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História Eternal Danger - Seventeen


Escrita por: Lady-Writer e mineyoongx

Notas do Autor


Bem, devo admitir que até eu fiquei na bad com o último capítulo e por isso teremos algumas novidades nesse.

Primeiro: Esse capítulo é todinho da Lydia, pois ela merece um momento dela depois dos últimos acontecimentos.

Segundo: O banner do capitulo. Eu sei que essa fic normalmente não tem banner, mas se vamos destruir sentimentos por aqui, vamos fazer direito, certo? Ps: A autora aqui também se emocionou fazendo o capitulo e o banner....

Enfim, peguem seus lencinhos e chorem comigo </3

Lembrando que logo uma das outras fics deve ser atualizada tbm, já estou trabalhando nisso e caso alguém queira os links dessas outras fics Stalia, estão nas notas finais *-*

Boa leitura!

Capítulo 17 - Seventeen


Fanfic / Fanfiction Eternal Danger - Seventeen

“Cem dias me fizeram mais velho

Desde a última vez que eu vi seu lindo rosto

Milhares de mentiras me fizeram mais frio

E eu não sei se eu posso ver isso da mesma maneira

Mas toda distância que nos separam

Desaparecem quando eu sonho com o seu rosto

 

Eu estou aqui sem você, baby

Mas você ainda está em minha mente solitária

Eu penso em você, baby

E eu sonho com você o tempo todo

Eu estou aqui sem você, baby

Mas você ainda está comigo em meus sonhos

E hoje à noite, somos só você e eu”

(Here Without You – 3 Doors Down)

 

Sete dias. Esse era o tempo que já havia passado desde o velório simbólico feito para Aiden Carver. Simbólico, pois as chamas daquele galpão não deixaram nada para que sua esposa pudesse se despedir, nada além de cinzas misturadas a escombros. Desde esse dia, a ruiva se mantinha em estado de choque no quarto de hospedes na casa de Scott McCall, que se recusava a deixa-la sozinha para evitar que a mesma cometesse alguma loucura. Nesse momento, Stiles tentava mais uma vez visitar a amiga e conversava na sala com o melhor amigo, atrás de notícias da ruiva agora devastada e a mulher que já não falava com ninguém, estava dentro da banheira, encolhida debaixo da água, olhando para um ponto fixo na parede. Seus cabelos molhados estavam para trás, seu rosto estava pálido, olheiras profundas enfeitavam seus olhos e ela respirava devagar, quase como se o ato a ferisse. Os últimos dias pareciam um pesadelo, e ela apenas conseguia se apegar as lembranças felizes ao lado de Aiden para não enlouquecer de vez.

-O que o médico disse? Perguntou Stiles, com os olhos ainda um pouco inchados por chorar

-Ela sofreu um aborto espontâneo. Sofreu emoções fortes demais e não conseguiu manter a gravidez. Respondeu Scott, sentado com uma xicara de café quase frio nas mãos

-Eu sinto tanto, Scott. Eu juro que se pudesse, arrancava toda essa dor que ela está sentindo. Sussurrou, começando a chorar novamente, sendo puxado pelo melhor amigo para um forte abraço

-Ela nem sabia que estava grávida, acordei com os gritos desesperados dela e tinha sangue em sua roupa e espalhado por suas pernas. Achei que tinha cometido uma loucura. Contou, sentindo seu coração se apertar com a lembrança

-Como ela reagiu a notícia? Perguntou, cansado

-Ficou calada ouvindo e não deixou nada além de uma lágrima escapar de seus olhos. Eu a trouxe para casa e desde então ela está trancada no banheiro. Não sai nem para comer, eu não sei mais o que fazer, Stiles. Desabafou, cobrindo o rosto com as mãos

-Talvez eu possa ajudar. Disse Alisson, na porta do apartamento

-Alisson? Perguntou Stiles, ficando de pé e enxugando as lágrimas

-Helena me ligou e pediu que eu viesse saber se precisavam de algo. Como ninguém ouviu as batidas na porta, fiquei preocupada e usei a chave reserva escondida sob o tapete, desculpe por isso. Explicou, constrangida, dando de ombros

-Como sabia? Perguntou Scott, impressionado

-Não é um lugar muito original. Respondeu, sorrindo minimamente, fazendo Scott retribuir

-Lydia está no banheiro há umas duas horas. Nenhum de nós conseguiu convencê-la a sair. Contou Stiles, indicando a porta do cômodo

-Helena me preparou para algo do tipo. Trouxe canja de galinha, podem pegar uma toalha e roupas confortáveis, enquanto esquento? Pediu, tomando a frente, fazendo os homens assentirem impressionados diante a ousadia da mulher

Scott foi até o quarto de Lydia e tirou da muda de roupas que havia levado para a ruiva, uma blusa de mangas compridas azul marinho, uma calça de flanela estampada e uma lingerie mais simples, entregando para a Alisson, assim que a mulher entrou no quarto com uma tigela de canja fumegante e um copo de suco de laranja natural.

