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História Estrelas do Céu de Abraão - E o povo de Deus triunfou.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Boa leitura! Leiam as notas finais!

Capítulo 48 - E o povo de Deus triunfou.


                    

Otniel, que estava instalado em uma tenda com Esther, para passarem a noite,  mas não conseguia dormir aquela noite, pensando em sua responsabilidade que era muito grande.

Conduzi todo o exército de Israel.

A primeira vez que isso, foi contra uma cidade: Debir.

Ele era muito jovem, tinha vinte e poucos anos. E queria se casar com Acsa.

Agora sua missão era com todo um povo. Liberta-los daquela escravidão de oito anos.

Olhou para o lado. Esther dormia calmamente, e isso acalmava o coração dele também.

Esther estava bem. Passou a mão pelo cabelo ruivo, delicadamente.

Os dois haviam passado por tantas coisas juntos, mas uma guerra, ele nunca poderia imaginar.

Como não queria acorda-la, Otniel levantou e saiu da tenda, olhou para cima, e vi as estrelas. Esther,  sempre foi fascinadas por elas. E tinha razão, era mesmo uma visão fascinante aquele brilho ofuscante das incontáveis estrelas. Assim era o povo de Israel, incontável, e não era justo que esse  povo espalhasse sua liberdade e identidade, se tinham conquistado a sonhada terra prometida.

— Otniel. — escutou uma voz chamar seu nome.

Era o próprio Deus. Ele se ajoelhou.

— Sim,  Senhor. Estou aqui, sou seu servo.

— Israel se afastou das minhas leis, me abandonaram,  como consequência foram entregues nas mãos de uma monarca cruel, mas eles clamaram por sua liberdade, e eu ouvi seu clamor. Otniel, você é um homem de fé, corajoso, eu o Senhor dos Exércitos, o escolhi para fazer fazer Israel se reconciliar comigo, como juiz irá julgar e fazer com o povo e sirva somente à mim, seguindo minhas leis. Eu entrego o rei de Mesopotâmia em sua mão, ele e seu exército.

Teve a resposta que tanto precisava, a resposta do Deus de Israel.

                               ***

O príncipe Alec, estava com dezesseis, já havia acostumado com a ausência dos pais desde muito novo, tinha presença de muitas pessoas, servos, nobres, guardas, menos dos pais. E tinha a princesa Ishtar. Para ele, era sua irmã, embora não tivesse certeza de que fosse mesmo filha de seu pai. Esther não mencionou que o filho que esperava era de Marduk, ele se lembrava, falava com amor de seu marido, um hebreu, e duvidava que ela teria traído o marido com seu pai.

Estava quase chegando a conclusão de que o pai estava enlouquecendo, que o que sentia por Esther, não era amor, e sim um sentimento insano.

Naquela manhã sentiu um desejo de ver a mãe que não soube explicar, ninguém soube dizer onde ela estava, foi então a sala do trono.

A presença do príncipe, incomodou Marduk naquele momento.

— O que você quer, Alexander? Diga logo, estamos falando sobre a guerra que não aproxima.

— Minha mãe? Aonde ela está? Eu não a vi, ainda, hoje. E ninguém soube dizer aonde ela está.

—Infelizmente, sua mãe, a rainha...  Foi para a terra de onde não se retorna.

— Como!? —  o príncipe murmurou em choque.

— Ela morreu, Alexander.

—  Pai... Mas o que aconteceu? Ela estava bem ontem, estive com ela... — falou, sem acreditar.

Marduk se levantou e foi até o filho e tocou seu ombro.

— Os curandeiros não souberam quais as causas. Eu sinto muito, filho.

Voltou ao trono, em seguida.

—Agora, eu tenho a guerra contra os hebreus para enfrentar. Retire-se, Alexander.

O príncipe fez uma reverência e saiu da sala do trono calado.

                              ***

Rebeca viu quando o príncipe Alexander passando desolado por ela.

Decidiu ir atrás do príncipe. Era o único que a tratava com dignidade, diferente de seus pais e de outros nobres no palácio e parecia precisar de ajuda.

— Príncipe Alexander, Alteza. — o chamou.

Alec virou desaminado. Seus olhos estavam vermelhos, de quem havia chorado muito.

