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História Eternal Disaster - Open My Eyes... It Was Only Just a Dream


Escrita por: UpperEastSidder

Notas do Autor


CARA DE PAU EITA AMOR CARA DE PAUUUUUUUUUU, MAS É GOSTOSO, ESSE AMOR É BOM DE MAIS.
Essa não é a música a fic e nem do capítulo, mas sim do meu amor com vocês leitores. Sou caruda e sumi por três semanas e agora volto com um capitulo destruidor e reviews para implorar.
MAS CONTUDO PORÉM TODAVIA ENTRETANDO
Eu tenho motivos para ter sumido.
1 Eu havia falado pra Luna/Carem que eu só postaria quando ela postasse, e nisso passaram-se semanas e ela não postou, mas ao contrário dela eu tenho dó dos leitores e escrevi agora, depois de chegar acabada da faculdade e estou postando as 2h da manhã
2 a faculdade está sugando minha vida e parece um dementador, seis cadeiras e tudo fazendo prova e trabalho vocês querem o quê?
3 as provas ainda não acabaram, vou ter que sumir mais um pouco
4 a Luna/ Carem é um ser humano terrível e me apresentou a fanfic Bite me, não consigo parar de ler e a escrita e história são tão maravilhosas e bem desenvolvidas que eu me sinto uma merda e perco a vontade de escrever.

GENTE EU E A LUNA/CAREM VAMOS COMEÇAR UMA FANFIC DE ELSA E JACK FROST ME FALEM QUEM AI SHIPPA MUITO?

Músicas usadas Say Somethin e Just a Dream

Boa leitura.

Capítulo 12 - Open My Eyes... It Was Only Just a Dream


Fanfic / Fanfiction Eternal Disaster - Open My Eyes... It Was Only Just a Dream

PDV ABBY

De olhos fechados, apertei os nós de meus dedos esguios ao redor da fria maçaneta do carro de Parker, respirei fundo e abri os olhos para deparar-me novamente com o fino aro de prata rodeando meu dedo anelar, com um único ponto de luz e nenhuma inscrição. Era real. Aquilo tinha acontecido. Eu, Abigail Abernathy, estava casada com o pai do meu filho, aos dezenove anos. Meu estômago embaralhou-se. Caso seja possível, o que me esperava naquele dia me deixava mais assustada do que qualquer outra coisa.

- Eu não acredito que isso realmente aconteceu – Kara, tomando o cuidado de substituir a palavra casamento por “isso”, comentou segurando minhas mãos de uma forma estranhamente carinhosa enquanto  Parker levava meus últimos pertences para o porta malas de seu carro  - E eu também não acredito que vou dizer isso – ela fez uma careta franzindo o nariz – Mas acho que até vou sentir sua falta... Eu quero dizer, vai saber que demônio eles vão botar para ser minha colega de quarto agora?

Forcei um riso, na intenção de parecer simpática e, acima de tudo, grata pelas palavras que eu sabia não terem sido fáceis de Kara pronunciar. Soltei minhas mãos da sua e puxei meu cabelo para o alto, pensando em modela-lo em um coque, mas em seguida desistindo, lembrando que minhas mechas eram perfeitas para cobrir meu rosto acanhado.

-Obrigada por isso. Acho que posso dizer que também vou sentir falta de tudo.

Caminhei, de braços cruzados, até a porta do Morgan Hall que dava para o estacionamento, Parker tentava parecer paciente batucando os dedos no volante e mudando as estações do rádio. Por mais que quisesse aproveitar um pouquinho mais do gosto dessa realidade, senti-me mal em fazê-lo esperar enquanto ele estava sendo tão gentil comigo.

-Você vai continuar a vir as aulas né? Isso não é um ato de rebeldia, ou é? Está tentando provar algo pros seus pais? É que tipo assim... Você simplesmente não é o tipo de garota que desiste de tudo por um cara, que joga a independência para o alto e não pensa no futuro... Não é você, sabe?  - Kara mastigou a goma de mascar nervosa enquanto enrolava os fios soltos de seu cabelo em seu dedo indicador – Aliás eu também não te achava o tipo de garota que embarcava em um relacionamento tão rápido... Ou melhor – então ela rolou seus olhos desdenhosa – O tipo de garota de Parker Hayes.

