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História Estúpida - The Sweet Escape.


Escrita por: Hysmir_Ana

Notas do Autor


Oi, olá.
Bom dia, boa tarde ou boa noite, como vocês estão?
Para começar essa nossa nota rápida, eu gostaria de deixar claro que alguns capítulos da estória original foram excluídos e remodelados. Quero dizer, alguns se juntaram e viraram um único capítulo e outros foram quase que completamente reescritos.

No entanto, devo admitir que eu gosto bem mais da nova versão do que da antiga. Ela é mais… empoderada e principalmente, a minha cara. Tem a mensagem certa que eu gostaria de passar e, lógico, o romance foi bem mais planejado.

Não terá tantas supresas por conta de que vocês já sabem de vários acontecimentos, mas eu incluí alguns novos e sei que será adoravel.

Também quero agradecer a todas as pessoas que favoritaram, sejam bem vindos ao universo de Estúpida, e a todas as pessoas que comentaram. Vocês são demais.

Boa leitura.

Capítulo 2 - The Sweet Escape.


Fanfic / Fanfiction Estúpida - The Sweet Escape.

Na noite depois da sua partida

eu acordei tão despedaçada

que o único lugar para guardar os cacos

eram as bolsas debaixo dos meus olhos.

 

The Sweet Escape.

Hinata encolheu-se no sofá, constrangida. A xícara de chá a muito estava fria, meramente esquecida sobre a palma de sua mão.

Não era clichê demais?

O metal da tesoura reluzia sobre a mesa de centro, atraindo completamente a atenção da mulher. Ela queria, realmente estava morrendo de vontade de tomar a tesoura em mãos e cortar fio por fio. Mas, por outro lado, temia tomar uma decisão apenas pelo calor do momento, e se arrepender amargamente mais tarde.

Receosa, ela deixou a xícara de chá sobre a mesa de centro, andado junto da tesoura até o banheiro.

Era tudo ou nada.

O reflexo da menina no espelho a assustava. Não parecia a mesma Hinata de meses atrás, quando ainda morava com a família em Oberderdingen. A Hinata atual era uma fragilizada, dependente demais da sombra do ex-namorado para saber quem era.

Por isso, sem hesitar, manejou o objeto afiado em direção aos fios azulados, puxando uma longa me mecha com a mão que sobrava. Mordendo os lábios, ela forçou a tesoura sobre o cabelo, observando-os despencar logo em seguida.

O processo fora repetido incontáveis vezes, até que a pia se encontrasse cheia de fios azulados. O resultado final a agrada, de certa maneira.

Mas ela se sentia muito mais feliz ao saber que aquela decisão, mesmo que pequena, havia saído de si mesma. Não fora Toneri ou outro alguém que opinara sobre o que deveria fazer.

Os cabelos, agora curtos, davam destaques aos olhos peculiares que tanto amava. Possuía lindos olhos cor de pérolas, mas que sua família adorava insistir que eram presentes da deusa da lua.

Hinata não sabia dizer com precisão sobre o quanto ela amava seus olhos. Houve uma época, quando criança, que sofrerá muito por conta das pérolas únicas que portava em seu rosto. Mas, quando Mei e Jisoo entraram em sua vida, ela descobriu que não precisava se importar com o que as pessoas diziam de seus olhos. Eles eram únicos e especiais, assim como ela.

Distraída, a azulada demorou a perceber alguns sons incessantes que vinham de sua sala e, preocupada, ela correu até lá.

Sasuke, o homem que havia encontrado embriagado em frente a sua porta na noite anterior, murmurava palavrões enquanto segurava a cabeça com certa quantia de força – provavelmente sentindo a consequência do impacto da noite anterior.

— Boa tarde, bela adormecida. — praticamente gritou, sorrindo ao ver uma careta ser formada no rosto do homem. — Dormiu bem no meu tapete? — ela passou a língua pelos lábios, sem deixar o sorriso ladino sair de seu rosto. — Parece que sim, você até babou nele.

O homem, no entanto, a encarava confuso. Completamente chocado com o nível de deboche e de acidez que deixava os lábios de um ser tão pequeno quanto os da mulher em pé a sua frente.