— O que houve, príncipe? — ela perguntou, e entregou um lenço à ele.

— Obrigado. Vem comigo até meus aposentos!?

Rebeca o acompanhou, e ao chegarem, o jovem nobre desabou em choro.

—  Ah Rebeca, a minha mãe.

— Mas... O que tem a Rainha? — perguntou a hebreia se lembrando de não  ter visto a rainha Nina, ainda naquele dia.

— Minha mãe morreu.

— Não é possível, não houve nenhum comentário. Como é possível!?

— Em breve, toda a corte, e províncias da Mesopotâmia saberão. Como eu queria que fosse mentira. Eu não queria acreditar, mas eu a vi... A vi morta.

— Como aconteceu? — indagou Rebeca, ainda perplexa.

— Eu não sei... Meu pai só quer saber da guerra. E isso nem é o pior, ele falou da morte dela com tanta naturalidade que parece que nem está sofrendo a morte da esposa.

Rebeca ficou em silêncio.

— Não entendo como ele consegue ser tão desumano. Eu não quero ser assim, eu sinto cada vez mais que não pertenço à esse lugar. Nem sei se quero ser rei.

— A única coisa que eu tenho certeza, é que teremos uma vida muito melhor o dia em que você sentar naquele trono. Você pode fazer diferente. Ser um bom rei. — Rebeca disse a ele.

Alec olhou para ela.

— Se for rei dessas terras, tudo será diferente. Minha prioridade será meu povo. — prometeu ele. Então um pensamento o surgiu. Rebeca era hebréia... Já tinha ouvido sobre os feitos do Deus dos hebreus.

— Rebeca, você acredita que os hebreus podem vencer essa guerra contra o meu pai?  Sei que tem uma divindade muita poderosa...

— O Deus de Israel , se Ele quiser, irá vencer os assírios, sim.

— Meu pai está furioso, ele soube que Otniel, o marido de Esther, assumiu a liderança de Israel. — contou o príncipe. — E desde então, só fala nessa guerra.

— O que o rei precisa entender é que ele não está enfrentando apenas o Otniel, e assim ao Senhor dos exércitos. — explicou Rebeca. —Mas isso não é hora de pensar em poder, em nada disso...

— Nunca pensei que pudesse me sentir tão triste, tão sozinho. — lastimou Alec. — Minha mãe... — as lágrimas vieram novamente.

Rebeca abraçou o príncipe, que voltou a chorar.

— Chora, essa dor precisa ser sentida.               

                         ***

— Chegamos a conclusão que nosso sonho foi realizado. Todos esses anos treinando ao lado dos guerreiros, foi uma honra. — falou Melina.

— E também existe muitas formas de ser uma guerreira. — Esther completou.

— Vocês duas foram, suas cidades perderam a guerra, mas vocês sobreviveram. — disse Otniel. — Deus me deu a confirmação de que vamos vencer. — contou ele.

— Quando foi isso? — quis saber Iru.

— Ontem à noite, eu pude ouvir sua voz. Deus falou comigo.

— Agora temos a confirmação da vitória. — falou Melina abraçando Iru.

— Emuná! — exclamou Esther.

— Pai, eu sei que Israel, vai vencer. — disse Elias, ao se aproximar. — Sabe por quê?

Otniel apenas olhou para o filho, a espera do que ele diria, mesmo jovem Elias era sábio.

— A maioria das guerras, é pelo poder, mas a do nosso povo é pela liberdade.

Minutos depois, o exército saiu para a guerra.

— Que Deus esteja com eles. — disseram se abraçando, Melina e Esther

Agora faltava pouco, para Israel reconquistar sua liberdade completa.

                               ***

—... Com a proteção de nossos Deuses, venceremos. — Marduk dizia para o exército em cima de seu cavalo. — Vamos massacrar os hebreus!

Houve um grito de guerra, e como em todas as guerras, o povo viu o grandioso exército sair da cidade de Nínive. Eram milhares de soldados e carros de guerras. Isso porque o rei decidiu que levaria apenas metade de seu numeroso exército.

Ao chegaram ao campo de batalha, foram se aproximando do exército hebreu, em menor número.