-Trouxe tudo isso? Perguntou, impressionado, vendo a mulher ajeitar tudo na cômoda

-Ela vai precisar de vitaminas. Pelo o que a Helena falou, a ruiva não come direito há alguns dias. Explicou, pegando as roupas e toalhas das mãos do homem, antes de ir em direção ao banheiro

-Como vai entrar? Perguntou, curioso, ao ver a mulher tirar um grampo do cabelo

-Destrancando. Respondeu, sorrindo, antes de começar a remexer na fechadura com o grampo, fazendo todos ouvirem um clique na porta

-Lydia, sou uma amiga do Scott e estou aqui para te ajudar. Não precisa se assustar, vou entrar no banheiro, mas apenas para cuidar de você. Explicou alto, antes de abrir a porta lentamente e entrar sozinha. A morena logo parou e observou Lydia ainda imóvel na banheira, parecendo estar em outra orbita. Seus olhos começaram a pinicar pelas lágrimas de pena que queriam descer, mas Alisson se segurou, a mulher a sua frente precisava de ajuda, não de pena.

-Seus amigos estão muito preocupados lá fora e eu preciso tirar você daqui. Vou te ajudar a sair da banheira e iremos para o seu quarto, para que possa se vestir. Preciso da sua ajuda para isso, pois não aguento carregar você. Sei que esse é um momento devastador e que você não consegue enxergar algo que te faça seguir em frente agora, sei que a dor pode nos cegar temporariamente e uma vez que estamos na escuridão, nos sentimos tentados a apenas nos sentar lá e esperar o nosso fim. Mas aquelas pessoas se preocupam demais e se não conseguir lutar por você, lute por elas. Pediu, ajoelhada ao lado da banheira, sem obter nenhuma resposta ou reação da ruiva. Alisson suspirou, enquanto se levantava e segurava Lydia pelo braço para que a mesma se levantasse. Para sua surpresa, a ruiva se levantou lentamente e se deixou ser coberta pela toalha, passando as suas pernas pelas bordas da banheira, sem encarar Alisson em momento algum.

-Obrigada por facilitar. Vai ver como valerá a pena lutar por eles. Afirmou Alisson, se permitindo sorrir, enquanto caminhava com Lydia para o quarto, deixando Scott e Stiles totalmente incrédulos ao ver que a mesma tinha conseguido tirar a ruiva do cômodo

-Vista esse roupa, por favor, vou secar seus cabelos com o secador. Informou, ligando o aparelho na tomada, enquanto Lydia vestia sua calcinha

-Muitos não sabem, mas conhecia Helena no colégio interno. Ela tinha acabado de perder os pais e como os tios tinham morrido em um incêndio há alguns anos, só restaram aqueles que se diziam amigos de seus pais, mas nenhum deles queria uma criança órfã para cuidar, já tinham problemas demais. Então um deles pegou a guarda dela, apenas para joga-la no mesmo lugar que eu. Ela não recebia visitas, nem abraços, nem ouvia histórias para dormir, mas tinha a mim, e depois a Kira e depois chegou o Theo. A partir daquele momento, tínhamos uns aos outros. Contou, ajudando a ruiva com a blusa, antes de fazê-la se sentar para secar seus cabelos

-Eles foram os irmãos que eu sempre sonhei em ter, supriam toda a falta que meus pais faziam questão de fazer. Eles faziam eu me sentir um peso na vida deles, então a melhor opção era me colocar em um avião com a desculpa de que aquela escola era o melhor para mim. Lembrou, desembaraçando os fios ruivos com os dedos, enquanto mantinha o secador próximo a eles

-Logo, eu cresci e minha verdadeira família eram aqueles que cresceram comigo. Nos tornamos parceiros um do outro e passamos a viver juntos, fazendo coisas que meus pais definiriam como um ultraje. Completou, com uma risada, desligando o secador e o apoiando na cômoda

Alisson ajudou Lydia a se enfiar debaixo das cobertas, e voltou na cômoda para pegar a tigela e o suco, se sentando na cama em seguida para ajudar a mulher a comer. Logo quando ela ergueu a colher com a canja, Lydia ficou encarando o caldo, sem fazer menção de aceitar, fazendo Alisson suspirar.