— O que? 

Hinata suspirou, estendendo uma xícara em direção ao moreno, juntamente com o pequeno comprimido de aspirina. Ele a olhou incrédulo, parando por alguns segundos para observar bem o conteúdo que havia recebido, dando de ombros logo em seguida e engolindo os dois, sem muita escolha ao sentir várias pontadas na cabeça.

— Esse café está muito frio.

— Que pena, isso não é problema meu. — ela voltou a sorrir, se jogando no sofá de maneira cansada.

— Quem é você?

— Sua vizinha.

— Minha vizinha? — uma careta se formou no rosto firme dele. — E se eu disser que não acredito?

— Como eu disse, não é problema meu.

Sasuke ergueu uma das sobrancelhas, bebericando seu café gelado. Passava os olhos escuros pelo lugar em que estava, constando que, definitivamente, aquele não era o seu apartamento. Havia se mudado na noite anterior e saído para comemorar com os amigos, e depois tudo era um enorme borrão.

Que porra havia acontecido?

— Por que me ajudou? — indagou, quebrando o silêncio entre os dois.

— Não sei, devia ter te deixado dormir no correr e, provavelmente, morrer afogado no próprio vômito. — acidez, acidez, acidez.

— Assim você me magoa, amor. — Sasuke deixou um sorriso se espalhar por seus lábios, que crescia cada vez mais ao ver a mulher revirar os olhos claros.

— Eu podia ter te expulsado daqui sem te dar nada. Mas, pelo visto, sou muito legal para isso.

O moreno murmurou baixo, em concordância. — Você tem certeza de que nós não transamos?

Hinata assentiu. — Ontem a noite eu cheguei em casa e você estava encostado na minha porta, bêbado. — ele soltou um muxoxo, como se estivesse se lembrando de alguma coisa. — Passou a mão na minha bunda e disse coisas estranhas, e a estúpida aqui, te colocou para dentro para dormir no meu tapete quentinho. — revirou os olhos, ressentida com os acontecimentos da noite passada. — Você vomitou a noite toda e eu passei a noite tentando impedir que morresse afogado no próprio vômito.

— Muito doce da sua parte. — afirmou o homem, jogando o corpo novamente sobre o tapete, se aconchegando pelo objeto felpudo.

— Acho que você já pode ir para sua casa.

— Vai me mandar embora nesse estado?

— Oh, me perdoe, que coisa horrível da minha parte. Como eu posso pensar em te mandar para o outro lado do corredor às uma da tarde? Deve ser realmente difícil ir até lá com essa chuva.

— Você é muito malvada, sabia disso? — ele bufou, insultado. Mas mesmo assim soltou um sorrisinho debochado.

— Estou sendo legal. — deu de ombros.

Os dois ficaram quietos, presos em seus próprios pensamentos. Hinata pensava no quão cansada estava, e no quanto queria poder desabafar com alguém que conhecia. Sasuke, por sua vez, avaliava as olheiras debaixo dos olhos únicos da vizinha. Pensava sobre tudo o que havia acontecido, e no incômodo que provavelmente fora. A mulher era tão peculiar, com seus cabelos curtos e em um tom azul petróleo.

— Bem, agradeço por tudo. — suspirando, ele se levantou do tapete, se apoiando no braço da poltrona e se forçando a ficar de pé. Outra vez, um sorriso ladino estava em seus lábios. — Pode me levar até a porta, amor? — ironizou o rapaz, olhando-a de rabo de olho.

Hinata, mesmo que a contragosto, levantou do sofá e caminhou até o moreno, passando por ele e o guiando até a saída.

— Está entregue. — despediu-se assim que o corpo esbelto atravessou o vão da porta.

— Qual o seu nome? — chamou outra vez, antes que ela pudesse fechar a porta.

— Não te interessa. — disse ela, fechando completamente a porta.

Hinata se sentiu vazia assim que bateu a porta de casa naquela tarde. Não porque estivera interessada no homem, mas porque sua mente parecia ser capaz de descansar dos últimos acontecimentos quando se mantinha atarefada. E cuidar do homem bêbado a manteve ocupada durante toda a noite.

