História Eu, a lua e a Mariela - Capitulo 03

Narração Mariela

Observei de longe o belo homem partir num barco onde as pessoas fingiam se importar com ele, então ele partiu, mas permaneceu em minha mente.

Desde pequena adoro observar os barcos e as pessoas por onde eu passo, ouço suas músicas e mesmo de longe observo sua cultura e costumes, me lembro quando vi esse rapaz a primeira vez ele não parecia contente, estava com uns amigos e depois saiu de jet ski com uma moça que parecia estar tão infeliz quanto ele, ela tinha um nariz tão grande que de onde eu venho a confundiram facilmente com um peixe espada, me lembro que ao voltar ao barco ele pegou um violão e começou a tocar sua voz era bela, tão única e suave que me encantou, queria ouvir de mais perto, mas não foi possível, voltei várias vezes ao mesmo local esperando ouvir sua voz novamente, mas nunca mais o vi, ao menos até o dia que ele caiu na água, infelizmente agora teria que procura – lo outra vez precisava ouvi – lo cantar novamente. Voltei várias vezes ao mesmo lugar, esperando algum sinal daquele homem, uma pessoa comum diria que estou apaixonada, mas de onde venho não existe amor sempre tive coragem de conhecer saber se era real, mas meus familiares sempre disseram ser uma tolice. Voltava todos os dias a ilha no fim da tarde na esperança de um resquício daquele homem, algo maior do que o lenço que ele deixou na água quando caiu, carregava aquele lenço como amuleto rezando a Poseidon que o trouxesse até mim, foi então numa dessas passagens pela ilha que vi uma garrafa cravada na areia, ela não estava ali antes isso só significava que alguém havia deixado ela ali, teria o Deus dos mares atendido minhas preces? Tirei a garrafa da areia e peguei o bilhete que havia dentro.

“Cara mulher misteriosa, obrigado por ter me tirado do mar, gostaria de encontra – la novamente, saber se você é real, pois sinceramente todos acham que sou louco. Por favor seja real me mostre que você não era um sonho. Me encontre na casa que fica no cais é a de madeira ficarei te esperando por três dias se você não aparecer saberei que foi um sonho. Ass: Luan”.

Sorri com o bilhete e fui ao encontro dele imediatamente levando comigo a garrafa  é o papel. Fui até a casa que ele havia me falado, não foi difícil achar observei de longe, ele parecia aflito andou pelo caís e voltou para dentro havia dois homens com ele por tanto não me aproximei esperaria até a noite assim eles não me veriam, entrei na vegetação que havia ali perto e procurei flores que pudessem me enfeitar então depois de horas fazendo colares de flores e ajeitando os cabelos com as mãos percebi que havia anoitecido hora de rever o moço bonito chamado Luan.