
— Agora é tarde — disse no meio se um sorriso diabólico quando a porta abriu
— Sehun me ajude Luluh está com dor.
Os olhos do alfa fixos no rosto do rosado, em um misto de preocupação e algo que Soo jurou ser "cuidado de alfa para SEU ômega".
— Entrem — os dois entraram e Xiao manteve a encenação de dor, ou seja, lá qual era a intenção do moreno.
O loiro por outro lado era só preocupação.
— Luhan deixe-me ver — deslizou as ataduras com cuidado analisando as feridas — vamos fazer um analgésico e vai ficar melhor.
Kyung tinha se afastado o bastante para que seu próprio cheiro quase sumisse da sala, observava os dois para o moreno estava claro o chefe sentia algo a mais por Luh que de tão assustado não estava vendo.
— Vou até a farmácia pegar o remédio — o loiro levantou — eu já volto.
— Sehun deixa que eu vou comprar. — Soo pegou a receita que chefe preencheu e saiu deixando Xiao na casa do Oh.
— Desculpe, foi minha culpa — Hun colocava as ataduras novamente — não quis te assustar.
— Sehun, eu que sou desastrado — um meio sorriso se fez na face delicada do menor.
Oh mantinha uma expressão gentil a mão ainda segurava a do outro.
O alfa estava preso em algo que nunca sentiu antes o garoto a sua frente parecia diferente e não era apenas o cheiro de ômega não apenas instintos, uma parte do seu ser gritava.
— Sehun, sabe, pode soltar. — A voz doce trouxe o loiro do seu transe deixando a mão escapar da sua.
— Eu não percebi. — Hun levantou e indo para a cozinha — quer beber alguma coisa? Água? Chá?
— Estou bem obrigado. — Luh viu o maior pegar água bebendo quase em gole como se estivesse no deserto, o quão desconfortável o alfa estava com sua presença, o rosado pensou levantando — melhor eu ir agora, você deve estar ocupado e não quero incomodar. — O menor lançou um olhar para a pilha de livros e anotações sobre a mesa.
— Não estou ocupado, isso é.…posso fazer depois. Vamos espero o Do voltar.
Os dois sentaram novamente e apesar de não ter pedido Luh acabou com um copo de suco nas mãos.
— Laranja acertei? — O loiro sorriu ao lembrar do sabor do suco.
— Sim — Xiao sorria confortável com o alfa. "ele é um alfa" a consciência o chamava a realidade, um tremor fez presente no corpo magro do rosado.
— Está bem? — Sehun tocou a testa do outro — não tem febre. — Disse para ele mesmo, saindo e segundos depois retornou com uma manta.
— Isso vai ajudar — cobriu o rosado. — Vou fechar as janelas.
"Janelas" Luh sequer tinha reparado que estavam abertas e sentiu-se tolo.
O tempo passou lento o que começou desconfortável entre os dois, aos poucos tinha virado uma conversa sobre nada em especial apenas alguns casos recentes do hospital. E claro o rosado começou a ter sono Sehun tinha lhe dado um comprimido para a dor e o menor adormeceu em meio à espera do Do voltar da farmácia.
***
Soo não pretendia voltar tão rápido, ia deixar os dois mais algum tempo juntos.
"É do que esse garoto tímido precisa" riu animado ao entrar na farmácia do outro bairro "um pouco de emoção". Sorria animado caminhando entre os corredores, não havia nada que realmente precisasse ali. Passou a mão sobre as embalagens uniformes, lendo os nomes mentalmente, até parar o dedo sobre uma que lhe fez rir. Era um supressor*, pegou o objeto, na caixa dizia suas propriedades, e o quando aquela marca específica era mais forte que as demais.
— Isso realmente funciona? – Pensou alto, basicamente perguntando para caixa.
— Ah… vai dizer que nunca usou? – Do olhou para o lado, pronto para xingar o idiota que estava se metendo em sua conversa com a caixa, quando se deu conta que era o seu idiota, Jongin.