E talvez esse tenha sido o grande erro de Cusã Risataim, acreditar que seria uma batalha fácil, por ter um exército tão numeroso, mas o exército de Deus não dependia de números, pois Deus é o senhor dos exércitos.

Derrotavam os assírios, como nenhum povo jamais havia feito.

Marduk observou sem acreditar todo o seu exercito perdendo para o exército hebreu.

Otniel se aproximou de Marduk, após muitos anos, eles estavam frente a frente de novo.

— Arrasamos com tudo. Com seu exército, Marduk. Eu poderia fazer um acordo com você... — começou o juiz.

O monarca o interrompeu com ódio:

— Eu não faço acordo com um povo inferior ao meu. Não vou permitir que os escravos que estão na Mesopotâmia partam.

— Eu já esperava por isso, e como vai nos impedir? Não tem mais um exército, Soberano, e eu prometi para mim mesmo que te mataria quando te encontrasse. Portanto, teremos que resolver esse impasse no fio da espada, então.

— Se eu matar o monarca de vocês, meu povo sairá livre. —  disse Otniel.

— Acho justo. — concordou Marduk.

—Não é apropriado, Soberano. — aconselhou o novo general.

— Eu sou o rei, e sei o que é apropriado ou não.  Mas, para começar, eu sugiro um duelo, entre os comandantes dos exércitos.

Otniel concordou.

Iru, e o general assírio, começaram a lutar, Iru venceu derrotando o general.

Com isso, os guerreiros que sobreviveram, correram para a montanha.

Marduk ficou furioso, contava com apenas uma coisa naquele momento, o fio de sua espada. Foi exatamente por ser um guerreiro tão bom, que entrou na corte, e hoje era o rei de toda Mesopotâmia.

— O que você fez com a minha filha? Ela está na Mesopotâmia?

— Ela é minha filha, e está onde a filha de um rei deve estar.

Marduk começou a lutar com Otniel, uma luta durrisima, ambos muito experientes, mas Otniel estava certo que venceria, Deus havia entregado a vitória a ele. Cravou sua espada no peito de Marduk, derrotando assim o rei da Mesopotâmia.

Foi assim que nesse dia, Israel se viu livre da opressão do rei na Mesopotâmia, sob liderança do juiz Otniel.

Ah! Rei da Assíria! Seus pastores cochilaram, seus nobres dormiram; seu povo se espalhou pela montanha e ninguém consegue reuni-lo novamente. Não há alívio da sua catástrofe, teu golpe ficou incurável. Quem ouve notícias suas bate palmas, porque sobre quem foi a tua maldade não passava constantemente? [Naum13:18-19]

                         ***

Otniel percebeu no últimos minutos antes da luta contra o rei que estava errado, Yarin não era uma escrava como ele e  Esther pensavam, Marduk deu a pista que ele precisava a dizer que ela estava onde a filha de um rei deveria estar. Por isso, partiu para o palácio com Iru.

Iru procurava por Alec nos aposentos reais, o encontrou sentado em uma enorme cama. Sabia que era o regente do reino, pela coroa em sua cabeça, e pela discrição que Esther havia feito. E podia ver o pânico em seus olhos.

— Mataram o meu pai e agora, você vai me matar, não é? — perguntou o príncipe, pavoroso.

— Você é o príncipe Alexander!?

— Sim, eu lhe peço, poupe a vida dela, é só uma menina. 

Foi quando ele notou a presença de uma menina, que parecia uma nobre, uma princesa.

— Alexander, eu não farei mal algum a vocês. — Iru o tranquilizou. — Esther me falou sobre você.

— Esther,  minha prima?

— Ela mesma.

— E a menina? — Iru perguntou, ao notar que a menina era ruiva.

— Essa é Ishtar, filha de Esther.

Iru sorriu olhando para a menina ruiva. Ela era sem dúvida Yarin.

                               ***

— Encontrou o príncipe Alexander? — perguntou Otniel, ao encontrar Iru no corredor.

— Não só ele. Encontrei sua filha, Otniel. Encontrei Yarin.

— Yarin!? Minha filha!?  — perguntou, emocionado.

Quando viu Alec, saindo com uma menina ruiva, sorriu.

Seu coração sabia que aquela era sua menina. Era sua filha, Yarin.

