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História Eu correrei até você com os pés molhados - Veneno


Escrita por: yunnami

Notas do Autor


Um capítulo rápido e uma POV do Kookie para sabermos como ele está depois de tudo...


Não irei demorar para postar o próximo, para não deixar vocês tão angustiados!
Boa leitura!

Capítulo 57 - Veneno


Fanfic / Fanfiction Eu correrei até você com os pés molhados - Veneno

Song Sohui desligou o telefone com um sorriso vitorioso e um olhar de empáfia. Não tinha pena de ninguém e raramente sentia medo. Era viciada na sensação de controle e se automutilava quando não conseguia o que queria. Pegou seu celular pessoal de cima da mesa e olhou para a tela, onde uma conversa no KakaoTalk estava aberta.

"Desisti de voltar pro Brasil. Me encontre no Walkerhill Douglas House em Gwangjang-dong, às 21h. Basta você pedir pela reserva no nome de Mariana. Não se preocupe, é seguro! Te explicarei tudo lá. Você merece saber a verdade. Acho que existe uma grande chance de ficarmos juntos se conversarmos." 

A resposta não tinha demorado a chegar, deixando-a extremamente excitada:

"Estarei lá!" 

Ainda com uma expressão de satisfação no rosto fino, ela ligou para outro número e dessa vez quem atendeu foi a responsável pela Walkerhill Douglas House (더글라스 하우스), um Hotel luxuoso nas montanhas em Gwangjang-dong, local retirado da área metropolitana de Seul. 

- Oi, queridinha. Gostaria de confirmar a reserva para o deluxe double room em nome de Mariana hoje. 

- Sim... Só um momento. - A moça do outro lado da linha já sabia do que se tratava, pois havia recebido uma certa quantia em dinheiro para manter tudo em sigilo e desligar todas as câmeras do Hotel.  - Confirmado senhorita e... - fez uma pausa falando mais baixo. - Nenhuma câmera estará ligada nesta noite e madrugada. 

- Oh! Que eficiente! Assim que eu gosto! Por isso escolhi este lugar, soube da fama de vocês... São super atenciosos com seus clientes! Se é que me entende! - Riu. - Te darei um bônus no final! Tchauzinho!

Após desligar o telefone, Sohui se despiu e tomou um longo banho quente. Despejou grandes quantias de óleo em seu corpo e cada toque de suas mãos pelas áreas mais sensíveis e íntimas de seu corpo a faziam suspirar. 

- Ah, Jungkook... Finalmente terei você!

Vestiu uma lingerie vermelha e extravagante, totalmente transparente na área dos seios. Por cima, colocou um vestido preto, bem justo  e curto e calçou um sapato de salto fino nos pés. Em seguida olhou para a maleta de couro em cima de sua cama. 


Citrato de sildenafila
Midazolam
Toxina botulínica

 

Esses eram os nomes etiquetados na parte interna da mala. Pequenas alças prendiam injeções já prontas. Todas com líquidos transparentes. 

- Um para deitar... - deslizou seu dedo fino pela sessão de cedativos, etiquetada como Midazolan. - Um para levantar! - Riu ao tocar as seringas embaixo do nome cidrato de sildenafila (vulgo, viagra). - E um para caso algo saia do meu controle. - Terminou séria, quase inexpressiva, ao olhar para as injeções de toxina botulínica. 

Fechou a mala a tomou pela alça e, por fim, colocou um longo casaco de lã batido, inteiramente negro.  Seus olhos flamejavam. Rumou cantarolando até o carro, uma Mercedes GTR e então dirigiu até o salão onde tinha agendado um horário para fazer as unhas, cabelo e maquiagem. Um sorriso maligno não desaparecia de seus lábios.

________________________

Jungkook’s POV

"Isso é real?" - eu me perguntava.

Quando ela saiu por aquela porta senti como se meu coração tivesse sido arrancado. Não tive forças para me levantar do chão, chorava e gritava para que ela voltasse, mas nada aconteceu. Eu estava só e ela não voltaria por aquela porta mesmo que aquilo fosse meu maior desejo. 

Naquele momento sequer me lembrei dos outros moradores do prédio, não tive medo de alguém aparecer para ver o que estava acontecendo e acabar dando de cara com Jeon Jungkook do BTS. Eu sequer lembrava que era o Jeon Jungkook do BTS. Não. Naquele momento eu era só o cara despedaçado que fora traído pela mulher que ele mais amou em toda a sua vida. 

