Chegou a hora de decidir, Amanda. Você escolherá Sammy ou Jack?
— Eu escolho...
— Nós precisamos conversar. — Gilinsky disse. — Em um local privado, eu, você e Sammy.
— Mas...
— Precisamos ir, agora. — Sammy ditou. Olhei para Nate e ele me encarava culpado.
— Me desculpe, eu devia ter te contado. — Ele disse e desviou seu olhar do meu, parecia estar procurando algum buraco aonde pudesse se enfiar. Ainda confusa segui Gilinsky e Sammy. Jack me empurrou para dentro de seu carro, me sentei no banco de passageiro, Sammy se sentou no banco de trás e Gilinsky se sentou no banco do motorista.
— Aonde vamos? — Perguntei.
— A algum lugar. — Gilinsky disse.
— Isso eu sei, mas para onde? — Perguntei mais uma vez.
— Espere e verá. — Sammy disse. Confesso que estava assustada.
Gilinsky começou a dirigir o carro e foi se desviando dos carros a nossa frente. O clima começou a esfriar e ele fechou todas as janelas e ligou o aquecedor. O silencio era constrangedor. Pelo canto do olho pude observar Jack me encarando. Sua mão deslizou pelo banco até chegar perto da minha, aonde ele a pegou e entrelaçou nossas mãos.
— Dá pra soltar? — Sammy disse puxando a mão de Jack para longe da minha e substituiu-a por sua mão. Reprimi uma risada. Jack bufou e colocou sua mão sobre minha perna. Sammy deu um peteleco nela ele bufou novamente.
— Parem vocês dois. — Ditei. Desvencilhei minha mão da de Sammy, e tirei a mão de Jack da minha coxa. O silencio pairou sobre o carro novamente.
Passados alguns minutos Jack estacionou sobre um morro, provavelmente era impossível ver o fundo, árvores cercavam o local. O farol do carro de Gilinsky iluminava o ambiente. Os meninos saíram do carro e eu os segui.
— O que está acontecendo? — Perguntei, eu realmente não estava ansiosa para saber a resposta. Eles se olharam nervosos, pensando quem começaria primeiro.
— Em primeiro lugar — Jack disse, ele tossiu e então pareceu estar procurando as palavras corretas. — Nós estamos indo embora. — Ele disse rápido. Minhas pernas fraquejaram.
— Embora? — Sussurrei surpresa. — Para onde?
— Nós iremos para uma tour, estamos indo embora. Estudaremos online. Nós não iremos voltar, Amanda. — Sammy disse triste. — É uma grande oportunidade. É a realização de um sonho para nós. — Ele disse se animando um pouco, mas logo se entristeceu.
— Meninos — eu disse com a voz chorosa, tentei esconder a tristeza que eu possuía em minha voz, a fraqueza do meu corpo e o buraco em meu coração. — Que noticia ótima.
— Amanda, nós nunca mais nos veremos. — Sammy disse com lágrimas nos olhos.
— Vocês vão realizar seus sonhos. — Disse sorrindo em meio ao choro.
— Pare de mudar de assunto. — Jack ditou melancólico. — Pare de ver o lado bom da situação. Você não percebe? Se nos aceitarmos, nunca mais iremos nos ver.
— Vocês não aceitaram ainda? — Perguntei assustada.
— Não, nós queríamos consultar você. — Sammy disse.
— O que? Vocês têm que aceitar. E o sonho de vocês. — Disse feliz, mas a minha voz falha e a enxurrada de lágrimas fizeram eles pensarem o contrário. Sammy pareceu se irritar e foi andar pela floresta. Me virei na direção oposta de Jack e deixei com que as lagrimas rolassem por meu rosto.
— Ei — Jack disse me abraçando por trás.
— Eu não sei o que dizer. — Disse o abraçando com toda a força que possuía em meus braços. — Eu não quero perder vocês, mas também não quero fiquem aqui. E uma oportunidade única.
— Eu não me importo com isso, se eu estiver com você tudo terá valido a pena. — Ele sussurrou.
— E complicado. — Disse fungando.
— Eu descomplico.
— Você não pode. Você tem que ir.
— Me faça ficar.
— Eu não consigo fazer isto.
— Peça para que eu fique. — Ele implorou olhando em meus olhos. — Por favor.
Prometa-me que vai faze - ló feliz
— Você vai estar feliz seguindo seu sonho? — Perguntei chorando.
— Sim, claro que sim, mas sem você não vai ser o mesmo. — Suas mãos se dirigiram ao meu rosto e ele colou nossas testas. — Por favor, não me deixe ir.
— Por favor, vá. Eu te imploro, vá. — Choraminguei. Jack pareceu desistir e aconchegou sua cabeça em meu ombro chorando baixo.
— Não tenha a ousadia de me esquecer porque eu não me esquecerei de você. — Ele disse fraco.
— Eu nunca teria essa ousadia. — Sussurrei.
— Você sempre estará no meu coração, Amanda Campbell. — Ele sussurrou chorando. Meu coração se apertou.
— E você sempre estará no meu, Jack Gilinsky.
(...)
Estava no aeroporto, o avião estava para decolar. Não vi Sammy desde a noite passada. Ele havia caminhado pela floresta e não havia voltado. Meu coração quase desfaleceu ao pensar que algo poderia ter acontecido com ele.
Eu ainda não havia ouvido o pior, Lydia e Emma os acompanhariam na tour. Lydia iria apoiar o namorado e Emma também, mas ela cantava um pouco e tocava outros instrumentos, então se apresentaria com eles de vez em quando.
Vi uma sombra se aproximar e rapidamente reconheci Sammy, ele correu em minha direção e me abraçou. As lágrimas voltaram velozmente.
— Me desculpe. — Choraminguei. — Eu apenas quero que você siga seu sonho.
— Está tudo bem. — Ele disse com a voz fraca enquanto passava a mão por meus cabelos. Só então percebi que ele estava chorando.
— Não me esqueça. — Ele choramingou me abraçando forte. — Por favor.
— Eu nunca faria isso. — Disse, ele se afastou o bastante para que nossos olhares se encontrassem. Sua mão entrelaçou a minha. Ele olhou para nossas mãos juntas e um sorriso resplandeceu em seu rosto.
— Não se esqueça de nós.
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