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História Estrelas do Céu de Abraão - Fuga.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 38 - Fuga.






Marduk não deixou Esther nas masmorras, mas do que algumas horas, então arrumou um quarto para ela.

E então ela surpreendeu em como ele a tratou, conversando com ela, enquanto observava as estrelas.

Nenhuma chantagem, ou qualquer ameaça.

E ainda atendeu o pedido de tirar Rebeca da masmorra. Ela ficou no quarto de Esther, como se fosse uma serva.

Naquele dia, as servas haviam preparado Esther, segundo ordens de  Marduk, e Esther, imaginava que fosse uma ocasião importante, se observava pelo reflexo do espelho: o vestido vermelho era deslumbrante, longo e com um grande decote. E as jóias, dignas de uma rainha.

Entretanto,  Esther se sentia desconfortável naquelas roupas e jóias, a rainha Kalési, sua mãe, se vestia assim, ela não.

 Seus vestidos eram sempre bonitos, porem simples, Esther vivia no campo, e não se importava com luxos.

Estava arrumada e isso a fazia pensar será que seria um evento fora do palácio?, pensou. Se sim, seria uma oportunidade de fuga... Mas como fugiria com tantos oficiais por perto.

Uma fuga parecia praticamente impossível.

— Para onde pretende me levar? — perguntou a Marduk, assim que ele entrou no aposento.

Estava com um bela capa babilônica, com diamantes.

Antes de responder,  ele a olhou de cima a baixo.

— Para um cortejo por Nívine. Meus súditos querem comemorar mais um ano de reinado de seu monarca. Do impiedoso Cusã-Risataim.

Saíram dos aposentos, e Rebeca ficou, Marduk com a mão sobre os ombros de Esther. Com aquele gesto gentil,  a surpreendeu.

Nina lançou um olhar raivoso a Esther ao encontrá-los nos corredores.

— Ela irá conosco? — quis saber a soberana, surpresa.

— Claro que sim, afinal ela faz parte de minha família. — respondeu Marduk. — Minha bela prima.

Nina não argumentou, mas sua insatisfação era clara.

Estava claro para Esther, que ele e Nina não tinham um relacionamento muito bom. E sua presença faziam as coisas se tornarem ainda piores.

As ruas de Nívine, faziam Esther se lembrar de Canaã, antes da chegada dos hebreus. Haviam imagens de Deuses, e súditos gritando o nome de Marek e Kalési.

Não era muito diferente.

— Viva ao rei Risataim,  Viva a rainha Nina. — brandava os súditos.

Tudo estava relativamente bem, até que Marduk disse que gostaria de ir até as obras, e desceu da liteira.

O cenário de repente se tornou mais sombrio. Eram escravos, trabalhando nas construções, brutalmente.

— São todos hebreus. — esclareceu, o ver o desespero da prima. — Na Babilônia, é ainda pior, acredite.

Seu olhar fixou-se em um escravo.

Não era um escravo desconhecido, Esther o reconheceria em qualquer lugar. Era o seu melhor amigo, desde do dia em que ela o conheceu: Kalu

— Kalu. — falou com pesar. Ele não ouviu, então ela gritou. — Kalu.

O melhor amigo a olhou, e sorriu.  Estava evidentemente suado, e cansado, e por ter parado de trabalhar, recebeu do feitor chibatadas nas costas.

— Não pare, escravo. — o feitor dizia, o chicoteando impiedosamente.

— Não. —  Esther gritou desesperada.

— Peça para ele parar Marduk, por favor, eu lhe imploro.

Depois de mais dez chicotadas, e pedidos e lamúrias de Esther, ele finalmente disse:

— Pare feitor.

O feitor obedeceu imediatamente.

E Kalu permaneceu no chão, totalmente ferido.

Esther correu até ele e sussurrou:

— Não importa o quanto doa, meu amigo. Nunca perca sua fé, nunca se esqueça do Deus de Israel. E Ele não se esquecerá de ti.

Marduk irritou-se, foi até ela, e a puxou com brutalidade:

— Vamos voltar ao palácio, agora!

Subiram nas liteiras, e voltaram ao palácio. 

                         ***

— Você não deveria ter aquela reação diante de meus súditos. — falou Marduk, estava irritado com a reação de Esther.

Ela andava de um lado para o outro, nervosa. Sabia que não podia ficar daquele jeito, estava grávida, mas como se acalmar diante de tanta violência?

— Achou que mesmo que eu ficaria contente em ver meu povo sendo escravizado? — perguntou.

— Seu povo!? Você é cananéia.

— Isso não significa nada, meus filhos tem o sangue de Israel.

— Se quer pensar dessa forma, que pense, mas aqui na Mesopotâmia, quem dar as leis, sou eu. O senhor das duas províncias.