Me senti inútil, impotente, um derrotado. Queria ter voltado no tempo e tentado consertar tudo, mas será que mudaria alguma coisa? Meu maior medo era que um dia ela me deixasse, contudo, depois daquela conversa no banheiro da Big Hit, eu tive certeza que ela realmente era a mulher que eu lutaria todos os dias para nunca ver partir. Foi por  isso que comprei as alianças e desde então imaginava como seria sua reação, quando em nosso aniversário eu a pedisse em casamento. Nos casaríamos no nosso ritmo, do nosso jeito e se possível, debaixo da nossa chuva. Se ela quisesse contar ao público eu contaria; se me quisesse em hiatus, eu entraria; se preferisse casar daqui a dez anos, eu esperaria. As alianças eram apenas um lembrete: eu era constante e inteiramente dela. Como aquele círculo inquebrável que colocaria em seu dedo.

Entrei em meu carro e rumei para o Trimage. Pouco me lembro do trajeto, pois minha mente não deixou de remoer as palavras de Mariana nem por um segundo. Na verdade, eu não conseguia acreditar nelas e mesmo lutando para fazer isso e, de alguma forma tentando ter raiva ou nojo dela, eu não conseguia. Eu simplesmente não conseguia a odiar.

Sozinho no apartamento, chorei ainda mais. Chorei até parecer que as lágrimas salgadas tinham se tornado um vício ou algo do tipo. Não conseguia parar. Senti minhas forças indo embora e talvez por alguns segundos eu tivesse cochilado. Acordei assustado com o toque do meu celular. Infelizmente estava acordado e o pesadelo continuava ali.

- Alô? 

- Jungkook-ah! Onde está? Fiquei preocupado com o jeito com que você saiu do Hannam atrás da Mariana. Ela está bem? Conseguiu falar com ela? 

Eu tentei controlar. Eu juro.

- Hyung... - o choro alterou meu timbre e imediatamente Seokjin me interpretou. 

- Onde você está? - Perguntou sério.

- No Trimage. 

- Estou à caminho, ok? Fique onde está e... e... - Percebi que buscava  formas de me consolar. - Não chore! Vai ficar tudo bem, vai dar tudo certo. 

Havia apagado todas as luzes do quarto e permanecia jogado em cima da cama quando uma mensagem acendeu a tela de meu celular. Eu desacreditei quando li seu nome.

Mariana: Desisti de voltar pro Brasil. Me encontre no Walkerhill Douglas House em Gwangjang-dong, às 21h. Basta você pedir pela reserva no nome de Mariana. Não se preocupe, é seguro! Te explicarei tudo lá. Você merece saber a verdade. Acho que existe uma grande chance de ficarmos juntos se conversarmos.

Li e reli inúmeras vezes cada palavra. Algo dentro de mim me dizia que havia algo muito errado. Mariana não havia agido normalmente em seu apartamento e nem ali, através daquela mensagem. Minha cabeça estava um turbilhão de emoções e eu estava sendo guiado pelo meu desespero. “Estarei lá” - digitei antes que ela mudasse de ideia. 

Jin hyung não demorou a chegar, eu apenas me lancei para dentro do carro. Ficamos em silêncio até chegarmos no Hannam. Meu único pedido quando chegamos lá era:

- Preciso beber. Não quero mais ficar sóbrio.

Os hyungs me acompanharam na cerveja, mas não no soju. Eles não viram quando traguei um pouco de uma das bebidas importadas do Suga. Estavam tentando me controlar, ao mesmo tempo que não pareciam totalmente preocupados com a situação com Mariana. Provavelmente deduziram que eu e ela havíamos apenas nos desentendido ou discordado em alguma opinião. Tamanho espanto deles quando eu disse alto:

- Ela me traiu.

- Que? Ela quem? - J-Hope ficou confuso.

- É isso mesmo. É isso. Mariana dormiu com outro cara! Eu não sirvo nem pra transar e satisfazer a minha namorada.

- N-não... ela não faria isso.

- Deduziu isso baseado em que?

- Jungkook, você está se precipitando! 

Nenhum deles acreditava. Nem eu, para ser sincero. Contei como tinha sido e chorei desesperadamente. O efeito do álcool no meu organismo me deixou muito tonto e enjoado. 