Arriscando um olhar para minha figura tímida e desconfortável – que se sentia cada vez menor – Kara parou abruptamente e um sentimento parecido com arrependimento brotou em seu rosto, de repente seus cadarços desamarrados eram a atração principal. Não pude deixar de pensar que para uma colega de quarto que ou me ignorava ou me lançava ofensas, ela me descrevera melhor do que eu mesma poderia. Sorri para ela e arrisquei um abraço rápido, sem esperar sua reação antes de nos separarmos – Kara não era do tipo de pessoa que abraça.

-Eu vou continuar com aulas. Não se preocupe, você está completamente certa sobre mim. Espero ainda esbarrar em você.

Então acenei, enquanto ela correspondeu chacoalhando a mão hesitante, entrei no carro de Parker e suspirei, tendo a consciência de que o dia estava quase acabado e que eu havia deixado o mais difícil para o final. Tomei uma lufada de ar enquanto Parker manobrava o carro e me preparei para pedir-lhe que visitássemos Travis na próxima parada, para que assim eu os informasse dos últimos eventos, mas, antes que eu tivesse a chance de abrir a boca, Parker falou, parecendo estranhamente animado.

-Minha mãe marcou uma ultrassonografia para semana que vem, Abs – ele virou-se para mim sorrindo, enquanto deixávamos o Campus – A Doutora disse que já poderemos saber o sexo do nosso bebê – tentei não fazer uma careta ao ouvir o pronome possessivo empregado na frase e concentrei-me na risada de Parker – Eu disse que nós já tínhamos cem por cento de certeza, mas mesmo assim seria divertido ter uma comprovação dos fatos. O que acha, Abs?

A pergunta não era retórica. Eu precisava achar o caminho de volta para minhas cordas vocais e expressar algo mais contente em meu rosto.

-Eu acho ótimo.

É claro que eu adoraria provoca-lo, dizer-lhe que estava errado e incitar uma aposta, mas isso era um assunto da família Hayes e eu havia decidido poupar esforços quanto as crenças familiares deles, portanto me contentei em sorrir, tentando espelhar sua reação.

- Vamos chama-lo de Blake. – ele afirmou com convicção – Era o nome do meu avô, ele era um homem incrível, meu herói. Não existiu ninguém melhor que tenha andado sobre essa terra. Nossa, como eu queria que você o tivesse conhecido. Você entenderia tudo o que eu estou dizendo. Eu nunca vou conseguir mostrar para você o quanto ele valia a pena, mas se tem alguém que merece ser homenageado dando o nome a meu primeiro filho, esse alguém é ele.

Desta vez sorri verdadeiramente contente e apertei sua mão em um instinto. Suas palavras animadas, cuspidas para fora do mesmo jeito que uma criança fala de seu herói de ação favorito, haviam sido o suficiente para me convencer. Acariciei o volume imperceptível em minha barriga e senti, por o que pareceu o bater das asas de uma borboleta, um sentimento de paz. Isso era o que eu queria para meu bebê: amor e admiração, no mesmo tamanho que Parker sentia  por seu avô.

-É um nome perfeito – concordei satisfeita, antes de ser chacoalhada de volta para a realidade. Afastei minhas mãos da pele naturalmente quente de Parker e reconheci a sinaleira do cruzamento que levaria a casa de Travis. Respirei fundo, era agora ou nunca – Parker? – ele espiou minha figura pelo canto do olho – Preciso passar no apartamento de Travis. América está lá e bem, ela vai ficar louca comigo – gargalhei, tentando, talvez desesperadamente demais, deixar o clima mais leve, com o ar descontraído – eu me casei e ela não foi minha madrinha... Pior! Ela não estava lá!

Era claro em sua reação que ele não estava contente: nos casamos e eu estava correndo direto para Travis? Isso não era um bom sinal, mas era necessário. O que ele esperava? Que eu mantivesse uma relação secreta com ele e esperasse para que meus amigos descobrissem? Aparentemente, seu raciocínio o levou até essa mesma linha de pensamento e com um aceno, ele concordou, claramente sem a animação que estava presente antes.

Quando estacionamos na frente do conhecido apartamento, Parker não falou, apenas fez um sinal para que eu seguisse em frente, nada interessado no pequeno drama que se seguiria lá em cima, mas ao mesmo tempo pronto para me receber de volta quando eu, provavelmente, fugisse escada abaixo.