— Kalu é meu melhor amigo. — rebateu ela.

— Para mim ele não passa de um escravo. Um entre milhares. — desdenhou Marduk. — Hebreu é um povo que se acha superior. Enchem a boca para dizer que é povo escolhido por um Deus lendário, mas voltou a mesma condição de antes. Estão destinados à servirem, sempre será assim.

Esther enfureceu-se, em como Marduk insistia em duvidar o poder de Deus.

— Eu deveria mesmo desconfiar, você está fingindo, sendo gentil comigo. Você é um monstro, Marduk. Como pode se divertir com o sofrimento dos outros!?

Ele deu de ombros, e disparou:

— Eu te levei para alertar o futuro de seu bebê, caso ele nasça: escravo.

— Não, você não pode ser tão cruel a esse ponto. Não! — ela se desesperou.

— Sou, afinal sou um rei Assírio. Se acha que abortar é sofrimento, imagina ter um filho para ser escravo? Por isso de amanhã não passa, você vai abordar esse bebê, querendo ou não.

Aquilo foi o limite do que ela podia suportar.

Não conseguiu falar mais nada, e uma dor forte no ventre a atingiu.

                   ***

Otniel e Iru, disfarçados, entraram com facilidade na Mesopotâmia. Depois de procurarem por todo um dia, na capital da Babilônia, agora, estavam na Assíria, em Nívine.

— Nunca pensei que ia ver o nosso povo escravizado desse jeito. — comentou Otniel, com Iru.

— Depois de quatrocentos anos, no Egito, não sabemos quando acabará essa nova opressão. — lamentou Iru.

Haviam entrado na Babilônia, com facilidade, o povo Babilônico, era mais religioso, haviam muitas estátuas politeístas, por todos os lados. O mais difícil era entrar na Assíria, mas eles conseguiram.

— Ela não está aqui. — concluiu Iru. — E o que acha de irmos para Babilônia, novamente? Na Baixa Mesopotâmia tem muitos mais escravos do que aqui.

Otniel concordou, o que não imaginava é que a menos de uma hora, Esther estava naquela mesma rua, vendo o melhor amigo ser chicoteado.

Se tivesse passado por ali,  teria visto Esther, mas isso também seria a morte dele, e Iru, Marduk ao vê-los, mandariam os executá-los.

O fato de não terem se encontrados, ao mesmo tempo que parecia ruim, foi a salvação, na verdade.

— Podemos voltar a Babilônia, mas antes quero ir até o palácio, até amanhã encontramos um jeito de entrar no palácio. — disse Otniel.

              ***

A vila dos escravos, era afastada das cidades,  para excluí-los, quando eles não estavam trabalhando.

Em uma dessas pequenas casas,  viviam Kalu e Kira. 

— Eu não aguento mais ver eles te machucando desse jeito. — Kira falou chorando. — Outro dia,  foi meu pai, e agora você,  meu amor. 

Havia limpado, e cuidado das feridas que o chicote do feitor Assírio, havia deixado nas costas de Kalu, seu marido.

"Não importa o quanto doa, meu amigo. Nunca perca sua fé, nunca se esqueça do Deus de Israel. E Ele não se esquecerá de ti." as palavras de Esther, ainda ecoavam em sua mente.

— Esther que está certa. — mumurrou ele.

—  Como assim, Esther!? Aquela sua amiga cananéia, princesa, que se casou com o guerreiro Otniel, de Judá?

— Sim, ela mesma. — confirmou, com um leve sorriso. — Minha amiga de Jericó, não sei como, mas ela estava a mercer desse maldito rei que nos escraviza. Eu ainda não tinha o visto, antes. O tal monarca, é  primo de Esther, provavelmente exigiu que a capturassem, não creio que tenha escravizado as tribos do Sul, minha família ainda é livre.

— O primo da Esther, rei!? —Kira exclamou espantada. — Eu pensava que a única família de Esther, era Adele, Martha, Otniel, e os filhos.

— Tem esse primo também,  é complicado, ele foi criado aqui na Assíria, foi para Canaã, já adulto, guerreiro, atrás da mãe, mas quando conheceu Esther, ficou totalmente obcecado pela prima, ele até mesmo tentou matar Otniel.

— Sim, e é claro que agora que é um rei acha que pode separar ela do marido, e tê-la só para ele. — Kira concluiu. 

Kalu assentiu.

— Fato é que ela não perdeu a fé. E nós devemos fazer o mesmo, não achar que Deus nos abandonou.

                ***

— Ela pode voltar para o quarto, ficará bem. — o curandeiro garantiu.

— Levem-a. — Marduk autorizou as servas.

Rebeca esperava ansiosa.