- Eu vou... - me recordo que tentei contar sobre a mensagem que ela havia mandado. Porém, quando fui mostrar para os hyungs, notei que havia deixado meu celular no Trimage. - Merda!

- Que foi, Jungkook?

- Walkerhill Douglas House. 21h. - Comecei a repetir antes que meu cérebro deletasse aquela informação importante. - Gwangjang-dong. Douglas House... Douglas House Hotel... 21h.

Aqueles últimos momentos com os meninos estão embaçados na minha cabeça. Lembro que eles queriam que eu parasse de beber, mas eu insistia. Queria anestesiar aquela dor enorme em meu peito e aquela sensação de vazio. Além disso, eu iria a encarar novamente.

O que é que Mariana tinha pra me dizer? Será que nós dois teríamos conserto mais uma vez? 

Lembro que Sejin e Sanghyun, nossos managers, apareceram na sala provavelmente depois de ouvir meus gritos e choro. Vi que conversaram com Namjoon e Jin hyung e me olhavam com uma expressão que, ora era de indignação, ora de confusão. 

Continuei repetindo o nome do hotel, coloquei o boné do Taehyung que havia ficado em cima da mesa e me esgueirei pra saída, sem que ninguém notasse. Não muito afastado do condomínio, encontrei um ponto de táxi.

- Walkerhill Douglas House, Gwangjang-dong, 21h. - Repeti como um robô.

O motorista me disse algo, mas não me recordo. Parece que ouvi Sanghyun gritando de longe para mim, mas eu acabei me deitando no banco traseiro do táxi. Estava amortecido. Primeiro por conta daquela situação perturbadora e confusa e segundo por conta do álcool. Não sei quanto tempo fiquei dentro do carro. O que sei é que o motorista teve que parar duas vezes no meio da estrada para que eu pusesse pra fora aquilo que eu havia ingerido.

Depois de vomitar pela segunda vez, no meio do mato, me senti um pouco melhor. O taxista era um senhor de idade que me olhava de um jeito gentil. 

- Dia difícil, filho?

- O senhor não faz ideia... que horas são? - Perguntei limpando a boca na manga do meu moletom. 

- Hm, olha só... nove horas em ponto!

- Precisamos ir! - Gritei e corri para dentro do carro novamente. 

Quando chegamos no Douglas House, dei quase todo o dinheiro que tinha na carteira para o motorista. Ele não queria aceitar, alegando que eu estava pagando muito acima do valor marcado, mas eu insisti e desci cambaleando. Ainda me sentia tonto.

- Tem certeza que vai ficar bem, filho? Não... não é perigoso eu te deixar aqui?

O Hotel ficava nas montanhas, no meio das árvores. Deveria ser um lugar bem romântico e por isso, uma certa esperança começou a ser gerada dentro de mim. E se ela disse tudo aquilo de brincadeira, apenas para me assustar? Na verdade, aquilo não combinava com ela, Mariana nunca brincava com coisas sérias. Sei lá. Eu estava bêbado então todo o tipo de ideia começou a surgir na minha mente enquanto eu caminhava até o hall de entrada do Hotel. 

_________________________________

Autora's POV

Song Sohui chegou no Hotel em Walkerhill propositalmente atrasada. Em seus planos, queria chegar depois que Jungkook já estivesse encurralado dentro do quarto luxuoso.

- Reserva no nome de Mariana, quarto 601. - Piscou para a recepcionista. 

- Certo. Aqui estão as chaves. - A atendente evitava olhar dentro nos olhos diabólicos e intimidadores de Sohui.

- O meu convidado já chegou? - Perguntou tomando as chaves. 

- Já sim. Um cara alto e muito bonito, hm… se parece com Jeon Jungkook do BTS.

- YES! - Ela vibrou. - Meu homem é mesmo muito atraente, um gostoso, um artista! - Ela torceu uma mexa de cabelo nos dedos e se retirou com as chaves nas mãos. 

Sohui foi até o elevador pisando firme com seus sapatos de salto. O sorriso não lhe saía dos lábios rubros. Quando chegou no último andar, andou como se estivesse em uma glamourosa passarela. Parou bem em frente à porta do quarto 601. Era uma suíte de luxo. O lugar ideal para ter seu momento de maior triunfo. 

- Cheguei, meu amor! - Gritou num tom de voz tomado por luxúria ao escancarar a porta de forma extravagante.

 

 

 

 

 


 


Notas Finais


E agora, José?


Comentem e bebam água!
Volto logo, juro!!!


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