— E você deve ter usado tanto até o seu cérebro vazar pelos ouvidos. – Disse pondo o remédio na cesta do mais alto e foi para o caixa. Ainda estava irritado pela última vez que se encontraram, e ele se negou. Era um idiota, um bastardo, um virjão! Xingava mentalmente. Pagou o analgésico e saiu sem olhar para trás. Logo sentiu o puxão no braço, mas não se virou.
— O que você quer agora? – Reclamou
— Você ainda está bravo comigo?
— Uau! Como descobriu isso? – Encarou o bronzeado, que tinha um cheiro maravilhoso para si, prendeu o ar para não sentir.
— KyungSoo… eu gosto de você, mas eu quero te namorar, não apenas…
— E por que não? – Revirou os olhos – eu não disse que não queria namorar você, foi você que não me quis! – Puxou o braço com força se soltando do toque do alfa e foi até o seu carro.
— Ah... você disse “sim”!? – Perguntou ainda confuso
— Disse que era bobagem, mas não disse “não vou namorar com você” – falou com uma voz tosca para incomodar o maior. Jongin segurou a mão do menor antes que ele abrisse a porta do carro. E encostou o queixo em seu ombro, tocando os lábios de leve em sua orelha.
— Quer seu meu namorado? – O menor respirou fundo, sentindo seu corpo tremer com o gesto do outro.
— Só se for um namoro de adultos — disse firme.
— Tá, então também quero por uma condição.
— Hm…
— Sexo só depois de encontros românticos — Kyung riu alto se virando para o maior
— Tá bem! — Disse passando as mãos pelo peitoral de Kai e subindo até o pescoço entrelaçando os dedos ali — Eu achei bem romântico te encontrar na farmácia, serve ou você quer ver as cerejeiras primeiro?
— Vou te dar desconto só hoje — se inclinou beijando os lábios do Soo. Um beijo casto, que logo foi desvirtuado pelo menor. Assim que se afastaram pela falta de ar, o menor sorriu malicioso
— Na sua casa ou na minha? — Kai apenas sorriu era impossível controlar o menor.
***
Sehun voltou aos papeis sobre a mesa, o ômega dormia no sofá e o Do não tinha voltado.
— Xiao Lu Han — repetiu o nome para si mesmo soltando o livro e voltado para perto do rosado – estava cansado, ômegas são mais frágeis. Desculpe eu não percebi antes.
Afastou o cabelo da testa do menor checando a temperatura, estava confuso em ter o garoto ali mais não queria que ele fosse embora, a companhia tocou o trazendo a realidade.
— Desculpe a demora — o moreno tinha um sorriso malicioso nos lábios enquanto entrava — aqui está remédio.
— Obrigado — pegou a sacola que o Do lhe jogou.
— Como ele está?
— Melhor.
Os olhos do Soo se estreitaram e encarou o chefe.
— O que aconteceu?
— Ele dormiu dei um analgésico que tinha aqui — tinha percebido a insinuação e apenas ignorou.
— Ah, bem acho que vou deixar ele dormir _disse indo para a porta _ele parece tão cansado que não tenho coragem de acordar o coitadinho.
Os dois concordaram silenciosos, mais o rosado acordou e sorriu ao ver o colega de casa.
— Soo, você chegou.
— Cheguei Luluh — disse meigo em nada lembrando suas insinuações de momentos antes. – Vamos para casa?
— Vamos – levantou ainda segurando a manta nas mãos – obrigado Sehun desculpe por incomodar.
— Não incomodou em nada.
Os dois estava se desculpando e aquilo parecia não ter fim, Soo pegou o rosado pela mão e o arrastou para fora.
— Até Sehun
Acenou ao sair.
— Boa noite. — Lu disse sorrindo ao sair.
— Boa noite...
Os ômegas saíram e o loiro não conseguiu voltar ao trabalho não conseguia se concentrar, desistiu e foi dormir.
…
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.