— Escutei você e o rei discutindo, estava aqui no quarto, e então, você passou mal. Como está? — perguntou ela.

— Estou bem, graças à Deus. Mas você não faz ideia do que eu presenciei nas ruas. Os hebreus sendo escravizados, cruelmente. —  Esther falou com pesar.

— Sabemos que isso estar acontecendo, já.

— Mas ver acontecendo bem na sua frente, é diferente. Eu tenho que sair daqui, Marduk disse que se meu bebê nascer, será um escravo.

— Você deixou que ele soubesse que está grávida de Otniel?

— Sim.

— Não acredito. Deveria ter feito diferente, se deitado com ele,  e o feito acreditar que ele é o pai do filho que espera, Esther. Se salvar e também ao seu filho.

— Eu não trairia o Otniel, nunca. 

— Isso não é hora de pensar no Otniel. Se algum dia vocês se reencontrarem,  se ele te amar de verdade,  ia entender que você só se entregou ao Marduk para salvar a vocês.

A ruiva ficou sem palavras.

— É apenas o que eu acho, se eu fosse você,  não hesitaria em me deitar com seu primo. Um rei, lindo, poderoso, que pode te dar tudo. Te transformar numa rainha, como sua mãe.

— Não quero poder, só quero minha vida de volta. Eu não entendo, Rebeca. — admitiu Esther fazendo que não com a cabeça.  — Pensei que tivesse realmente mudado.

— Mudar em que sentido? Porque parei de implicar com você, Nobá , Nira e os demais estrangeiros? — questionou ela. — Esther, eu simplesmente aceitei minha condição,  me casei com Gabriel, para não ficar totalmente sozinha, mas ser feliz como você, é impossível.

— Feliz como eu!?

— Você ama Otniel, e é amada, já eu, não amo Gabriel. — confessou. — Já ele, me ama. Essa é a única explicação que tenho, ficar com uma mulher que não engravida, e não se casar com outra... Já o aconselhei a ter outra esposa, mas ele...

— Você precisa ter fé, só assim terá seus filhos.

— Eu não sei, Esther. Eu fui mãe, por meses, senti meu bebê, crescendo em minha barriga, se mexendo, como você está agora, mas, no parto, ele sequer chorou, eu tenho tanto leite, para nada. — Rebeca chorava, ao relembrar seu sofrimento. — Talvez,  minha sina seja a mesma que a de minha prima, Jéssica. Morrer, sem viver o amor verdadeiro, e seca.

 — Rebeca, você já sofreu tanto, e agora isso, capturada por inimigos,   por minha culpa. Eu nem sei o que dizer...

— Não precisa dizer nada, nem se culpar, temos um assunto mais importante para tratar.

— Então diga.

— O fato é que tive um sonho. — revelou a hebreia. — Mas não foi um sonho qualquer, era como se fosse Deus revelando para mim. O mesmo sonho que tenho certeza que todos os hebreus escravizados têm. E também o mesmo do que os que foram escravizados no Egito também tiveram.

— Sonho da liberdade. — Esther falou, emocionada.

Rebeca assentiu.

— No meu sonho, o exército de Israel havia vencido o exército assírio.  — contou emocionada. — Eu sei que pode parecer impossível mas  para o nosso Deus, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, para Ele, nada é impossível.

— Otniel liderava o exército, você e Melina, estavam juntos, duas guerreiras. Os hebreus livres novamente, prontos para voltar para Israel, serem livres. Mas para o sonho ser completo, você precisa fugir. — acrescentou.

— É muito arriscado, mas eu quero fugir, eu não suporto mais esse lugar.

— Eu sei quem pode te ajudar a fugir. Com essa ajuda, dará tudo certo. — garantiu Rebeca.

— Quem? — questionou Esther.

— A rainha Nina. — ela falou no ato.

Esther balançou a cabeça, discordando.

— Isso não faz o menor sentido, por qual motivo a rainha me ajudaria? Ela me odeia e deixou claro que quer a minha morte.

— Fugir da Assíria é um grande risco, ela vai te ajudar se acreditar que você poderá morrer, mas isso não vai acontecer. Deixa que eu falo com a rainha, convenço ela.

                            ***

Rebeca garantiu que a fuga poderia ser ainda naquela noite, se recebessem a ajuda da rainha. Houve uma batida na porta, e Esther pediu que entrassem.

— Alec!? — falou surpresa e feliz, ao ver o primo. — Shalom, Alec. Entre.

— Minha mãe sempre disse coisas horríveis, mas agora que te conheci,  tive a certeza de que você não mesmo assim.

— Meu primo, estou muito feliz de te conhecer. Eu nem mesmo sabia que seu pai teve um filho.

— Meu pai me disse que vocês se conheceram em Israel.

