Após uma longa noite, onde a insônia me acompanhou, me levanto sabendo que irei realizar pela última vez minha rotina pela manhã antes de partir. E logo já sou acompanhada até estação de barcas pela minha família.
- Então, adeus né? - Falo pela milésima vez.
- (S/n) anda logo, ou a barca parta sem você. - Seulgi me entrega as malas. - Também vou sentir sua falta.
- Até logo minha pequena. - Minha vó me abraça com toda fraca que ela ainda tem.
- Se cuida, não confie em ninguém e siga seu coração. - Omma me da um beijo e deixa em minhas mãos um pouco de dinheiro. - Amo-te.
Tento não olhar para trás, ao saber que minha família irá me esperar, até esses 365 dias acabarem.
Me sento no canto, na parte superior da barca, em meio a tantas pessoas, logo se começa uma discussão em meio às pessoas que estavam entediadas como eu.
- Me solta, eu já disse pra me soltar. - Uma garota com cabelos bagunçados e um vestido de tons pastéis e quadriculado, com óculos redondo, com uma bolsa cheia.
- Saia daqui sua ladra. - Um dos seguranças da barca diz, bem raivoso.
- Unnie? Onde estava? - Ela de imediato aponta pra mim, fico sem reação e ela corre até mim. - Eu não sou ladra, só me perdi e os verdadeiros ladrões enganaram você.
- Conhece ela? - o segurança me pergunta.
- Sim. - Minhas mãos começam a suar.
Em meio a essa confusão nem eu mesma acreditaria em mim se estivesse no lugar deste homem, mas pra mim sorte ou azar, ele acredita, nos deixando ali, com um grande ponto de interrogação na cabeça.
- Quem é você? - Me afasto dela.
- Soyeon. - Ela abre a bolsa na minha frente, deixando as carteiras dentro dela. - Me desculpa, mas é que não pude evitar.
- Devo me preocupar? - Digo e ela me olha confusa. - Com a minha bolsa?
- Não. - Ela fala super despreocupada, como se tivesse apenas pego emprestado. - Só roubo os ricos, além de estudar filosofia.
Após minutos a mesma continua ali ao meu lado, talvez, seja porque o tal segurança continua de olho nela, e até mesmo os passageiros, todos bem de olha em seus pertences e na moça.
Ela retira da sua bolsa um pequeno papel enrolado, o coloca na boca e logo começa a soltar leves risadas.
- Quer? - Ela me oferece. - Qual seu nome mesmo?
- (S/n). - Olho para o estranho objeto e nego. - Não obrigada.
- Está indo para Seul? - Ela continua fumando. - Vai fazer o que lá?
- Me reinventar, me descobrir. - Digo sem muita certeza.
- Tem algum lugar pra ir? - Logo nego com a cabeça. - Eu vivo lá com um pequeno grupo de estudantes, num apartamento bem pequeno, gostaria de ficar lá?
Sem muita opção de ter um local pra ir, e com pouco muito dinheiro decidi residir lá, mas óbvio que com o objetivo de logo sair.
- Sim.
___
Ao chegar, meus olhos ficam fascinados de como todos estão recomeçando, apesar de tudo que ocorreu, o futuro parece está mais do que proximo. Pego meu medalhão e a seguro com muita força, por agora minha vida tomar um novo sentido.
- Vamos florzinha. - Soyeon me chama. - Vou chamar um táxi.
Após alguns minutos bem falantes com Soyeon, finalmente chegamos ao apartamento. Nada diferente do que a mesma havia descrito, era pequeno, porém confortável. Com mais três garotas.
- Então essas são as garotas que vivem aqui comigo (S/n). - Ela me deixa a sós com elas, e vai para outro cômodo.
- Sou Bae Joohyun, sou estudante de psiquiátria. - Ela parecia ser bem segura de si e bem culta. - Ela te trouxe aqui, por que roubou algo seu?
- Acho que não. - Olho minha bolsa e seguro bem minha mala.
- Sou Park Sooyoung, mas pode me chamar de Joy, sou estudante de medicina. - Ela me cumprimenta sorridente. - Essa é minha amiga Son Seungwan, chamamos ela de Wendy.
- Me desculpem mais tenho que sair. - Ela diz. - Daqui a pouco vai rolar uma festa na casa do Hoseok, vão?
Todas concordam, e logo vão se arrumar, pegam suas roupas e maquiagens.
- Tenho algumas roupas pra emprestar se quiser (S/n). - Joy fala.
- Qual o problema com as minhas? - Digo as olhando.
- É meio Hippie. - Wendy diz com um rosto parecendo estar incomodada. - Não quero julgar.
- Minhas roupas são assim. - Soyeon surge novamente. - Acho que vou usar uma delas hoje.
Wendy a mostra o dedo do meio e ela manda um beijo de volta.
Após tomar um banho, coloco minhas roupas íntimas, após um par de meia calça preta, com um vestido Twiggy vermelho e ela sapatilha preta e confortável. Coloco uma maquiagem básica, cabelos livres e logo estou pronta.
- Vamos? - Soyeon pergunta a todas.
- Sim. - Respondemos juntas.
____
Em meio a uma vizinhança, com suas casas em um bairro quieto, no fim dela há uma casa, onde pode-se o alto som de música.
Como é minha primeira festa desde que cheguei aqui, não sei muito bem como será, ainda mais porquê a Seulgi não está aqui pra me ajudar em meio a nova turbulência que começou agora em minha vida.
- Bem vindas. - Um garoto que aparente ser gentil abre a porta.
O lugar tem cheiro de álcool puro e cigarro, como se estivessemos em um parque de diversão para adolescentes. Enquanto as garotas vai dançar, Soyeon e eu vamos a cozinha pegar algo para beber.
- Cerveja, gosta? - Ela me dá uma garrafa.
- Nunca bebi. - Abro, e veio um pouco na boca. - Não sei se gostei do gosto.
- Okay. - Ela ri e me dá outra bebida. - Pega uma garrafa de Coca-Cola.
- Bem melhor. - Aprecio o gosto.
Enquanto estamos na cozinha rindo e conversando, passa pela porta, um rapaz, com um sorriso iluminador que me deixou um pouco sem jeito.
- Oi Soyeon, achei nunca iria me visitar. - Ele logo a abraça.
- Como meu único irmão, você devia me agradecer. - Ela ri. - Essa é minha amiga (S/n), ela veio de fora, de um lugar chamado...
- Kkochbat. - Completo e nos cumprimentamos.
- Sou Jung Hoseok. - Ele olha nos meus olhos, prendendo minha atenção. - Gostaria de dançar?
- Não sou muito boa.
- Não tem problema, te ensino. - Ele estende sua mão o que deixa ainda mais impossível de responder não.
Óbvio que quero ir, mas minha consciência diz que isso seria um desastre.
- Obrigada, mas não.
- Okay, qualquer coisa nos vermos aí, (s/n)? - Ele sorri mais uma vez.
- Claro. - Sorrio de volta para ele.
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