-Lydia, você está a dias sem comer direito. Se matar aos poucos não vai ajudar em nada e nem te fará voltar no tempo. Entendo que é aquela que está mais sofrendo e talvez sua dor perto das dos outros seja um copo de água diante de um oceano, mas ele também era amigo deles, assim como você. Então por favor, se lembre que não é a única sofrendo aqui e que ficar desse jeito apenas piora a dor deles. Desabafou, fazendo a mulher fechar os olhos forte, com a respiração tremida, abrindo a boca lentamente, enquanto mais lágrimas desciam por seu rosto

-Eu não quero ser rude. Apenas entenda por favor que todos estão mobilizados para te ajudar e se matar é tolice. Disse, levando a colher com a canja na boca da ruiva, que engolia com dificuldade devido os soluços mudos que faziam todo seu corpo tremer

-Eu estava dizendo que eu e meus amigos fazemos algo que nossos pais nunca aprovariam. Não fazemos com más intenções, fazemos para defender aqueles que não podem se defender, mas não são todos que entendem. Admitiu, limpando o rosto de Lydia com a mão, a observando tomar um pouco do suco

-Aiden descobriu o que fazíamos, Lydia. Ele foi o único de fora que nos viu de verdade e entendeu os nossos motivos. Tem noção do que isso significou? Do caráter que ele mostrou a ter tanta confiança em desconhecidos, apenas por sentir ser certo? Perguntou, com um sorriso emocionado, vendo Lydia sorrir nostálgica enquanto uma lágrima solitária descia por sua bochecha

-Ele era um homem bom, honrado e se sacrificou feliz em saber que você e seus amigos estavam bem e seguros. Não deixe que tirem isso dele, Lydia. Lute e honre o nome dele. Pediu, firme, vendo os olhos da ruiva refletirem algo além da dor, mas Alisson não sabia definir o que era no momento

Lydia pegou a tigela das mãos da morena e terminou de se alimentar, sob o olhar atento da mesma. Quando acabou, lhe entregou tudo e sorriu minimamente para Alisson em agradecimento e respeito. A arqueira acenou de volta e se retirou do quarto com as vasilhas, apagando a luz no processo.

Lydia se deitou e retirou de debaixo do travesseiro um porta retratos com uma foto ao lado do marido. No dia em que a foto foi tirada, Lydia estava no escritório quando a enfermeira do escritório ligou, avisando que Aiden tinha atirado na própria perna ao tentar recarregar uma arma que tinha uma bala na agulha. A mulher nunca se desesperou tanto na vida, o marido tinha prometido cuidar apenas de computadores e agora lhe dava esse susto. Ela pegou sua bolsa e correu até a enfermaria e quando chegou, encontrou o marido rindo com Stiles e Scott. Ela questionou o que estava acontecendo e Aiden a encarou com um sorriso doce, a vendo se aproximar da maca a passos duros.

-Que droga você estava pensando? Questionou, com os olhos faiscando de raiva

-Scott estava tentando me ensinar a usar uma arma. Acho que no final das contas eu aprendi atirar. Comentou, divertido, gemendo de dor em seguida ao receber um tapa da esposa

-Você é um idiota. E você também, por colocar uma arma na mão dele. Rosnou, apoiando as mãos na maca, próximas a cabeça do marido

-Aiden tinha razão. Você com raiva fica uma graça, eu deveria tirar uma foto. Comentou Stiles, rindo, enquanto apontava a câmera do aparelho para o casal

-O Aiden não sabe de nada. Resmungou, com um bico descontente

-Eu sei de uma coisa. Comentou o homem, erguendo a cabeça para olhar a mulher

-E o que seria, gênio? Perguntou, irritada, o encarando

-Sei que você me ama. Respondeu, com um sorriso, enquanto depositava um beijo no braço da esposa, que balançava a cabeça em negativo, enquanto falhava em conter o sorriso

A lembrança fez Lydia se agarrar ao porta retratos como se estivesse abraçando o próprio marido e fez com que mais lágrimas escapassem dos olhos da ruiva, mas essas eram lágrimas diferentes. Essas continham uma promessa, de que a mulher lutaria por justiça e se vingaria pelo marido e pelo filho que foram arrancados dela. Ela usaria toda essa dor que a consumia de outra forma, usaria como a chama que iria incendiar todos aqueles que se metessem no seu caminho a partir daquele instante.


Notas Finais




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