Esther assentiu, lembrando de quando tudo era simples.

— Como é Israel? — Alec perguntou, cheio de curiosidade.

— Israel é o meu lugar, minha casa. E o povo hebreu, é meu povo.

—  Você se refere aos hebreus, como seu povo, mas é uma cananéia.

— Meu sangue é cananeu, mas meu coração é hebreu, minha fé é de minha família é pelo Deus de Israel.

— Sua família?

— Sim, meu marido e meu filho, na verdade, filhos, Elias, Hatate, meu enteado, é como se fosse meu filho, também. E tem esse bebê, que está aqui dentro.

— Você falou sobre fé, cultuam Isthar, Assur, como nós? — o príncipe perguntou.

Havia curiosidade nas ísis castanhas de Alec. Esther então logo esclareceu à ele;

— Não, cremos em Deus único, Adonai, o Deus de Israel.

— Nunca ouvi falar desse Deus, tem alguma imagem dele para me mostrar?

— Não fazemos esculturas de nosso Deus, é proibido, é contra lei. Em Israel, idolatria é pecado.

— Nunca soube nada disso, se você não falasse, eu nunca saberia. Mas sempre tive a sensação de que o mundo fosse muito mais do que eu vivo, mas do que os muros da Mesopotâmia.

— Quando eu tinha a sua idade, me imaginava as mesmas coisas. Vivia no castelo de Jericó, mas não conseguia me adaptar ao que minha mãe queria que eu fizesse. — relembrou sua infância. — Eu fui a única nobre que sobrevivi, quer dizer, eu e minha tia, mãe de seu pai, sua avó Adele.

Alec sorriu.

— Minha avó, meu pai falou sobre ela algumas vezes, eu gostaria de conhecê-la.

— Ela iria ficar tão feliz de conhecer. — Esther o abraçou. — Você é tão precioso, Alec. Eu espero te reencontrar algum dia.

Alec olhou nos olhos da prima, e então percebeu que Esther parecia está se despedindo.

— Você vai embora? Isso é uma despedida?

Antes que Esther, tivesse tempo de responder, Nina entrou nos aposentos.

Ficou completamente surpresa ao encontrar o filho na companhia de sua rival.

— Alec? O que faz aqui?

— Mãe, estou conversando com minha prima. — ele disse a mãe.

— Vá para seus aposentos, Alexander.

— Shalom, Esther. — disse ele. 

O rainha o olhou duramente.

— Vá, Alexander. — repetiu.

Assim que o menino saiu, era olhou duramente para Esther.

— Viu como meu filho falou com você? O que significa Shalom? — interrogou.

— É como nos cumprimentamos em Israel, significa paz em hebraico. — falou Esther calmamente.

Uma calma que irritava Nina, para Esther, essa paz vinha de sua fé. Confiava em Deus, uma paz que os idólatras não tinham. Mas sempre achariam seus deuses superiores ao Deus único.

— Absurdo que tenha ensinado isso ao meu filho. Meu filho é Assírio, herdeiro do trono. Temos nossos deuses, não precisamos que venha falar sobre o seu deus lendário com ele. Mas enfim,  estamos desperdiçando um tempo precioso. Sua fuga tem que ser agora, imediatamente.

Esther sentiu ansiedade, mas também receio.

— Mas e o Marduk!?

— Marduk vai se esquecer de você, pelo menos, essa noite, enviei as duas concubinas  para os aposentos dele.

— Soberana, eu nem sei como agradecer. — começou Esther, grata.

— Eu sei, desaparecendo aqui, já está fazendo muito. Por mim, você e essa cria que você espera, podem morrer. — desejou a rainha.

Esther finalmente entendeu o que Rebeca queria dizer. Não era uma boa ação, era um desejo de que tudo desse errado.

— Sabe, soberana, a senhora pode ser uma mulher nobre, poderosa, mas é tão amargurada e infeliz, que deseja o mal aos outros também, que Deus tenha misericórdia de você, Nina.

Nina sentiu ainda mais ódio, mas a única coisa que falou foi:

— Vamos logo.

                             ***

"A gente só é feliz de verdade, quando é livre" Esther pensou nas palavras de filho.

A carruagem tinha acabado de sair da frente ao palácio.

Elias tinha razão, Esther pensou, afinal estava se sentindo livre, longe das insanidades de Marduk.

— Que o Deus de Israel, nos proteja. — sussurrou Esther, passando a mão com carinho pelo ventre. — Ele cuidará de nós, meu amor.


Notas Finais


Doeu escrever o OTP other, tão longe, tão perto! E essa cena do Kalu, então 💔 Pelo menos Esther fugiu, e já aviso que tem uma personagem especial no próximo capítulo, que será postado dia 26/01.


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