Qualquer que fosse o delicioso sentimento que eu havia sentido por poucos momentos dentro daquele carro, agora havia passado. Com o olhar nos meus pés que subiam sem pressa nenhuma a escadaria do prédio, eu tremia, tentando formular  um pequeno discurso em minha mente, que o amaciasse e que fosse o suficiente para explicar porque eu havia sumido por tanto tempo, porque eu havia o deixado daquele jeito, após nos sentirmos tão completos e satisfeitos um com o outro, em uma perfeita ilusão de felizes para sempre. Suspirei, já sem saber se eu tinha coragem de bater naquela porta de madeira velha que me encarava de cara feia, sabendo que as chances de ela se machucar na cena que viria a seguir eram grandes. Ignorando os olhos inanimados e julgadores daquela porta, eu bati – uma única vez, fraco e baixo, com a esperança de que eles não ouvissem e que minha paz de espirito aceitasse isso com uma tentativa, mas, infelizmente, a audição de América era boa demais.

-Abby, ah meu deus! – seus braços contornaram meu corpo e me apertaram com uma força contida, eu não sabia se ela estava surpresa, preocupada, aflita ou apenas havia, mais uma vez, recebido mensagens espirituais do meu estado emocional e as interpretado tão bem que sabia que eu precisava daquele abraço.

-Mare – correspondi, usando meus maiores esforços para não desabar chorando em seu colo e evitar a bagunça que eu estava prestes a criar – Eu preciso falar com vocês.

Seu rosto se contorceu em dúvida e preocupação, seus olhos, fugazes como os de um gato, haviam ido e vindo tão rapidamente de minha barriga que apenas eu pude nota-los, assegurei-a que quanto a isso estava tudo bem, mas antes que ela pudesse falar alguma coisa a voz de Travis invadiu o recinto.

-Beija-Flor? É você mesmo?

Antes de sequer pensar em  uma resposta, os braços de Travis já haviam invadido minha cintura enquanto ele me abraçava e me carregava até a sala, feliz como uma criança na manhã de natal, espalhando beijos pelo meu rosto todo, fazendo-me soltar um que outro sorriso.

-Por favor, acalme-se -  eu pedi quando ele finalmente me libertou de seus braços, mas ainda segurava minha mão.

-ME ACALMAR? – gritou, não estava bravo, apenas contente demais – Caramba, você me pôs no inferno, flor! – não, eu ainda não havia feito isso, mas viera aqui para fazer com nós dois – Eu pensei que tivesse te perdido. Fiquei louco atrás de você e você nunca estava lá... Que explicação razoável você tem para isso, ein porra? Não sei se algum dia vou te deixar sair por aquela porta novamente.

Embora seu tom fosse brincalhão, eu sabia que os sentimentos por trás daquelas palavras eram intensos e reais, sabia porque me sentia do mesmo jeito. Apertei sua mão, sem forças para espelhar seu sorriso, sem vontade de prolongar aquele teatrinho mal elaborado. Havia cansado de refutar essa próxima etapa. Ver Travis tão esperançoso para algo que não havia possibilidade quebrava meu coração e era o que eu precisava para me motivar a seguir em frente com o que eu sabia que devia ter feito muito antes, antes mesmo de deixar que nossos sentimentos chegassem a esse limite. Cortando todos os fios de eletricidade que corriam por nossos corpos, soltei sua mão.

-Preciso falar com vocês, com os três – acenei para Shepley, que voltava da cozinha com uma lata de Budweiser, fazendo com que ele e América sentassem comportadamente no sofá.

Contei até cinco. Cinco segundos para destruir a paz, então, amarelando mais uma vez, empurrei minha mão esquerda para frente e exibi o anel de casamento.

A compreensão chegou primeiro a América, que prendeu um quarto do ar da sala nos pulmões, apertando a mão de Shepley com força e lançando para ele um olhar preocupado e, provavelmente, um aviso.

Travis segurou minha mão, a confusão fazendo sombra em sua expressão, seus dedos contornaram o fino aro, assim como o anel de pedraria brilhante. Não estava mais brincalhão, mas apreensivo, com medo de perguntar o que perguntou.

-O que é isso, flor?

Palavras pesadas, contidas em dor, me davam a certeza de que ele não precisava realmente de uma explicação, mas a queria, como um alcoólatra queria um copo de vinho. Travis precisava que minha voz quebrasse aquela janela de vidro pela qual ele nos enxergava em um conto de fadas e eu odiava ter que fazer isso.