Agora, sozinha no enorme espaço de sua casa, os pensamentos deprimentes pareciam chamá-la.

Alcançou o celular antes mesmo que pudesse pensar sobre o que fazer, indo no automático em direção ao chat salvo em sua tela de início.

Dê: Condessa da Lua.

Para: Pequeno Gafanhoto.

Preciso de ajuda,

Vê se me responde.

Suspirando, Hinata largou o celular na bancada, apoiando sua cabeça em seu antebraço. Estava tão exausta, e precisa conversar com alguém sobre o que estava sentindo. E a única pessoa que poderia entendê-la era ele.

Logo, o aparelho eletrônico piscou, avisando que chácara uma nova mensagem. Ele nunca demorava a respondê-la.

Dê: Pequeno Gafanhoto.

Para: Condessa da Lua.

O que houve?

Você está bem?

Dê: Condessa da Lua.

Para: Pequeno Gafanhoto.

Toneri e eu terminamos.

Dê: Pequeno Gafanhoto.

Para: Condessa da Lua.

Estou indo até aí.

Depois disso, o aplicativo avisou que o rapaz ficara inativo. Logo, Hinata soube que ele sairia de onde estivesse, e pegaria o metrô até onde ela morava. Mesmo que fosse do outro lado da cidade, e que talvez pudesse demorar até duas horas para chegar até ali.

Ela esperou, andando de um lado para o outro, mexendo na geladeira incontáveis vezes, e passando as mãos sobre os fios recém-cortados. Ainda não havia se acostumado com a ideia de tê-los tão curtos. Sem contar com o fato de que não estava nem um pouco preparara para a reação de seu irmão mais novo.

Aborrecida, Hinata andou até os armários, resolvendo descontar a sua frustração na culinária. Todas as suas tintas haviam acabado e precisava urgentemente comprar pincéis novos. Sua mão coçava para descontar tudo o que sentia em uma elaborada tela de sentimentos, mas não havia nada que pudesse fazer em uma situação como aquela.

Por isso, partiu para o seu hobbie favorito, cozinhar. A McQueen cozinhava desde que se conhecia por gente, acostumada com as tortas de abóbora da avó nos feriados e com os pratos de Mei, uma de suas mães.

Céus, como se sentia estúpida por tê-la desafiado.

A mulher havia a avisado sobre a sua desconfiança quanto ao albino, e mesmo assim a azulada fora capaz de contrariar a mãe, confiando cegamente nas palavras do homem.

Estúpida, era isso que ela era.

Sentia falta de sua fazenda, de seus campos floridos e do vinhedo de seu avô, onde costumava beber até cair com a vizinha, Temari.

— Hina?

Distraída com o conteúdo no fogão, nem mesmo notara quando sua porta fora arreganhada, revelando a imagem da pessoa que esperada. Seu gênio, gêmeo e melhor amigo, Menma.

Menma conseguia ser tão peculiar quanto à mesma, com seus cabelos rebeldes e despenteados, seus olhos azuis celestes – que eram realçados por sua pele bronzeada. – e sua altura, que era completamente diferente da irmã, que era extremamente baixa em comparação a ele.

— Menma, oi.

— O que aconteceu com o seu cabelo? — ele a olhou, horrorizado.

— Hããã… mudança de visual? — sorrindo acanhada, ela tomou as sacolas das mãos do rapaz. — Está vindo do hospital?

— Sim. — afirmou, tomando-a em um abraço apertado, como se a azulada fosse uma pequena criança que precisava ser protegida do mundo. — Trouxe sorvete de limão, e vou fazer o meu especial. O que é isso no fogão?

— Estrogonofe. 

— Por que você sempre cozinha isso quando está para baixo? — indagou o azulado, mexendo nas panelas.

— Eu não cozinho sempre "isso", é a minha comida preferida e eu gosto de matar a minha tristeza comendo.

— Pensei que gostasse de matar sua tristeza pintando.

— Também, mas fiquei sem tintas e meus pincéis estão muito desgastados. — Hinata suspirou, enfiando uma colherada de sorvete na boca. — E também, eu não tenho mais espaço para guardar telas por aqui. Preciso encontrar um lugar para alugar urgentemente.

