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História Eu Aceito - Chapter XII


Escrita por: HeyCamy

Notas do Autor


Oieeee
Desculpa o atraso, já expliquei no ultimo capitulo, então apenas espero que curtam o capitulo. Como tbm dito no ultimo capitulo, não estou conseguindo tempo para responder os comentários, mas agradeço por todos.
Boa Leitura :3

Capítulo 12 - Chapter XII


Fanfic / Fanfiction Eu Aceito - Chapter XII

Meu corpo inteiro doía.

 Minha cabeça latejava, meus músculos pareciam gelatina e eu sentia a extrema vontade de permanecer na cama.

 Eu me remexi, sentindo o incomodo corpete do vestido.

 Sentei na cama macia que já se tornava constante em minha vida e observei o quarto.

 Pouca luz conseguia ultrapassar a fresta da pesada cortina do Uchiha e por isso, eu só vi sua silhueta desajeitada na poltrona do quarto.

 Com calma e cuidado, tentei acender a luz do abajur.

 Ino havia me ensinado a mexer na bugiganga eletrônica do Uchiha que controlava as luzes do quarto. Uma tela touch que eu sinceramente não compreendia. 

 Coloquei a luz fraca para conseguir vê-lo e não lhe acordar, apesar de duvidar de que ele realmente dormia.

 O analisei. Ele ainda usava o smoking que agora estava totalmente bagunçado e amassado. A gravata estava desfeita.

 Ele dormia de forma desconfortável, com a cabeça encostada no encosto do sofá.

 Olhos fechados e a expressão mais tranquila que eu já vira em seu rosto, naquele momento, ele parecia cansado.

 Apesar de como era conhecido, Sasuke não era tão mais velho que eu, pelo contrário, poucos meses nos separavam, mas eu constantemente me esquecia disso. Sasuke era intenso e forte e sempre me fazia lembrar que com um estalar de dedos ele poderia me fazer sumir do mundo. Ele era rico. E dinheiro é poder.

 Com a minha idade, ele já carregava o peso de uma multinacional bilionária e de tudo o que seu sobrenome atribuía.

 Ser Sasuke Uchiha devia ser cansativo as vezes.

 Eu havia cansado de ser á Sakura Haruno - socialite, - quando isso se tornou uma pressão tão grande que eu me sentia sufocada até mesmo numa rua vazia.

 Eu havia abdicado dos poderes que meu sobrenome trazia, mas não poderia abdicar do que o dele iria fazer.

 Sakura Uchiha.

 Meu pai devia estar orgulhoso.

 Sasuke era quase angelical enquanto dormia, chegava a parecer inofensivo.  

 Ele se moveu lentamente sob a poltrona e resmungou algo, provavelmente por conta do desconforto.

 Mais uma vez ele se mexeu e dessa vez, seus olhos se abriram preguiçosos.

 Ele demorou meio minuto para me notar.

 Olhou-me intensamente, com uma cara fofa de sono.

 - Oi... - ele falou, impulsionou seu corpo pra frente e gemeu. - Droga.

 Eu me inclinei na cama, preocupada, mas ele rapidamente se levantou e se espreguiçou.

 Retirou o blazer e a gravata e de costas pra mim, abriu a camisa social.

 Ele se esticou, e eu pude contemplar seu tronco nu.

 Os músculos se moveram de maneira lenta e habilidosa e meu corpo se agitou.

 Ofeguei.

 Ele se virou com olhos preocupados e se aproximou.

 - Você tá bem?

 Eu assenti, sentindo meu rosto queimar e meu coração pulsar acelerado.

 Desviei os olhos.

 - Você pode olhar. - eu ouvi sua risada baixa, rouca e deliciosa. - Em breve eu serei seu marido.

 Eu não entendia como ele conseguia ver aquela situação com tamanha tranquilidade.

 Ele também estava se casando sem amor, com uma mulher que ele mal conhecia e que provavelmente já estava lhe dando uma tremenda dor de cabeça. 

 Ele se sentou ao meu lado, entrelaçou seus dedos e suspirou.

 - Podemos conversar sobre ontem?

  Eu me encolhi.

  Sasuke se moveu ao meu lado e eu podia sentir seu olhar queimando minha pele.

 - Eu não sei o que aconteceu entre você e o Sasori, ou o que ele falou para que você ficasse nervosa daquele jeito... E sei que a única coisa que nos une é um contrato, mas eu estou tentando, Sakura. Quero o melhor pra você, mesmo que não acredite.

 - Eu só... - minha voz sumiu.

 Algo em seus olhos me deixava trêmula, de um jeito bom... Pela primeira vez em muito tempo, eu não sentia o desespero por estar sozinha com um homem.  Sasuke era tão calmo que forçava meu corpo confiar nele.

 - Eu só não estava me sentindo muito bem. - não era uma mentira. Eu odiava toda aquela atenção desnecessária, mas seus olhos pesaram, não acreditando em mim.

 - Se um dia, quiser falar, vou estar aqui para ouvi-la.

 Eu suspirei, sentindo o costumeiro incômodo por tocar no assunto.

