História Estudo do Apocalipse - A Noiva

Na Bíblia, vestido simboliza justiça. Todos aqueles que têm a fé exclusiva no Senhor Jesus Cristo são vestidos de justiça, a fim de que não haja neles nenhuma culpa de pecado diante de Deus-Pai.

O apóstolo João descreve: “pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos” (Apocalipse 19.8).

Também a noiva, quando se apresenta diante do noivo vestida de branco, conforme a tradição cultural ocidental, supõe-se que seja virgem, isto é, que nunca tenha sido tocada por nenhum homem.

O seu vestido de noiva simboliza a sua dignidade e a sua pureza. Teoricamente é assim, mas na prática é bem diferente, salvo raríssimas exceções. Mas no caso da noiva do Senhor Jesus não pode haver teoria!

Ou ela é lavada e purificada no sangue do Cordeiro ou não é! Diante do Noivo, ninguém poderá apresentar uma pureza teórica, que normalmente se estabelece por meio de uma fé também teórica.

O próprio Noivo já expressou este pensamento quando disse que não são os ouvintes da Sua Palavra que serão salvos, mas os praticantes. Mas não são poucos, infelizmente, os que têm crido que pelo fato de conhecerem muito bem a Palavra, e estarem cheios de doutrinas, serão salvos.

Não! Mil vezes não! A noiva teórica pode estar vestida do mais caro e mais lindo vestido branco, e ainda estar muito bem maquiada, mas se tem vivido apenas de aparência cristã, certamente o Noivo não vai sair ao seu encontro para desposá-la.

As aparências podem enganar os homens, mas não a Deus. A noiva, a Igreja, precisa ser mesmo pura, santa e imaculada. E isto somente é possível se ela viver a sua fé!

Depois do pecado, Adão e Eva descobriram que estavam nus. Para resolver este problema, Deus teve que sacrificar um animal e lhe arrancar o couro, para que servisse de vestimenta para eles.

Aquela vestimenta pôde cobrir-lhes a vergonha. O sacrifício do Senhor Jesus cobre a nossa vergonha pecaminosa e o Seu sangue é o elemento que nos lava e purifica dos nossos pecados.

A certeza de que Ele fez tudo isso por nós é o que nos faz justos diante do Deus-Pai. E quando convicção de fé é praticada, então o próprio Senhor Se incumbe de nos vestir de uma vestimenta real, de linho finíssimo, resplandecente e puro, para recebermos o Noivo. 

Somente a prática da fé cristã nos dá o direito de estarmos na presença do Deus-Pai. Quando o profeta Isaías teve a visão dos dias do Senhor Jesus, disse: 

“Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas joias.” (Isaías 61.10) 

O apóstolo João vê agora como a noiva recebe o seu maravilhoso vestido nupcial: “pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos” (Apocalipse 19.8). 

A noiva é uma figura sacerdotal em vestes brilhantemente brancas – exatamente o oposto da descrição da terrível prostituta do capítulo anterior, que também se apresenta vestida de linho finíssimo, porém de púrpura e de escarlate. 

E da mesma forma como se costura um vestido nupcial, isto é, pouco a pouco, também a vestidura nupcial da noiva-Igreja do Senhor Jesus é formada pouco a pouco pelos atos de justiça praticados na fé cristã. 

Por muitas vezes a noiva pode estar triste, devido às provações e à demora do Noivo, porém o Senhor também Se pronunciou a esse respeito: “Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar” (Mateus 9.15). 

Estamos vivendo justamente este período de tristeza, pois o nosso Senhor demora a voltar, e o que nos tem sustentado é a certeza de que Ele virá em breve. 

Quando o apóstolo João teve esta revelação gloriosa das bodas do Cordeiro, ele se prostrou aos pés do anjo, para adorá-lo, mas este imediatamente o admoestou, dizendo: “...Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia” (Apocalipse 19.10). 

Ora, se o anjo censurou o apóstolo João por tentar adorá-lo, mesmo sendo ele um ser puro, santo e vivo, que assiste continuamente diante de Deus, imagine o que diria àqueles que ensinam, à base da imposição, o culto ou a veneração a ídolos inanimados.