— Você não vende suas telas na livraria de Kurenai?

— Hm. — confirmou a menina, de boca cheia. — E também faço alguns designs pra uma galera de publicidade, mas o meu PC tá com problema e coloquei semana retrasada no conserto. Preciso aumentar minha fonte de renda, a livraria não tá dando conta. Apesar de que as resenhas rendem muito, mas estive bem parada por conta do problema com o PC.

— Você precisa de ajuda? Você sabe, eu posso te ajudar com as contas e–

— Nem pensar, Menma. Você precisa se concentrar na sua residência, só mais alguns anos e você se torna médico atendente. — o azulado murmurou baixo, como se concordasse com o que ela dizia. — Aliás, como conseguiu vir aqui hoje?

— Era minha folga, mas eu ia ao hospital fazer hora extra. Estava perto, então só passei no mercado.

— Shion deve te odiar.

— Não, ela é tão louca pela residência quanto eu. — disse ele.

E era verdade. Shion era completamente apaixonada pelo programa de residência que fazia, mesmo que ele tomasse completamente o seu tempo.

— Quando você vai trazê-la aqui? — indagou de repente, observando atentamente a maneira como o irmão mexia no fogo. — Já pensou se ela pensa que você a está traindo?

Menma gargalhou, balançando a cabeça em negação.

— Como você sabe? — acusou a mais baixa, ameaçando o rapaz com a colher. — Vai ver ela acha que eu sou uma idiota qualquer que está dando em cima do namorado dela.

— Não, ela sabe que somos irmãos.

— É? E ela sabe que você tem outros três irmãos, duas mães, quatro tias, dois tios, cinco sobrinhos, dois avôs, uma avó e uma tataravó, morando com você?

— Nós não moramos mais juntos. — Menma se defendeu enquanto terminava de mexer no fogão.

— Mesmo assim, temos mais parentes do que podemos contar nos dedos! — exclamou Hinata. — Nossa família é uma bagunça. Uma bagunça adorável, mas é uma bagunça.

— Os feriados são os melhores. — concorda o homem.

— Claro que são, quase quarenta pessoas convivendo na mesma casa durante um determinado tempo são espetaculares. — deu risada, jogando um pano de prato no mais alto. — Ela sempre será bem-vinda na família, mas você precisa abrir o jogo com ela. Chegar e dizer: "Olha, Shion, a minha família é meio louca, e nos natais nós costumamos ter ceias grandes demais. Além disso, seguimos tradições de cabo a rabo".

O rosto do homem se virou em uma careta desgostosa. — Nem me lembre de nossas tradições, são as piores.

— São as melhores. Faz de nossa família peculiar.

— Como se já não fossemos peculiar o bastante pela quantidade de membros. — resmungou ele. — Já podemos parar de falar sobre a nossa família e falar sobre você?

— Por quê? Eu também estou inclusa no quesito família.

Hinata pôde sentir o olhar do mais alto queimando em sua pele, demonstrando a raiva que sentia. Ela sorriu, constrangida.

— Vamos lá, me conta tudo. — disse o azulado, depositando duas canecas no balcão da cozinha.

Hinata suspirou antes de começar a falar, prendendo a colher em sua mão, esperando o conteúdo escuro do outro recipiente esfriar.

Ela falou durante horas sobre tudo o que tinha acontecido nas últimas quarenta e oito horas. Desde o momento em que chegou ao restaurante preferido do ex-parceiro, até o momento de seu surto no meio da chuva.

Contou como Toneri havia sido extremamente babaca ao sugerir um fim na relação com a estúpida frase "vamos dar um tempo" e a forma como ela não conseguia deixar de sentir algo por ele, mesmo que estivesse completamente decepcionada. Ela também falou sobre o porteiro, Shinobu, e do fato de estar muito decepcionada consigo mesma por não ter sido mais gentil com o homem. E, claro, falou sobre o seu ato burro e impensável de deixar que um completo desconhecido – embriagado – dormisse em sua casa.

Menma ouviu tudo calado, deixando-a se abrir e se sentir confortável com toda a situação. Entendia a dor da irmã, e faria o que pudesse para tentar ajudá-la.