 - Mandei que Ino colocasse algumas roupas no closet pra você. Escolha algo. Algo de especial que queira comer? Dei folga para os funcionários.

 Lissa era a governanta do Sasuke, ela era uma senhora já de idade que há muito trabalhava pra família, ela e o marido eram caseiros da propriedade Uchiha, praticamente controlava tudo na casa e principalmente a cozinha.

 - Deu folga a todos? - arquei a sobrancelha.

 - Sim, é feriado.

 Por meio segundo, o pânico de estar só nós naquela mansão gigantesca, dominou meu corpo, mas eu puxei o ar lentamente, me lembrando que eu adorava uma casa vazia e que logo, momentos como esse seriam um privilégio.

 - Vou tomar um banho, decida o quer comer para que eu peça na padaria.

 Sasuke sumiu dentro do cômodo interligado.

 Ele não trancou a porta e uma parte minha que eu estava conhecendo insistiu que eu desse uma pequena espiada.

 Levantei e fui até o closet do Uchiha.

 Era praticamente um segundo quarto, rodeado de gavetas, prateleiras e cabides. Perfeitamente arrumados.

 Um dos lados estava praticamente vazio e aquela mesma voz gritou que era por mim. Ele estava abrindo espaço para mim.

 Caminhei até a arara com cabides milimetricamente calculados e deslizei meus dedos pelas roupas.

 Eram roupas casuais, normais, eu diria. Calças, alguns moletons, blazers, pijamas, e dois vestidos.

 Abri uma das gavetas e meu rosto esquentou.

 Era uma gaveta de lingeries. A de cima era de calcinhas, a segunda, sutiãs e a terceira, conjuntos.

 Não era nem de perto o tipo de lingerie com a qual eu era acostumada. Eram sexys e pequenas. Eu as fechei com pressa e medo que Sasuke aparecesse e criasse uma situação embaraçosa e vergonhosa.

 Apesar de lindas e aparentemente confortáveis, não foi a minha arara que me atrairá, fora a oposta.

 Um moletom claramente quente e confortável do Sasuke estava lindamente dobrado.

 Eu tirei o vestido e o vesti. Era praticamente um vestido para mim, mas eu torcia que Sasuke não o quisesse de volta.

 Sai do closet, notando que ele ainda estava no banho.

 Desci as glamurosas escadas e adentrei os corredores ainda desconhecidos até encontrar a cozinha.

 Inspirei o ar daquele ambiente, saudosa daquele espaço.

 A cozinha do Sasuke, como esperado, era luxuosa e espaçosa. Tinha tudo o que uma cozinha profissional precisava e eu fiquei animada.

 Há meses eu juntava dinheiro para reformar a cozinha do meu apartamento, e sem querer, Sasuke havia me entregue a cozinha dos sonhos.

 Mexi na geladeira, procurando uma receita em minha mente.

 Coloquei diversos ingredientes sob a mesa e fui procurar panelas...

 - Sakura? - Sasuke surgiu na porta, distraindo-me totalmente.

 Ele usava uma calça de moletom simples e uma camisa que marcara seu tronco. Seu cabelo estava molhado e seus olhos me tocavam e deslizavam por minha pele.

 Ele retornou seu olhar ao meu, procurando respostas e sorriu ladino.

 - Posso me acostumar com você nos meus moletons...

 Corei.

 Ele lambeu os próprios lábios.

 - Você é gostosa. - sua voz rouca nunca havia sido tão gostosa de ouvir. Meu corpo esquentou.

 Eu não consegui ficar brava como eu queria ficar.

 O olhei com um bico, fingindo irritação, ele riu.  

 Como dito anteriormente, eu também podia me acostumar com seu sorriso.

 - O que está fazendo?

 - Crepe Suzette.

 - Doce?

 - Não é assim tão doce. - sua careta me fez revirar os olhos. - Você vai gostar, eu prometo.

 Eu peguei a garrafa de conhaque e o licor de laranja e coloquei sob a bancada.

 - Já colocando seus planos de me embebedar em pratica, Sakura?

 - O álcool vai evaporar. - por algum motivo idiota, minhas bochechas coraram.

 Ele riu.

 Sasuke serviu-se de café, se sentou na banqueta em minha frente  e me observou.

 - Vamos jogar um jogo... - ele falou - Para nos conhecermos melhor.

 - Acho melhor não. - murmurei receosa.

 - Qual é, Sakura? Ficaremos cinco anos casados.

 Eu o olhei e ele arqueou a sobrancelha me desafiando.

 - Ok. - falei, sentindo a adrenalina me animar aos poucos.

 Sasuke riu de novo e abriu a garrafa de conhaque que usaria no crepe. Serviu dois shots e me estendeu um.

 - Se não quiser responder, você vira.

 - Colocando seus planos de me embebedar em pratica, Uchiha? - repeti sua frase.

 - Você só bebe se não responder.

 Apesar do meu instinto gritar para que eu não fizesse idiotice, eu o ignorava completamente, indo em direção a fera.

 


Notas Finais


Até o próximo


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