                                  ***

             No acampamento

— Minha vontade é de sair por aí, procurar entre os escravos, porque eu sei que quando eu ver a Yarin, e saberei que é ela. —Esther dizia a Melina.

Estava nervosa como nunca, tinha que lidar com o pânico da guerra, e ter a vida de várias pessoas que amava em risco,  na guerra, e chance de sua vida de encontrar a filha que foi tirada dela.

— É muito difícil... Ela pode estar na Assíria, mas pode estar na Babilônia, ou em qualquer outra província da Mesopotâmia. — Melina foi sincera em sua resposta.

—Você tem razão, essas terras tem tantos territórios, cada dia conquista um pouco mais, os escravos são espalhados pelas regiões.

— Só mais um pouquinho de paciência, agora falta bem pouco mesmo, minha amiga.

Guerreiros hebreus chegaram ao acampamento, e haviam feridos, mas eram poucos, e nada grave.

— Vencemos a guerra! — diziam eles. — Israel venceu!

—Liberdade, liberdade! — outros bradaram.

Os feridos na guerra, chegaram no acampamento, e foram diretamente para a tenda hospitalar, que foi preparada exatamente para isso.

A curandeira Sara, sabia que não seria fácil, sempre quando havia batalhas, era uma época de muito sofrimento, mesmo vencendo batalhas, e guerras, sempre haviam baixas, soldados que chegavam feridos, e que não havia muita coisa a fazer, perdiam a vida.

Além dela, a irmã Deborah, e  mãe Raabe, também estavam na tenda dispostas a ajudar todos os feridos.

Esther que esperava ansiosa na entrada do acampamento ao lado de Melina, se desesperou ao ver o primo Seraías, ferido. Teve de esperar ele ser atendido para vê-lo, na tenda, onde repousava:

— Seraías, como você está?perguntou Esther, ao se aproximar.

— Ficarei bem, fui ferido, mas pelo menos, eu lutei por meu povo. Nós vencemos!

— Você foi muito corajoso.

— Acabou Esther, Otniel matou o Marduk.

— Eu sei. — ela respondeu. Nem alegre, nem triste, apenas com certeza de que havia acabado, e que em fim, teriam paz. — Estou muito preocupada, com Otniel, com Alec. Eu não queria que terminasse desse jeito.

— E eu muito menos... Meus dois irmãos em guerra. Pelo menos, a guerra de Otniel foi justa. Pela liberdade, por Israel.

Tamar chegou preocupada para ver como Seraías estava.

— Shalom. — disse a jovem.

Seraías abriu um sorriso ao vê-la.

— Bom, vou deixar vocês conversarem. — Esther afirmou, se afastando.

Hatate logo chegou afobado, na tenda, fazendo Esther ficar aliviada ao vê-lo bem.

— Hatate, graças ao Senhor, você está bem!

Muito ansioso para que Esther encontrasse a filha como sempre desejou, sonhou, ele foi logo dizendo:

— Tia Esther, venha comigo. Aconteceu uma coisa maravilhosa. — anunciou.

Esther caminhou junto do enteado, parou por alguns instantes ao ver a menina que segurava a mão de seu primo Alec, que estava junto de Otniel, era sua filha, sua Yarin.


Notas Finais


Marduk morreu, sei que esperavam por isso à tempo, e aí está, o fim desse vilão tão odiado. E a vitória foi de Israel, o povo está livre novamente! Só lamento pelo príncipe Alec :'(Mas agora ele tem a Adele, e será o novo rei!
Yarin junto de other finalmente <3 Ufa! Me sinto até melhor de conseguir postar 3 capítulos, depois de tanto tempo, não gosto de demorar muito, mas dessa vez foi inevitável :/ Espero que tenham gostado dos capítulos, agora vou falar sobre o futuro da fic: A primeira temporada vai até o capítulo 50, sim, eu decidi incurtar o máximo possível essa temporada, portanto faltam apenas 2 capítulos para terminar :'). Mas ainda tem muita história para ser contada, à partir daí, teremos uma fase sobre Elias e Yarin. Logo após, vem a história de Obede e Hadassa, meu mais novo casal principal ❤ Terá citações e releituras bíblicas. Peço desculpas pela enorme demora 💔 Bom é isso, volto logo com os capítulos finais, amo vocês ❤


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