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História Eu depois de você - Capítulo sete


Escrita por: MissAtomicBomb_

Notas do Autor


Oi, minhas jujubas. Aqui está mais um capítulo pra vcs! Espero que gostem.
Boa litura!

Capítulo 8 - Capítulo sete


Fanfic / Fanfiction Eu depois de você - Capítulo sete

            Sempre que eu fazia uma burrada e minha mãe descobria, ela falava que é impossível se esconder por muito tempo. Sabe aquela velha frase “a mentira tem perna curta”? Era mais ou menos isso. Eu estava me escondendo de Emma durante um mês e meio, mas é claro que o meu esconderijo um dia desabaria. E foi isso o que aconteceu.

            Ela ainda era linda, ainda parecia um anjo e por incrível que pareça, ainda sorria. Sua boca estava levemente puxada em um belo sorriso de canto, e suas mãos empurravam uma cadeira de rodas. Era tão intenso e poético a forma como ela ainda parecia uma dançarina, mesmo naquelas condições. Depois que Marcus lhe fez algumas perguntas e pediu para que eu a alongasse, saiu da sala com um sorriso de vitória no rosto, Marcus queria muito que esse dia chegasse logo, embora me ajudasse a fugir dele. Acontece que Emma não veio no dia que deveria, ela se antecipou e apareceu de surpresa na sala.

            Eu não falei nada e nem sorri. Apenas andei em sua direção para tirá-la daquela maldita cadeira. Emma apoiou os braços em meu pescoço quando a levantei em meus braços, ela ainda sorria. Quando a deitei na maca e ela ajeitou seus fios dourados, percebi que metade deles não estavam ali. Questionei o porquê em pensamento e toquei sua perna. Ela suspirou quando comecei o trabalho e eu quis saber o motivo por eu estar sendo tão idiota e queria saber ainda mais por que ela também não falou nada comigo. Era estranho, porque há alguns meses a gente transou e de repente ela estava na minha frente calada, sorridente e linda, e eu tão calado e sério. Ela não me reconhecia?

            Flexionei seus joelhos e seus olhos verdes puxaram o meu olhar. Sempre achei que havia uma certa beleza nessa cor, mas seus olhos pareciam ainda mais especiais. Não por serem da mesma cor que a grama ou as folhas das árvores na primavera, mas por terem a mesma cor que representa a palavra esperança, porque era isso que os seus olhos pareciam ter. Emma me encarou e quando percebeu que meus olhos encontraram os delas, fechou os olhos. Eu queria beijá-la, queria sua boca muito mais do que a da Lena, quando via suas covinhas. Emma não precisava fazer nada para me atrair, era automático.

            — Coloca alguma música? — ela pediu, ainda de olhos fechados. — Sempre venho com fones de ouvido, mas não trouxe meu celular hoje.

            Me assustei, não por ela ter me despertados de meus devaneios, mas por ter ouvido sua voz depois de tanto tempo fugindo. Por um momento me perguntei se eu poderia ter estado louco por ter fugido de algo tão bonito.

            — Claro — respondi, pegando em seguida, o celular no meu bolso.

            Ela abriu os olhos e eu baixei a minha cabeça, procurando por alguma música. Apertei em Don't Look Back In Anger, da banda Oasis.

            Ela franziu o cenho e abriu os olhos quando a música iniciou. Sorri, pela primeira vez desde que Emma chegou, ela estava ouvindo música boa.

 

            “Slip inside the eye of your mind

Don't you know you might find

A better place to play”

 

            — Música internacional? — perguntou, seu cenho ainda franzido, mas ela sorria.

            Pousei o celular na maca e retomei meu trabalho em sua perna esquerda.

            — A melhor — assegurei.

            Eu não me considerava um amante da música, eu conhecia pessoas que gostavam mais dela que eu, mas Oasis era uma coisa simplesmente incrível, era o significado da felicidade.

            — Eu prefiro Joyce Jonathan, gosto de músicas francesas, porque não sei falar inglês — Emma colocou a cabeça sobre os braços. — De preferência, suas mais antigas.

            — Não, você não gosta de Ça Ira — impliquei, enquanto fiz um gesto para que ela levantasse levemente seu quadril, para que eu levantasse suas pernas.