Sem tempo para pensamentos secundários, afastei minha mão de seu toque e não renovei o estoque de ar em meus pulmões. Preparei minha voz, para que saísse em alto e bom tom, sem gaguejar, pois eu nunca conseguiria repetir aquelas palavras.

-Eu me casei com Parker. Estou indo morar com ele.

As asas de uma borboleta bateram três vezes antes que Travis explodisse, levanto consigo a única mesa central da sala de estar, esparramando as bebidas e quebrando copos cujos cacos voaram para todas as extremidades daquele cubículo. As asas de uma borboleta bateram quatro vezes, até América levantar em um grito assustado e Shepley a proteger dos cacos. O tapete surrado estava encharcado em um coquetel de bebidas. Mais dois bater de asas de borboletas e Travis havia vencido a distância entre nós, mesmo que meus pés, involuntariamente, tenham começado a correr para trás, até encontrarem a parede como obstáculos. Minhas mãos fecharam-se, enrolando meu corpo e protegendo minha barriga, cerrei os olhos com força e deixei escapar um soluço, antes de realmente permitir as lágrimas. Senti seu cheiro suado e sua respiração irregular em meu rosto quando, pela primeira vez, o temi, não por mim, mas pelo resto da história que ele não havia sido capaz de ouvir. Suas mãos espalmaram-se na parede atrás de minha cabeça, fortes o suficiente para causas rachaduras na fundação, ecoando pelo prédio todo.

-O QUE VOCÊ FEZ ABIGAIL? – o grito de Travis transpôs os gritos assustados e enfurecidos de América que ameaçavam ligar para polícia se ele não se afastasse, mas eu suspeitava que Travis fosse capaz de ouvir algo que não o sangue fervendo pelo seu corpo – O QUE DIABOS VOCÊ FEZ?

Rápido como um leopardo feroz, a mão de Travis segurava minha mão de compromisso, e a balançava na frente de meu rosto molhado, com raiva e força, fazendo as unhas rasparem por minhas bochechas com o movimento bruto. Eu sabia que aquele seria o pior dia da minha vida.

-OLHA PARA MIM PORRA – eu estava presa em um frenesi de gritos. A voz de América e de Shepley, que lutava com seus maiores esforços para tirar o primo de  cima de mim, já não passavam de sons desconexos para mim. Meus olhos ardentes abriram-se estreitos para encarar, em um misto de bravura e medo, os olhos vermelhos de Travis, repletos de lágrimas como eu nunca havia visto antes – O QUE VOCÊ FEZ COM A GENTE BEIJA-FLOR? VOCÊ NOS DESTRUI!

Solucei, querendo mais que tudo que eu fosse forte o suficiente para afastá-lo de mim, eu precisava só de uma brecha para sair correndo, mas eu não tinha força e meus murmúrios sem sentido não chegavam a seus ouvidos, sua voz continuava a gritar por cima de todas as outras e o barulho de seus pulsos quebrando a parede era alto demais para que ele ouvisse qualquer outro som que viesse daquela direção.

América havia desistido de ameaça-lo com a polícia – ela, na verdade, nunca teria coragem de ligar para eles – então atirou o telefone, e tudo o que achou pelo caminho, contra Travis, que parecia não estar ciente de mais nada além de sua raiva direcionada a mim. Ah, como eu a merecia.

Meu corpo fraco tremia e emitia incontáveis soluços e pedidos de desculpas, eu teria desmoronado se as mãos de Travis não estivessem firmes me mantendo contra parede.

-POR QUÊ? ME RESPONDE POR QUE? QUE TIPO DE COISA EU FIZ DE TÃO TERRÍVEL PARA VOCÊ SENTIR A PORRA DA NECESSIDADE DE ACABAR COM TODA ESSA MERDA DE UMA FORMA TÃO ESCROTA? QUE MERDA DE JOGO VOCÊ ESTÁ JOGANDO COMIGO ABIGAIL?

-Por favor, por favor – foram as únicas palavras que eu consegui identificar em minhas lamúrias – mm.... per...

-POR QUÊ? VOCÊ NÃO PODERIA TER...