— Entendo. — disse o menino assim que ela finalizou a história. — E o que você pretende fazer?

— Eu já fiz, arranquei metade dos meus cabelos fora. — riu, apontando a colher para suas madeixas despenteadas.

— Percebi.

— Mas, falando sério, não há nada que eu possa fazer. Não irei me humilhar e pedir pra ele me dar outra chance. Não vou conseguir deixar de gostar dele tão rápido assim, mas eu posso e vou seguir em frente.

Menma, no entanto, a olhou como se tivesse uma grande ideia em sua cabeça.

— Existem pequenas coisas que você pode fazer. — seu olhar era duro, e a McQueen sabia que ele estava prestes a fazer um daqueles discursos sobre tirar o band-aid rapidamente para não doer tanto.

— Não, Menma.

— Você já devolveu as coisas dele que com toda certeza devem estar espalhadas por seu apartamento? — apontou o mais alto. — Ou removeu todas as fotos das redes sociais?

— Nós não vamos fazer isso, não mesmo. — discordou Hinata.

— Sim, nós vamos. — o tom era firme, autoritário. — Olha, princesa, eu sei que é realmente difícil, mas ele pode pensar que ainda existe uma pequena chance com você, mesmo que seja bem pequena mesma. Você precisa mostrar para ele que não vai ter volta, não importa o que ele faça.

Hinata mordeu o lábio inferior, nervosa.

Estava com medo, era verdade. Não de terminar, isso não. Estava com medo do mundo real, e do que significaria aquilo. Se apagasse tudo, significaria que os últimos três anos da sua vida foram em vão? Que o fato de ter se mudado para o outro lado do país havia sido um impulso idiota?

— A menos que você ainda pense em voltar com ele…

Os olhos perolados encararam a safira, transmitindo todo o ódio que sentia ao escutar aquelas palavras. — Eu quero marcar a minha mão na cara dele!

— Calma aí, tigresa, com uma mão dessas você pode realmente machucar alguém. — gargalhou, zombando das mãos pequenas da mulher.

— Quer testar?

Menma ladino e levantou seus braços, em um sinal claro de rendição. — Estou bem.

— Nós precisamos mesmo fazer isso? — murmurou a mais baixa, puxando o celular na bancada. O irmão balançou a cabeça, confirmando.

Então, era aquilo.

Tudo seria… confirmado. Tornaria-se real e um tanto quanto assustador.

Ao abrir a galeria de fotos, Hinata levou os dedos até a primeira, saboreando a sensação de prazer e decepção que a imagem lhe causa. Nela, Toneri fingia estar bravo com ela enquanto a mesma desenhava um bigode de caneta em seu rosto.

Com um leve pesar em seu peito, e sob o olhar afiado do gêmeo, ela levou o dedão até o ícone da lixeira para excluir a fora. E, assim, outra logo surgiu. Os dois no meio de uma multidão, com camisetas do time de hóquei favorito de Toneri. Ela sorria, e ele também sorria enquanto a segurava pelos ombros.

Agora, se recordava de que Ino havia tirado aquela foto, e que durante um bom tempo está havia sido sua imagem favorita.

— Vamos, Hina, sem hesitar.

Ela ouviu a voz rouca do irmão próxima a si, mas estava tão distraída com as memórias que nem era capaz de deduzir o que o mesmo dizia. Respirando fundo, ela subiu os dedos, preenchendo toda a pasta de uma vez.

Não voltaria atrás, tinha certeza.

Deseja realmente excluir a pasta "Toneri" do seu dispositivo?

Sim   Não

Sim X Não

Pasta apagada com sucesso.

— E agora? — murmurou, depois de um longo tempo em um silêncio mórbido.

— Agora, mon chéri, nós vamos assistir as suas séries preferidas, e comer muitas besteiras.

 

Quando

meu dragão

de olhos

verdes

foi embora,

eu

peguei

uma faca

        & cortei 

meu cabelo

longo e lindo,

tirando

a única coisa

que

ele

amava

em

mim.

— terminou antes de começar.


Notas Finais


A música de hoje pertence a Gwen Stefani.
Obrigada por ler.


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