            Emma me encarou como se não gostar de Joyce Jonathan fosse um crime.

            — E de Le Bonheur, Les Filles d’aujourd’hui...

            — Ei, mas quem canta essa última com ela não é um tal de Vianney?

            Emma sorriu surpresa.

            — Sim, você também gosta dele? Eu amo o Vianney! — ela levou as mãos ao peito.

            — Não, mas a mãe do meu padrasto, Vianney, sim — fiz uma careta.

            — Sério? Então a mãe do seu padrasto deve ser legal.

            — Legal ela é, só não tem bom gosto para nomes —tentei abafar o riso.

            Conduzi seu corpo para que Emma se sentasse, cruzei suas pernas uma sobre a outra e novamente olhei nos seus olhos.

 

            “So Sally can wait

She knows its too late

As we're walking on by

Her soul slides away

But don't look back in anger

I heard you say”

 

            Ela colocou sua mão no meu cabelo, fazendo o melhor carinho que eu já recebi. Fechei os olhos e pude sentir o ar saindo de sua boca.

            — Não foi tão ruim —falou.

            Pensei em suas palavras e decidi que não foi tão ruim a encontrar, não foi ruim ouvir sua voz ou tocar o tecido que cobria a sua pele. Emma não era tão ruim.

            — Não foi — eu disse e senti sua mão afastar-se de mim.

            — Mas da próxima vez, não vou esquecer meus fones.

            Abri os olhos. É claro que ela estava falando da música.

            Depois que alguns minutos se passaram, eu havia acabado o meu trabalho com Emma e Marcus estava na sala.

            — O cara foi legal? — ele direcionou um olhar amigável para Emma.

            Emma pareceu pensar por um tempo, o que não deveria acontecer, mas respondeu por fim:

            — Tirando a parte que ele me torturou com seu gosto musical, sim.

            — O que ele lhe fez ouvir? —  Marcus cruzou os braços.

            — Ele tocou Oas...

            — Isso não interessa agora, não é Emma? — tentei lançar um olhar bravo, mas ela sorriu tanto que sua cabeça pendeu para trás. — Marcus — me dirigi até ele —, eu vou almoçar agora, quer vir comigo, Emma Jonathan? — observei ela semicerrando os olhos para mim.

            Marcus foi até uma mesa e pegou sua prancheta.

            — É Esme, cara, Emma Esme — leu.

            — Agora isso é sobre o péssimo gosto musical dela — respondi.

 

            Emma deu uma longa mordida em seu sanduiche, estávamos numa lanchonete em frente a associação.

            — Eu sinto muito, Emma.

            Ela colocou o sanduiche no prato e levou o copo de Coca-Cola até a boca.

            — Não sinta — disse, depois de um pequeno gole —, embora o culpado não tenha sido preso, a mãe dele foi muito gentil comigo.

            — Como assim? Gentilezas não pagam o que aconteceu com você, esse maluco deveria estar atrás das grades! — falei e ela balançou a cabeça negativamente. Como alguém poderia sair imune nisso tudo?

            Coloquei uma batata frita na boca, indignado.

            — Acha mesmo que iriam prender o filho da Louisa Clark, a maior estilista de Paris? Eu já disse, ela foi legal, bancou um tratamento e eu estou viva — Emma gesticulou e tocou seu cabelo.

            Tentei digerir tudo o que ela havia dito. Apertei meus olhos e lhe encarei como se ela não tivesse falado o suficiente para eu entender.

            — O filho da Louisa Clark?

            — Sim — ela respondeu.

            Eu não acreditava no que havia feito, eu bati de frente com o carro da Emma. Eu bati de frente com o carro de uma dançarina que tinha tudo pela frente. Por isso a minha mãe estava tão impaciente comigo, eu destruí a vida de uma garota maravilhosa, embora ela não demonstrasse estar triste.

            — Você o perdoaria? — perguntei, com o queixo sobre a=o punho.

            — Não sei, a única certeza que tenho é que não quero olhar na cara dele.

           

 

           

 

           

 

 


Notas Finais


Tô percebendo que algumas leitoras estão me abandonando. Preciso muito de vocês aqui nos comentários, deem suas opiniões, pois são extremamente importantes pra mim.
Beijos!


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