-ELA ESTÁ GRÁVIDA, PORRA! – finalmente, a voz de América venceu os gritos de Travis, as pancadas na parede, os murmúrios que eu havia lutado para emitir. De cima do sofá Mare me olhava completamente apavorada e esbaforida, sem mais ar nos seus pulmões e com os olhos tão abertos que eles podiam saltar de suas órbitas – SOLTA. ELA. AGORA. TRAVIS.

Dispensando todos os esforços de Shepley para tirá-lo de cima de mim, Travis  me soltou e, como eu imaginava, eu deslizei direto para o chão, caindo em um baque surdo e chorando de uma forma que eu não sabia ser capaz. Travis se afastou três passos exatos, o corpo ainda tremendo, os olhos ainda com lágrimas, contornados em vermelho vivo. Toda sua postura desmoronada, agora ele não era nada.

-Como... – ele chacoalhou a cabeça, segurando com força os cabelos com os nós dos dedos, capaz de arrancá-los se puxasse com um pouco mais de força. Sua voz, a definição perfeita de uma dor que nunca seria fisicamente atingível – Como você sabe que não é meu?

Eu sabia que ele não queria ouvir a resposta.

Mare desmontou no sofá, mais surpresa com essa revelação do que com qualquer outra que havia surgido essa noite, Shepley, como um cavalheiro, estava pronto para segurá-la em um abraço ao seu lado, lançando um olhar nada surpreso para o primo, mas cheio de raiva contida.

Espalmei minhas mãos na parede destruída e procurei apoio para me levantar e encará-lo de pé, mesmo que eu me sentisse um mero inseto esmagado aos seus pés.

-Eu já sabia – soltei de uma só vez, tendo a impressão de que agora  pedaços de mim saiam pelos meus olhos enquanto eu chorava. Eu havia nos destruído – Quando... eu só... – eu precisava conseguir explicar. Eu precisava dar a ele uma razão, algo a que ele pudesse se agarrar como eu poderia. Eu não podia nos deixar com nada – Eu queria que tivéssemos algo... Só queria que... Eu fui completamente... Eu queria que nós dois soubéssemos como poderia ter sido – derrotada, suspirei – Eu decidi por nós dois e... E eu nos destruí. Você está certo.

O Travis que estava na minha frente não seria capaz de fazer mais buracos em uma parede, ou prensar-me em uma, não tinha mais forças para encher seus pulmões e gritar, não seria capaz de vencer uma luta no círculo ou nem mesmo carregar Totó para passear. Aquele Travis era o mesmo menino que devia ter sido quando perdeu sua mãe, era alguém que eu nunca havia conhecido ou que, de agora em diante, teria a chance de conhecer. Aquele Travis era só um semblante, fraco e falho como um holograma. Centenas de milhares de borboletas em um estômago apaixonado prontas para destruírem umas as outras. Ele era simplesmente tudo o que eu conhecia sobre mim mesma há três meses.

Se passaram milhares de batidas de asas de borboleta, alguns estalos nos dedos de suas mãos e apenas as nossas longas respirações pesadas, antes que ele agarrasse as chaves da Harley e sua jaqueta preta, imitando Parker de uma forma incomparável e verdadeiramente destruidora.

-Eu preciso sair.

Mas, antes que ele pudesse me deixar e cortar o último fio que eu havia deixado vivo entre nós dois, minha voz fina, fraca e baixa como o lamurio de um doente o chamou, precisando de um último momento. Uma verdadeira despedida.

-Travis? – as mãos com as chaves pararam na maçaneta da porta, seus olhos continuaram a encarar a superfície distorcida do metal – Em outra vida, eu poderia te amar.

Meus ouvidos podiam estar enganados, mas eu tinha certeza que havia ouvido sua risada rouca antes de sua resposta.

-Eu poderia te amar nessa vida.


Notas Finais


Espero que esse capítulo tenha destruído vocês porque me esforcei muito - to tentando superar a escritora de bite me que feriu meu ego.
Falando em ego o amaciem com seus belos comentários.
Sim, antes que vocês perguntem, eu sei que tenho meu lugar reservado no inferno - O QUE É OTEMO PORQUE ODEIO ESPERAR NA FILA
Esse capítulo foi puxado e longo para agradar vocês por eu ter feito esperarem,
Sorryj

Curiosidade: quando falei do avô do Parker, eu estava falando do meu, um verdadeiro anjo. Espero que você esteja bem, vovô.

QUEM SACOU A REFERÊNCIA A INÊS BRASIL?

XOXO
GOSSIP GIRL


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